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Membranas: Estrutura, Função e Transporte Uma breve introdução Biofísica Instrumental CFS 7001 – Curso Biologia Membranas Presentes nas células animais e vegetais Célula: menor unidade de um ser vivo. (unicelulares : sv de uma única célula, ex.: protozoários). Composição e funções das membranas biológicas: imprescindíveis no estudo e compreensão da biologia celular Ocorrência/“tipos” de membranas: 1) Membrana citoplasmática (envolve as células). Funções definidas e muito importantes 2) Sistemas membranosos internos: Delimitam as organelas celulares como: núcleo (carioteca), aparelho de Golgi, lisossomos, mitocôndrias etc. 3) Membranas biológicas “funcionais”: membrana respiratória (hematose), membrana glomerular (filtração glomerular - rim), membrana capilar. MEMBRANAS BIOLÓGICAS “FUNCIONAIS” Difusão de O2 e CO2 pela membrana respiratória Difusão de O2 e CO2 pela membrana respiratória Difusão Gasosa através da Membrana Respiratória A membrana respiratória é constituída de: 1) Célula epitelial do alvéolo 2) Membrana basal alveolar 3) Líquido intersticial (nem sempre presente, pq célula alveolar e endotelial estão muito próximas) entre o alvéolo e o capilar alveolar 4) Membrana basal do endotélio capilar alveolar 5) Célula endotelial do capilar alveolar Obs.: membrana respiratória: 0,2 à 0,6 m. Área da membrana respiratória: 70 m2. Qtdade total de sg capilares (sofrendo hematose em dado momento): 60 a 140mL. Imagine 100 mL de sangue espalhado em uma sala de 70 m2: as trocas gasosas ocorrem muito rapidamente! Estrutura Interna do Rim Segmentos tubulares básicos do néfron. Os comprimento relativos dos diferentes segmentos tubulares não estão representados em escala. Figura acima: sem os vasos sanguíneos peritubulares Figura ao lado: Néfron com os vasos sanguíneos peritubulares representados Néfron Filtração glomerular Processo de grande fluxo direcionado pela pressão hidrostática do sangue. Água e pequenas partículas de solutos são forçadas a passar através da membrana de filtração (membrana glomerular, no néfron), enquanto grandes proteínas e células sanguíneas são excluídas. O fluido coletado no espaço capsular é chamado de filtrado glomerular. Filtrado (liquido, água, e solutos que passam pelo filtro) Esquema: Processos de filtração, reabsorção e secreção em um néfron Excreção = Filtração – Reabsorção + Secreção Filtração glomerular Membrana Glomerular Formada por capilares glomerulares e seus revestimentos membranosos Revestimento: células epiteliais com prolongamentos digitiformes que se ligam com as células adjacentes deixando fendas por onde o líquido pode filtrar para a cápsula de Bowman Membrana glomerular apresenta 3 camadas: * Camada de células endoteliais do capilar (capilar é fenestrado) * Membrana basal (fibras colágenas e proteoglicanos. Bem porosa) * Camada de células epiteliais do revestimento (c/ prolongamentos que formam poros em fenda): fendas de filtração. Endotélio capilar é perfurado por milhares de orifícios: as fenestrações Centenas de vezes mais permeável à água e pequenos solutos que uma membrana capilar típica Impermeável às proteínas plasmáticas e células sanguíneas Filtração: mesmos princípios da dinâmica dos líquidos Pressão do filtrado glomerular é alta: 60 mmHg (outros capilares: 15-20 mmHg) A. Ultra-estrutura básica dos capilares glomerulares. B. Corte transversal da membrana capilar glomerular e seus principais componentes: endotélio capilar, membrana basal e epitélio (podócitos) Estrutura da parede capilar do glomérulo MEMBRANA CITOPLASMÁTICA Membrana Citoplasmática • Estrutura fina, flexível mas altamente seletiva • Composta principalmente por lipídios e proteínas (mosaico de proteínas incrustadas nos fosfolipídios) • Consistência fluída. (modelo mosaico fluido) • Bi-camada lipídica: 2 monocamadas de fosfolipídios, sendo cada camada com espessura de uma molécula. • Componentes lipídico: fosfolipídios, colesterol e glicolipídios • Determinam alta permeabilidade às substâncias lipossolúveis • Fosfolipídios: um arcabouço “cabeça” de glicerol polar (hidrofílico) e duas “caudas” de ác graxos apolar (hidrofóbicas). Obs.: Na presença de água as moléculas de fosfolipídios se organizam espontaneamente de modo que os componentes hidrofóbicos voltam-se para dentro da bicamada (cauda) e os hidrofílicos para a água (cabeça). • Cabeças de glicerol (extremidades de fosfolipídios): em contato com o meio extracelular e a outra face em contato direto com o meio IC • Caudas de ácidos graxos são hidrofóbicas (solúveis somente em lipídeos). Ficam na parte central da membrana. • A camada bi-lipídica, no meio, é impermeável às substâncias hidrossolúveis comuns como íons, glicose e uréia. Mas é solúvel às substâncias lipossolúveis como O2, CO2 e álcool. Membrana Citoplasmática Orientação das moléculas de fosfolipídeos em interfaces óleo-água A: Orientação do fosfolipídeo na interface óleo-água B: Orientação do fosfolipídeo em uma bi-camada, como ocorre na membrana celular Membrana Citoplasmática Principais funções ou propriedades: Regulação da composição dos fluidos intracelular e extracelular Regulação do volume celular Regulação do metabolismo intracelular determinando a concentração de co- fatores enzimáticos e de substratos Regulação da atividade metabólica processada por enzimas presentes na membrana Decodificação de sinais químicos e físicos por meio de moléculas receptoras e reguladoras presentes na membrana Geração e propagação de sinais elétricos Proteínas da Membrana Citoplasmática • Proteínas flutuam na membrana • Muitas são glicoproteínas Ocorrem dois tipos de proteínas na membrana plasmática: 1) Proteínas Integrais: 2) Proteínas Periféricas: Membrana Citoplasmática Modelo do mosaico fluido para as membranas celulares Proteínas da Membrana Citoplasmática 1) Proteínas Integrais: • Estendem-se ancoradas firmemente por toda a membrana • Algumas são proteínas transmembrana (transpõem a bicamada lipídica mais de 1x) • Podem ser: * Canais de membrana. Tem ação seletiva. * Proteínas carregadoras: Fazem transporte através da membrana * Receptores de membrana. Receptoras de sinais. Ligam-se a ligantes específicos) Proteínas da Membrana Citoplasmática 2) Proteínas Periféricas: • Ancoradas à superfície da membrana (voltadas para o meio intra ou extracelular) e não a penetram. • Frequentemente ligadas a proteínas integrais • Podem ser: * Enzimas de membrana (maioria) * Controladoras do transporte de substâncias através dos “poros” da membrana celular. * Antígenos de superfície Transporte através das membranas Mecanismos Básicos de Transporte Através das Membranas Celulares Transporte Através da Membrana Há 2 tipos básicos de transporte através das membranas (citoplasmáticas): 1) Transporte Passivo * À favor de gradiente * Sem gasto de energia * Usa ou não ptna transportadora 2) Transporte Ativo * Contra gradiente * Com gasto de energia * Usa proteína transportadora Difusão ou Transporte Passivo Transporte Através da Membrana1) Transporte Passivo ou Difusão * Sem gasto de energia * Transporte à favor de gradiente * Pode utilizar ou não proteína transportadora Exemplos (ou subtipos) de Transporte passivo: * Difusão Simples (pode ser diretamente através da membrana quando a substância for lipossolúvel ou por canais/poros quando a substância/molécula/íon for hidrossolúvel). * Difusão Facilitada (através de proteína transportadora). Ex.: Glicose e aminoácidos. * Osmose: difusão absoluta de água Transporte Através da Membrana Difusão Simples Difusão simples. As duas soluções, A e B, são separadas por membrana que é permeável ao soluto (círculos). A solução A, inicialmente, contém maior concentração de soluto do que a solução B. Por difusão, existe movimento final (maior) do soluto do lado A para o lado B. Difusão: movimento do soluto à favor do gradiente de concentração: do mais para o menos concentrado. Difusão durante um milésimo de segundo. Moléculas se difundem em todas as direções aleatoriamente Difusão de Fluido e Constituintes Dissolvidos Através das Paredes dos Capilares e Através dos Espaços Intersticiais Trocas de nutrientes e catabólitos na membrana capilar (endotélio vascular): responsáveis pela nutrição dos tecido e remoção de catabólitos para serem eliminados (mais tarde) nos órgãos de excreção (rins, pulmões). Difusão Processo decorrente da tendência das moléculas de um gás ou de uma solução de se distribuírem espontânea (movimento Browniano) e uniformemente por toda a extensão do espaço disponível. Movimento browniano: movimento aleatório de partículas em um fluido como consequência dos choques entre moléculas do fluido e as partículas. Movimento predominante: da maior concentração para onde sua concentração é menor: movimento a favor do seu gradiente de concentração (GC), até atingir a igualdade de concentração (equilíbrio químico). Soluto e solvente se movimentam independentemente A velocidade de difusão depende do(a): Gradiente de concentração (GC) Temperatura (T) Área disponível para difusão (A) Peso molecular (PM) Distância a ser percorrida (X) http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/difusao.ht Efeito da diferença de concentração Diferença do potencial elétrico afetando os íons negativos Diferença de pressão Fatores que afetam a velocidade efetiva da difusão (simples) de moléculas e íons através da membrana Lei de Fick (Fatores que afetam a velocidade efetiva da difusão através da membrana) Quanto maior a distância, maior o tempo necessário p/ chegar à homogeneização. Portanto: velocidade de difusão (fluxo) é diretamente proporcional ao gradiente de concentração, a solubilidade do gás e à secção transversal da membrana. Considerando a separação física entre duas regiões com diferentes concentrações (ex.: separação por uma membrana), temos: A velocidade de difusão também depende da espessura da membrana a ser perpassada (Xm) e do coeficiente de difusão(D) (bem como à temperatura ). http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/leidefick.htm Lei de Fick: Difusão de Gases através da Membrana Respiratória A transferência de gases respiratórios através das membranas ocorre por difusão simples A intensidade da transferência por difusão (Vx) é diretamente proporcional à diferença de pressão parcial do gás (P), ao coeficiente de difusão do gás (D) e à área da superfície (A) e inversamente proporcional à espessura da membrana (X) Vx = D.A.P/ X Observar que a difusão dos gases depende de 2 fatores: Da diferença de pressão parcial do gás (P) e não da diferença de concentração Do coeficiente de difusão do gás (D) (CO2 é 20X que do O2) . Depende do peso molecular e da solubilidade do gás. Transporte Através da Membrana Transporte por Difusão (simples) de Na+ e K+ através de Proteínas Canais Transporte de Na+ e K+ através de proteínas canais. Também são mostradas as mudanças conformacionais nas moléculas de proteína para abrir e fechar as “comportas” dos canais. Canais Iônicos • São proteínas integrais de membrana • Quando abertos permitem passagem de certos íons • São seletivos • Canais catiônicos: revestidos de cargas positivas: deixam passar ânions • Canais aniônicos: revestidos de cargas negativas: deixam passar cátions • São controlados por comportas que podem estar abertas ou fechadas Transporte Através da Membrana Difusão Facilitada Mecanismo postulado para a difusão facilitada • À favor de gradiente • Sem gasto de energia mas • Com uso (presença) de uma proteína transportadora Diagrama Esquemático de um Néfron - Tubulos renais Fig: são mostradas as características ultra-estruturais dos principais segmentos do néfron Em cada segmento há tipos diferentes células que apresentam diferentes mecanismos de transporte (tanto passsivo como ativo) para fazerem a reabsorção de diferentes constituintes do liquido filtrado do sangue (líquido glomerular ou dos túbulos renais) A diferença de potencial transepitelial é a diferença entre o potencial no lúmen e o potencial do sangue, -4mV. ATP: trifosfato de Adenosina. Fig 6-19 Mecanismos Celulares de Reabsorção na Porção Inicial do Túbulo Proximal Círculo vermelho: Difusão facilitada Transporte Através da Membrana Difusão Facilitada Difusão Simples Osmose Difusão absoluta da água por uma membrana semipermeável Osmose (Difusão absoluta de água) Ocorre quando existe diferença de concentração entre 2 compartimentos separados por uma membrana semipermeável, que permite a difusão apenas do solvente. Solvente se movimentará: a favor do seu próprio gradiente e contra o gradiente de concentração do soluto. O movimento do solvente é chamado Fluxo Osmótico. http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/osmose.htm Causa alteração dos volumes nos compartimentos, então: • As concentrações podem se igualar (C1 = C2), mas: • Os volumes finais são diferentes (V1 V2) Osmose Se: gradiente de concentração for pequeno, as concentrações igualam. GC pequeno: = Concentrações V Porém: grande gradiente ( de [c]) causa um grande aumento no volume do compartimento da solução mais concentrada, resultando em grande pressão hidrostática no compartimento. gradiente volume pressão hidrostática Pressão Hidrostática: força que atua no sentido contrário do Fluxo Osmótico Assim: ao ser aplicada uma força de mesmo valor e contrária à força do fluxo osmótico, a osmose cessa. Equilíbrio entre diferentes concentrações. http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/osmose.htm Pressão osmótica Força exercida pelas partículas do soluto sobre o meio em que se encontram. Consequência direta da energia cinética, da agitação térmica e da movimentação das partículas. É uma propriedade coligativa das soluções (i.é.: depende da osmolaridade). Proporcional à concentração osmolar da solução (concentração de partículas osmoticamente ativas em solução) e à temperatura. Obs.: Osmolalidade:Expressa em termos de osmoles de soluto/L de solução ou osmoles de soluto/Kg de solvente. http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/osmotica.htm Pressão osmótica A Concentração Osmolar dos Líquidos Biológicos é de 0,3 osmolar. Considerando 2 soluções separadas por uma membrana semipermeável: Se as 2 soluções tem a mesma concentração osmolar: ambas são Isosmóticas. Se as soluções tem concentrações osmolar diferentes: * A de menor concentração é dita hiposmótica * A de maior concentração é dita hiperosmótica. http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/osmotica.htm Tônus Celular Tônus celular: definido em relação à resposta da célula ao meio em que se encontra Alteração do volume celular depende da: * Permeabilidade da membrana * Concentração osmolar. Esquema abaixo: Células em solução com soluto não-permeante em solução isotônica, hipotônica e hipertônica: http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/tonus.htm Tônus Celular Célula sanguínea em meio hipotônico: Efeitos de Soluções Isotônicas (A), Hipertônicas (B) e Hipotônicas (C) sobre o Volume das Células Soluções Fisiológicas São soluções de substâncias não-permeantes às membranas celulares e de concentração 0,3 osmolar. Utilizadas na medicina e na veterinária no manejo de choque hipovolêmico, grandes queimaduras e para evitar ou corrigir alterações hidroeletrolíticas. Ex.: Soro fisiológico: solução de NaCl 0,9 g/dL (0,9%) Massa molecular: 58,5g Molaridade: 1M/L Coeficiente de dissociação ( i ): 2 Osmolaridade: 2 osmolar Uma solução de NaCl a 0,9 g/dL ou 9,0g/L terá uma osmolaridade de: 58,5 g/L _________________________ 2,0 osm 9 g/L _________________________ 0,3 osm Resumindo: Transporte Passivo Através da Membrana Vias de transporte através da membrana celular e seus mecanismos básicos de transporte. Vimos até aqui: transporte passivo (difusão simples, difusão facilitada e osmose) Transporte Ativo 2) Transporte Ativo Através da Membrana 2) Transporte Ativo * Com gasto de energia * Transporte contra gradiente * Utiliza proteína transportadora Ex.: Na+, K+, H+, Ca++, Fe, Cl-, urato, vários açucares diferentes e aminoácidos. Transporte Ativo Através da Membrana Contra gradiente Transporte Ativo Através da Membrana O transporte ativo pode ser de dois tipos: 2.1) Transporte ativo primário. A energia é derivada diretamente da degradação do ATP ou de outro composto de fosfato rico em energia. Ex.: Bomba de Na+-K+, Bomba de H+, Bomba de Ca++, Bomba de Cl- Transporte Ativo Primário através da Membrana Mecanismo da Bomba de Sódio-Potássio Transporte Ativo Primário * Contra gradiente * Com gasto de energia * Usa proteína transportadora Transporte Através da Membrana Transporte Ativo – Bomba de Na+- K+ Transporte Ativo Primário: Bomba de H+ Transporte Ativo Secundário Através da Membrana 2.2) Transporte ativo secundário: a energia é derivada secundariamente de energia armazenada. 2.2.a) Co-Transporte. Ex.:mecanismo de Co-transporte de Sódio-Glicose e co-transporte de alguns aác junto com Na+ Transporte Através da Membrana Transporte Ativo Secundário: Co-transporte Ex.: Co-transporte de Na+-glicose em uma célula epitelial do intestino Co-transporte de Na+-glicose em uma célula epitelial do intestino. ATP: trifosfato de adenosina; SGLT1: proteína 1 transportadora de Na+-glicose. Transporte Ativo Secundário Co transporte Absorção de aminoácidos no intestino A absorção de aminoácidos no intestino ocorre (tipo de transporte): * Membrana apical: co-transportadores de íons sódio- aminoácidos * Membrana basolateral: difusão facilitada. Transporte Ativo Secundário Através da Membrana - Contratransporte 2.2.b) Contratransporte É um 2º tipo de transporte ativo secundário Transporte na direção oposta à do íon primário Ex.: Bomba de Na+- Ca+2 (célula muscular) e Bomba de Na+- H+ (epitélio da glândula salivar) Fig 14 Ex.: Mecanismo celular de reabsorção da glicose (nos rins) na porção inicial do túbulo proximal (túbulo renal inicial: mais próximo do glomérulo renal) por Transporte ativo secundário por co-transporte da bomba de Na+ A diferença de potencial transepitelial é a diferença entre o potencial no lúmen e o potencial do sangue, -4mV. ATP: trifosfato de Adenosina. Fig 6-19 Ex.: Mecanismos de reabsorção na porção Inicial do túbulo proximal renal (na membrana luminal ou apical do túbulo renal inicial (+ próximo do glomérulo renal) por Transporte ativo secundário por co-transporte da bomba de Na+ Marcações da figura: Círculo verde: Transporte ativo secundário por co- transporte de Na+. (glicose, aminoácidos, fosfatos, lactase e citrato são reabsorvidos por este tipo de transporte) Resumindo: Transporte Através da Membrana Vias de transporte através da membrana celular e seus mecanismos básicos de transporte. Em azul: Transporte passivo (difusão simples, difusão facilitada e osmose) Em vermelho: Transporte ativo A diferença de potencial transepitelial é a diferença entre o potencial no lúmen e o potencial do sangue, -4mV. ATP: trifosfato de Adenosina. Fig 6-19 Mecanismos Celulares de Reabsorção na Porção Inicial do Túbulo Proximal Marcações da figura: Vermelho: Difusão facilitada Roxo: Transporte ativo 1ario Verde: Transporte ativo secundário co-transporte Amarelo: Transporte ativo secundário contra- transporte Diálise Equilibro de Gibbs-Donnan Caracterizado pelo equilíbrio das cargas de soluções separadas por uma membrana que permite a travessia de alguns íons (íons que podem atravessar a membrana) enquanto que de outros íons não. Grandes partículas negativas (ex.: proteínas) que não atravessam a membrana semipermeável, atraem os íons positivos e repelem os íons negativos. Assim, se estabelece um gradiente elétrico e de concentração de íons. No equilíbrio, os produtos e as concentrações iônicas de cada lado das membranas são iguais. Consequentemente, a concentração de partículas é desigual em ambos os lados das membranas e se estabelece um gradiente osmótico em direção ao compartimento das proteínas. Diálise Na diálise, uma membrana dializadora (impermeável a macromoléculas, mas permeável a íon e moléculas do soluto e solvente) retém as partículas coloidais, deixando passar as demais substâncias. Na diálise os princípios da difusão, osmose e Gibbs-Donnan ocorrem ao mesmo tempo dependendo das características de cada soluto. Assim, as moléculas difusíveis se deslocam de um compartimento (figura abaixo) contendo uma solução coloidal (A) até igualar suas concentrações com o compartimento contendo apenas água (B), retendo as micelas coloidais no compartimento. Exemplo de membrana dializadora: membrana de celofone Fig: troca constante da água no recipiente B permite eliminar quase que totalmente os solutos da solução coloidal. (Fig) http://www.ufrgs.br/leo/site_equilibrio/equilibrio.htm Diálise Dois líquidos separados por uma membrana com poro de um tamanho fictício 3. Um lado: 3 moléculas de tamanhos (vermelha, amarela e azul): Vermelha: é maior que o poro (tamanho 4) Amarela: pouco menor (tamanho 2,5) Azul: bem menor (tamanho 1). Molécula azul: passa facilmente entre os poros e rapidamente entra em equilíbrio. Amarela (pouco menor que o poro): demora um pouco mais, mas acaba por equilibrar-se. Vermelha (maior): nunca irá se equilibrar (não importa quanto tempo demore) Diálise: Qdo 2 líquidos com concentrações diferentes de uma substância, são separados por uma membrana permeável (com poros), a tendência é que elas se equilibrem. Após algum tempo, a concentração da substância fica igual dos 2 lados. http://www.farmaceuticacuriosa.com/2013/09/entenda-como-funciona-o-procedimento-de.html Diálise Renal Indicada qdo os rins deixam de realizar sua função, filtrar e eliminar substâncias tóxicas do corpo Realizada em pessoas com disfunção (comprometimento importante) renal Tipos de diálise: diálise peritoneal e a hemodiálise. Diálise peritoneal: usa o peritônio, uma membrana que envolve os órgãos abdominais, como filtro. Hemodiálise é feita pelo sangue com um filtro artificial http://www.farmaceuticacuriosa.com/2013/09/entenda-como-funciona-o-procedimento-de.html Diálise peritoneal Diálise peritoneal: usa o peritônio, uma membrana que envolve os órgãos abdominais, como filtro. Sangue é filtrado e fluidos excedentes removidos através de um dos filtros naturais do próprio corpo, a membrana peritoneal (revestimento que circunda o peritôneo, ou cavidade abdominal) É colocado um cateter no abdômen do paciente Aparelho permite que os pacientes realizem o procedimento em casa, com o auxílio de alguém que o faça com cuidado e assepsia. Desvantagem: perigo de infecção Diálise Peritoneal Diálise Peritoneal Diálise Peritoneal http://www.farmaceuticacuriosa.com/2013/09/entenda-como-funciona-o-procedimento-de.html Hemodiálise Tipo mais comum de diálise Utilizada no tratamento da insuficiência renal (IR) ou Doença Renal Crônica (DRC), intoxicações e envenenamento. 93% das pessoas com DRC recorrem a este procedimento. Remove toxinas acumuladas fazendo o papel da filtração renal Sangue é filtrado em uma máquina que controla a velocidade, a pressão do filtro e o volume de sangue, funcionando como um rim artificial, retirando as toxinas e devolvendo ao organismo o sangue limpo. Pessoa adulta: tem aproximadamente 5 litros de sangue e esse volume é filtrado diversas vezes durante a hemodiálise Funcionamento da Hemodiálise Mas como funciona a hemodiálise ? Veja o gráfico. Paciente insuficiente renal é ligado à uma máquina que puxa o sangue através de uma bomba circuladora. O sangue passa por um filtro que possui uma membrana semipermeável, que retira as toxinas e as substâncias em excesso, e devolve o sangue limpo para o paciente. Existe infusão de heparina para evitar que o sangue coagule dentro do sistema. Hemodiálise Filtro: No centro fica o sangue cheio de toxinas e em volta o líquido da diálise (chamado de banho de diálise) sem nenhuma toxina. Eles ficam separados por uma membrana porosa que permite a troca de moléculas. O sangue rico em toxinas passa estas substâncias para o banho de diálise que não contém toxina nenhuma através da membrana do filtro. Se este fosse um processo estático, depois de um tempo aquele sangue em contato com o banho se equilibrariam e não haveria mais trocas. Mas o processo é dinâmico, com o sangue correndo em direção contrária ao banho. Como eles estão em circulação, a diferença de concentração é sempre grande, e não ocorre equilíbrio nunca, pois há sempre sangue saturado de toxinas chegando de um lado e líquido de diálise limpo chegando do outro. Após as trocas, o sangue limpo retorna ao paciente e o banho cheio de toxinas é desprezado. Hemodiálise Hemodiálise Hemodiálise Figura: Esquema da diálise do sangue Hemodiálise • Moléculas pequenas passam rapidamente de pelo filtro, as médias demoram algumas horas e as grandes não são filtradas. • Poro da membrana: deve ter um tamanho que consiga filtrar a maioria das toxinas, mas também impeça a filtração de moléculas importantes como as proteínas e vitaminas que costumam ser grandes. • Infelizmente, não existe dialisador perfeito, e para evitar essas perdas, algumas substâncias tóxicas de grande tamanho acabam não sendo dialisadas. • Assim como o excesso de algumas substâncias são filtradas, o excesso de água acumulado pela falta de urina, também é retirado durante uma sessão de HD. Em geral, de 1 a 4 litros por sessão. Esse processo é chamado de ultrafiltração. • Duração: sessão de hemodiálise convencional (pacientes DRC): dura 4 horas. • Tempo necessário para filtragem da maioria das moléculas desejadas e de uma ultrafiltração que não provoque queda da pressão arterial (efeito adverso). • Geralmente: 3 sessões/semana • Na insuficiência renal aguda (rins previamente normais mas atacados por algum evento como sepse ou intoxicação): sessões de diálise são mais intensas, podendo durar horas e serem diárias (pacientes muito graves e internados em CTI). Hemodiálise Hemodiálise Tabela mostra a comparação das concentrações de solutos no plasma normal, no fluido de diálise e no plasma urêmico. Obs.: Uremia: elevação da uréia no sangue. Pode ser causada por insuficiência renal.
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