Respostas sobre a terceira unidade do Livro de Marcelo Cattoni

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Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Direito e Ciências do Estado
Trabalho de Teoria da Constituição
Acadêmicos: 
Questões sobre a terceira unidade do livro “Teoria da Constituição” por Marcelo Cattoni
5-Trace uma comparação entre a Revolução Americana e a Revolução Francesa, sobretudo quanto ao modo como, nos dois lados do Atlântico, se buscou lidar com o problema moderno da perda de fundamento da autoridade e do poder.
 	Assim como a revolução francesa, a revolução americana representou uma quebra nos paradigmas de poder pela força popular. Na revolução americana, essa quebra de paradigma é observada pelo fim da relação de colônia entre o que se tornaria os Estados Unidos da America e a Coroa britânica e na francesa, é observada pela deposição do rei que demonstra uma ruptura com o Antigo regime. 
 	Entretanto, enquanto os franceses substituíram o poder deposto tendo como poder constituinte a nação como um todo, substituindo o rei por um macro-sujeito que seria superior a qualquer lei e que não continha organizações legais. Pensamento que fundou a Teoria do Poder Constituinte. Além disso, os franceses lutaram dentro do território do opressor e sua constituição funciona como um instrumento de organização do Estado, não sendo submissa a nação. Os americanos, que acreditavam que poder e autoridade não deveriam prover de uma mesma fonte, substituíram o poder da coroa britânica por um poder baseado nas concepções de pacto, constituindo um poder constituinte centrado em corpos políticos e submisso a força do acordo comum. No que se refere ao local da revolução e sua constituição, a americana se consumou não onde o opressor se localizava, mas onde o oprimido estava, e a constituição americana é tida como um processo de criação do Estado, na qual o povo a cria e se submete a ela.
6-Quais seriam as singularidades da Revolução Americana e seus principais legados para o Constitucionalismo moderno?
 	A Revolução Americana, assim como sua constituição, tinham fontes diferentes de autoridade e poder, acabando com a instabilidade que ocorria quando autoridade e poder eram providos pela mesma fonte- como o que ocorreu na Revolução Francesa, cuja fonte era a nação. Essa característica, que especializava cada vez mais direito e política de modo a especializá-los, era fundamental para a estabilização de uma supremacia constitucional, de modo que a constituição seria suprema e que o poder judiciário teria o controle constitucional. 
 	A concepção de uma constituição que é tanto jurídica quanto política foi propagada pela Revolução Americana, em uma relação que o poder jurídico oferece legitimidade ao político e o político oferece efetividade ao jurídico. A constituição moderna é o resultado de uma separação entre o direito e a política, e, por isso, precisa ser superior as outras normas do Estado.