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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL DE MINAS – Campus Machado RELATÓRIO AULA PRÁTICA II: Potencial hídrico da batata Alunos: Cristiane Pereira Costa, Elizabeth Maria de Souza, Jéssica Quintiliano, Luciano Brandão Martins. Disciplina: Fisiologia Vegetal Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas – 6°P Professora: Sue Éllen Ester Queiroz Machado, MG – Brasil INTRODUÇÃO Foi realizada uma experiência para avaliar o potencial hídrico da batata, quando adicionada a água e a diferentes quantidades de soluções de sacarose. Segundo Lincoln Taiz & Eduardo Zeiger (2013) os vegetais assim como todos os seres vivos necessitam de uma adição constante de energia livre para a sustentação e manutenção de suas estruturas altamente organizadas, mas também se reproduzirem. Com isso, processos como as reações bioquímicas, acúmulo de solutos e transporte a longa distância são movidos por um aporte de energia livre na planta. Praticamente todas as atividades metabólicas das plantas são guiadas pelas relações hídricas (Kerbauy,2004). Segundo Taiz e Zeiger (2013) existem três fatores que influenciam no potencial hídrico das células vegetais: concentração, pressão e gravidade. Nesse experimento o fator principal que atuou com grande relevância foi o de concentração, isto é, potencial de solutos ou potencial osmótico, o qual diz respeito ao efeito de solutos dissolvidos sobre o potencial hídrico. Com a dissolução da água esses solutos diminuem a energia livre da água, isto é, aumenta a desordem do sistema reduzindo a essa energia. A adição de sacarose na água até a concentração de 0,1 M diminui o potencial osmótico para - 0,244 Mpa e assim reduz o potencial hídrico para -0,244 Mpa. Portanto, esse potencial de solutos é independente da natureza desses. Esse potencial, para soluções diluídas sob substâncias indissociáveis como a sacarose, é negativo. Isso mostra que os solutos dissolvidos diminuem o potencial hídrico da solução em relação ao estado de referência da água pura. Além disso, de acordo com Friedman (1986) e Nobel (1999) a temperatura do ambiente afeta o potencial hídrico e o tratamento desses estão lidando com soluções ideais. OBJETIVO Com base nesses estudos objetivou-se a ação do potencial hídrico através da adição de sacarose na batata, visualizou-se o efeito da sacarose na célula vegetal da batata quando foram adicionadas nas soluções e analisou a influência do potencial osmótico. MATERIAL E METÓDOS Para a execução da experiência, foram utilizados dois béquer, um contendo água destilada, e o outro contendo solução de sacarose. Uma batata foi cortada com medidas de 28 mm x 28 mm tendo área total de 7,84 cm², foram cortadas com o auxilio de um cortador de legumes, um total de 14 laminas uniformes, utilizou-se 7 placas Petri, onde cada uma foi marcado com o numero de energia livre, e adicionou-se 2 laminas de batata em cada recipiente juntamente com as soluções de diferentes concentrações, por um período de uma hora. Após passar esse tempo onde que as laminas de batata pudessem interagir com as concentrações diferentes de solutos e solventes, as fatias de batatas foram tiradas para analise e medições, que se deu através de uma régua, medindo a área e comparando com o tamanho inicial das laminas. RESULTADOS E DISCUSSÕES O tamanho das laminas de batata deveria aumentar quando o potencial de água da solução fosse maior que o potencial da batata, e reduzir quando o inverso ocorresse. Sabendo-se que a batata, quando em contato com solvente água, tende a aumentar, nessa perspectiva aumenta o volume, quando a solução foi inserida em uma concentração de sacarose onde o soluto era superior ao da batata à mesma tende a diminuir, presume se que a batata dependera da quantidade de soluto envolvido no experimento para perceber quando ela se torna hipertônica ou hipotônica. Tabela 01: Volumes da solução, volume da água, energia livre. Volume de solução de sacarose (ml) Volume de Água (ml) Energia livre (MPA) Horário que a lamina foi adicionada a solução 0,0 40,0 0,0 20:55 1,6 38,4 -0,2 20:58 3,3 36,7 -0,4 21:02 4,9 35,1 -0,6 21:05 6,5 33,5 -0,8 21:07 9,8 30,2 -1,2 21:09 16,3 23,7 -2,0 21:13 Tabela 02: A seguir temos os dados após uma hora de imersão nas soluções. Energia livre (MPA) Tamanho inicial das laminas Tamanho final das laminas Horário 0,0 7,84 cm² Aumento de 1,16 cm² 21:55 -0,2 7,84 cm² Aumento de 0,57 cm² 21:58 -0,4 7,84 cm² Aumento de 0,57 cm² 22:02 -0,6 7,84 cm² Manteve 22:05 -0,8 7,84 cm² Manteve 22:07 -1,2 7,84 cm² Diminuiu 0,55 cm² 22:09 -2,0 7,84 cm² Diminuiu 1,08 cm² 22:13 OBS: INSERIR GRAFICO SOMENTE COM TAMANO INICIAL E TAMANHO FINAL DAS LAMINAS: É possível notar que houve uma mudança na área inicial da fatia de batata quando submetidas às diferentes concentrações crescentes de sacarose, pois o seu potencial hídrico foi tornando-se mais negativo, e começou, então, a perder água para o meio, ocorrendo assim um decréscimo na área do tubérculo. Imagem 01: Placas Petri com laminas de batata mergulhadas nas soluções. CONCLUSÕES Podemos concluir que, a energia livre da água só pode ser igual entre o tecido e a solução, revelando o valor do potencial hídrico do tecido. Quando potencial hídrico da solução é inferior ao do tecido, ocorre mais perda do que ganho de água, diminuindo assim sua área. Quanto mais solução de sacarose foi adicionada menor foi o resultado da área das laminas. REFRÊNCIAS: KERBAUY, Gilberto Barbante. Fisiologia Vegetal. 3a edição São Paulo: Editora Guanabara Koogan, 2004. TAIZ, LINCOLN. Fisiologia Vegetal. 5.ed. Porto Alegre: Editora Artmed,2013.pp.73- 76. NOBEL, P.S. (1999) Physicochemical and Environmental Plant Phaysiology, 2nd ed.Academic Press, San Diego, CA.
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