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Administração Financeira Orçamentária Aula 8 (2)

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AULA 08 – AFO: LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF - 
SEGUNDA PARTE. 
 
Amigo estudante! 
 
Espero que tenha gostado da primeira parte do estudo da LRF. Até o 
final deste curso certamente você estará familiarizado com o vocabulário 
da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
Continuando o estudo da LRF! 
 
Análise do conteúdo: 
 
Em praticamente todos os concursos que exigem conhecimento de 
finanças públicas estão cobrando o assunto LRF. Temos observado que a 
cobrança é cada vez maior, ou seja, são exigidos conhecimentos mais 
aprofundados. 
 
Recomendo que o assunto LRF deve ser revisado um pouco antes da 
prova do concurso, com especial atenção às exigências nos Relatórios de 
Gestão Fiscal - RGF e Resumido da Execução Orçamentária - RREO. 
Esses relatórios serão estudados em aula à parte. 
 
Ao final desta nota de aula inserimos uma bateria com 21 exercícios 
apenas gabaritados. 
 
Ao término dos assuntos RGF e RREO comentaremos mais exercícios de 
todo o conteúdo LRF. 
 
Vamos trabalhar! 
 
 
1. Da despesa pública na LRF 
 
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Neste tópico são estabelecidas as normas gerais relacionadas à 
realização de despesas públicas. 
 
Um das regras mais importantes! 
São consideradas irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração 
ou assunção de obrigações em desacordo com as regras estabelecidas 
pela LRF. 
 
Dessa forma, alguns cuidados devem ser tomados antes da realização 
de qualquer tipo de despesa, tais como: 
 
O que é gerar despesa em desacordo com a LRF? 
Seria a geração ou assunção de obrigações pelos gestores públicos 
(Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Presidentes de 
Tribunais etc) sem observância dos preceitos abaixo descritos. 
 
Preceitos a serem observados na geração de despesa pública: 
� Adequação das despesas realizadas com o PPA, LDO e LOA; 
� A Realização das despesas em conformidade com os programas de 
trabalhos estabelecidos na LOA; 
� Obediência à lei de licitações públicas e demais instrumentos legais; 
� A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento de despesas deverá estar acompanhada da estimativa 
do impacto orçamentário-financeiro no exercício e de declaração do 
ordenador de despesa de que a mesma tem adequação orçamentária e 
financeira e está compatível com o PPA e a LDO; 
� A criação ou aumento de despesas obrigatórias de caráter 
continuado, criadas por Lei, Medida Provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por 
um período superior a dois anos, não poderão afetar as metas de 
resultados fiscais previstos, devendo ainda seus efeitos financeiros nos 
períodos seguintes ser compensados pelo aumento permanente de 
receita (elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração 
ou criação de tributo ou contribuição) ou pela redução permanente de 
despesa. 
 
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Importante! Despesa obrigatória de caráter continuado é aquela fixada 
para período superior a dois anos. Podem ser criadas, desde que não 
afete as metas de resultados fiscais previstos e seus efeitos financeiros 
devem ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela 
redução permanente de despesa. 
 
Veja essa questão! 
 
(CESPE – DPF Administrativo – Contador 2004) Denomina-se despesa 
obrigatória de caráter continuado apenas a despesa corrente derivada 
de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem 
para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior 
a três exercícios. 
 
Comentários: 
1º. As despesas obrigatórias de caráter continuado podem ser criadas 
por lei, medida provisória ou ato administrativo normativo; 
 
2º. Não poderão afetar as metas de resultados fiscais previstos; 
 
3º. Os efeitos financeiros das despesas criadas devem ser compensados 
durante o período de sua vigência; 
 
4º. Só são consideradas despesas obrigatórias de caráter continuado 
quando fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois anos 
 
5º. Seus efeitos financeiros nos períodos seguintes ser compensados 
pelo aumento permanente de receita. 
 
Opção incorreta. 
 
A LRF considera ainda como aumento de despesa a prorrogação daquela 
criada por prazo determinado. 
 
A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento de despesa deverá estar acompanhada da estimativa 
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do impacto orçamentário-financeiro no exercício e de declaração do 
ordenador de despesa de que a mesma tem adequação orçamentária e 
financeira e está compatível com o PPA e a LDO. 
Para a LRF, toda despesa a ser realizada pelo Poder público deverá: 
 
Estar de acordo com o que foi estabelecido no PPA, LDO e LOA; 
Estar conforme com os programas de trabalhos estabelecidos na LOA – 
metodologia do orçamento-programa; 
Estar de acordo com a lei de licitações públicas e demais instrumentos 
legais. 
 
 
 
2. Ênfase da LRF na execução e controle das despesas com 
pessoal 
 
Em razão de grande parte dos Entes da Federação comprometerem 
quase todas as suas receitas com o pagamento de pessoal, o legislador 
deu uma atenção especial a esse item de despesas, estabelecendo 
restrições e limites de gastos com pessoal. 
 
Para os efeitos da LRF, despesas com pessoal são apenas aquelas 
relacionadas a espécies remuneratórias, bem como despesas com a 
manutenção da seguridade social dos seus servidores. 
 
Dessa forma, despesas com auxílio alimentação, assistência pré-escolar, 
vale-transporte e outras semelhantes, não são consideradas despesas 
com pessoal. 
 
A LRF parte do princípio de que “verbas” indenizatórias não são 
consideradas espécies remuneratórias, ou seja, não entram do cálculo 
do percentual de gasto com pessoal. 
 
Atenção! As despesas provenientes de terceirização de mão-de-obra em 
substituição a servidores e empregados públicos são consideradas 
despesas com pessoal, portanto são aferidas na observação do limite da 
LRF, sendo contabilizadas em item à parte, de maneira destacada da 
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despesa total com pessoal do órgão, no grupo “outras despesas de 
pessoal”. 
 
Portanto, muita atenção! As despesas provenientes de terceirização de 
mão-de-obra em substituição a servidores e empregados públicos são 
computadas na despesa total com pessoal do Ente, porém, destacadas 
no subgrupo “outras despesas de pessoal”. 
 
A apuração das despesas total com pessoal será apurada somando-se a 
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente 
anteriores, adotando-se o regime de competência. 
 
Os gastos com pessoal dos entes da federação não poderão ser 
superiores aos percentuais da receita corrente líquida, conforme 
demonstrados a seguir: 
 
UNIÃO: Não poderá “gastar” com pessoal mais do que 50% da Receita 
Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
 
� 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União; 
� 6% para o Poder Judiciário; 
� 40,9% para o poder Executivo; 
� 0,6% para o Ministério Público da União: 
 
Importante! Dos 40,9% previstos para Poder Executivo da União, 3% 
serão destinados para organizar e manter o PoderJudiciário, o Ministério 
Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios e 
ainda a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do 
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito 
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio 
(art. 20, I, alínea c) da LRF, c/c art. 21, XIII e XIV da CF). 
 
ESTADOS/DF: Não poderão “gastar” com pessoal mais do que 60% da 
Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
 
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� 3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas; 
� 6% para o Poder Judiciário; 
� 49,0% para o Poder Executivo; 
� 2% para o Ministério Público dos Estados 
 
Importante! Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos 
Municípios, os percentuais de 3% e de 49% serão, respectivamente, 
acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento). 
 
Exemplo: Nos Estados de Goiás e Ceará existem Tribunal de Contas do 
Estado e dos Municípios. Assim sendo, os Poderes Legislativos daqueles 
Estados ficam com 3,4% e os Poderes Executivos, com 48,6%. 
 
MUNICÍPIOS: Não poderão “gastar” com pessoal mais do que 60% da 
Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
 
� 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, se 
houver; 
� 54% para o Poder Executivo; 
 
Os percentuais acima serão repartidos no âmbito dos poderes entre os 
seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, 
em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três últimos 
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da 
LRF. 
 
Praticar para assimilar! 
(Procurador Ministério Público Especial – TCE/SC – 2005) Segundo o art. 
20 da Lei nº 101/2000, a repartição dos limites globais com despesa de 
pessoal, na esfera municipal, não poderá exceder a: 
(a) o Executivo, 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) e o 
Legislativo, 3% (três por cento), incluído o Tribunal de Contas do 
município, se houver. 
(b) o Executivo, 49% (quarenta e nove por cento) e o Legislativo, 11% 
(onze por cento), excluído o Tribunal de Contas do município, se houver. 
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(c) o Executivo, 54% (cinqüenta e quatro por cento) e o Legislativo, 6% 
(seis por cento), incluído o Tribunal de Contas do município, se houver. 
(d) o Executivo, 54% (cinqüenta e quatro por cento) e o Legislativo, 6% 
(seis por cento), excluído o Tribunal de Contas do município, se houver. 
(e) o Executivo, 60% (sessenta por cento) e o Legislativo, 2% (dois por 
cento), incluído o Tribunal de Contas do município, se houver. 
 
Comentários: 
A opção correta é a letra “c”. Existem alguns Municípios que têm 
Tribunal de Contas, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro. Caso haja, 
o percentual do Legislativo deverá ser repartido com o respectivo 
Tribunal de Contas. 
 
Atenção! Não confundir com Tribunal de Contas dos Municípios. Esse 
Tribunal pertence ao Estado Federado e tem por finalidade fiscalizar 
todos os municípios do estado. 
 
Importante! Na verificação do atendimento dos limites acima 
mencionados, não serão computadas as seguintes despesas com 
pessoal: 
 
� Indenização por demissão de servidores ou empregados; 
� Relativas à demissão voluntária; 
� Convocação Extraordinária do Congresso Nacional em caso de 
urgência ou interesse público relevante. 
� Decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior 
ao da apuração a que se refere o § 2º do art. 18 desta LRF. 
� Com pessoal do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, 
custeadas com recursos transferidos pela União; 
� Com Inativos, quando custeadas com recursos proveniente da 
arrecadação de contribuições dos segurados e de compensação 
financeira entre os diversos regimes de previdência social; 
� Das demais receitas diretamente arrecadas por fundo vinculado a tal 
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos , 
bem com seu superávit financeiro; 
 
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Além disso, no que diz respeito à seguridade social, nenhum benefício 
ou serviço poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da 
fonte de custeio total. É a denominada contrapartida da geração de 
despesa previdenciária. 
 
Assim, será nulo de pleno direito qualquer ato que atente contra as 
regras acima, bem como aquelas que resulte aumento de despesa com 
pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do titular 
do respectivo poder ou órgão. 
 
A verificação do cumprimento dos limites acima referidos será efetuada 
ao final de cada quadrimestre pelo Poder Legislativo, diretamente ou 
com o auxílio dos Tribunais de Contas e o Sistema de Controle Interno 
de cada poder e pelo Ministério Público (art. 22 da LRF). 
 
Caso os limites de gastos com pessoal estabelecidos na LRF não sejam 
cumpridos, o excesso deverá ser eliminado nos dois quadrimestres 
seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro. 
 
Medidas que poderão ser adotadas a fim de eliminar os referidos 
excessos nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no 
primeiro: 
 
� Redução de pelo menos 20 % das despesas com cargos em comissão 
e funções de confiança (redução de valores ou da extinção dos cargos e 
funções); 
� Exoneração dos servidores não estáveis; 
� Redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos 
vencimentos à nova carga horária; 
 
Atenção! A redução de valores ou a extinção dos cargos e funções foi 
considerada inconstitucional liminarmente em função do termo “redução 
de valores”, haja vista que a CF proíbe e redução de vencimentos (art. 
39, § 3º c/c art. 7º, inciso VI, da CF). 
Portanto, enquanto não julgado o mérito, essa previsão fica suspensa 
(ADIN 2.238-5). 
 
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Se a adoção de tais medidas não resultar em diminuição dos excessos 
nos prazos estabelecidos, enquanto perdurar o excesso o ente incorrerá 
nas seguintes proibições (art. 23, § 3º): 
� Receber transferências voluntárias; 
� Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente da federação; 
� Contratar operações de crédito, salvo as destinadas ao 
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução de 
despesas com pessoal. 
 
Atenção! As proibições acima estão suspensas enquanto não julgado o 
mérito da ADIN 2.238-5. 
 
Importante! Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e 
cinco por cento) do limite de cada Poder ou órgão a LRF veda a quem 
houver incorrido no excesso praticar os seguintes atos: 
� Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de 
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial 
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no 
inciso X do art. 37 da Constituição; 
� Criação de cargo, emprego ou função; 
� Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 
� Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a 
qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou 
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 
� Contratação de hora extra, salvo no caso de convocação 
extraordinária do Congresso Nacional e outras situações previstas na lei 
de diretrizes orçamentárias. 
 
 
3. Das transferências voluntárias 
 
Para fins da Lei de ResponsabilidadeFiscal, transferências voluntárias 
compreendem a entrega de recursos provenientes da arrecadação de 
receitas correntes ou de capital a outros entes da federação, a título de 
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de 
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determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de 
Saúde - SUS. 
 
Para a efetivação dessa transferência, a operação, obrigatoriamente, 
além da observância à LDO, deverá ser observado o seguinte: 
 
� Existência de dotação específica, ou seja, deverá haver na Lei 
Orçamentária Anual, uma previsão de créditos que dêem cobertura a 
referida transação; 
� Proibição de transferências voluntárias de recursos para pagamento 
de pessoal ativo, inativo ou pensionista dos entes da federação; 
� Comprovação, por parte do beneficiário da transferência, das 
seguintes situações: 
 
1. Que se acha em dia com o pagamento de tributos, empréstimos e 
financiamentos devidos ao ente transferidor, e também com a prestação 
de contas de recursos anteriormente dele recebidos; 
 
2. Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à 
saúde; 
 
3. Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de 
operações de crédito, inscrição de restos a pagar e despesa com 
pessoal; 
 
4. Previsão orçamentária de contrapartida, ou seja, deverá haver no 
ente beneficiário da transferência qual a soa cota. 
 
5. Que a transferência não seja para pagamento de despesas com 
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
 
Atenção! Não poderá haver suspensão das transferências voluntárias 
relativas às ações de educação, saúde e assistência social. 
 
4. Destinação de recursos públicos para o setor privado 
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A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir 
necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá 
ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na 
LDO e estar prevista na LOA ou em seus créditos adicionais. 
 
Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou 
jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos 
financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores 
aos definidos em lei ou ao custo de captação. 
 
Proibição de socorro a instituições financeiras: 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos 
públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do 
Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de 
empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de 
controle acionário. 
 
Observe que podem ser utilizados recursos públicos, inclusive de 
operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro 
Nacional, desde que haja autorização, mediante lei específica. 
 
A LRF proíbe taxativamente, porém, com ressalva, o socorro às 
instituições do Sistema Financeiro Nacional - SFN. Tal proibição tem 
como objetivo primordial evitar a repetição de programas idealizados 
por governantes para socorrer instituições integrantes do SFN. 
 
Para solucionar essa problemática, a LRF prevê solução para eventuais 
situações de insolvência, ou seja, a criação de fundos e outras formas 
legais que dêem cobertura a essas instituições. 
 
5. Da dívida e do endividamento 
 
Refere-se ao endividamento do setor público, definindo as regras para 
administração da dívida pública, formas de endividamento do Estado, 
bem como as diretrizes gerais para administração da dívida pública 
(fundada e flutuante) e gestão patrimonial. 
 
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Atenção aos conceitos! 
Dívida flutuante é a dívida de curto prazo (até 12 meses) e não 
necessita, em tese, de autorização legislativa para o seu resgate 
(pagamento). É a dívida integrante do passivo financeiro no balanço 
patrimonial. 
 
Dívida fundada é a dívida de longo prazo (acima 12 meses) e sempre 
necessita de autorização legislativa para o sua realização e resgate. É a 
dívida integrante do passivo permanente no balanço patrimonial. 
 
Para os efeitos da LRF são adotadas as seguintes definições: 
� Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado 
sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, 
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da 
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior 
a doze meses; 
� Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos 
emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e 
Municípios; 
� Operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão 
de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da 
venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras 
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; 
� Concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação 
financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a 
ele vinculada; 
� Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para 
pagamento do principal acrescido da atualização monetária. 
 
Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão 
de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. 
 
Atenção! Também integram a dívida pública consolidada as operações 
de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham 
constado do orçamento. 
 
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As dívidas fundada ou consolidada, contraídas através de operações de 
crédito, até o advento da LRF era só aquela com previsão de resgate 
com prazo superior a um ano. Esse também é o conceito da Lei nº 
4.320/64. Nesse ponto seu conceito foi modificado pela LRF. 
 
A partir da LRF, uma operação de crédito em que suas receitas tenham 
constado na LOA, mesmo que esteja previsto o resgate em prazo 
inferior a um ano, deverá fazer parte da dívida de longo prazo (dívida 
fundada). 
 
Todos os conceitos acima mencionados são referentes às 
espécies da dívida pública. 
O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao 
término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício 
anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento 
para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização 
monetária. 
 
5.1. Dos limites da dívida pública 
 
Os limites para a dívida consolidada dos Estados e dos Municípios foram 
definidos a partir 20 de dezembro de 2001, pela Resolução n° 40 do 
Senado Federal, a quem compete, nos termos da Constituição Federal, 
definir limites de endividamento e condições para contratação de 
operações de crédito. 
 
Pelo disposto na LRF, o Presidente da República teria um prazo de 
noventa dias para submeter ao Senado Federal proposta de limites 
globais para o montante da dívida consolidada, tanto da União como dos 
Estados e Municípios, em cumprimento ao que dispõe o art. 52 da CF. 
 
O parágrafo 2º do art. 30 da LRF permite que a proposta de limites 
globais seja apresentada em termos de dívida líquida, o que equivale a 
abater, do total da dívida de cada ente, os respectivos créditos 
financeiros (depósitos, aplicações etc.). 
 
Atenção! Os limites globais para a dívida consolidada dos três níveis de 
governo serãoverificados a partir de percentual da Receita Corrente 
Líquida - RCL, representando o nível máximo admitido para cada um 
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deles, sendo a verificação do seu atendimento realizada ao final de cada 
quadrimestre (art. 30, § 3º e 4º), ou semestre, no caso dos Municípios 
com menos de 50 mil habitantes. 
 
O parágrafo 6º do artigo 30 da LRF prevê a alteração dos limites, em 
caso de instabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária 
ou cambial, de forma a mantê-los adequados às novas condições. 
 
De acordo com a Resolução do Senado Federal n° 40/01, até quinze 
anos após a sanção dessa Resolução os entes públicos estarão sujeitos 
às seguintes normas: 
 
� O limite máximo de endividamento para os Estados corresponderá a 
duas vezes a sua RCL anual; 
� Para os Municípios, este limite máximo corresponderá a 1,2 vezes a 
RCL anual; 
 
Atenção! Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do 
orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida 
consolidada, para fins de aplicação dos limites. Assim sendo, os 
precatórios judiciais poderão integrar a dívida consolidada, desde que 
tenham sido incluídos na LOA e não pagos durante sua execução. 
 
5.1. Recondução da dívida aos limites 
 
Importante! A LRF estabelece prazos e condições rígidos para os entes 
que ultrapassarem os respectivos limites de endividamento. Se 
verificada a ultrapassagem dos seus limites ao final de um 
quadrimestre, a eles deverão retornar nos três quadrimestres seguintes, 
eliminando pelo menos 25% já no primeiro quadrimestre. 
 
Durante o tempo em que estiverem acima dos limites, os entes estarão 
sujeitos às seguintes sanções institucionais: 
 
� Proibição de realizar operação de crédito, inclusive ARO, excetuado o 
refinanciamento da dívida mobiliária; 
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� Obrigatoriedade de obtenção de superávit primário para redução do 
excesso, inclusive através de limitação de empenho; 
� Proibição de recebimento de transferências voluntárias, caso não 
eliminado o excesso no prazo previsto e enquanto durar o mesmo; 
 
Atenção! Para a LRF, refinanciar e pagar dívida sempre pode. 
 
6. Contratação de operação de crédito 
 
Toda e qualquer operação de crédito pleiteada, por ente da Federação, 
inclusive empresas controladas, estará sujeita à verificação do 
cumprimento dos respectivos limites de endividamento, pelo Ministério 
da Fazenda (art. 32 da LRF). 
 
Portanto, verificação do cumprimento de limites de endividamento é 
competência do Ministério da Fazenda. 
 
Além disso, as operações de crédito realizadas por ente da Federação 
serão registradas pelo Ministério da Fazenda, que garantirá acesso 
público a essas informações. 
 
O ente interessado em contratar operações de crédito formalizará seu 
pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, 
demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social 
da operação e o atendimento das seguintes condições: 
� Existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no 
texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica; 
� Inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos 
provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação 
de receita; 
� Observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal; 
� Autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de 
operação de crédito externo; 
� Atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição; 
� Observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei 
Complementar. 
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6.1. Operações de crédito vedadas 
 
O art. 35 da LRF proíbe a realização de empréstimos (operações de 
crédito) entre os entes da Federação, sob qualquer forma, incluindo o 
refinanciamento ou a postergação de dívida anteriormente contraída. 
 
Exceção única! 
O parágrafo 1º do art. 35 permite a realização de operações de crédito 
entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive a 
administração indireta, desde que não sejam destinadas a financiar 
despesas correntes, nem ao refinanciamento de dívidas que não as 
contraídas com a própria instituição concedente. 
 
Exemplo: A União não poderá conceder empréstimos a um Estado ou 
Município, porém, o Banco do Brasil poderá realizar operação de crédito 
com os Estados ou Municípios. 
 
O art. 37 ainda veda uma série de outros procedimentos, equiparando-
os a operações de crédito. 
 
As vedações são: 
� Antecipações de receita de tributo ou tributação, antes da ocorrência 
do seu fato gerador; 
� Antecipação de valores por empresa estatal, com exceção de lucros e 
dividendos; 
� Assunção de qualquer modalidade de compromisso com fornecedores, 
inclusive para pagamento a posteriori, sem autorização orçamentária, 
exceção feita às empresas estatais. 
 
 
6.2. Antecipações de receitas orçamentárias – ARO 
Atualmente essa prática que já foi bastante utilizada está mais restrita, 
devendo restringir-se unicamente ao atendimento de insuficiência de 
caixa durante o exercício e, ainda, atender a todas as normas relativas 
às operações de crédito constantes do (art. 32 da LRF). 
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Imposições à realização de ARO: 
� Realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; 
� Deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o 
dia dez de dezembro de cada ano; 
� Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a 
taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à 
taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir; 
Estará proibida: 
� Enquanto existir operação anterior da mesma natureza não 
integralmente resgatada; 
� No último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito 
Municipal. 
 
As AROs não serão computadas para efeito da “regra de ouro”, 
conforme dispõe o inciso III do art. 167 da CF, desde que liquidadas até 
o dia dez de dezembro de cada ano. Significa que as receitas de ARO 
não serão computadas entre as receitas de capital, desde que liquidadas 
até o dia dez de dezembro de cada ano. 
Nunca é demais mencionar que as receitas de ARO são extra-
orçamentárias. 
 
Para estados e Municípios as regras para as AROs são diferentes! 
As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por 
Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito 
junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo 
eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil. 
 
O Banco Central do Brasil deverá manter sistema de acompanhamento e 
controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos 
limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora. 
 
7. Garantia e contragarantia 
 
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A concessão de quaisquer garantias em operações de crédito está 
sujeita às normas referentes aos limites e condições das operações de 
crédito previstas no art. 32 da LRF. 
 
Como pré-condição, qualquer garantia exige que o seu beneficiário 
ofereça contragarantia, em valor igual ou superior à garantia a ser 
recebida, e, adicionalmente, a plena adimplência para com o ente 
garantidor. 
 
A contragarantia exigida pela União a Estados ou Município, ou pelosestados aos municípios, poderá consistir na vinculação de suas receitas 
tributárias próprias, ou das transferências constitucionais. 
As entidades da administração indireta não poderão conceder garantia, 
com exceção da que envolva empresa controlada à própria subsidiária, 
ou por instituição financeira a empresa nacional. 
 
Por último, o ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela 
União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação 
de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos 
até a total liquidação da dívida. 
 
Como funciona o sistema de garantia e contragarantia? 
 
Um Estado “X” realiza um empréstimo de um organismo internacional e 
oferece como garantia a receita a ser auferida na cobrança de pedágio 
da ponte a ser construída com o empréstimo. 
Esse Estado deverá oferecer contragarantia à União, autorizando-a a 
reter parte das transferências ao Fundo de Participação do estado – FPE. 
 
Em última instância, caso o Estado “X” não pague o empréstimo, a 
União pagará com os recursos que reteve do estado. 
 
Podemos citar como funciona esse procedimento através do seguinte 
exemplo: 
 
 
 
UNIÃO Contragarantia. 
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8. Restos a pagar 
 
Restos a pagar são dívidas passivas. São despesas empenhadas e não 
pagas no exercício anterior. 
 
Regra importante! Existe proibição, na LRF, de que o titular de Poder ou 
órgão contraia, nos dois últimos quadrimestres de seu mandato, 
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro 
do exercício ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte 
sem que haja disponibilidade de caixa suficiente. 
 
No cálculo das disponibilidades de caixa deverão ser abatidos todos os 
encargos e demais compromissos a vencer até o final do exercício. 
 
Essa determinação tem sido interpretada pelos Tribunais de Contas de 
forma favorável aos gestores. 
 
Entendem os Tribunais que a interpretação da LRF nem sempre poderá 
ser feita literalmente, sendo necessário ainda, a verificação dos seus 
efeitos, no sentido de não prejudicar o bom funcionamento dos serviços 
públicos. 
 
A Lei nº 10.028/00, denominada Lei de Crimes Fiscais, caracterizou 
como crime, cuja punição é de reclusão de um a quatro anos. Portanto, 
Órgão emprestador 
dos recursos – credor 
do Estado. 
Estado “X” – Ente 
tomador do 
empréstimo – devedor. 
 Garantia 
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o gestor que ordenar ou autorizar a assunção de obrigação em 
desacordo com as determinações do art. 42 da LRF estará sujeito à Lei 
de crimes fiscais. 
 
 
Os restos a pagar podem ser utilizados para abrir créditos adicionais? 
 
Os restos a pagar, conforme determina o art. 92 da Lei nº 4320/64, 
fazem parte da dívida flutuante cujo total deverá constar no passivo 
financeiro do balanço patrimonial (art. 105, § 3º, da Lei nº 4320/64). 
 
Os créditos adicionais têm como uma de suas fontes de recursos para a 
abertura de crédito adicional o superávit financeiro apurado no exercício 
anterior (art. 43, § 1º, I). 
 
Portanto, o cancelamento de restos a pagar só poderá ser utilizado 
como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, no 
exercício seguinte ao do cancelamento, se, em função da anulação, 
resultou superávit financeiro, que vem a ser a diferença positiva entre o 
ativo financeiro e o passivo financeiro apurado no balanço patrimonial 
encerrado em 31 de dezembro. 
 
9. Disponibilidades de caixa: 
 
As disponibilidades de caixa obrigatoriamente deverão ser depositadas 
em instituições financeiras oficiais (art. 164, § 3º, da CF). 
É vedada a aplicação das disponibilidades de caixa em: 
� Títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e 
outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo Ente da 
Federação; 
� Empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder 
Público, inclusive a suas empresas controladas. 
As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos 
específicos a que se referem os artigos 249 e 250 da Constituição, 
ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de 
cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos 
limites e condições de proteção e prudência financeira (art. 43, § 1o). 
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Essa regra estabelece, por exemplo, que as disponibilidades de caixa do 
regime geral da previdência social – RGPS e dos regimes próprios de 
previdência dos servidores públicos ficarão depositadas em contas 
separadas. Ou seja, essas disponibilidades de caixa serão segregadas e 
ficarão à disposição dos fundos a que estão vinculadas. 
 
10. Preservação do patrimônio público: 
 
Não mais se admite a hipótese de aplicação de receitas oriundas da 
alienação de bens e direitos em despesas correntes. 
 
Exemplo: Um prefeito não pode vender um trator da prefeitura e a 
receita obtida aplicar em despesas correntes – despesas com pessoal, 
material de consumo, serviços de terceiros etc. 
 
Uma única exceção! A destinação legal de tais recursos aos regimes de 
previdência social, geral e próprio dos servidores. 
 
Utilizando o mesmo exemplo acima, a receita obtida na venda do trator 
poderia ser aplicada em despesa com pessoal inativo – benefícios 
previdenciários dos servidores do município, desde que essa destinação 
esteja prevista em lei. 
 
A LRF estabelece que é nulo de pleno direito ato de desapropriação de 
imóvel urbano expedido sem prévia e justa indenização em dinheiro ou 
prévio depósito judicial do valor da indenização. 
 
Portanto, quanto à desapropriação de imóveis urbanos, a ordem é 
garantir a prévia e justa indenização em dinheiro ou o depósito judicial 
do valor. 
 
A lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos 
quanto à aquisição ou construção de bens de capital, após 
adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as 
despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que 
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
 
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O Poder Executivo de cada Ente da Federação encaminhará ao 
Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao 
cumprimento das regras de preservação do patrimônio público previsto 
na LRF. 
 
 
11. Empresas controladas pelo poder público 
 
Essas empresas controladas pelo Poder Público devem fazer publicar 
balanços trimestrais, devendo constar, das correspondentes notas 
explicativas, informações sobre as operações realizadas sob condições 
diversas das de mercado e, em relação ao controlador, os bens e os 
serviços a ele fornecidos, assim como sobre os recursos por ele 
transferidos a qualquer título. 
 
12. Da transparência, controle e fiscalização 
 
A LRF dedicou importância ao controle das contas públicas, para tanto, 
dedicou todo um capítulo na sua abordagem. 
 
Para efeito da LRF, consideram-se instrumentos de controle e 
transparência: 
� A LOA, LDO e o PPA; 
� As prestações de contas e o respectivo parecer prévio; 
� O Relatório Resumido da Execução Orçamentária e a sua versão 
simplificada; 
� O Relatório de Gestão Fiscal e a sua versão simplificada.� Divulgação dos resultados de gestão e de políticas públicas em todos 
os meios de comunicação possíveis; 
� Incentivo à participação popular; 
� Audiências públicas durante os processos de elaboração e de 
discussão dos orçamentos; 
� Prestação de contas; 
 
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Para fins de dar consistência e transparência na fiscalização, a 
escrituração contábil das operações realizadas pelos entes da federação 
deverão ser efetuadas de forma padronizada, obedecendo às normas 
gerais de contabilidade pública e as determinações da LRF constantes 
nos seus artigos 50 e 51. 
 
Existe ainda determinação para que a União realize a consolidação 
nacional, e por esfera de governo, das contas públicas dos entes da 
federação, a qual será promovida pelo Poder Executivo da União até o 
dia 30 de junho de cada ano, relativas as contas do exercício anterior. 
 
A consolidação das contas públicas será efetuada com base nas 
informações fornecidas pelos Estados, Municípios e DF, os quais deverão 
prestar as informações à União até o dia 30 de abril para os municípios e 
até 30 de maio para os estados. 
 
Ficarão impedidos de receber transferências voluntárias de recursos e 
contratar operação de créditos, exceto as destinadas ao refinanciamento 
do principal atualizado da dívida mobiliária, caso os entes da federação 
descumpram os prazos supracitados. 
 
13. Regras de escrituração das contas públicas 
 
Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a a LRF 
estabelece que a escrituração das contas públicas observará as 
seguintes normas: 
A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem 
identificados e escriturados de forma individualizada; 
Importante! A despesa e a assunção de compromisso serão registradas 
segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter 
complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa – 
essa regra ratifica o regime contábil misto para a contabilidade pública 
previsto na Lei nº 4.320/64 (caixa para as receitas e de competência 
para as despesas); 
As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, 
as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da 
administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa 
estatal dependente; 
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Atenção! As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos, ou seja, as 
receitas e despesas previdenciárias serão evidenciadas em 
demonstrativo à parte. A intenção é demonstrar a situação econômico-
financeira dos regimes previdenciários. 
As operações de crédito, as inscrições em restos a pagar e as demais 
formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a 
terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a 
variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a 
natureza e o tipo de credor; 
A demonstração das variações patrimoniais – DVP dará destaque à 
origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. 
Assim sendo, conforme a LRF, a DVP deverá destacar a origem e o 
destino dos recursos provenientes de alienação de bens patrimoniais. 
 
A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá 
ao órgão central de contabilidade da União - STN, enquanto não 
implantado o conselho de conselho de gestão fiscal, constituído por 
representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério 
Público e de entidades técnicas representativas da sociedade. 
Importante! A Administração Pública deverá manter sistema de custos 
que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial. 
 
13.1. Regras para consolidação nacional das contas públicas 
A consolidação nacional das contas públicas é uma regra que tem por 
finalidade demonstrar a situação econômico-financeira dos entes da 
Federação. Assim sendo a sociedade terá uma visão de conjunto das 
finanças públicas brasileira. 
O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a 
consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da 
Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive 
por meio eletrônico de acesso público. 
Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder 
Executivo da União nos seguintes prazos: 
Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até 
trinta de abril; 
Estados, até trinta e um de maio. 
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Portanto, os municípios encaminham seus demonstrativos contábeis ao 
Estado onde esteja situado e à União, até 31/04 de cada ano. 
 
O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a 
situação seja regularizada, que o ente da Federação receba 
transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as 
destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida 
mobiliária. 
 
14. Divulgação dos resultados que comprovem a transparência 
da gestão fiscal e dos gastos públicos 
 
14.1. Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO 
 
O RREO é composto de duas peças básicas e de alguns demonstrativos 
de suporte. 
 
As peças básicas são o balanço orçamentário, cuja função é especificar, 
por categoria econômica, as receitas e as despesas orçamentárias e o 
demonstrativo de execução das receitas (por fonte) e das despesas (por 
grupo de natureza). 
 
Atenção! A Portaria MPOG nº 42/99, estabelece procedimentos quanto à 
discriminação da despesa por funções e estabelece os conceitos de 
função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais e 
outras providências. 
 
Importante! O Relatório Resumido de Execução Orçamentária – de 
competência exclusiva do Poder Executivo, conforme preceitua o art. 
165 § 3º da Constituição Federal, será publicado até trinta dias após o 
encerramento de cada bimestre, e será composto dos seguintes 
instrumentos: 
� Balanço Orçamentário, que demonstrará a receita prevista e a 
realizada o saldo resultante da diferença de ambas – as despesas 
fixadas e realizadas e o saldo resultante da diferença de ambas; 
� Demonstrativo da Execução das receitas despesas, o qual deverá 
possuir um elevado nível de detalhamento, as receitas serão detalhadas 
por categoria econômica (receitas correntes e de capital) e por fontes 
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(origem da mesma), as despesas por categoria econômica ( corrente e 
de capital), por grupo de despesas, por função e subfunção; 
� Acompanharão ainda o referido relatório, demonstrativos que 
promovam detalhamentos que façam com que o mesmo seja mais 
compreensível, que elucidam uma melhor compreensão. 
 
Importante! De todos os balaços públicos, o único que existe norma 
obrigando sua publicação mais de uma vez por ano é o balanço 
orçamentário. Todos os outros (balanço financeiro, patrimonial e 
demonstração das variações patrimoniais), a obrigatoriedade de 
elaboração e divulgação é anual. 
Portanto, o balanço orçamentário deverá ser publicado a cada bimestre, 
juntamente co o RREO. 
 
A obrigatoriedade de elaboração e publicação do RREO está prevista 
tanto na CF quanto na LRF. 
 
14.2. Relatório de Gestão Fiscal - RGF 
 
Esse assunto, em função de sua complexidade será abordado em aula 
específica. 
 
O Relatório de Gestão Fiscal é de apresentação obrigatóriapor todos os 
poderes e respectivos órgãos. Deverá ser publicado até 30 dias após o 
final de cada quadrimestre e conterá: 
� As informações necessárias à verificação da conformidade, com os 
limites de que trata a LRF, das despesas com pessoal, das dívidas 
consolidada e mobiliária, da concessão de garantias, das operações de 
crédito e das despesas com juros; 
� O elenco de medidas adotadas com vistas à adequação das variáveis 
fiscais aos seus respectivos limites; tratando-se do último quadrimestre, 
demonstração do montante das disponibilidades ao final do exercício 
financeiro e das despesas inscritas em restos a pagar. 
 
 
No último quadrimestre, deverá ser demonstrado o montante das 
disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro e das despesas 
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inscritas em restos a pagar, distinguindo-as em liquidadas e não 
liquidadas, além das despesas não inscritas por falta de disponibilidade 
de caixa e cujos empenhos foram cancelados. 
 
Observações importantes! 
1. A elaboração e publicação do RREO é bimestral, e do RGF, 
quadrimestral; 
2. O RREO é obrigação do Poder Executivo e o RGF é de todos os 
Poderes e órgãos; 
3. O RREO abrange todos os Poderes e o Ministério Público e será 
elaborado pelo Executivo; 
4. Os Municípios com população inferior a 50 mil habitantes podem 
optar por elaborar o RGF semestralmente e publicar em até 30 após o 
término do semestre; 
5. Os Municípios com população inferior a 50 mil habitantes não podem 
optar por elaborar o RRE semestralmente. 
 
O Relatório de Gestão Fiscal conterá demonstrativos comparativos com 
os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: 
 
� A despesa total com pessoal, evidenciando as despesas com ativos, 
inativos e pensionistas; 
� Dívida consolidada; 
� Concessão de garantias e contragarantias; 
� Operações de crédito; 
� Demonstrativo dos limites; 
� Além disso, o referido relatório indicará as medidas corretivas 
adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites. 
 
No último quadrimestre, o relatório deverá conter, também, os 
seguintes demonstrativos: 
 
� Do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de 
dezembro; 
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� Da inscrição em Restos a Pagar das despesas liquidadas, das 
empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da 
disponibilidade de caixa e das não inscritas por falta de disponibilidade 
de caixa e cujos empenhos foram cancelados; 
� Do cumprimento do disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, no 
que se refere à liquidação da operação de crédito por antecipação de 
receita, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de 
dezembro de cada ano, além do atendimento à proibição de contratar 
tais operações no último ano de mandato do Presidente, Governador ou 
Prefeito Municipal; 
� Da despesa com serviços de terceiros. 
 
Foi exigido em concurso! 
 
(ESAF AFC – 2002) Acerca do Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária e do Relatório de Gestão Fiscal, de que trata a Lei 
Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), é correto 
afirmar que: 
a) possuem periodicidade quadrimestral e bimensal, respectivamente. 
b) ambos possuem periodicidade mensal. 
c) possuem periodicidade bimensal e quadrimestral, respectivamente. 
d) ambos são de responsabilidade exclusiva do titular do poder 
executivo, mesmo quando tratarem das diversas gestões nos poderes 
Legislativo e Judiciário. 
e) sua composição, embora definida em lei, pode ser alterada a critério 
do emitente. 
 
Comentários: 
1º. A palavra respectivamente significa “nessa ordem”. 
2º. O Relatório Resumido da Execução Orçamentária deverá ser 
elaborado bimestralmente e será publicado até trinta dias após o 
encerramento de cada bimestre; 
3º. Relatório de Gestão Fiscal deverá ser elaborado quadrimestralmente 
e publicado em até 30 dias após o término do quadrimestre e conterá os 
demonstrativos comparativos com os limites de que trata a LRF; 
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4º. É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta mil 
habitantes optar por divulgar semestralmente o Relatório de Gestão 
Fiscal. Porém, a regra geral é a sua elaboração quadrimestral. 
A opção correta é a letra “c”. 
 
 
15. Prestações de contas 
 
As contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo incluirão, além das 
suas próprias, serão acompanhadas pelas dos Presidentes dos órgãos 
dos Poderes Legislativo e Judiciário, além das do Chefe do Ministério 
Público. 
 
Todas as contas são objeto de parecer prévio do respectivo Tribunal de 
Contas. 
 
Atenção! O parecer do respectivo Tribunal de Contas será individual, ou 
seja, será um parecer independente para cada Poder. 
 
A emissão do parecer prévio deverá ocorrer no prazo de sessenta dias, 
contados da data do recebimento das contas. 
 
Tratando-se de Município com menos de duzentos mil habitantes, desde 
que não seja sede de capital, o prazo é dilatado para cento e oitenta 
dias. 
 
Caso as constituições estaduais ou as leis orgânicas municipais 
disponham diferentemente, prevalece o prazo para a emissão do 
parecer por elas estabelecidos. 
 
Em todo e qualquer caso, veda-se aos Tribunais de Contas o recesso de 
suas atividades enquanto houver contas pendentes do respectivo 
parecer. 
 
A responsabilidade pela fiscalização quanto ao cumprimento das normas 
de gestão fiscal é atribuída ao Poder Legislativo, este com o auxílio do 
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Tribunal de Contas, e aos sistemas de controle interno de cada Poder e 
do Ministério Público. 
 
Deve ser dada ênfase especial na fiscalização de alguns aspectos 
específicos, a exemplo: 
 
� Verificação do cumprimento das metas previstas na lei de diretrizes; 
� Observância dos limites e das condições para a realização de 
operações de crédito e a inscrição de despesas em restos a pagar; 
� Adoção de medidas para a adequação das despesas com pessoal e 
das dívidas mobiliária e consolidada aos respectivos limites; 
� Observância das normas atinentes à destinação dos recursos oriundos 
da alienação de ativos; 
� Respeito aos limites aplicáveis aos gastos do Poder Legislativo 
municipal, caso existam tais limites. 
 
Ainda é competência dos Tribunais de Contas, verificar o cumprimento 
dos limites relativos às despesas com pessoal e alertar Poderes e órgãos 
sobre: 
 
� Sobre a possibilidade de extrapolação do limite referencial para as 
despesas com juros; 
�Quando às despesas com pessoal e os montantes das dívidas 
consolidada e mobiliária, das operações de crédito e das garantias 
concedidas ultrapassarem 90 por cento dos limites a elas aplicáveis; 
� Que as despesas com inativos e pensionistas se encontram acima do 
limite correspondente; 
� Sobre fatos que comprometam os custos ou os resultados de 
programas, assim como indícios de irregularidades na gestão. 
 
Atenção! Ao Tribunal de Contas da União foi atribuída a incumbência de 
acompanhar a legalidade das operações com títulos públicos, realizadas 
entre a União, por intermédio do Tesouro Nacional e o Banco Central do 
Brasil. 
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16. Disposições finais e transitórias 
 
Por fim, a LRF ainda estabelece as seguintes regras: 
 
� Da faculdade, conferida a Estados eMunicípios, para fixar limites 
inferiores (mais rigorosos) que aqueles estabelecidos pela LRF, no que 
diz respeito aos limites de endividamento, contratação de operações de 
crédito e garantias concedidas; 
� Da possibilidade de oferecimento de títulos da dívida pública em 
caução, tendo em vista a garantia de empréstimos; 
� Da constituição do Conselho de Gestão Fiscal; 
� Da criação do Fundo do Regime Geral de Previdência Social; 
 
 
17. Para finalizar, alguns exercícios e questões de concursos 
relacionadas ao estudo da LRF! 
 
1. (ESAF – AFC/CGU – 2006) Na Lei de Responsabilidade Fiscal, 
aprovada em maio de 2000, enfatiza-se a transparência como condição 
para o controle social das ações dos governos, a fim de que os 
contribuintes tomem consciência do uso que os administradores públicos 
dão aos recursos extraídos da tributação. Entre as normas estabelecidas 
pela LRF aponte a opção errada. 
a) Limites para gastos com pessoal – a remuneração dos servidores não 
deve ultrapassar a 60% das receitas líquidas correntes. 
b) Limites para o endividamento – o Senado pode aprovar uma revisão 
dos limites atuais proposta pelo Presidente da República. 
c) Metas fiscais anuais – o planejamento orçamentário deve estabelecer 
metas fiscais para três anos consecutivos. 
d) Provisão para despesas correntes – as autoridades públicas não 
podem tomar medidas que criem despesas futuras que durem mais de 
dois anos sem apontar para uma fonte de financiamento ou um corte 
compensatório em outros gastos. 
e) Provisão especial para os anos eleitorais – a lei proíbe que os 
governadores e prefeitos nos dois últimos anos do mandato antecipem 
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receitas tributárias por meio de empréstimo de curto prazo, concedam 
aumento de salários e contratem novos servidores públicos. 
 
Comentários: 
O comando da questão pede a opção errada. 
a) Correta. Essa opção, apesar de seu “generalismo”, está corretíssima. 
Dentro dos limites de gastos com pessoal dos governos (União, 
Estados/DF e Municípios), o máximo permitido é 60% para os Estados 
ou para os Municípios. Observe que no comando da questão menciona-
se a palavra “governos”. 
b) Correta. Conforme o inciso VI do artigo 52 da CF, compete 
privativamente ao Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da 
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
c) Correta. O § 1º do art. 4o da LRF estabelece que integrará o projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que 
serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, 
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante 
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
d) Correta. A criação ou aumento de despesas obrigatórias de 
caráter continuado, criadas por Lei, Medida Provisória ou ato 
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a dois anos, não poderão afetar as 
metas de resultados fiscais previstos, devendo ainda seus efeitos 
financeiros nos períodos seguintes ser compensados pelo aumento 
permanente de receita (elevação de alíquotas, ampliação da base de 
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição) ou pela 
redução permanente de despesa. 
e) Essa é a incorreta. A lei não proíbe que os governadores e prefeitos 
realizem nos dois últimos anos do mandato Antecipações de Receitas 
Orçamentárias – AROs. A proibição é apenas no último ano de mandato. 
As AROs são antecipações de receitas tributárias por meio de 
empréstimo de curto prazo. 
O parágrafo único do art. 21 da LRF prevê que é nulo de pleno direito o 
ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento 
e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo 
Poder ou órgão. 
 
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2. (ESAF – AFC – SFC/2000) Entre os demonstrativos financeiros 
aplicados ao setor público, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu 
um deles como elemento obrigatoriamente integrante do Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária o (a) 
a) Balanço Orçamentário 
b) Balanço Financeiro 
c) Balanço Patrimonial 
d) Demonstração das Variações Patrimoniais 
e) Demonstração do Resultado do Exercício 
 
3. (ESAF – AFC – SFC/2000) Nos termos da Lei de Responsabilidade 
Fiscal, a escrituração e consolidação das contas, além de obedecer às 
demais normas de contabilidade pública, observará o seguinte: 
a) A disponibilidade orçamentária constará de registro próprio, de modo 
que as dotações vinculadas a órgão, fundo ou despesa obrigatória 
fiquem identificadas e escrituradas de forma individualizada. 
b) A despesa e a assunção de compromissos, bem como, em caráter 
complementar, o resultado dos fluxos financeiros, serão registrados 
segundo o regime de competência. 
c) As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e 
conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou 
entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive 
empresa estatal dependente. 
d) As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em 
conjunto com os demonstrativos financeiros e orçamentários do 
orçamento fiscal. 
e) Apenas as operações de crédito e as inscrições em Restos a Pagar 
deverão ser escrituradas de modo evidenciar o montante e a variação 
da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o 
tipo de credor. 
 
4. (ESAF – AFC – SFC/2000) Entre outros aspectos, a Lei de 
Responsabilidade Fiscal caracteriza-se por trazer ao universo público 
uma série de novos conceitos e procedimentos. No caso específico do 
Relatório de Gestão Fiscal, a ser emitido ao final de cada quadrimestre, 
é incorreto afirmar que ele deverá conter: 
a) Comparativo entre a despesa total com pessoal e os limites de que 
trata a Lei. 
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b) Comparativo entre as concessões de garantias e os limites de que 
trata a Lei. 
c) Comparativo entre as operações de crédito, inclusive por antecipação 
de receita, e os limites de que trata a Lei. 
d) Demonstrativo, apenas no último quadrimestre, das despesas 
empenhadas e não liquidadas inscritas em Restos a pagar. 
e) Demonstrativo, em todas as suas edições, das despesas liquidadas 
inscritas em Restos a Pagar. 
 
5. (ESAF-TCE/ES-2001) O compromisso financeiro assumido em razão 
de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição 
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da 
venda a termo de bens e serviços, para efeito da Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000) é considerado: 
a) dívida pública consolidada 
b) dívida pública mobiliária 
c) operação de crédito 
d) dívida pública fundada 
e) concessão de garantia 
 
6. (ESAF-TCE/ES-2001) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 
101/2000) estabeleceu que os Estados não poderão gastar com pessoal 
mais de 60% da sua receita corrente líquida, sendo que até 6% desse 
limite global é reservado ao Poder Legislativo, incluído o Tribunal de 
Contas. 
a) Correta a assertiva. 
b) Incorreta a assertiva, porque o limite global não é de 60% e sim de 
50%. 
c) Incorreta a assertiva, porque a parcela do Legislativo não é de até 
6% mas sim 3%. 
d) Incorreta a assertiva, porque na parcela do Legislativo não está 
incluído o TCE. 
e) Incorreta a assertiva, porque a parcela é de 6% para o Legislativo, 
além de mais 3% para o TCE. 
 
7. (Auditor– MT/2001) A Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101 de 
04/05/00 trata dos limites com despesas de pessoal, estabelecendo, 
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respectivamente, os seguintes percentuais para as esferas de cada 
poder: 
a) União: 60% (sessenta por cento), Estado: 60% (sessenta por cento), 
e Município: 60% (sessenta por cento). 
b) União: 55% (cinqüenta e cinco por cento), Estado: 60% (sessenta 
por cento), e Município: 60% (sessenta por cento). 
c) União: 50% (cinqüenta por cento), Estado: 60% (sessenta por 
cento), e Município: 50% (cinqüenta por cento). 
d) União: 60% (sessenta por cento), Estado: 50% (cinqüenta por 
cento), e Município: 60% (sessenta por cento). 
e) União: 50% (cinqüenta por cento), Estado: 60% (sessenta por 
cento), e Município: 60% (sessenta por cento). 
 
8. (ESAF – AFCE/TCU – 2000) As disposições da Lei de Responsabilidade 
Fiscal relativas à renúncia de receita não são aplicáveis à alteração de 
alíquotas, na forma do 1º art. 153 da Constituição, do imposto sobre: 
a) renda e proventos de qualquer natureza. 
b) Produtos industrializados. 
c) Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens e direitos. 
d) Propriedade territorial rural. 
e) Ganhos de capital. 
 
9. (ESAF – AFC – SFC/2000) A Lei de Responsabilidade Fiscal é um 
código conduta para os administradores públicos, que obedecerão às 
normas e limites para administrar as Finanças Públicas brasileiras. 
Assinale a opção não pertinente à responsabilidade na gestão fiscal. 
a) Ação planejada e transparente. 
b) Prevenção de riscos e desvios capazes de afetar o equilíbrio das 
contas públicas. 
c) Desvinculação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. 
d) Cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas 
propostas nos orçamentos. 
e) Obediência a limites e condições quanto à renúncia da receita e à 
geração de despesas. 
 
10. Para fins do art. 18 da LRF, a apuração da despesa total com 
pessoal será: 
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a) Bimestralmente, através do Relatório de Gestão Fiscal. 
b) Trimestralmente, através do Relatório da Gestão Fiscal. 
c) Mensalmente, de acordo com o Relatório Resumido de Execução 
Orçamentária. 
d) Apurada somando-se a realizada no mês em referência com a dos 
onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. 
e) Apurada somando-se a realizada no mês de referência com as dos 
onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime misto. 
 
11. A LRF estabelece percentuais máximos de despesa total com pessoal 
em relação a RCL, para cada ente da Federação. Esses percentuais 
máximos são: 
a) União: 60%; Estado: 60%; Municípios: 60% 
b) União: 50%; Estado: 60%; Municípios: 60% 
c) União: 50%; Estado: 50%; Municípios: 50% 
d) União: 60%; Estado: 60%; Municípios: 54% 
e) União: 49%; Estado: 50%; Municípios: 60% 
 
12. Para o cálculo da despesa total com pessoal, algumas despesas não 
devem ser incluídas: 
a) Despesas com cargos comissionados. 
b) Despesas com pagamentos de Militares. 
c) Pagamento de horas extras. 
d) Indenização por demissão de servidores ou empregados. 
e) Despesas com décimo terceiro salário. 
 
13. O parágrafo único do art. 21 da LRF assim dispõe: Também é nulo 
de pleno direito o ato de que resulte aumento de despesa com pessoal 
expedido nos ___________ anteriores ao final do mandato do titular do 
respectivo Poder ou Órgão referido no art. 20. A lacuna deve ser 
preenchida com o respectivo prazo: 
a) Dois quadrimestres. 
b) Cento e vinte dias. 
c) Sessenta dias. 
d) Cento e oitenta dias. 
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e) Dois Exercícios. 
 
14. Para efeito da LRF, entende-se por transferências voluntárias: 
a) A entrega de recursos correntes ou de capital decorrentes de 
determinação constitucional ou legal. 
b) A entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da 
Federação, excetuando aqueles decorrentes de cooperação, auxílio ou 
assistência financeira. 
c) A entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da 
Federação a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que 
não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao 
Sistema Único de Saúde. 
d) A entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da 
Federação a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, 
inclusive aqueles destinados ao Sistema Único de Saúde. 
e) A entrega exclusiva de recursos correntes a outro ente da Federação, 
a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra 
de determinação constitucional, legal ou dos destinados ao Sistema 
Único de Saúde. 
 
15. Uma das sanções imposta pela LRF é a proibição de receber 
transferências voluntárias. Entretanto, algumas áreas foram ressalvadas 
na lei. São elas: 
a) Educação, cultura e bolsa-escola. 
b) Educação, saúde e assistência social. 
c) Previdência social, saúde e educação. 
d) Previdência social, obras e assistência social. 
e) Educação apenas. 
 
16. As operações de crédito de prazo inferior a 12 meses, cujas receitas 
tenham constado no orçamento, devem ser consideradas: 
a) Dívida pública consolidada. 
b) Dívida pública mobiliária. 
c) Operação de crédito. 
d) Concessão de garantia. 
e) Refinanciamento da dívida. 
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17. De acordo com o art. 31 da LRF, caso o ente tenha ultrapassado o 
limite da dívida consolidada ao final de um quadrimestre, terá que 
adotar a seguinte providência: 
a) Reconduzir a dívida aos seus limites, até o término dos quatro 
quadrimestres subseqüentes, reduzindo excedente em, pelo menos, 
25% (vinte e cinco por cento) no primeiro. 
b) Reconduzir a dívida aos seus limites, até o término dos três 
quadrimestres subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 
25% (vinte e cinco por cento) no primeiro. 
c) Reconduzir a dívida aos seus limites no dois exercícios subseqüentes. 
d) O percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres 
seguintes, sendo, pelo menos, um terço no primeiro, adotando-se, entre 
outras, as providências previstas nos §§3º e 4º, do art. 169 da 
Constituição. 
 
18. Enquanto o ente estiver acima dos limites de endividamento 
estabelecidos pela LRF, uma série de restrições lhe é imposta. Assinale a 
opção que não representa uma sanção imposta ao ente: 
a) Realizar operações de crédito interna ou externa. 
b) Realizar operações de crédito por antecipação de receita. 
c) Realizar operações de crédito para financiamento do principal 
atualizado da dívida mobiliária. 
d) Receber transferências voluntárias da União. 
e) Receber transferências voluntárias do Estado. 
 
19. Quanto às Operações de Crédito por antecipação de Receita, é 
correto afirmar que: 
a) Podem ser realizadas livremente durante todo o exercício financeiro. 
b) Têm até o final do exercício financeiro para serem liquidadas, 
inclusive com o pagamento de juros e encargos incidentes. 
c) Poderão ser autorizadas se forem cobrados outros encargos que não 
a taxa de juros da operação, obrigatoriamente pré-fixada ou indexada à 
taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir. 
d) Poderão ser efetuadas, ainda que exista operação anterior, da 
mesma natureza, integralmente não resgatada. 
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e) Estão sempre proibidas no último ano do mandato do Presidente,Governador ou Prefeito Municipal. 
 
20. Acerca dos restos a pagar, conforme previsto no art.42 da LRF, 
assinale a opção correta: 
a) É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
cento e oitenta dias do seu mandato, contrair obrigações de despesa 
que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha 
parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente 
disponibilidade de caixa para este efeito. 
b) É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois exercícios financeiros, contrair obrigações de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a 
serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente 
disponibilidade de caixa para este efeito. 
c) É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois bimestres do seu mandato, contrair obrigações de pagamento que 
não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha 
parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente 
disponibilidade de caixa para este efeito. 
d) É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigações de despesa que 
não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha 
parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente 
disponibilidade de caixa para este efeito. 
e) É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, no último 
quadrimestral do seu mandato, contrair obrigações de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a 
serem pagas no exercício seguinte, sem haver disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
 
21. O Relatório Resumido de Execução Orçamentária é composto de 
diversas peças informativas, entre elas, o (a): 
a) Demonstrativos da execução das receitas por categoria econômica e 
fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o 
exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a 
previsão a realizar. 
b) Comparativo, com os limites de que trata a LRF, com a despesa total 
de pessoal, distinguindo inativos e pensionistas. 
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c) Comparativo, com os limites de que trata a LRF, com as dívidas 
consolidada e mobiliária. 
d) Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se 
ultrapassado qualquer dos limites estabelecidos na LRF. 
e) Demonstrativo, no último quadrimestral, do montante das 
disponibilidades de caixa em 31 de dezembro. 
 
22. O Relatório Resumido de Execução Orçamentária e o Relatório de 
Gestão Fiscal deverão ser publicados, exceto para os municípios com 
menos de 50 mil habitantes, respectivamente: 
a) Semestralmente e bimestralmente. 
b) A cada dois quadrimestres e semestralmente. 
c) A cada trimestre e quadrimestralmente. 
d) Em cada quadrimestre e a cada bimestre. 
e) Em cada bimestre e a cada quadrimestre. 
 
Bom estudo 
 
Um forte abraço e fique em paz. 
 
Gabarito: 
1. Comentada - 2 a 3 c 4 e 5 c 6 c 7 e 8 b 9 c 10 d 11 b 12 d 13 d 14 c 15 b 16 a 17 b 
18 c 19 e 20 d 22 a 22 e.

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