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Plantio Direto

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DIVERSIDADE DA MACROFAUNA EDÁFICA EM RELAÇÃO AO MANEJO ADOTADO
MARLON EBONE, MATHEUS JOHN, MAURICIO LIBERALI, NÉLIO CLERICI
Introdução
	A biologia do solo é o estudo dos organismos (vegetais ou animais) que vivem no solo e suas relações entre si. Esses organismos podem ser classificados por seu tamanho , além disso, também faz parte da biologia do solo o sistema radicular das plantas em desenvolvimento. A biologia do solo, alinhada a física e complementada pela química são três segmentos da Ciência do Solo que contribuem para a estruturação de um sistema equilibrado e eficiente. (ARAÚJO et al., 2012)
	A macrofauna do solo atuam como os engenheiros do ecossistema inclui os organismos como as minhocas, insetos, miriápodes e aracnídeos e seus benefícios resultam, principalmente, da movimentação mecânica do solo, aumentando a aeração e a redistribuição dos nutrientes, além de incrementar o teor de matéria orgânica no perfil do solo. Esses organismos são afetados pelo manejo do solo, incluindo as práticas agrícolas. A densidade, a diversidade e a presença de grupos específicos são critérios utilizados na avaliação da qualidade do solo (SOUZA et al., 2015)
	Assim o manejo do solo pode ocasionar mudanças nos componentes biológicos, muitas vez essas mudanças são mais rápidas quando comparadas a outros atributos, podendo servir como um indicador de mudanças nesse agroecossistema, por isso a importância do conhecimento da macrofauna e seu comportamento para avaliar a qualidade do solo ( BARRETA et al,. 2003 apud PAOLETTI E BRESSAN, 1996).
	Os organismos da macrofauna edáfica tem contribuição direta para a avaliação dos sistemas de produção agrícola. Tais Informações obtidas podem colaborar para o desenvolvimento de estratégias de recuperação do solo ou redução de danos causados ao mesmo (HUBER & MORSELLI, 2011).
	Portanto o objetivo desta prática realizada e a elaboração deste resumo foram avaliar a diversidade encontrada no sistema de plantio direto e comparar os resultados obtidos com os diferente tipos de manejo, leva em consideração a riqueza, a abundância, os índices de diversidade e a massa seca.
Objetivos 
Objetivo geral
Coletar e identificar a fauna do solo em diferentes sistemas de manejo;
Objetivos específicos
Avaliar a diversidade de espécies;
Estimar a Matéria Seca;
Estimar os indices de Shannon, Simpson, Pielot;
Comparar diferentes manejos com a diversidade.
Materiais e Métodos
	A seguinte pratica foi realizada na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Cerro Largo- RS. Foram avaliados seis ambientes, sistema plantio direto ( figura 1), pousio coxilha, pousio várzea, um ambiente de borda de mata, mata marcado por grande quantidade de matéria orgânica em decomposição e PC. Para realizar este levantamento foi utilizado o método do Provid, a pratica foi realizada no dia 9 de outubro de 2018 e a analise e contagem foi realizada no dia 23 de novembro nos laboratórios da universidade. 
	Mediante a isto, dividiu-se a turma em grupos, onde cada um desses grupos recebeu um PROVID, sendo este uma adaptação do modelo Pitfall Trap, que tem como objetivo a realização da avaliação da macrofauna e mesofauna epiedáfica do ambiente, tendo por vantagens a eficiência, facilitando o manejo e a praticidade (ANTONIOLLI et al., 2006)
	O método do Provid foi realizado em duplicata cada turma possuía seis grupos totalizando em um total de 12 armadilhas, duas duplicatas em cada sistema de manejo. Dentro da garrafa Pet foi colocado aproximadamente 250ml de álcool para que os animais que ali caem fiquem de certa forma conservados, era cavado pequenos buracos e colocado o Provid sendo que as janelas de cada armadilha devem ficar ao nível do solo e no total são 4 janelas assim facilitando a entrada da fauna que passasse pelo local a distância de uma armadilha a outra era de cerca de 10 metros.
	O método Provid (figura 2) foi escolhido por trazer grandes vantagens, como sendo de fácil manejo, de boa praticidade e ainda muito barato e mesmo assim consegue ser tão eficiente quanto ao pitfal trap, ele apresenta algumas desvantagens como a perda de repetição por vandalismo de alguns mamíferos, mas como é um método barato não e de muita desvantagem.
Figura 1: Instalação do Provid
	
Autor: Nélio Clereci
Figura 2 : Provid
Autor: (ANTONIOLLI et al., 2006)
A outra pratica realizada no dia 23 de novembro em laboratório foi a contagem dos organismos coletados no Provid que mesmo com o álcool por causa do longo tempo de coleta alguns organismos já estavam se deteriorando, mas não ao ponto de não conseguir identifica-los a classificação foi realizada em luparia após uma explicação de como identificar os diferentes grupo e os resultados obtidos anotado em uma planilha para futuras contas para analise da diversidade como Shannon, Simpson e Pielou. 
Resultados e Discussão 
	Após retirada do Provid e contagem dos organismos dentro dos seis ambientes poderia se encontrar diferentes ordens, dependendo do ambiente foram encontras de 13 gêneros na Mata até 7 gêneros no Sistema plantio convencional que foram as seguintes: dermaptera, thysanura, orthoptera, blattodea, hymenoptera, hemíptera, díptera, lepidóptera, coleóptera, collembola, isopoda, araneae e acarina.
	Com os resultados em mãos foi possível realizar o calculo de diversidade utilizando Shannon que calcula a riqueza e Simpson e Pielou que indicam dominância e equitabilidade.
	ÍNDICES DE DIVERSIDADE 
	
	SPD
	POUSIO COXILHA
	POUSIO VÁRZEA
	MATA
	BORDA MATA
	PC
	S
	9
	8
	9,5
	14
	12
	7
	N
	149
	132
	135,5
	187
	120,5
	144,5
	H'
	1,56
	1,4
	1,84
	2,07
	1,97
	1,23
	1-D
	0,73
	0,63
	0,8
	0,82
	0,82
	0,6
	J
	0,71
	0,67
	0,81
	0,77
	0,79
	0,66
	r= 0,65
	
	
	
	
	
	
Figura 3: Média das diversidades nos diferentes manejos
 	A letra S, corresponde a o número de táxons, riqueza de espécies encontradas em cada área amostrada. A letra N o total de indivíduos encontrados de todas as espécies. H’ corresponde ao índice Shannon que estima a diversidade de espécies. 1-D corresponde ao índice Simpson, que calcula e estima as dominâncias de espécies e por último, J que corresponde ao índice Pilou que calcula a equitabilidade da comunidade.
	MASSA SECA
	
	g
	kg/ha
	SPD
	44,2
	7072
	POUSIO COXILHA
	18,9
	3024
	POUSIO VÁRZEA
	25,3
	4048
	MATA
	93,5
	14960
	BORDA MATA
	29,5
	4720
	PC
	1,4
	224
	Conclusão
A maior diversidade e abundancia de táxons foram encontrados na área de mata, isso se dá pela diversidade de material orgânico presentes na serapilheira da mesma, e como vimos na tabela 2 maior quantidade de massa seca, assim contribuindo para um ambiente mais diversos e com o maior número de espécies. O plantio convencional obteve os piores índices de riqueza e equitabilidade, por possuir uma baixa massa de material orgânico, uma serapilheira pequena o que faz com que aja uma baixa disponibilidade de alimento e uma diversidade menor. Nas áreas de manejo agrícola se destaca o sistema plantio direto, que bem manejado produz uma alta quantidade de material orgânico, sendo assim uma serapilheira que atrai uma grande diversidade de espécies.
	
REFERÊNCIAS
ANTONIOLLI, Zaida Inês et al. Método alternativo para estudar a fauna do solo. Ciência Florestal, v. 16, n. 4, p. 407-417, 2006. Disponível em <https://periodicos.ufsm.br/index.php/cienciaflorestal/article/view/1922> 	Acessado em 24 de novembro de 2018.
BARETTA, Dilmar et al. Fauna edáfica avaliada por armadilhas de catação manual afetada pelo manejo do solo na região oeste catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias, v. 2, n. 01, p. 97-106, 2003. Disponível em < http://www.revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/5616/3798> Acesso em 24 de novembro de 2018.
DE ARAÚJO, Edson Alves et al. Qualidade do solo: conceitos, indicadores e avaliação. Applied Research & Agrotechnology, v. 5, n. 1, p. 187-206, 2012. <Disponível em https://revistas.unicentro.br/index.php/repaa/article/viewFile/1658/1686>Acesso em 24 de novembro de 2018.
HUBER, Ana Cláudia Kalil; MORSELLI, Tânia Beatriz. Estudo da mesofauna (ácaros e colêmbolos) no processo da vermicompostagem. Revista da FZVA, v. 18, n. 2, 2011. Disponível em <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fzva/article/view/7671/7359> Acesso em 24 de novembro de 2018.
SOUZA, M. H. et al. Macrofauna do solo. Enciclopédia biosfera, Goiânia, v. 11, n. 22, p. 115-131, 2015.Disponível em <http://www.conhecer.org.br/enciclop/2015E/Macrofauna.pdf> Acesso em 24 de novembro de 2018.

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