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2. Crimes x Adm. Pública particular

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CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Estes crimes, assim como os crimes do capítulo anterior do CP, são crimes que possuem a administração pública como sujeito passivo, podendo haver casos em que, eventualmente, o particular também seja sujeito passivo do crime. Aqui, os crimes são comuns, ou seja, podem ser praticados por qualquer pessoa. 
USURPAÇÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA 
(art. 328)
Usurpar o exercício de função pública. 
USURPAR: desempenhar indevidamente atividade pública, sem aprovação em concurso ou nomeação para tal função ou sem qualquer vínculo com a administração pública. 
O agente precisa ter ciência de que o ato é específico de certo cargo público. 
Apresentar-se como funcionário público, sem, contudo, desempenhar a função, é contravenção penal (art. 45, LCP). 
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: normal funcionamento da administração pública. 
SUJEITO ATIVO: particular e funcionário público que exerce a função de outro (escrevente que exerce a função de juiz, escrivão ou investigador que exerce função de delegado). 
SUJEITO PASSIVO: Estado.
CONSUMAÇÃO: no momento em que pratica a função – não precisa de outro resultado. 
QUALIFICADORA: se do fato o agente aufere vantagem (moral, sexual, política, material). 
TENTATIVA: é possível. 
AÇÃO PENAL: ação penal pública incondicionada.
Diferença do ESTELIONATO: se o agente efetivamente pratica atos próprios de certa função, responde por usurpação (se auferir vantagem: forma qualificada). Por sua vez, quando o agente mente que exerce uma função pública para induzir alguém a erro e obter vantagem ilícita, responde pelo estelionato. Ex.: mentir ser fiscal e pedir dinheiro para regularizar ato (mentiu para obter vantagem, sem praticar ato específico da função pública). 
Exemplos: 
1.Cidadão que se apresenta no batalhão da PM vestido como se fosse militar do BOPE, para participar de operação, sem possuir autoridade para isso. 
2. Pessoa que se apresenta como agente de trânsito e realiza blitz, requerendo documentos de identidade e do veículo. Se receber dinheiro (auferir vantagem) para não multar: usurpação qualificada. 
3. Pessoa que se apresenta como promotor e passa a fazer audiência em nome do Ministério Público. Preste atenção que se um funcionário do Ministério Público faz audiência em nome do Promotor, responde pelo crime, pois está atuando fora das suas funções. 
RESISTÊNCIA (art. 329)
Opor-se à execução de um ato legal mediante VIOLÊNCIA ou AMEAÇA, à funcionário público competente ou quem lhe presta auxílio. 
Precisa ser necessariamente durante a prática do ato legal. 
Se for depois da execução do ato, pode configurar outro crime como, por ex., lesão corporal ou ameaça. 
VIOLÊNCIA: contra o funcionário ou quem o auxilia (ser for contra a coisa: crime de dano qualificado). 
Não se trata de mero desrespeito, mas de uso de violência ou ameaça (ATENÇÃO! A ameaça não precisa ser grave). 
Destaque-se que ofensas não são ameaças – as ofensas podem configurar o descato e não ao crime de resistência. 
Divergência doutrinária e jurisprudencial: existe entendimento de que aquele que resiste à prisão em razão de estar sendo preso em flagrante por crime que exige a violência ou grave ameaça para sua caracterização, não responde pela RESISTÊNCIA, considerando-se a violência aqui empregada como mero desdobramento do crime principal. Por ex., nos crimes de roubo, extorsão, a resistência é absorvida. 
A resistência PASSIVA (atitude ghândica) não configura o crime, tendo em vista que não há violência ou ameaça. Pune-se apenas a resistência comissiva: 
Por ex., jogar-se no chão ou sair correndo para não ser preso, abraçar um poste, trancar-se dentro de um carro para evitar sua busca e apreensão, esconder as mãos para não algemar. 
ATO LEGAL: para configurar a resistência o ato precisa legal. Assim, a resistência para impedir ato ilegal é conduta atípica – como, por ex., resistir a prisão sem mandado de prisão, prisão para averiguação. 
FUNCIONÁRIO COMPETENTE: é necessário que o funcionário, vítima da resistência, seja competente para a prática do ato. O funcionário incompetente não é sujeito passivo deste crime. 
EMBRIAGUEZ: a embriaguez não afasta o crime, pois não exige dolo específico. A violência ou ameaça não pode ser relevada em decorrência da embriguez. Mesmo que embriagado, permanence a responsabilidade penal. 
SUJEITO PASSIVO: Estado e, secundariamente, funcionário público que sofre a violência ou ameaça e pessoa que auxilia. 
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa. Não só a pessoa contra quem é dirigido o ATO LEGAL, mas também quem resiste junto com a pessoa contra . 
Por ex.: se o vizinho, juntamente com quem está legalmente sendo despejado, opõe-se com violência ou ameaça ao ato do oficial de justiça na ação de despejo, responde pelo crime de resistência. Se ambos agridem o oficial, ambos respondem por resistência. 
VIOLÊNCIA CONTRA DOIS OU MAIS FUNCIONÁRIO PÚBLICOS: crime único, porque o sujeito passivo é a administração pública como um todo (não há concurso formal). Por ex., a resistência a tropa de choque da PM é crime único, pois o sujeito passivo é o Estado. 
CONSUMAÇÃO: crime formal, no momento da violência ou ameaça. 
QUALIFICADORA: se a resistência impedir a prática do ato (art. 329, § 2.º)
CONCURSO DE CRIMES: o próprio tipo determina que se da violência resulta lesão corporal ou morte, responde pela resistência em concurso material (penas serão somadas) com a lesão corporal ou homicídio. 
AÇÃO PENAL: pública incondicionada.
E se o alguém resistir à prisão em flagrante executada por um particular (atitude permitida pelo art. 301 do CPP)? 
Nesse caso, não pratica o crime em questão, pois o particular não é considerado funcionário público, não podendo ser realizada analogia in malam partem. Responde pelo resultado que causar (lesão ou morte). 
Exemplos: 
1. Empurrar oficial de justiça para conseguir entrar no carro e impedir a busca e apreensão deste. 
2. Meliante que agride com socos policiais em abordagem policial.
3. Ir com o carro para cima de policiais para passar por blitz policial. 
DESOBEDIÊNCIA (art. 330)
Desobedecer à ordem legal de funcionário público. NÃO CUMPRIR DOLOSAMENTE.
A desobediência pode ser praticada por:
AÇÃO: quando a ordem determina uma omissão (abrir um estabelecimento interditado). 
OMISSÃO: quando a ordem é uma ação (não comparecer a uma audiência). 
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: prestígio e o cumprimento das ordens emitidas por funcionários públicos no desempenho de suas atividades. 
REQUISITOS para configuração do crime: 
1. ORDEM: mandamento (mera solicitação não configure crime). 
2. LEGAL: material e formalmente = a ordem deve ter o conteúdo e forma legais.
3. EMANADA DE FUNCIONÁRIO COMPETENTE: não há crime, por ex., se o delegado solicita ao gerente dados bancários sigilosos para instruir o inquérito policial. Somente o juiz pode requisitar a quebra de sigilo bancário. 
4. DIRIGIDA A QUEM TEM O DEVER JURÍDICO DE CUMPRIR A ORDEM: não há crime se o particular não tem o dever jurídico de cumprir a ordem. 
Obs. 1: o agente não responde pela desobediência se esta decorre de caso fortuito ou força maior. Por ex., uma testemunha não comparecer à audiência de processo penal, a qual foi intimada, em decorrência de doença ou acidente no trajeto ao forum. 
Obs. 2: para responder penalmente é fundamental que não haja outra sanção. Se houver outra sanção (civil ou administrativa), é necessário ressalva da acumulação das sanções. 
Ex. 1. O art. 219, Código de Processo Penal (CPP) prevê que o juiz pode aplicar a pena de multa para a testemunha que não comparecer à audiência, sem prejuízo da sanção penal por crime de desobediência. O CPP traz a ressalva da autonomia do crime de desobediência (autônomo em relação à multa): Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processopenal por crime de desobediência [...]. 
Ex. 2.: O art. 442 do CPP não faz essa ressalva quando se refere à intimação para comparecimento à sessão do júri. Assim, não é possível a responsabilização penal pelo crime de desobediência: Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de comparecer no dia marcado para a sessão ou retirar-se antes de ser dispensado pelo presidente será aplicada multa de 1 a 10 salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a sua condição econômica.
Ex. 3: O art. 195 do Código de Trânsito prevê multa àqueles que desobedecem o agente de trânsito (não apresentar documentos pessoais e do veículo), mas não faz a ressalva da autonomia do crime de desobediência – ou seja, não prevê de forma expressa que deverá responder penalmente. Neste caso, não é possível responsabilizar o condutor desobediente, pois para tal desobediência existe a previsão de pena de multa. 
MEDIDA PROTETIVA DA LEI MARIA DA PENA: o não cumprimento das medidas protetivas não autoriza a responsabilização por crime de desobediência. Admite-se outras medidas, como auxílio policial ou prisão preventiva (HC 394.567/SC, DJe 15/05/2017).
SUJEITO ATIVO: quanto ao particular não há dúvidas sobre a possibilidade de ser responsabilidade por desobediência. E quanto aos funcionários públicos? 
O funcionário público pode responder por desobediência quando age como particular (não atende a intimação de processo penal). O funcionário público também responde pela desobediência quando descumpre ORDEM JUDICIAL, no desempenho das suas funções. 
MANDADO DE SEGURANÇA: a autoridade coatora que descumpre determinação judicial em sede de Mandado de Segurança, responde pela desobediência (art. 26, Lei 12.016/2009).
SUJEITO PASSIVO: Estado.
CONSUMAÇÃO: 1. Se a ordem for uma ação: no momento da omissão. Se por ex., a ordem for para desocupar uma casa em 30 dias, expirado esse prazo, está configurado o crime. Se não tiver um prazo específico, precisa ser um tempo juridicamente relevante, que demonstre a intenção de descumprir a ordem. 2. Se a ordem determina uma omissão: no momento da ação. 
TENTATIVA: possível na forma comissiva.
Se utilizar violência ou ameaça: pode configurar crime de resistência. 
Se a recusa for apenas de se identificar perante a autoridade: contravenção penal (art. 68, LCP).
Não configura o crime se o réu desobedece a ordem que possa lhe incriminar (fornecer exame grafotécnico, registros vocais).
DESACATO (art. 331) 
Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. 
DESACATAR: ofender, desrespeitar sem violência ou agressão. 
MEIO DE EXECUÇÃO: qualquer meio de execução pode configurar o crime - palavras, gestos ou qualquer meio que evidencie a intenção de ofender ou humilhar. 
Pode ser praticado, inclusive, por omissão, no caso do agente fingir não perceber a presença do funcionário público de forma proposital, intencional, reduzindo à insignificância a função que exerce. 
Meras críticas ao exercício da função do servidores, se realizada de maneira condizente com os padrões de respeito e urbanidade, não tipifica o crime. 
Caracteriza-se independente do funcionário sentir-se ofendido. Pune-se a ofensa objetiva, pois o bem jurídico tutelado é a DIGNIDADE da Administração Pública e não a honra subjetiva do servidor público. Por isso, necessariamente a ofensa precisa referir-se à função pública. 
Não há necessidade da presença de outras pessoas para a configuração do crime. 
É necessário que a ofensa seja proferida na presença do funcionário. 
ATENÇÃO: parte da doutrina entende que não há desacato se este for praticado por carta, telefone, rádio, telegrama, televisão, fax, porque a presença do funcionário é imprescindível. Há quem entende ser possível a prática do desacato pela TV, MSN, watsapp, salas de bate papo, rádio, videoconferência, excluindo o crime apenas se praticado por meio de carta. 
O crime pode ser praticado quando o funcionário público exerce sua função na repartição ou horário de trabalho, ou quando está de folga. No entanto, é elementar que a ofensa refira-se à FUNÇÃO EXERCIDA. Assim, se uma pessoa desacatar Delegado de Polícia no domingo à tarde, na praia, em razão de ter sido preso meses antes, pratica o crime de desacato (em razão da função que exerce). 
No entanto, ofender o mesmo Delegado, dentro da Delegacia, no horário do expediente, mas em razão de uma rixa particular (venda de um carro defeituoso, problemas pessoais ou familiares) não há desacato, pois a ofensa refere-se à pessoa (ofensa subjetiva), e não à figura do funcionário público, podendo ser o agente responsabilizado pelo crime de injúria. 
JURISPRUDÊNCIA: Não é suficiente que a denúncia, cuidando de delito de desacato, afirme, genericamente, que o acusado desacatou o servidor público no exercício da sua função. É preciso que o especifique e consigne, de forma expressa, quais as palavras, gestos ou meios utilizados para a prática do delito, sob pena de inépcia.
OBJETO JURIDICO TUTELADO: interesse patrimonial e moral da administração pública. 
SUJEITO ATIVO: inegável que haverá o crime quando o desacato partir de um particular. No caso do funcionário provocar a repulsa, não há desacato. Mas e se quem cometer o desacato for funcionário público? Existem três correntes:
1. Não é possível. A lei determina que somente o extraneus (particular) pode cometer este delito, pois ele se encontra no capítulo dos crimes praticados por particular. 
2. É possível, desde que o funcionário desacate seu superior hierárquico. Para esta corrente, se entre os funcionários não há uma relação de hierarquia, não é possível configurar o crime. 
3. É possível em qualquer caso. Essa é a predominante: entende que o funcionário que desacata outro funcionário público, é, neste momento, apenas um particular, devendo responder pelo crime. 
EMBRIAGUEZ: ao contrário do crime de resistência, a embriaguez exclui a tipificação do crime, pois o entendimento jurisprudencial que prevalece é de que o estado de embriaguez exclui o dolo específico, ou seja, a intenção de ofender a função pública do agente. 
Damásio: entende que apenas a embriaguez completa, capaz de retirar a capacidade volitiva e intelectual do sujeito. 
EXALTAÇÃO DOS ÂNIMOS: o entendimento majoritário é de que o estado de cólera e a exaltação de ânimos exclui o dolo específico e, por isso, isenta o agente da responsabilidade penal pelo desacato. Para outra parte da doutrina e jurisprudência, o fato do agente estar exaltado ou irritado não descaracteriza o crime, devendo responder penalmente pelo crime de desacato. 
ADVOGADO: responde por desacato se ofender funcionário público em razão da função que exerce. O art. 7.º do Estatuto da OAB foi declarado inconstitucional por excluir a responsabilidade do advogado (ADI 1.127/DF).
A ofensa a vários funcionários públicos, na mesma ocasião, configura crime único de desacato e não concurso formal, pois se defende a administração pública como um todo. 
SUJEITO PASSIVO: Primeiramente, o Estado. Secundariamente, o funcionário público ofendido. 
CONSUMAÇÃO: no momento da ofensa. 
TENTATIVA: não é possível. Como se exige que o funcionário público esteja presente no momento do desacato, é inviável a tentativa. 
AÇÃO PENAL: pública incondicionada, de competência do juizado criminal. 
ATENÇÃO: Atualmente questiona-se o DESACATO é compatível com a Convenção Americana de Direitos Humanos, uma vez que ressalta a preponderância do Estado sobre o indivíduo. Ainda vai ser julgado pelo STF, em sede de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. Em suma, nesta representação destaca-se que a tipificação do crime de desacato atenta contra o regime democrático. 
Do mesmo modo, inibe a liberdade de expressão nos seus aspectos e fundamentos essenciais, além de atingir mais severamente aqueles que estão em luta pela implementação de seu catálogo de direitos fundamentais, em clara ofensa ao princípio da igualdade, ressaltando aindaque a situação “compromete o Brasil no cenário internacional, em razão do não cumprimento de obrigações às quais aderiu livremente”.
RESISTÊNCIA E DESACATO NO MESMO CONTEXTO: quando o desacato e a resistência ocorrerem no mesmo contexto, de modo que a resistência configure mero desdobramento do desacato, aplica-se o princípio da consunção: o crime mais grave (desacato) absorve o menos grave (resistência) – ou vice e versa, pois existem decisões nos dois sentidos. No entanto, se as condutas forem distintas, de maneira independente, é possível o concurso material. 
Exemplos:
1. Rasgar mandado de intimação e jogar no chão; 
2. Policial pedir documento e a pessoa mostrar os “documento” (órgãos genitais);
3. Gestos com o “dedo do meio”.
4. Xingar policial de “arrombado” ao efetuar a prisão. 
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA (art. 332)
Solicitar, exigir, cobrar ou o obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. 
Este crime é uma espécie de estelionato pois o agente promete usar uma influência que não possui. 
Tipifica a conduta daquele que pretende obter vantagem em face de um particular, sob o argumento de que poderá influenciar na prática de determinado ato por um servidor público. O particular que paga ao agente para a suposta intermediação NÃO É SUJEITO ATIVO, mas sujeito PASSIVO do delito, pois embora sua conduta seja imoral, não é penalmente relevante, tendo sido também lesado pela conduta do agente, que o enganou.
Na verdade, entende-se que aquele que paga pelo suposto tráfico de influência é um corruptor putativo, pois imagina que está corrompendo a administração pública, no entanto, essa possibilidade não existe, em face da ausência de influência do agente que recebe a vantagem. 
1. Se a influência do agente for REAL, tanto o que influencia quanto aquele que paga por ela são considerados corruptores ativos (art. 333 do CP) – liame subjetivo entre os dois corruptores. 
2. Se a vantagem efetivamente se destina ao funcionário público – que a solicita indiretamente por meio de outra pessoa – ambos respondem por corrupção passiva (liame subjetivo com o funcionário público).
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: confiança e prestígio da administração pública.
SUJEITO ATIVO: qualquer particular ou funcionário público que alegue ter influência sobre outro. 
SUJEITO PASSIVO: Estado. Secundariamente, o particular.
CONSUMAÇÃO: crime formal, exceto na modalidade obter vantagem, que é material. 
CAUSA DE AUMENTO: a pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é destinada ao funcionário público. 
TENTATIVA: possível se for feito de forma escrita. 
Se a vantagem for especificamente para influenciar juiz, jurado, órgão do ministério público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha, o crime é de exploração de prestígio (art. 357). 
Exemplos:
1. Assessor de gabinete de deputado federal que solicita vantagem a pretexto de ter influência sobre o deputado. Se insinuar que a vantagem é, também, para o deputado, a pena deve ser aumentada na metade. 
2. Particular que alega ter influência sobre policias civis, solicita pagamento de dinheiro para evitar eventual prisão. 
3. Particular que alega ter amizade com fiscal da prefeitura e solicita dinheiro a pretexto do estabelecimento não passar por inspeções periódicas. Veja que o agente promete um êxito que não está ao seu alcance, iludindo a vítima. 
CORRUPÇÃO ATIVA (art. 333)
Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ATO DE OFÍCIO. 
Pode ser cometido de duas formas diferentes (crime de ação múltipla): OFERECER ou PROMETER vantagem indevida a funcionário público. 
Se a iniciativa for do funcionário público (solicita), o particular não responde por crime algum, pois embora imoral, sua conduta não é relevante penalmente. Existe, neste caso, apenas CORRUPÇÃO PASSIVA. 
Da mesma forma é possível corrupção ativa sem corrupção passiva: basta que o funcionário não aceite a vantagem. Existe, neste caso, apenas CORRUPÇÃO ATIVA. 
O sujeito ativo (particular) na corrupção ativa visa que o funcionário público: 
1. RETARDE ato de ofício: demore para concluir um inquérito para que ocorra a prescrição.
2. OMITA ATO de ofício: que o policial não multe; que o delegado não abra o inquérito. 
3. PRATIQUE ATO de ofício: emitir carteira de habilitação sem passar no exame.
VANTAGEM INDEVIDA: há divergência na doutrina. Predomina o entendimento de que pode ser qualquer tipo de vantagem: patrimonial, sexual, sentimental, política. 
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: a moralidade e patrimônio da administração. 
CONSUMAÇÃO: crime formal, no momento da oferta ou entrega. 
TENTATIVA: é possível na forma escrita. 
SUJEITO PASSIVO: o Estado. 
SUJEITO ATIVO: particular e funcionário público (chefe do poder executivo que oferece valores ao legislativo para aprovar uma lei – OFERECER é núcleo da corrupção ativa).
AÇÃO PENAL: pública incondicionada. 
Obs. 1: Competição desportiva: Estatuto do Torcedor. Obs. 2: Corrupção ativa de perito, tradutor ou interprete não oficiais: art. 343.
CAUSA DE AUMENTO: a pena do corruptor é aumentada em 1/3, se o funcionário público praticar, retardar ou omitir ato de ofício com infração do dever funcional. 
Exemplos de corrupção ativa: 
1. Presidente da Câmara Municipal condenado por atos corrupção ativa por tentar comprar alvará de soltura de traficantes junto aos funcionários da vara especializada contra crime organizado. 
2. Traficante (corrupção ativa) que oferece a desembargador dinheiro para obtenção de alvará de soltura. Se o desembargador aceita, responde por corrupção passiva. 
3. Estender a mão com dinheiro a um policial – ou abre a carteira cheia de dinheiro - para que não ser autuado por infração de trânsito. O crime pode ser praticado de qualquer forma: verbalmente (mais difícil provar), de forma escrita ou mesmo por gestos.
DESCAMINHO (art. 334) e 
CONTRABANDO (art. 334-A)
Com o advento da Lei 13.008/14, foi alterado o crime, anteriormente, previsto no artigo 334 do Código Penal “Contrabando ou Descaminho”, que pertenciam ao mesmo tipo penal, para dois tipos penais autônomos. Com isso, alguns pontos merecem destaque, pois o que era uma coisa, hoje são duas.
DESCAMINHO: Art. 334. ILUDIR, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
CONTRABANDO: Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria PROIBIDA: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
DESCAMINHO (art. 334)
ILUDIR, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. 
ILUDIR = fraudar, introduzir ou sair com a mercadoria de forma fraudulenta. 
NO DESCAMINHO, O CRIME É RELACIONADO AO (NÃO) PAGAMENTO DO IMPOSTO DEVIDO. 
DESCAMINHO: não se relaciona à mercadoria ser proibida. No entanto, principalmente a imprensa televisiva, tipifica a conduta como “contrabando” quando, na verdade, é descaminho. Considera-se objeto do crime de descaminho não só o não pagamento do imposto, mas também outros pagamentos necessários para a importação e exportação, como a tarifa de armazenagem e a taxa liberação da guia de importação. 
ABSORÇÃO DO FALSO: no descaminho, o crime de falsidade praticado como meio para a prática do crime, é por este absorvido. Responde o autor, portanto, apenas pelo crime de descaminho (crime fim). Princípio da consunção = Tema 933, STJ, em sede de recursos repetitivos. 
CONTRABANDO (art. 334-A)
A relação criminosa é com a mercadoria proibida no Brasil, ser importada ou exportada, como observado no dispositivo: 
IMPORTAR OU EXPORTAR MERCADORIA PROIBIDA
Se for proibida pela legislação (Anvisa, se for medicamento; Ministério da Agricultura, sefor alimento), será tipificado o crime de contrabando.
CONCLUSÃO: 
a prática de contrabando consiste na importação ou exportação de mercadoria proibida, atentando contra a saúde pública e administração pública.
a prática de descaminho é a ilusão do pagamento de imposto ou qualquer outro pagamento de direito, de mercadoria permitida, ofendendo a ordem tributária. 
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: controle da entrada e saída de mercadorias no país (CONTRABANDO); garantia de pagamento de tributos à Fazenda Nacional (DESCAMINHO). 
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa, pois trata-se de crime comum. O funcionário público que facilite a conduta, com violação do dever funcional, responde pelo crime de facilitação de contrabando ou descaminho (art. 318). 
SUJEITO PASSIVO: Estado. 
CONSUMAÇÃO: crime formal. Consuma-se com a entrada e saída de mercadoria no território nacional. Só há consumação depois de passar pela alfândega. 
TENTATIVA: possível nos casos em que a mercadoria é apreendida pela alfândega. Ex., automóvel importado, produtos de origem estrangeira apreendidos pela Polícia Federal, quando enviados pelo correio (triagem). 
ALFÂNDEGA: é uma repartição do Governo de controle do movimento de entrada (importação) e saída (exportação) de mercadorias, responsável, inclusive, pela cobrança de tributos. No Brasil está localizada nas regiões de fronteira, em aeroportos ou portos. Assim, se as mercadorias forem apreendidas na alfândega, o crime é tentado, pois não se consumou por circunstâncias alheias a vontade do agente. 
Obs. 1: a legislação especial prevalece sobre a ordinária: 
O ordenamento jurídico regula a importação e exportação de mercadorias específicas. Se a importação ou exportação tiver como objeto material droga ou substâncias análogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, tal conduta se subsumirá ao artigo 33, da lei 11.343/06 (Lei de Drogas).
Não só. Em caso de importação ou exportação de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente, aplica-se o tipo do artigo 18, da lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento).
CAUSA DE AUMENTO: a pena deve ser aplicada em dobro quando o contrabando ou descaminho for praticado por meio do transporte marítimo, aéreo e pluvial. 
AÇÃO PENAL: pública incondicionada. Em regra, competência da Justiça Federal. No entanto, quando o imposto iludido for estadual (como por ex., não pagamento dentro da zona franca de Manaus), a competência é da justiça estadual, se não ficar comprovada a transnacionalidade do delito. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
CONTRABANDO: os tribunais superiores têm-se manifestado, em geral, contrariamente à aplicação do princípio da insignificância no CONTRABANDO – pois não se trata de prejuízo tributário e sim de produtos proibidos que podem causar danos de maior gravidade à saúde (questão de saúde pública). No entanto, existem decisões em sentido contrário, por ex., de medicamentos para uso pessoal. 
Assim sendo, já foram consideradas condutas típicas de contrabando: importação não autorizada de cigarros e gasolina, medicamentos, arma de pressão, colete balístico, máquinas de jogos de azar. Quanto aos cigarros: é preciso ficar atento, pois se houve apenas a finalidade de não pagar o imposto de cigarro cuja entrada é legal, há crime de descaminho. Se a importação do cigarro for vedada, há contrabando. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
DESCAMINHO: tanto o STF quanto o STJ entendem ser possível a absolvição com base no princípio da insignificância. Se o valor do tributo cobrado for até 20 mil reais, o Ministério da Fazenda Nacional determina o arquivamento das execuções fiscais, tendo em vista o custo elevado do processo para sua cobrança. Por analogia, os tribunais afastam a tipicidade da conduta até 20 mil reais. 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
STF, Súmula 560: A extinção de punibilidade, pelo pagamento do tributo devido, estende-se ao crime de descaminho, por força do art. 18, § 2º, do Decreto-Lei 157/1967.
STJ: Entende inaplicável, ao descaminho, a extinção da punibilidade pelo pagamento dos tributos iludidos. (RHC 43.558⁄SP, Rel. Min. Jorge Mussi, quinta turma, julgado em 05⁄02⁄2015, DJe 13⁄02⁄2015)
FIGURAS EQUIPARADAS do descaminho: 
Art. 334 § 1.º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; (por ex., constitui crime praticar a navegação entre portos ou pontos do mesmo país, fora dos casos autorizados)
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; (Zona Franca de Manaus)
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
§ 2.º Equipara-se às atividades comerciais, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino (camelôs) de mercadorias estrangeiras, inclusive exercido em residências.
FIGURAS EQUIPARADAS do contrabando: Art. 334-A, § 1.º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; (Zona Franca de Manaus).
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente;
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação; 
ATENÇÃO: os cigarros produzidos no Brasil para exportação gozam de imunidade tributária (art. 153, § 3º, inc. III, CF) e por essa razão não podem ser importados. Nesse caso, o crime é de contrabando (Art. 334-A, § 1.º ).
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
§ 2.º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras (camelôs) inclusive o exercido em residências.
 INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU SINAL (ART. 336)
O tipo penal apresenta duas condutas: 
1. Rasgar, inutilizar ou conspurcar edital fixado por ordem de funcionário público. Edital: documento oficial afixado em lugar público. 
2. Violar ou inutilizar selo ou sinal de identificação que tenham sido empregados por funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto.
 
CONSPURCAR: quer dizer tornar ilegível porque sujou ou rabiscou. 
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: regularidade da administração pública.
SUJEITO PASSIVO: Estado
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa. 
CONSUMAÇÃO: crime formal – no momento do ato de rasgar, violar, inutilizar. 
TENTATIVA: é possível. 
Exemplos: 1. Violação de sinal de rádio da ANATEL para criação de rádio clandestina. 
2. Inutilização de selo do IBAMA, identificando área de proteção. 
3. Rasgar edital de citação fixado no juízo para publicidade. 
4. Rabiscar hasta pública para venda judicial de bens do devedor, para com o respectivo produto, o pagamento da dívida.
SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO (ART. 337)
O tipo penal apresenta as condutas de SUBTRAIR ou INUTILIZAR total ou parcialmente, LIVRO OFICIAL, PROCESSO ou DOCUMENTO confiado à custódia de funcionário público, ou de terceiro em serviço público, se não constitui crime mais grave (crime subsidiário). 
OBJETO JURÍDICO TUTELADO: preservação dos livros, documentos e processos. 
SUJEITO PASSIVO: Estado e, em segundo plano,as pessoas prejudicadas. 
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. 
CONSUMAÇÃO: crime formal – no momento que subtrai, inutiliza o livro, processo ou documento. TENTATIVA: é possível. 
Diferença das outras espécies:
Art. 305: crime mais grave, que pode ser praticado por qualquer pessoa (funcionário público ou não). O agente, neste crime, visa obter vantagem em proveito próprio ou alheio.
Art. 337: crime praticado por qualquer pessoa. O tipo exige que o documento esteja sob a custódia de funcionário ou particular, a serviço da adm. pública. Não é o próprio funcionário que pratica a conduta, mas outra pessoa. 
Art. 314: crime próprio, praticado por funcionário público (funcional). Por ser crime subsidiário, se o funcionário inutiliza livro ou documento, para obter vantagem em proveito próprio ou alheio, responde pelo art. 305 (que é mais grave). No art. 337, é terceiro que o inutiliza ou subtrai.
Art. 356: crime contra a Administração da Justiça, praticado por advogado ou procurador que destrói documento com valor probatório. 
CASO CONCRETO 2: Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Desacato: ofender funcionário público no exercício das suas funções. 
Resistência: opor-se à execução de ATO LEGAL, mediante violência ou ameaça, à funcionário competente ou quem lhe auxilie. 
Desobediência: desobedecer à ordem legal de funcionário público. 
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada. Configura crime de resistência, pois houve oposição à execução de um ATO LEGAL, mediante violência (chute) à funcionário competente.

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