Buscar

Questões respondidas - Sucessão Ecológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Beatriz Garcez ECZ7025 (2018.2) - Ecologia de Comunidades 
 
SUCESSÃO ECOLÓGICA 
Diferencie sucessão primária e secundária 
A sucessão primária é o estabelecimento e o desenvolvimento de comunidades em 
habitats recentemente formados ou perturbados anteriormente e destituídos de vida - após 
toda a vida ter sido eliminada. A regeneração de uma comunidade após uma perturbação é 
chamada de sucessão secundária - rapidamente segue uma perturbação que deixa alguns 
organismos no lugar. 
 
Defina comunidade de clímax. 
Os ecólogos tradicionalmente viam uma sucessão como levando à uma última 
expressão do desenvolvimento da comunidade, o seu clímax. Clements sugeriu um 
conceito de comunidades maduras (comunidades clímax) como sistemas fechados que 
chegaram ao seu auge. 
 
Por que a maioria dos ecólogos não considera mais uma comunidade de clímax 
como correspondente ao conceito de Clements de comunidade fechada? 
Nos últimos anos, o conceito de clímax como sistema fechado tem sido 
grandemente modificado. As comunidades são mais comumente vistas como sistemas 
abertos, cuja composição varia continuamente através dos gradientes ambientais. Além 
disso, vários fatores podem resultar em comunidades de "clímax" alternativas. 
 
Como as diferenças de investimentos em dispersão ou competição poderia afetar a 
colonização de pequenas áreas em oposição a grandes áreas numa comunidade? 
Espécies que ocupam grandes áreas investirão mais em dispersão e espécies 
que ocupam áreas menores investirão mais em competição. Em geral, espécies 
colonizadoras ou de sucessão primária investirão mais em dispersão e espécies de 
sucessão secundária e, principalmente, de clímax, investirão mais em competição. 
 
Explique como a velocidade de dispersão e crescimento de algumas espécies 
determinam a composição de estágios iniciais e avançados de uma comunidade. 
Os organismos que se dispersam e crescem rapidamente têm uma vantagem inicial 
sobre as espécies que se dispersam lentamente, e dominam os estágios iniciais de uma 
comunidade. Outras espécies se dispersam lentamente, ou crescem lentamente uma vez 
estabelecidas, e portanto se estabelecem mais tarde. 
 
Compare e confronte os conceitos de facilitação, inibição e tolerância no 
contexto da sucessão ecológica. 
As espécies sucessionais pioneiras, às vezes, modificam os ambientes, de 
modo a possibilitar que as espécies dos estágios tardios se estabeleçam. O processo 
pelo qual uma espécie aumenta a probabilidade de uma segunda se estabelecer é 
chamado de facilitação. A inibição é um processo em que a presença de uma espécie é 
inibida pela presença de outra. A inibição pode criar uma situação interessante - chamada 
de efeito de prioridade - quando os resultados de uma interação entre duas espécies 
depende de qual se estabelece primeiro. 
 
 
Beatriz Garcez ECZ7025 (2018.2) - Ecologia de Comunidades 
 
Existem também os primeiros colonizadores que não inibem nem promovem a chegada de 
espécies tardias (tolerantes). A colonização de algumas espécies mostra tolerância, pois 
não é influenciada por suas interações com outras espécies, mas depende somente 
da sua capacidade de dispersão e tolerância às condições físicas do ambiente, ou 
seja, uma espécie pode invadir um novo hábitat e se estabelecer de forma independente da 
presença ou ausência de outras espécies, dependendo somente da sua própria capacidade 
de dispersão e das condições abióticas. 
 
Que papéis os fungos micorrizais representam na facilitação e na inibição e qual sua 
relação com espécies exóticas invasoras? 
A colonização e a distribuição de espécies invasoras não nativas são governadas 
por muitos dos mesmos mecanismos que operam durante a sucessão. De fato, as espécies 
invasoras normalmente dominam as comunidades de plantas durante a sucessão inicial. 
Embora os fatores que possam contribuir para o sucesso das plantas invasoras sejam 
muitos, seu sucesso normalmente depende de suas interações com os fungos e outros 
organismos do solo que podem facilitar ou inibir sua colonização. Os mesmos fungos 
micorrizicos que influenciam algumas plantas são, contudo, parasitas ou patogênicos 
quando associados a outras plantas. 
 
Se duas espécies de plantas têm capacidades competitivas e dispersivas 
semelhantes, que fator poderia ajudar a determinar que espécies ocupam o estágio 
inicial de uma sucessão? 
Neste caso, o principal fator que determina qual espécie ocuparia o estágio inicial 
da sucessão seria a tolerância à luz do sol e a intolerância à sombra, porque 
espécies de sucessão primária são bastante tolerantes à luz do sol e, geralmente, 
possuem certa intolerância à sombra, sendo substituídas pelas plantas tolerantes à 
sombra na sucessão secundária. 
 
Por que as espécies sucessionais iniciais e tardias tendem a possuir diferentes 
adaptações? 
As espécies iniciais são tipicamente adaptadas a colonizar habitats não 
explorados e a tolerar as condições normalmente estressantes destes habitats. As 
plantas de comunidades de clímax são tipicamente adaptadas para crescer e prosperar 
em ambientes criados pelas que chegaram antes. Por exemplo, as espécies iniciais têm 
grande capacidade de dispersão para colonizar habitats recentemente criados ou 
perturbados de forma rápida. As espécies de clímax se dispersam e crescem mais 
lentamente, mas sua tolerância à sombra quando plântulas e seu tamanho maior quando 
plantas adultas as colocam num nível competitivo maior sobre as espécies que chegam 
inicialmente. 
 
Explique a Hipótese do Distúrbio Intermediário. 
A Hipótese do Distúrbio Intermediário surgiu como mais uma alternativa para 
explicar a diversidade dentro de comunidades naturais. Nessa visão, os distúrbios (por 
exemplo, tempestades, incêndios, inundações), que podem acontecer dentro de várias 
frequências e intensidades, promovem a mortalidade ou injúrias dos organismos de uma 
comunidade e uma maior diversidade é mantida por níveis intermediários de distúrbio. 
 
 
Beatriz Garcez ECZ7025 (2018.2) - Ecologia de Comunidades 
 
Comunidades que sofrem altas taxas de distúrbio possuirão uma baixa diversidade, pois 
apenas bons colonizadores (r-estrategistas) irão sobreviver. No outro extremo, quando as 
comunidades estão sujeitas a baixos níveis de distúrbio, as K-estrategistas eliminarão 
competitivamente as outras espécies, acarretando também uma baixa diversidade. 
 
Explique como a sucessão se torna autolimitadora quando se aproxima do clímax. 
A sucessão continua até que a adição de novas espécies e a exclusão de espécies 
estabelecidas não muda mais o ambiente da comunidade em desenvolvimento. A 
progressão de formas de crescimento pequenas para grandes modifica as condições de luz, 
temperatura, umidade e nutrientes do solo. As condições mudam mais lentamente após a 
vegetação atingir o crescimento máximo que o ambiente pode sustentar. As dimensões 
finais da biomassa de uma comunidade de clímax são limitadas pelo clima, 
independentementedo caminho até ele. Uma vez que uma vegetação de florestas se 
estabelece, novas espécies de árvore mudam os padrões da intensidade de luz e umidade 
do solo menos dramaticamente. Na verdade, a composição de espécies de uma 
comunidade pode mudar até mesmo após uma estrutura de vegetação semelhante àquela 
do clímax ser atingida. 
 
Que fatores podem impedir uma comunidade de clímax de permanecer no 
estado estacionário? 
As comunidades biológicas também mudam em resposta às mudanças 
climáticas de longo prazo, tornando o clímax algo em movimento. A realidade prática 
na maior parte da Terra é que as atividades humanas impedem que a maioria das 
comunidades atinja qualquer estado estacionário possível. Embora as comunidades 
tendam a evoluir em direção ao equilíbrio, seu estado mais comum é o de uma 
resposta dinâmica às condições em mutação. 
 
Por que os clímaxes transitórios não são estáveis? 
Normalmente vemos a sucessão como uma série de mudanças levando a um estado 
climáxico, contudo, nem todos os clímaxes são persistentes. Casos simples de clímaxes 
transientes incluem as comunidades em poças sazonais - pequenos corpos de água que 
secam no verão ou se congelam no inverno. Nessas situações, a sucessão ocorre sempre 
que uma nova oportunidade ambiental surge, não havendo estabilidade.

Continue navegando