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Resenha de DIONISIO, A. P. Gêneros multimodais e multiletramento. In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Orgs.). Gêneros textuais: reflexão e ensino. 3. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2008, p

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Resenha de Ana Lívia Buarrolo 
 
DIONISIO, A. P. Gêneros multimodais e multiletramento. In: KARWOSKI, A. M.; 
GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Orgs.). ​Gêneros textuais: ​reflexão e ensino. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Lucerna, 2008, p.119-132. 
 
Dionisio (2008) em seu texto “Gêneros multimodais e multiletramento” afirma que as 
mídias e a tecnologia nos apresenta uma gama de gêneros que se encontram 
revisados e que vem em novos layouts ​ou acompanham outros tipos textuais e 
imagens, além de muitos outros recursos. 
 
Podemos dizer então que hoje em dia é muito comum encontrar ​gêneros 
multimodais ​, que são chamados assim por passarem por no mínimo duas formas de 
representação, como palavra e imagem ou palavra e entonação. A autora afirma 
que na sociedade contemporânea a prática do letramento da escrita deve 
acompanhar a prática do letramento imagético. 
 
As mídias nos permitem essa maior liberdade com o tratamento dos gêneros, mas 
nós, educadores, devemos nos atentar em como tratar dessas novas formas de 
interação textual em sala de aula. Vemos que cada vez mais os professores buscam 
novos meios de chamar a atenção dos alunos trazendo vídeos, ​slides ​, esquemas 
entre outros recursos para inovar sua aula para além da lousa e do material didático 
impresso. 
 
O que esses profissionais ainda não se atentaram é na maneira que eles trabalham 
esses gêneros em sala de aula. Tentar mudar já é uma bom começo, mas como 
fazer isso da maneira correta já é outra conversa. Parando para pensar trabalhar 
com gêneros é uma atividade bastante complexa e trazê-los em muitos formatos, 
pode confundir os alunos que tem que ativar e coordenar diversas práticas de 
letramento ao mesmo tempo. 
 
Dionisio(2008) aponta então uma necessidade de atrelar a teoria dos gêneros a 
teoria da aprendizagem multimídia. Pois para os alunos, é muito mais fácil aprender 
com o auxílio de imagens do que meramente com palavras. A tecnologia faz parte 
do cotidiano deles, eles se sentem mais familiarizados com gêneros dispostos em 
telas do que gêneros impressos no papel. 
 
Um exemplo que ​o autor a autora cita nes​t​s​e capítulo é uma pesquisa que utiliza-se 
do ​infográfico, ​criação textual que pode conter vários recursos visuais como fotos, 
gráficos, tabelas e desenhos que acompanham textos informativos e tem por 
objetivo transmitir a informação de forma rápida, sucinta e atraente. A escolha da 
seção que foi trabalhada foi “​Perguntas do Leitor e Notícias​” que geralmente são as 
que mais despertam interesse dos leitores. 
 
A leitura desse texto deve ser feita de diversas maneiras segundo Dionisio(2008): 
(a) Pode-se ler texto como um todo (texto verbal principal + infográfico); 
(b) Pode-se ler apenas o texto verbal principal e olhar as imagens; 
(c) Pode-se ler apenas o infográfico, que possui seu próprio título e subtítulo; 
Podemos perceber que todas as maneiras exigem a leitura simultânea de texto e 
imagem. A pesquisa mostra que diferentes faixa etárias leem o texto e se 
interessam por aspectos diferentes, mas que todos ​o ​compreendem melhor com o 
uso de imagens. Segundo os entrevistados, crianças se mostraram aptas a ler a 
imagem e os textos que a acompanham (textos que estavam na própria imagem ou 
gráfico), os adolescentes leram os textos visuais e depois os escritos indo dos mais 
curtos(manchetes) aos mais longos(texto verbal principal) e por fim os adultos 
começaram pelo título, depois imagem e depois texto verbal integral. 
 
Concluindo, este capítulo demonstra uma emergência de se revisitar as teorias dos 
gêneros e de aprender a lidar com os gêneros multimodais nas mais diversas 
mídias, ativando assim diversos tipos de letramentos. Tendo em vista facilitar a 
compreensão do aluno dos gêneros que são espaços que eles visitam e estão 
familiarizados mas muitas vezes não reconhecem os recursos de linguagem e de 
composição dos mesmos.

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