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A dissecção da personalidade psíquica
Ponto de partida da psicanálise: O eu para o reprimido é terra estrangeira, intangível. O Eu tem que tornar-se objeto de pesquisa, os doentes mentais são como a estrutura de um cristal que se quebra, e encontra-se fragmentado, porém as partes estão todas ali.
A nossa consciência se separa do nosso eu e se contrapõe a ele, por exemplo, sexo antes do casamento, a consciência sabe que é errado, porém o eu quer, e depois do ato a consciência reprimi o Eu.
O Super eu é dotado de autonomia, possui energia independente do eu. Em épocas de melancolia, o super eu se torna rigoroso, fala mal, humilha o eu. (Super eu=consciência moral; Eu= vontades, desejos).
Quando criança, não existe o super eu, o papel do mesmo é efetuado pelos pais, porém quando a criança cresce surge o super eu. O super eu se origina desta moral parental.
Identificação, a criança quer ser igual aos pais, imitando-os, essa identificação é denominada complexo de Édipo.
O complexo de inferioridade tem fortes raízes eróticas, a criança que não se sente amada pelos pais, defeitos físicos também geram complexo de inferioridade. A repressão é obra do super eu, da voz da moral, a resistência é a expressão de que o Eu foi reprimido.
O eu e o super eu são inconscientes, o inconsciente está ativado, porém nada sabemos a seu respeito. O ato falho é conteúdo do inconsciente, não percebemos, porém está presente.
Pré-consciente: Torna-se facilmente consciente.
ID: caos, necessidades dos instintos. Torna-se consciente mediante trabalho analítico, a ID não conhece a moral, paixões irrefreadas. É o desejo que não possui objeto.
Eu: representa a razão e a prudência. É o equilíbrio que media os interesses do isso e do super eu. O Eu precisa controlar três tiranos, o mundo externo, a ID e o super eu.
Super eu: são os valores, determinantes sociais, imagem idealizada de eu.
Isso: é o desejo, a base da vontade do sim. É um determinante biofísico, nascemos com o Id. Todos nascem com o id. Vamos dosando esta satisfação no decorrer da vida.
Eu: é a vontade, advém do ato.
Supereu: é o não da sociedade, advém da culpa.
Não nascemos prontos, as nossas relações nos determinam.
Resumo: "A dissecção da personalidade psíquica" 
Na presente obra, Freud faz uso da pena para discorrer a respeito de suas novas formulações acerca das instâncias psíquicas, a saber, superego, id e ego, e suas relações internas. É isso que vamos encontrar aqui. 
A abertura da investigação é então colocada e questionada por seu próprio intento de tomar o ego por objeto. Seria possível tal empreendimento? O autor não hesita em responder afirmativamente, trazendo-nos a ideia de que este ego pode-se dividir, pode tomar a si mesmo como objeto, pode observar-se e criticar-se. É a partir desta afirmação que começa a versar sobre a introdução do primeiro novo termo presente aqui: o 'superego' – essa instância separada do ego, de aspecto regular na estrutura daquele, cujas funções são de “consciência” (aqui numa conotação vulgar: “Sinto-me inclinado a fazer algo que penso irá dar-me prazer, mas abandono-o pelo motivo de que minha consciência não o admite”), auto-observação, atividades de julgar e punir e busca por perfeição (o 'ideal de ego').
Como acontece então a formação do superego? 
Lembramos que a “consciência” não está lá desde o início e que uma criança conserva um alto grau de dependência de seus pais por um longo período: crianças são amorais e não possuem inibições internas contra seus impulsos que buscam prazer. Portanto, é um poder externo o responsável por essa função – e este poder externo apresenta-se através da autoridade dos pais. São eles que concedem provas de amor e, igualmente, ameaças de castigo – que são, pra criança, sinais da perda do amor, e por isso são temidas. Essa ansiedade realística vivida pela criança é o precursor da ansiedade moral.
Na base da formação deste superego encontra-se o processo de 'identificação' (o processo de um ego vir a assemelhar-se a outro). Os pais que educam uma criança tomaram eles também como modelo os valores de seus pais, tomaram aquilo tudo o que puderam captar psicologicamente do que existe de mais elevado na vida para exercer a educação dos filhos. Nesta educação serão transmitidas as expectativas inconscientes dos pais, as quais terão um papel fundamental no processo de identificação que dá origem ao superego, assim como no ‘ideal de ego’. Dessa forma mostra-se como essa instância torna-se o veículo das tradições e dos valores, e verifica-se sua importância no comportamento social do homem.
Ao recordar que toda a teoria da psicanálise está pautada numa proposição que admite que o paciente oferece resistência a tornar consciente aquilo que é inconsciente, emerge para o autor um dilema: e quando a própria resistência permanece inconsciente, assim como o conteúdo reprimido?
Se entendermos que o reprimido tem um impulso a irromper na consciência, a resistência só pode ser manifestação do ego, de vez que foi ele que originalmente forçou a repressão e agora deseja mantê-la – ou seja, a resistência não advém do inconsciente. Repressão, pois, seria efetuada pelo superego e pelo ego, em obediência àquele. Quando a resistência permanece inconsciente, podemos ver nisso o significado de que existem operações inconscientes no ego e no superego, podemos dizer que existem porções inconscientes nessas instâncias. Então é possível formular da seguinte maneira: ego e consciência não coincidem, assim como reprimido e inconsciente também não.
Desde essa observação é realizada uma revisão da relação consciente-inconsciente, a começar pelo próprio termo “inconsciente”. Sucede que, em razão da descoberta da existência de porções inconscientes do ego e do superego, não mais seria conveniente falar em 'sistema ICS' – como uma região mental alheia ao ego – pois que essa característica [de ser inconsciente] não lhe é exclusiva. Com o fim de resolver esse impasse, Freud lança mão de um expediente simples: em lugar de usar o termo 'inconsciente' pra indicar a existência de uma região mental, ele cunha o termo 'id'.
Passamos então a elencar seus atributos:
O id:
1 – é parte inacessível da personalidade
2 – o que dele se sabe advém do estudo da elaboração onírica e da formação dos sintomas neuróticos
3 – está repleto de energias originárias das pulsões
4 – não encontra-se de maneira organizada
5 – busca irrestritamente a satisfação das necessidades pulsionais
6 – é dirigido pelo “princípio de prazer”
7 – encerra contradições (coexistência de impulsos contrários)
8 – é não temporal
9 – é alheio à valores
“Catexias pulsionais que procuram a descarga – isto, em nossa opinião, é tudo o que existe no id”, segundo o autor nos sugere.
A partir das diferenciações entre superego e id feitas até aqui, é que o autor diz poder melhor esclarecer as características do ego ('ego real', segundo consta do texto). Suas palavras vão de encontro ao seu intento: “o ego é aquela parte do id que se modificou pela proximidade e influência do mundo externo, que está adaptada para a recepção de estímulos, e adaptado como escudo protetor de estímulos”.
De suas características podemos dizer:
O ego:
1 – é voltado para o mundo externo
2 – é receptivo às excitações externas e do “interior da mente”
3 – tem como uma de suas funções representar o mundo externo perante o id (devendo excluir da percepção do externo tudo o que for interno)
4 – modula o acesso do id à motilidade (faz isso através da atividade do pensamento)
5 – substitui o “princípio de prazer” regente no id pelo “princípio de realidade”
6 – introduz, por via do sistema perceptual, a relação com o tempo
7 – sintetiza conteúdos do id, combinando e unificando
8 – evolui da percepção das pulsões para o controle dessas
“O ego deve, em geral, executar as intenções do id, e cumpre sua atribuição descobrindo as circunstâncias em que essas intenções possam ser bem realizadas”, arremata o autor.
Ao fim, é postulado que este ego, entretanto, não relaciona-seapenas com o id, mas que “serve a três senhores”: 1) o mundo externo, 2) o superego e 3) o id. E é em virtude de ter como função harmonizar as exigências destes que, eventualmente, quando pressionado, pode falhar, resultando disso a ansiedade.

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