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Prof. Néstor Gálvez Ronceros METROLOGIA Representação absoluta Parâmetros expressos na unidade do mensurando: – Emáx = 0,003 V – Re = 1,5 K – Sb = 0,040 mm/N Representação relativa (erro fiducial) • Parâmetro que é expresso como um percentual de um valor de referência – Em relação ao valor final de escala (VFE) • Emáx = 1% do VFE • EL = 0,1% (do VFE) – Em relação à faixa de indicação – Em relação ao valor nominal (medidas materializadas) • Facilita comparações entre SM distintos Erro de medição O erro de medição é caracterizado como a diferença entre o valor da indicação do SM e o valor verdadeiro do mensurando, isto é: E = I – VV E = erro de medição I = indicação VV = valor verdadeiro mensurando sistema de medição indicação valor verdadeiro erro de medição • valor "verdadeiro" • valor verdadeiro convencional (VVC), isto é, o valor conhecido com erros não superiores a um décimo do erro de medição esperado. E = I – VVC VVC = valor verdadeiro convencional Como eliminar totalmente o erro de medição?? • Empregar um SM perfeito sobre o mensurando, sendo este perfeitamente definido e estável. Na prática não se consegue um SM perfeito e o mensurando pode apresentar variações. Portanto, é impossível eliminar completamente o erro de medição. Mas é possível, ao menos, delimitá-lo. • Mesmo sabendo-se da existência do erro de medição, é ainda possível obter informações confiáveis da medição, desde que a ordem de grandeza e a natureza deste erro sejam conhecidas. Tipos de Erros • Para fins de melhor entendimento E = Es + Ea + Eg • E = erro de medição • Es = erro sistemático • Ea = erro aleatório • Eg = erro grosseiro Erro sistemático (Es) • Sempre presente nas medições realizadas em idênticas condições de operação. • Um dispositivo mostrador com seu ponteiro "torto" é um exemplo clássico de erro sistemático. • Causado por problemas de ajuste ou desgaste do sistema de medição • fatores construtivos • próprio princípio de medição empregado • Variações nos valores obtidos. Em relação ao valor médio, nota-se que estas variações ocorrem de forma imprevisível, tanto para valores acima do valor médio, quanto para abaixo. • folgas, atrito, vibrações, flutuações de tensão elétrica, instabilidades internas; • Condições ambientais • A repetitividade define a faixa dentro da qual espera-se que o erro aleatório esteja contido. Erro aleatório (Ea) e repetitividade -5 0 5 I-IEa ii Erro grosseiro (Eg) • Decorrente de mau uso ou mau funcionamento do SM. • Ocorrer em função de leitura errônea, operação indevida ou dano do SM. • O valor é totalmente imprevisível, porém geralmente sua existência é facilmente detectável. • Sua aparição pode ser resumida a casos muito exporádicos, desde que o trabalho de medição seja feito com consciência. Seu valor será considerado nulo. Um exemplo de erros... Teste de precisão de tiro de canhões para 4 provas: – Canhão situado a 500 m de alvo fixo; – Mirar apenas uma vez; – Disparar 20 tiros sem nova chance para refazer a mira; – Distribuição dos tiros no alvo é usada para qualificar canhões. A B C D A B C D Ea Es Ea Es Ea Es Ea Es Precisão & Exatidão • São parâmetros qualitativos associados ao desempenho de um sistema. • Um sistema com ótima precisão repete bem, com pequena dispersão. • Um sistema com excelente exatidão praticamente não apresenta erros. Distribuição de probabilidade uniforme ou retangular 1 2 3 4 5 6 probabilidade 1/6 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 1 2 3 4 5 6 7 Valores Pr ob ab ili da de (1 /6 ) Lançamento de um dado Distribuição de probabilidade triangular 1,5 1,0 2,5 2,0 3,5 3,0 4,5 4,0 5,5 5,0 6,0 probabilidade (1/36) 2 4 6 Média de dois dados 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 Média de 2 dados Pr ob ab ili da de (1 /3 6) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 1 2 3 4 5 6 7 Valores Pr ob ab ili da de (1 /6 ) Lançamento de dados 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 M é di a d e 2 d a do s P ro ba bi lid ad e (1 /3 6) 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 0 1 2 3 4 5 6 7 M édi a d e 3 d ado s Pr ob ab ili d ad e (1 /2 16 ) 0 2 0 4 0 6 0 8 0 10 0 12 0 14 0 16 0 0 1 2 3 4 5 6 7 M édi a d e 4 d ado s Pr o ba bi lid ad e (1 /1 29 6) 0 50 0 100 0 150 0 200 0 250 0 300 0 350 0 400 0 450 0 500 0 0 1 2 3 4 5 6 7 M édi a d e 6 d ado s Pr ob ab ili da de (1 /4 66 56 ) 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 0 1 2 3 4 5 6 7 Média de 8 dados Pr ob ab ilid ad e (1/ 16 79 61 6) Teorema central do limite Quanto mais variáveis aleatórias forem combinadas, tanto mais o comportamento da combinação se aproximará do comportamento de uma distribuição normal (ou gaussiana). Curva normal m s s pontos de inflexão assíntota assíntota m média s desvio padrão Efeito do desvio padrão s > s > s m Incerteza padrão (u) – medida da intensidade da componente aleatória do erro de medição. – corresponde à estimativa do desvio padrão da distribuição dos erros de medição. – u = s • Graus de liberdade (): – corresponde ao número de medições repetidas menos um. – = n - 1 Área sobre a curva normal 2s 2s 95,45% m Estimativa da repetitividade (para 95,45 % de probabildiade) Para amostras infinitas: Re = 2 . s Para amostras finitas: Re = t . u Sendo “t” o coeficiente de Student para = n - 1 graus de liberdade. A repetitividade define a faixa dentro da qual, para uma dada probabilidade, o erro aleatório é esperado. Coeficiente “t” de Student t t t t 1 13.968 10 2.284 19 2.140 80 2.032 2 4.527 11 2.255 20 2.133 90 2.028 3 3.307 12 2.231 25 2.105 100 2.025 4 2.869 13 2.212 30 2.087 150 2.017 5 2.649 14 2.195 35 2.074 200 2.013 6 2.517 15 2.181 40 2.064 1000 2.003 7 2.429 16 2.169 50 2.051 10000 2.000 8 2.366 17 2.158 60 2.043 100000 2.000 9 2.320 18 2.149 70 2.036 2.000 Exemplo de estimativa da repetitividade Erro ou incerteza? • Erro de medição: – é o número que resulta da diferença entre a indicação de um sistema de medição e o valor verdadeiro do mensurando. • Incerteza de medição: – é o parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a faixa dos valores que podem razoavelmente ser atribuídos ao mensurando. sistema de medição Fontes de erros: sinal de medição indicação fatores internos fatores externos fatores externos retroação retroação operador mensurando Erros provocados por fatores internos – Imperfeições dos componentes e conjuntos (mecânicos, elétricos etc). – Não idealidades dos princípios físicos. força alongamento região linear região não linear Erros provocados por fatores externos • Condições ambientais – temperatura – pressão atmosférica – umidade • Tensão e freqüência da rede elétrica • Contaminações Erros provocados por retroação – A presença dosistema de medição modifica o mensurando. 65 °C 65 °C 70 °C 20 °C Tempo de prova Erros induzidos pelo operador** – Habilidade – Acuidade visual – Técnica de medição – Cuidados em geral – Força de medição BIBLIOGRAFIA • LIRA, F. A. Metrologia na Indústria. 7ª ed. São Paulo: Érica, 2012. • ALBERTAZZI, A, SOUZA, A. R. Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial. São Paulo: Manole, 2008. • FIALHO, A. B. Instrumentação Industrial: conceitos, aplicações e análises. 5ª ed. São Paulo: Érica, 2010. • SENAI. Módulo Metrologia e Instrumentação • WERKEMA, C. Avaliação de sistemas de medição. 1ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2011. • BEGA, E.A. Instrumentação Industrial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8197. Materiais metálicos - Calibração de instrumentos de medição de força de uso geral. Rio de Janeiro: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2002. • DIAS, J.L.M. Medida, Normalização e Qualidade: aspectos da história da metrologia no Brasil. Rio de Janeiro: Inmetro _ Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, 1998. • SOISSON, H. E. Instrumentação Industrial. Curitiba: Hemus, 2002. Dilatação térmica – Propriedade dos materiais modificarem suas dimensões em função da variação da temperatura. b b' c' c b = b' - b c = c' - c b = . T . b c = . T . c T Temperatura de referência • Por convenção, 20 °C é a temperatura de referência para a metrologia dimensional. • Os desenhos e especificações sempre se referem às características que as peças apresentariam a 20 °C. Dilatação térmica: distintos coeficientes de expansão térmica 20°C 40°C 10°C I = 40,0 I = 44,0 I = 38,0 > Dilatação térmica: mesmos coeficientes de expansão térmica 20°C 40°C 10°C I = 40,0 I = 40,0 I = 40,0 =
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