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MAZZA PODER DE POLICIA

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PODER DE POLÍCIA
Conceito: Poder de polícia (limitação administrativa à liberdade e propriedade particulares)
O termo “poder de polícia” está caindo em desuso pela doutrina. É o conjunto de limitações à liberdade e propriedade dos particulares estabelecidas pelo Poder Público na defesa do interesse da coletividade.
- sentido amplo (limitações legais e administrativas à liberdade e propriedade) e sentido estrito (somente as limitações administrativas, não incluindo limitações legais)
2) fundamento legal: artigo 78 do CTN (conceito de poder polícia em sentido estrito)
3) polícia administrativa vs judiciária (processo penal): organizações de segurança pública.
- polícia administrativa (PM) consiste em atividade de segurança pública PREVENTIVA (ostensivo: evitar a prática do crime)
- polícia judiciária: atividade de segurança pública REPRESSIVA (atua após a prática do crime. Apurar autoria e materialidade – PCs, PF).
- Guarda Civil Municipal: atua na defesa do patrimônio público.
A polícia administrativa pode ser:
a) norma geral ou por ato individual; 
b) ato preventivo (regra) ou repressivo; 
c) ato discricionário (autorização) ou vinculado (licença): autorização e licença são conteúdo do ato, pois a forma do ato de polícia (exteriorização) é sempre por alvará.
4) polícia-atividade (função estatal) não se confunde com a polícia-instituição (PM; PC; PF; GCM etc)
Lembrar que a polícia atividade é manifestação da função administrativa do Estado (serviços públicos, poder de polícia e fomento (incentivo)).
5) atributos: imperatividade (as regras são criadas unilateralmente, sem necessidade da anuência do particular), coercibilidade (admite a imposição de sanções administrativas – punições), executoriedade (ou autoexecutoriedade: é a possibilidade da execução material do ato) (ICE)
6) Conselhos de Classe exercem poder de polícia (STF) (Art. 58 da Lei 9649/98)
São “autarquias corporativas” que exercem polícia de atividades econômicas (profissões socialmente relevantes). Ex.: CRM; CREA; CRECI; CRO; CORECON; OAB (lembrar que, desde 2006, a OAB perdeu o status de autarquia no STF. Para o Supremo, trata-se de uma entidade sui generis) etc.
7) Remuneração: havendo cobrança, é taxa (art. 145, II, da CF)
Sempre que o exercício do poder de polícia for remunerado pelo Estado, a natureza da cobrança será de taxa de polícia. Ex. licenciamento de veículo, certidões, taxa de fiscalização ambiental - TFA.
8) A competência para exercer o poder de polícia é da entidade a quem a CF/88 conferiu poder para regular a matéria em termos legislativos (José dos Santos Carvalho Filho).
9) CICLOS: Desdobra-se nas atividades de LEGISLAR, LIMITAR, CONSENTIR (alvará), FISCALIZAR e SANCIONAR.
- Em outras palavras: 
1º) ordem (legislar e limitar, criando as restrições);
2º) consentimento (pelos atos de licença e autorização ... a forma do ato será ALVARÁ); 
3º) fiscalização; 
4º) sanção.
10) SEMPRE EXTERNO (atinge particulares) - “extra murus”.
11) Indelegabilidade: só pode ser delegado a Pessoas Jurídicas de direito público (exceto, atividades materiais de apoio)
Nada impede, por exemplo, que o município contrate uma empresa particular para instalar e manter radares fotográficos de trânsito (visão do STF).
Cuidado!!!! O STJ possui uma visão mais avançada sobre o tema. Para ele, o que realmente não pode ser delegado são as atividades de legislar e de aplicação de sanções.
12) Prescrição: sanções do Poder de Polícia prescrevem em 5 anos (art. 1o da Lei 9873/99), mas se a infração também for ilícito penal, prescreve no mesmo prazo do crime
- Processo parado por 3 anos (prescrição intercorrente)
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