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Fichamento direito empresa crise lobo

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA
Fichamento de Estudo de Caso
Carla Soares da Silva
Dayana de Oliveira da Silva Castro
Fernando Bernardo da Silva
Rosane da Silva Alves
Virginia Maria Suzano Castor
Trabalho da disciplina: Direito Empresarial
Tutor: Profª. Claúdia Rodrigues dos Santos
Rio de Janeiro
2018
Estudo de Caso :
DIREITO DA EMPRESA EM CRISE
A nova Lei de Recuperação da Empresa
REFERÊNCIA:
LOBO, Jorge. Direito da Crise Empresa em crise. A nova Lei de Recuperação da Empresa. Revista da EMERJ, v.9, n.34, 2006
A lei n° 11.101 de 09/02/2005 foi criada depois de mais de 11 anos em tramitação no qual regula a recuperação judicial, extrajudicial e a falência do empresário ou da sociedade empresária – LRFE, fazendo com que o Brasil passe a integrar o grupo de países em que traz como prioridade a reestruturação, a recuperação e o desenvolvimento das empresas em crise econômica, ao invés da venda para pagamentos das dívidas para com seus credores. 
De acordo com o artigo “Céticos e Crentes” de Jorge Lobo em que aborda os pontos de vistas adversos dos estudiosos a respeito da nova lei como a recuperação judicial está sujeita a ônus, encargos e obrigações e que não é de simples entendimento. O poder Judiciário não está preparado para aplicação da LRFE, por não contar com uma infraestrutura e corpo técnico capacitado para ajudar na decisão sobre o melhor plano de reorganização. No Brasil o devedor quer sempre pagar menos e o credor que sempre ganhar mais, o que bate de frente com a LRFE que busca a conciliação dos interesses em conflito. O fato da União, Estados e municípios não poderem perdoar total ou parcial as dívidas fiscais, só permitindo o parcelamento, dificultando em muito a vida da empresa em meio à crise. Na maioria dos casos as empresas entram nessa crise devido a problemas gerenciais nos quais não são resolvidos pela LRFE porque os administradores são mantidos durante todo o processo de recuperação judicial. Somente a empresa pode pedir o processo de recuperação judicial, o que é muito ruim, porque na maioria dos casos pedem tardiamente.
A LRFE acomoda vários interesses: da empresa, dos empregados, dos credores, entre outros, não visando apenas os interesses dos credores e do devedor. Ficando evidenciado que é melhor reestruturar e recuperar a empresa olhando pelo lado financeiro do que extingui-la.
<INSERIR TEXTO DAYANA>
Durante o processo de mudança de pensamentos quanto à interpretação da finalidade da lei da liquidação e sua diretriz, retirando o foco quanto ao inadimplemento das dívidas a serem quitadas para com os credores, que antes era o objetivo, nutriu-se por outro lado a recuperação da empresa dando um salto na lei.
Empresas, credores, Ministério Público e partes envolvidas neste processo entram no escopo que ganha caráter social.
As questões regidas no passado, o tal “olho por olho” e “dente por dente” ganham um novo olhar, a reestruturação da empresa. A forma de administrar, a função na sociedade, e algumas centenas de trabalhadores, ficariam de certa forma seguros com essa nova estrutura que motivará também as atividades econômicas. 
Porém, além de tentar se adaptar a este novo regimento, o caminho a ser percorrido para chegar ao objeto final se torna longo e desgastante, além de ser custoso, pois, para realização desta análise, a empresa que se encontra nesta posição, irá gastar o pouco ou nada que tem para dar o “input” no processo, levando em conta que, a analise deverá ser feita por outras empresas especializadas.	
É minuciosa a estrutura que envolve o processo de salvamento da empresa. Cada passo deve ser observado e gerido com clareza na lei da Recuperação Judicial. A reformulação do Direito Falimentar no Brasil traz segurança ao sistema financeiro, impacto na economia e a extinção das Concordatas trazendo certa flexibilidade no processo de recuperação, segundo o decreto 7661/45, que antes ainda se fazia parte na Lei 11/101/2005.
São de percepção também algumas dificuldades para uma real recuperação quando falamos de empresas de pequeno e médio porte em crise. Dificilmente conseguirão se reerguer devidos aos prazos de prescrição, entre outras regras a serem seguidas e na sua grande maioria, não conseguem reunir as documentações necessárias.
A LRFE busca promover um equilíbrio, através de regras e procedimentos para reorganizar a empresa em crise.
O objetivo da recuperação judicial é o saneamento da situação de crise econômico-financeira da empresa, promover a manutenção da fonte produtora, preservando empregos e os interesses dos credores.
O autor cita as três fases procedimentais da recuperação judicial: preliminar, que inicia com a petição inicial, preparatório que é a análise, aprovação e homologação do plano no prazo máximo de 180 dias, terminando com a execução das obrigações previstas no plano.
Três órgãos atuam na recuperação judicial: o juiz, o ministério público e a assembleia geral de credores. Estes deverão agir com ponderação de fins e de princípios para que o objetivo seja alcançado. O autor explica é exigido um “sacrifício” parcial dos interesses da empresa ao limitar os poderes do devedor e restringir os direitos dos credores.
A recuperação judicial veio para preservar a atividade econômica das empresas em crise, quando esta for viável, ou seja, a empresa deve trazer benefício econômicos e sociais.
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