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Introdução à Caracterização Processamento e Obtenção de Materiais (ICPOM) Prof. Rogério N C de Siqueira rnavarro@puc-rio.br Objetivos da aula • Introdução à engenharia de materiais: – Desempenho, propriedades e microestrutura. • Processamento térmico, químico e mecânico. – Relação entre micro-estutura e propriedades: • Microscopia e ensaios. • Tratamentos térmicos e otimização de propriedades: – Diagramas de fases: • Limites de solubilidade: –Ligas com solubilidade plena (isomorfas). • Instruções para a confecção dos trabalhos: – Critério de avaliação e estrutura do manuscrito. Obtenção de metais • Extração da matéria – prima e separação física dos componentes visando à produção de precursores de alta pureza. – Lavra e beneficiamento mineral: • Concentrado (rico em MI). • Processos químicos e ou físicos para a obtenção do material na pureza desejada. – Metalurgia extrativa (Piro, Hidro, Eletro): • Processos de síntese e refino: –Metais e ligas. Materiais e engenharia de materiais • Material: sólido de natureza química diversa (metal, cerâmico, polímero) com propriedades que podem ser exploradas para fins específicos. – A engenharia de materiais projeta materiais com propriedades otimizadas e formato adequado a cada tipo de aplicação. • Construção de peças e ou dispositivos capazes de máximo desempenho. Engenharia de materiais Ciência dos materiais • Estudo da microestrutura e correlação com propriedades físicas e químicas (ex. Temperatura de fusão, condutividade elétrica). – Microestrutura => Microscopia (Óptica, MEV e MET). – Propriedades => Ensaios de materiais (experimentos em laboratório). • Termodinâmica, Mecânica dos meios contínuos, Mecânica quântica. –Previsão de propriedades que poderiam ser observadas/medidas via ensaios. Microestrutura • Estrutura a nível microscópico de um material, cuja caracterização envolve a determinação: – Tipo e composição química dos grãos. – Forma tamanho e geometria dos grãos. • Grão = cristal. • Fronteira entre dois grãos é denominada contorno de grão. – A microestrutura pode ser manipulada mediante processamento térmico e ou mecânico (conformação). 2nm Tratamentos térmicos e microestrutura • Aquecimento e subsequente resfriamento do material. Durante o tratamento, mudanças de fase podem ocorrer: – Fase = conjunto de grãos de mesma natureza e com mesmas propriedades físicas e químicas). • Previsões via diagramas de fases. – Forma, tamanho e distribuição dos cristais (arranjo microestrutural). • Controle via taxa de resfriamento. –Cinética/velocidade das transformações de fase (mecanismos das transformações). Diagramas de fases • Mapa no espaço temperatura composição das condições de equilíbrio de um material: – Quais fases (tipos de grão) se encontram presentes? – Qual a composição química de cada grão? – Qual o percentual mássico associado à cada fase? • As propriedades de cada grão são função da sua composição química e natureza. • As propriedades do material dependem da fração mássica de cada tipo de grão. Soluções sólidas • A rede cristalina característica do solvente “recebe” átomos do soluto. • O soluto pode entrar: – Posições da rede (substitucional) – Ex. Cr no Fe – Vazios presentes na rede (intersticial) – Ex. C no Fe • Depende do tamanho do soluto! Limite de solubilidade • Máxima concentração de soluto em uma solução em dada temperatura. – Ultrapassando-se o limite de solubilidade uma outra fase (pura ou solução) se forma. • Os limites de solubilidade determinam a forma do diagrama de fases. – No que se refere aos limites para soluções sólidas, as ligas metálicas se dividem em: • Ligas com solubilidade plena. • Ligas com solubilidade parcial. • Ligas com imiscibilidade plena. –Diferença entre propriedades físicas e químicas dos metais constituintes. Solubilidade plena • Elementos se misturam em qualquer proporção: – propriedades físicas similares (ex. Cu – Ni). • Um tipo de grão – material monofásico. Solubilidade parcial • Elementos formam soluções sólidas estáveis em faixas restritas de composição: – Propriedades distintas (ex. Pb – Sn). • Mais de um tipo de grão – material polifásico. Ligas isomorfas • Solubilidade plena no estado sólido: – Similaridade físico-química (Ex. Cu – Ni, Ag – Au. Ta - Nb). Interpretação dos diagramas • Fases presentes: – Para um ponto qualquer deve-se identificar o campo associado: • Equilíbrio monofásico, bifásico etc. • Composição de cada fase: – Quantas fases estão presentes? • Uma fase: –Composição igual a composição global. • Duas fases: –Usa-se o método da linha de amarração. Linha de amarração • Intersecção entre a isoterma e as linhas que delimitam a região bifásica: – Pontos de intersecção determinam as composições das fases no equilíbrio. • Não dependem da composição global. % das fases presentes • Determinação das frações de cada fase: – Uma fase => trivial => 100% da própria fase. – Duas fases => Deve-se empregar a regra da alavanca. Regra da alavanca e balanço de massa • A regra da alavanca decorre do princípio de conservação da massa: – Balanço de massa global: – Balanço de massa para o componente A: Evolução microestrutural • Microestrutura final similar a um metal puro: – Grãos de um mesmo tipo/natureza formados via nucleação e crescimento. • A composição química de cada grão é igual à composição global da liga. Propriedades de ligas isomorfas • Composição química deve ser controlada: – Embora se tenha um único tipo de grão, alterando-se a composição química, alteram- se as propriedades. • Taxa de resfriamento deve ser controlada: – Taxas mais elevadas resultam em grãos menores. • Mais núcleos se formam durante o processo. –Pode ser revertido via revenido. »Crescimento dos grãos em temperaturas elevadas. Orientações para a confecção dos trabalhos Informações gerais • Tema livre: – Sugiro me procurar para o ajuste do tema. • Deve ter sido explorado na literatura. –Portal periódicos CAPES e plataforma Maxwell (site das bibliotecas da PUC). • Grupos: – No máximo 5 alunos, sendo os grupos contendo alunos apenas da turma 3VC. • Nota do trabalho: – Nota referente à leitura do manuscrito. • Entrega dia 23/11. Estrutura do manuscrito • Resumo (1,0). • Introdução (2,0). • Objetivos (1,0). • Revisão bibliográfica (3,0). • Conclusões (2,0). • Referências bibliográficas (1,0). – Toda informação que não for de autoria do grupo deve ser referenciada. • Texto, figuras, tabelas. –ABNT. Dicas interessantes - I • Objetividade e ordenamento lógico das ideias: – Em um trabalho bem feito um tópico “puxa” o outro. • Cuidado com a organização e referências: – Tópicos e subtópicos numerados. – Equações numeradas. – Figuras e tabelas devem ser numeradas, conter uma legenda, e referenciadas. • Devem aparecer no texto próximo da região onde o conteúdo é discutido. – Referências ao longo do texto, quando informações da literatura são mencionadas. Dicas interessantes - II • Escolham bem as referências: – Dar preferência para trabalhos publicados (livros, teses, artigos). • Fica mais fácil escrever quando se dispõe de um material confiável. – Todo dado ou informação que não tenham origem em reflexões do grupo devem ser referenciadas – figuras, tabelas e texto. • Não deixem para última hora e não deixem de me procurar para que eu possa orientá-los. – Os grupos que assim procederam tiveram sucesso. Slide 1 Objetivos da aula Obtenção de metais Materiais e engenharia de materiais Engenharia de materiais Ciência dos materiais Microestrutura Tratamentostérmicos e microestrutura Diagramas de fases Soluções sólidas Limite de solubilidade Solubilidade plena Solubilidade parcial Ligas isomorfas Interpretação dos diagramas Linha de amarração % das fases presentes Regra da alavanca e balanço de massa Evolução microestrutural Propriedades de ligas isomorfas Slide 21 Informações gerais Estrutura do manuscrito Dicas interessantes - I Dicas interessantes - II
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