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Matéria: Direito Tributário Professor: Cadu Carrilho Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 2 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Lançamento do Curso Específico para o cargo de TÉCNICO TRIBUTÁRIO DA RECEITA ESTADUAL do Estado do RIO GRANDE DO SUL!!! Curso Completo de Direito Tributário. Matéria de extrema importância em função da relevância e do peso que representa na prova. Curso FOCADÃO na CESPE. Não perca essa oportunidade. Olá!!! Eu sou o Professor Cadu Carrilho. Fui aprovado em PRIMEIRO LUGAR em um dos concursos mais difíceis do BRASIL, Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro, famoso ICMS-RJ, cargo que ocupo hoje. Além disso, passei no concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura de São Paulo, chamado de ISS-SP, em 2007, ocupei esse cargo por 4 anos. Fui aprovado e ocupei o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil em 2006. Aprovado também no concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro em 2010. Sou formado em Ciências Navais pela Escola Naval, quase me formando em Direito e com uma especialização em Direito Tributário. No mundo dos concursos dou aulas nas matérias de Legislação Tributária Estadual, Direito Tributário e Direito Empresarial. É uma trajetória que me enche de orgulho, não o orgulho altivo, mas o de saber que obtive esses resultados em função de muita dedicação e sacrifício. Foi um investimento bem grande de recursos, tempo e aprendizado. E tenho ajudado outros a alcançarem esse mesmo sucesso há alguns anos. Então, nosso objetivo é usar toda essa experiência e bagagem no mundo dos concursos a te ajudar a ter o melhor material. E proporcionar um EXCELENTE RESULTADO nesse concurso tão difícil. Tenha convicção de que o seu esforço será recompensado, só depende de você. É com base nessas aprovações que venho aqui apresentar e oferecer um excelente material, mas não basta o material ser bom, é preciso que gere o resultado e atenda às expectativas. O RESULTADO PRETENDIDO é a sua aprovação no concurso, fazendo você mandar muito bem na prova de Direito Tributário que tem um peso significativo no concurso. O objetivo desse conteúdo é deixar você apto a “arrebentar” na prova de Direito Tributário. O curso é feito tendo como base os melhores materiais, com a teoria necessária e adequada a um correto aprendizado. Além disso, teremos muitos esquemas que ajudam a melhor compreensão do conteúdo. Haverá muitos exercícios, essa ideia de fazer muitos exercícios norteia nossos trabalhos aqui no exponencial, pois a experiência nos mostra que os exercícios são ferramentas indispensáveis à aprovação. Apresentação Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 3 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Eu, no intuito de facilitar a vida do aluno, procuro colocar no corpo da aula a reprodução da letra da lei, porque, se você for reparar, a grande maioria das questões de Direito (qualquer um) nas provas de concurso, cobra a literalidade da lei. Assim, você não vai precisar abrir nenhum outro livro, código ou site para alcançar o conteúdo explicado, pois já estará ali, à sua disposição. Fica a dica!!! Vamos nos ater também à jurisprudência, no que for cabível, já que as decisões do STF e STJ são usadas pelas bancas para elaborar questões com uma certa frequência. Então, como concurseiro, sempre gostei muito de ver no corpo da teoria o artigo citado. Nosso trabalho principal é facilitar seus estudos, de maneira que não seja necessário nenhum outro material complementar. Letra da Lei e Jurisprudência Esquemas e Exercícios Teoria Estilo do Curso Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 4 de 71 www.exponencialconcursos.com.br EDITAL publicado. Serão 20 questões de Direito Tributário + Legislação Tributária. Com o seguinte conteúdo programático: I DIREITO TRIBUTÁRIO: 1 Tributo: conceito e classificação (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições diversas). 2 Normas gerais de direito tributário: legislação tributária (Constituição, emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos, resoluções do Senado Federal, decretos e normas complementares); vigência e aplicação da legislação tributária; interpretação e integração da legislação tributária. 3 Obrigação tributária principal e acessória; hipótese de incidência e fato gerador da obrigação tributária; sujeição ativa e passiva; solidariedade; capacidade tributária; domicílio tributário. 4 Sistema Tributário Nacional: princípios gerais; regime especial de tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei Complementar Federal nº 123/2006, e suas alterações); limitações ao poder de tributar; tributos de competência da União (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições diversas); tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições para custeio do regime previdenciário); tributos de competência dos Municípios e do Distrito Federal (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições para custeio do regime previdenciário e contribuição para custeio do serviço de iluminação pública); repartição das receitas tributárias. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 5 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Todo esse conteúdo será abordado nas aulas a serem entregues conforme divisão dos assuntos abaixo estipulada: Aula Conteúdo 00 1 Tributo: conceito e classificação (impostos, taxas) 01 1 Tributo: conceito e classificação (contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições diversas). 02 Competência tributária. Capacidade tributária. Repartição das receitas tributárias. 03 4 Sistema Tributário Nacional: princípios gerais; 04 limitações ao poder de tributar; 05 tributos de competência da União (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições diversas); tributos de competência dos Municípios e do Distrito Federal (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições para custeio do regime previdenciário e contribuição para custeio do serviço de iluminação pública); 06 tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições para custeio do regime previdenciário); 07 2 Normas gerais de direito tributário: legislação tributária (Constituição, emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos, resoluções do Senado Federal, decretos e normas complementares); vigência e aplicação da legislação tributária; interpretação e integração da legislação tributária. 08 3 Obrigação tributária principal e acessória; hipótese de incidência e fato gerador da obrigação tributária; sujeição ativa e passiva; domicílio tributário. 09 solidariedade; capacidade tributária; 10 regime especial de tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei Complementar Federal nº 123/2006, e suas alterações); A ideia desse cronograma é poder fazer uma divisão equitativa em termos de conteúdo, demaneira que as aulas tenham um número similar de páginas, principalmente em relação à parte teórica. Acho que a divisão ficou boa!! Perceba também o enfoque em fazermos muitas questões e recentes. Visto isto, vamos em frente! Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 6 de 71 www.exponencialconcursos.com.br SUMÁRIO 1 - Conceito de Tributo ........................................................................8 2 - Espécies de Tributo ...................................................................... 11 3 - Classificação dos Tributos ............................................................ 13 3.1- Quanto a Hipótese de Incidência ................................................ 13 3.2- Quanto ao Destino da Arrecadação ............................................. 14 3.3- Quanto à Finalidade ................................................................... 14 3.4- Natureza Jurídica dos Tributos ................................................... 15 4 - Impostos ..................................................................................... 16 4.1- Princípio da Não Afetação .......................................................... 17 4.2- Classificação dos Impostos ........................................................ 18 4.2.1 - Impostos Direitos e Indiretos ........................................................................................................ 18 4.2.2 - Impostos Proporcionais, Progressivos ou Regressivos ................................................................... 19 4.2.3 - Impostos Classificados Segundo o CTN ......................................................................................... 19 4.2.4 - Impostos Reais e Pessoais............................................................................................................. 19 4.3- Capacidade Contributiva dos Impostos ...................................... 20 5 - Taxas ........................................................................................... 21 5.1- Taxa de Serviço .......................................................................... 22 5.2- Taxa de Polícia ........................................................................... 23 5.3- Base de Cálculo das Taxas .......................................................... 25 5.4 - Taxas e Preço Público................................................................ 27 6 – Questões Comentadas ................................................................. 29 7 – Lista de Exercícios ....................................................................... 55 8 – Gabarito ...................................................................................... 71 Aula 00 – Tributo, Definição e Espécies: impostos e taxas Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 7 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, podemos definir o Direito Tributário como o ramo jurídico de Direito Público didaticamente autônomo que estuda e analisa as relações jurídicas entre o Estado e o contribuinte, no que tange à instituição, fiscalização e arrecadação de tributos. RECEITAS ORIGINÁRIAS DERIVADAS Relações de Dir. Privado Relações de Dir. Público Exploração do próprio patrimônio DERIVA do Poder de Império Natureza contratual Previsão legal Isonomia entre as partes Desigualdade entre as partes Ex: Alugueis, dividendos Ex: Tributos 1. (FCC/INFRAERO/Advogado/2011) O imposto, a taxa e a contribuição de melhoria são, para o Estado, formas de receita a) derivada, derivada e originária, respectivamente. b) originária. c) derivada. d) derivada, originária e derivada, respectivamente. e) originária, derivada e derivada, respectivamente. Comentário: Os tributos são as principais fontes de receitas públicas obtidas pelos Estados. Imposto, taxa e contribuição de melhoria são espécies de tributo e são, portanto, considerados receitas derivadas. C 2. (FCC/TCE-PR/Analista/2011) Com relação aos tributos, é correto afirmar que são considerados receita derivada e têm por finalidade obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. Comentário: Os tributos existem para financiar e custear as atividades públicas e são considerados receitas derivadas. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 8 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Correta Constituição Federal - Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies (...) Portanto, cabe à lei complementar definir tributo. Encontramos essa definição no CTN, podemos afirmar, então, que o CTN é uma lei complementar. Muita calma em relação a essa afirmação, ela é verdadeira, mas precisa ser melhor analisada. O Código Tributário Nacional é materialmente conceituado como lei complementar, pois assim foi recepcionado pela CF e formalmente lei ordinária e, de acordo com a ordem constitucional, define tributo e as normas gerais de direito tributário. Definição legal de tributo: Código Tributário Nacional - Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 3. (FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita/2016) De acordo com a definição do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação TRIBUTO é toda prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir prestação compulsória que não constitua sanção e de ato ilícito instituída em lei cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada 1 - Conceito de Tributo Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 9 de 71 www.exponencialconcursos.com.br a) compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada. b) pecuniária compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada. c) compulsória, preferencialmente em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. d) pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. e) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada. Comentário: Tributo, conforme o CTN, no Artigo 3º, é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. D Vamos analisarcada um dos aspectos dessa definição, dividindo em 5 partes essa análise: Tributo é: - Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. - Prestação compulsória - Não constitui sanção de ato ilícito O tributo não é punição, paga-se o tributo porque o legislador estipulou que uma determinada situação praticada pelo sujeito passivo enseja a cobrança do tributo, essa situação é chamada de fato gerador. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 10 de 71 www.exponencialconcursos.com.br - Instituída em lei Em regra, a instituição de tributo se dá por meio de lei ordinária, mas é preciso saber que há exceções, ou seja, alguns tributos podem ser instituídos por medida provisória (desde que se tornem lei), e alguns outros SÓ podem ser instituídos por lei complementar. - Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada 4. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2017) A partir da definição legal de tributo, considerando-se o art. 3º e outras disposições constantes do Código Tributário Nacional, é correto afirmar: a) Tributo é toda prestação pecuniária, podendo constituir sanção de ato ilícito. b) Tributo é prestação em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, sendo vedado o uso de unidades fiscais para indexação. c) Tributo é pagável em dinheiro, mas também em bens imóveis, nos termos da lei. d) A característica de ser prestação compulsória denota a natureza de receita originária do tributo. TRIBUTO • Não possui finalidade sancionária. • O objetivo é arrecadar e interfirir no cenário econômico e social. MULTA • É sanção por ato ilícito. • O objetivo é coibir o ato ilícito. Instituída em Lei Criar ou extinguir tributo Sem exceção! Regra: Lei Ordinária ou Medida Provisória Exceções: Lei Complementar Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 11 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Comentário a) Errada - Tributo não pode ser sanção de ato ilícito. b) Errada - Pode ser usado indexadores nos tributos. c) Correta - Em regra tributo deve ser pago em dinheiro, mas pode também, nos casos da lei, ser pago com bens imóveis. d) Errada - Tributo é receita derivada. C 5. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2017) A partir da definição de tributo, é correto afirmar: a) O tributo é compulsório, mas essa característica não possui nenhuma relação com a garantia constitucional segundo a qual ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei. b) A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido da possibilidade de medida provisória ser veículo idôneo para a instituição de tributo. c) Admite-se a edição de medida provisória sobre matéria reservada a lei complementar. d) Medida provisória não pode instituir imposto. Comentário a) Errada – A compulsoriedade do tributo tem tudo a ver com a questão da garantia constitucional da legalidade. b) Correta – Medida provisória, como tem força de lei, pode sim ser usada para instituir tributo. c) Errada – A medida provisória não pode ser usada nos casos de tributos que só podem ser feitos por lei complementar. d) Errada – Imposto é um tipo de tributo, medida provisória pode sim instituir imposto, desde que siga os requisitos que aprenderemos mais à frente. B Os tributos previstos pelo CTN são os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Chamada de teoria tripartida. 2 - Espécies de Tributo Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 12 de 71 www.exponencialconcursos.com.br CTN - Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Porém, na nossa constituição, há previsão de outros dois tipos de exações a serem impostas ao cidadão que diferenciam-se dessas três, seriam o empréstimos compulsórios, no Artigo 148 e as contribuições especiais do Artigo 149 e 149-A. Os tributos podem ser instituídos pelos entes federados, União, Estados, Distrito Federal e Municípios de acordo com as competências estipuladas pela Constituição. Lembrando, tributos podem ser: impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais. 6. (FUNDATEC/SEFAZ-RS/Técnico Tributário/2014) I - Pelo fato de o Art. 145 da Constituição Federal contemplar a expressão “os tributos são os seguintes: impostos, taxas e contribuição de melhoria”, o empréstimo compulsório e as demais contribuições não se enquadram como exação tributária. II - As espécies tributárias restringem-se às exações previstas no Capítulo I do Sistema Tributário Nacional, contido no Título VI – Da Tributação e do Orçamento, da Constituição Federal. Comentário: I – Errada – Aprendemos que o entendimento é de que existem 5 espécies tributárias e não apenas 3. II – Errada – Algumas contribuições especiais estão previstas em outros artigos da Constituição sem ser esses dentro do Sistema Tributário Nacional, vamos aprender detalhadamente sobre isso. E; E Espécies de tributos Imposto Taxa Contribuição de melhoria Empréstimos compulsórios Contribuições especiais Teoria Tripartida (CTN) Teoria Pentapartida (STF) Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 13 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Quanto a hipótese de incidência, que é a situação prevista pelo legislador como fato gerador da exação, os tributos podem ser vinculados e não- vinculados. Essa classificação refere-se ao caso em que o fato gerador do tributo está relacionado ou não a uma contraprestação estatal. 7. (FGV/Prefeitura de Salvador/Técnico em Contábeis/2017) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, constituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Os tributos podem ser classificados em vinculados e não vinculados. Assinale a opção que indica um tributo não vinculado. a) Taxas. b) Impostos. c) Contribuições de melhoria. d) Contribuições sociais. e) Empréstimos compulsórios. Comentário: Taxas e contribuições de melhorias são tributos vinculados e impostos são tributos não vinculados. B TRIBUTOS VINCULADOS •Fato gerador é um "fato do Estado", pois depende de uma ação estatal. • Contraprestacionais • Caráter retributivo • São as taxas e as contribuições de melhoria TRIBUTOS NÃO VINCULADOS • Fato gerador é um "fato do contribuinte", pois independe de ação estatal • Não contraprestacionais • Caráter contributivo • São os impostos 3 - Classificação dos Tributos 3.1- Quanto a Hipótese de Incidência Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 14 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Tributos podem ser de arrecadação vinculada ou de arrecadação não vinculada.. Nessa classificação os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou parafiscais. 8. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista/2014) A parafiscalidade caracteriza-se pela destinação do produto da arrecadação a ente diverso do que instituiu o tributo. Tributo de ARRECADAÇÃO VINCULADA A receita arrecadada deve ser destinada exclusivamente a determinadas atividades São conhecidoscomo tributos finalísticos. Ex: empréstimos compultórios e contribuições especiais NÃO VINCULADA A receita arrecadada pode ser utilizada em qualquer despesa do ente estatal. Ex: impostos 3.2- Quanto ao Destino da Arrecadação 3.3- Quanto à Finalidade TRIBUTOS FISCAIS Objetiva principalmente: arrecadar recursos financeiros Ex.: IR, IPTU, ICMS, IPVA, ITBI, ISS TRIBUTOS EXTRAFISCAIS Objetiva principalmente: intervir em uma situação social ou econômica. Ex.: II, IE, IOF, IPI TRIBUTOS PARAFISCAIS A instituidora do tributo atribui a disponibilidade dos recursos arrecadados a entidade distinta. Ex: Contribuição ao CREA. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 15 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Comentário: A parafiscalidade é exatamente o que está descrito no enunciado. Um ente institui o tributo e o outro fica com o dinheiro desse tributo. Correta A natureza jurídica do tributo é definida pelo fato gerador da obrigação. O comentado artigo ainda nos ensina que será irrelevante para qualificar o tributo a denominação e as características formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do que for arrecadado. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Apesar das outras considerações, aconselho conhecer bem esse artigo 4º porque costuma ser cobrado no seu inteiro teor da maneira que está lá na lei. 9. (VUNESP/IPT-SP/Advogado/2014) A natureza jurídica do tributo é determinada a) pela sua denominação e demais características formais adotadas pela lei. CF 88 Relevante na qualificação CTN Irrelevante para qualificá-la Natureza Jurídica do Tributo Determinada pelo: Fato Gerador denominação e demais características Base de Cálculo destinação da arrecadação o destino da arrecadação 3.4- Natureza Jurídica dos Tributos Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 16 de 71 www.exponencialconcursos.com.br b) pela destinação legal do produto da sua arrecadação. c) pelo fato gerador da respectiva obrigação. d) pelo crédito tributário correspondente. e) pela obrigação tributária que lhe dá origem. Comentário: Segundo o Artigo 4º do CTN, a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da obrigação. a) Errada – Pelo CTN, a denominação e demais características são irrelevantes para qualificar o tributo. b) Errada – De acordo com a literalidade do artigo do CTN, a destinação legal do produto da arrecadação do tributo é irrelevante para qualificar e determinar a sua natureza jurídica. c) Correta – Está de acordo com a lei. d) Errada – Crédito tributário é assunto que será visto no curso mais à frente, mas não é o que determina a natureza jurídica. e) Errada – A obrigação tributária dá origem ao crédito tributário e não a natureza jurídica do tributo. C Imposto é uma espécie de tributo, e tem como característica ser não vinculado, ou seja, é exigido independente de uma contraprestação estatal, o seu fato gerador não é decorrente de uma atividade estatal específica em prol do contribuinte. Além disso, sua receita também é não vinculada. Incide sobre a manifestação de riqueza do contribuinte, possuem, portanto, caráter contributivo e solidário, já que fazem com que o Estado possa arrecadar e com esses recursos possa atender à coletividade, financiam a atividade geral do Estado. Vamos entender melhor essas características do imposto. Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Veremos mais para frente o princípio da capacidade contributiva aplicada aos impostos prevista no Artigo 145 § 1º da CF. 4 - Impostos Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 17 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 10. (CESPE/TJ-RN/Juiz/2013) Imposto consiste em tributo cujo fato gerador representa situação que depende de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte. Comentário: Imposto é tributo em que o fato gerador INDEPENDE de atividade estatal voltada para o contribuinte que pagou o imposto. Errada 11. (FUNDEP/MPE-MG/Promotor/2018) Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Comentário: Perfeita, está de acordo com o Artigo 16 do CTN. Correta Em relação aos impostos temos as seguintes possibilidades de instituição: - União, são 7 ordinários e mais 2 tipos – II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF, IEG e I Residual. Estados podem criar IPVA, ICMS e ITCMD. Municípios podem criar ITBI, IPTU e ISS. O Distrito Federal pode criar os impostos Estaduais e Municipais. Além disso, o imposto é um tributo em que os recursos adquiridos por essa exação não estão vinculados a nenhum tipo de despesa específica, até porque, a própria constituição proíbe essa vinculação. É a aplicação de um princípio chamado de princípio da não afetação ou não vinculação. A regra constitucional IMPOSTOS Fato Gerador Situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte (Art. 16 CTN) Devem ser graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. (Art. 145, § 1º ) 4.1- Princípio da Não Afetação Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 18 de 71 www.exponencialconcursos.com.br diz que é vedada vinculação de receita de impostos à órgão, fundo ou despesa. Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo. 4.2.1 - Impostos Direitos e Indiretos Contribuinte de direito Aquele que tem o dever legal de pagar o tributo de fato Aquele que, do ponto de vista econômico, suporta o ônus da carga tributária 4.2- Classificação dos Impostos TRIBUTOS DIRETOS Contribuinte de Direito Contribuinte de Fato Não há transferência / repercussão do ônus tributário. Contribuinte de Direito arca com o ônus econômico do tributo. Ex: IR, IPVA, IPTU, ITDC, ITBI TRIBUTOS INDIRETOS Contribuinte de Direito Contribuinte de Fato Há transferência / repercussão do ônus tributário. Contribuinte de Direito repassa o encargo econômico do tributo para outro (contribuinte de fato) Ex: IPI, ICMS e ISS Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 19 de 71 www.exponencialconcursos.com.br4.2.2 - Impostos Proporcionais, Progressivos ou Regressivos Imposto proporcional é aquele em que não há variação da alíquota, ou seja, mesmo que mude a base de cálculo, aumentando ou diminuindo esse valor, a alíquota permanece a mesma. Em termos de justiça fiscal é considerado “neutro Imposto progressivo é o que aumenta a alíquota conforme for aumentando a base de cálculo. De maneira que, quem demonstra mais riqueza, vai pagar mais progressivamente do que quem demonstra menos riqueza. Imposto regressivo é o contrário do progressivo, quanto mais riqueza, ou seja, maior a base de cálculo, menor seria a alíquota e menor o valor proporcionalmente considerado vai ser pago 12. (CS-UF/Prefeitura de Goiânia/Auditor de Tributos/2016) O imposto em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores pode ser considerado um imposto a) seletivo. b) proporcional. c) regressivo. d) progressivo. Comentário: O imposto em que a alíquota diminui com o aumento da base de cálculo é regressivo. C 4.2.3 - Impostos Classificados Segundo o CTN Imposto sobre o comércio exterior seriam o II e o IE. Imposto sobre o patrimônio e renda, nesse caso, IR, ITR, IGF, IPVA, ITCMD, IPTU e ITBI. Imposto sobre a produção e circulação, que são IPI, IOF, ICMS e ISS. Por fim, impostos extraordinários como o IEG. 4.2.4 - Impostos Reais e Pessoais Impostos reais incidem sobre a coisa, são cobrados sem considerar a situação de pessoa, do sujeito passivo incidem de forma objetiva. Impostos pessoais são aqueles que levam em consideração as particularidades e individualidades do contribuinte, incidem de forma subjetiva, Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 20 de 71 www.exponencialconcursos.com.br os aspectos pessoais do contribuinte são levados em conta para apuração e cálculo do imposto devido. A constituição prevê a aplicação do chamado princípio da capacidade contributiva dos impostos, dizendo que sempre que possível, os impostos, devem ter caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. A administração tributária pode se utilizar de meios para identificar os dados do contribuinte quanto ao patrimônio e a renda, para uma correta apuração do imposto devido, mas isso deve ser feito respeitando- se os direitos individuais e os termos da lei. Art. 145 - § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 13. (CESPE/ANATEL/Especialista em Regulação/2014) Acerca de competência tributária, conceito e classificação dos tributos, bem como de tributos em espécie, julgue o item a seguir. Nos termos da CF, os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria devem ser graduadas de acordo com a capacidade contributiva do contribuinte, por força do princípio da isonomia. REAIS • Tributos que não levam em consideração características pessoais, subjetivas dos contribuintes. Incidem objetivamente • Incidem sobre coisas. • Exemplo: Dois proprietários de veículos idênticos (residentes no mesmo estado) pagarão o mesmo valor de IPVA, independentemente de suas suas características pessoais. PESSOAIS • Tributos que levam em consideração as características pessoais de cada contribuinte, incidindo de forma subjetiva. • Exemplo: Duas pessoas que ganham o mesmo salário não pagarão, necessariamente, o mesmo valor de IR, pois o valor do tributo a ser pago dependerá também de características pessoais do sujeito passivo, como a quantidade de dependentes, gastos com saúde, educação, etc. 4.3- Capacidade Contributiva dos Impostos Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 21 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Comentário: De acordo com a CF, apenas os impostos devem ser graduados de acordo com a capacidade econômica ou também chamada capacidade contributiva do contribuinte. Errada A segunda espécie tributária que vamos aprender é a taxa. É um tributo que qualquer um dos entes pode instituir, e que existe mediante uma contraprestação estatal para o contribuinte. O fato gerador da taxa é o agir do Estado que pode ser por um serviço público ou pelo exercício do poder de polícia. No caso de taxa de serviço público, é preciso que esse serviço seja específico e divisível, e o contribuinte pode utilizar esse serviço efetiva ou potencialmente. São serviços que podem ser prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Tem previsão na própria Constituição e no CTN. A outra hipótese de taxa tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia. CF - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; CTN - Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. U, E, DF e M Taxa pela UTILIZAÇÃO Efetiva OU potencial de serviço público específico E divisível prestado ao contribuinte OU posto à sua disposição Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia. 5 - Taxas Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 22 de 71 www.exponencialconcursos.com.br O fato gerador da taxa de serviço é a utilização, efetiva OU potencial do serviço público, para isso, o serviço deve existir efetivamente. Não pode cobrar taxa se não houver serviço ou se ainda estiver em implantação. Já a utilização pelo contribuinte não é obrigatória, o contribuinte pode usar ou não o serviço, já que na definição de taxa de serviço ele pode ser um serviço prestado ao contribuinte OU posto à sua disposição. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; As taxas podem só podem ser instituídas se o serviço público for específico E divisível. Tem que ter os dois requisitos. Aqui o conectivo é o “E”. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. A taxa de lixo é considerada constitucional pelo STF e pode sim ser cobrada em relação aos imóveis. Serviços públicos universais e gerais, onde não se encontra a divisibilidade e a especificidade não podem ser cobrados por meio de taxa. Súmula Vinculante 41 - O serviçode iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. 5.1- Taxa de Serviço Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 23 de 71 www.exponencialconcursos.com.br O fato gerador da taxa de polícia é o exercício regular do poder de polícia, não confunda com a polícia civil ou polícia militar, aqui trata-se de atividade administrativa, alguns, inclusive chamam de taxa de fiscalização. Poder de polícia, segundo o CTN. Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Cobrança da taxa de polícia só pode ser feita quando o exercício for regular, ou seja, tem que existir de verdade um órgão competente que desempenha essa função fiscalizatória. Art. 78 - Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Taxa de Serviço Público Específico destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas Divisível suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. Utilização Efetiva usufruídos a qualquer título Potencial utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 5.2- Taxa de Polícia E OU U Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 24 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Atenção: Alguns tipos de taxas de polícia já foram objeto de análise pelo STF. O supremo considerou constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários. Considerou também constitucional a taxa de fiscalização e controle dos serviços públicos delegados e a taxa de fiscalização de anúncio. 14. (FCC/AL-MS/Consultor Legislativo/2016) A legislação tributária dispõe que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão, no âmbito de suas respectivas atribuições, instituir as taxas, que têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. A respeito desse tributo, é correto afirmar: a) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. b) Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. c) Os serviços consideram-se utilizados pelo contribuinte efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. d) São serviços específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; e são divisíveis, quando possam ser Exercícios REGULAR do PODER DE POLÍCIA limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade prática de ato ou abstenção de fato razão de interesse público à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Atividade Administrativa Pública Órgão Competente - Limites da Lei -Devido Processo legal - sem abuso ou desvio de poder Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 25 de 71 www.exponencialconcursos.com.br destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas. e) Somente as taxas em razão do exercício do poder de polícia podem ter base de cálculo própria dos impostos. Comentários: a) Correta – O poder de polícia que enseja instituição de taxa deve ser regular e é assim considerado quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei. Além disso, deve observar o devido processo legal e sem abuso ou desvio de poder. b) Errada - A COSIP é um tributo que é um tipo de contribuição e não de taxa. Até porque o STF proíbe a cobrança de taxa para serviço de iluminação pública. c) Errada – Esse caso é o serviço posto à sua disposição e por isso é caso de utilizados potencialmente e não efetivamente pelo contribuinte. d) Errada – Houve aqui uma troca dos conceitos de específicos e divisíveis. e) Errada – Vamos ver abaixo que nenhuma taxa pode ter base de cálculo própria de imposto. A Já falamos alguma coisa sobre o assunto. A Constituição Federal estipula uma vedação, pois proíbe que as taxas tenham a mesma base de cálculo que os impostos. Já o CTN expande essa proibição dizendo que a taxa não pode ter base de cálculo e nem fato gerador idênticos ao de imposto. CF - Art. 145 - § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. CTN - Art. 77 - Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. A TAXA não pode CF - ter base de cálculo própria de impostos CTN - ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto CTN - ser calculada em função do capital das empresas 5.3- Base de Cálculo das Taxas Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 26 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Súmula 595 - É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto territorial rural. Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. Súmula 667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. São constitucionais: ➢ A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis. Súmula Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. ➢ A taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários. Súmula 665 do STF - É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989. ➢ Taxa de prevenção de incêndio, em razão da prevenção de incêndios. (AI 677.891); depois, em 2017, houve um novo posicionamento do STF quanto a taxas de incêndio, considerando que os serviços de combate a incêndio devem ser feitos pelo ente da federação por meio de impostos. No entanto, essa análise foifeita em relação à taxa municipal, por isso, não obstante esse entendimento, alguns Estados continuam cobrando a taxa de incêndio. Reproduzindo o entendimento do STF: “A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim. (RE-643247)” ➢ Taxa Judiciária - é possível que tome por base de cálculo o valor da causa ou da condenação. (ADI 948); Taxas judiciárias, em razão da prestação de Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 27 de 71 www.exponencialconcursos.com.br serviços pelos órgãos judiciários, não podem ser estipuladas sem limite. Súmula 667 do STF. ➢ Taxa de serviços notariais e de registro. (ADI 3.694); ➢ Custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais - os quais têm natureza de taxa, conforme o STF. (ADI 1.444); Súmula 545 do STF - Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias (...) O STF entende também que pedágio é preço público 15. (CESPE/DPU/Defensor/2017) A respeito das espécies tributárias existentes no sistema tributário brasileiro, julgue o item que se segue. No cálculo do valor de determinada taxa, pode haver elementos da base de cálculo de algum imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra. Comentários: Pode sim calcular a taxa com base em alguns elementos utilizados no cálculo de imposto, só não pode haver semelhança total entre base de cálculo e taxa e de imposto, assim entende o STF. Correta Preço Público (TARIFA) • Não é tributo • Decorre de contrato • Regime Jurídico de direito Privado • A receita arrecadada é originária • Depende de manifestação de vontade (é facultativo) • Não se sujeita aos princípios tributários • Pode ser exigida por pessoa jur. de dir. público ou privado. • A relação pode ser rescindida • Exemplo: Pedágio cobrado por concessionária; Passagem de transporte coletivo TAXA • É tributo • Decorre sempre de lei • Regime Jurídico de Direito Público (tributário) • A receita arrecadada é derivada • Não há autonomia da vontade (compulsória) • Se sujeita aos princípios tributários • Pode ser exigida apenas por pessoa jurídica de direito público • Inadmissível a rescisão da relação. • Exemplo: Taxa de coleta domiciliar de lixo; taxa judiciária (custa processual) 5.4 - Taxas e Preço Público Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 28 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 16. (CESPE/BACEN/Procurador/2013) Assinale a opção correta em relação a taxas e preços públicos. a) As taxas, diferentemente dos preços públicos, são compulsórias e condicionam-se ao princípio da anterioridade. b) O valor que remunera a contraprestação de um serviço público essencial de forma compulsória é tratado como preço público. c) As taxas podem ser instituídas por normas administrativas, ao passo que os preços devem ser fixados por lei. d) Os preços públicos são considerados receitas derivadas, havendo, portanto, discricionariedade em seu pagamento. e) As taxas remuneram serviços públicos e, portanto, são consideradas receitas originárias. Comentários: a) Correta – Taxas são compulsórios, já que previstas em lei e submetem-se aos princípios tributários como a anterioridade. b) Errada – O preço público não é compulsório, pois decorre da vontade do usuário em obter o serviço. c) Errada – Taxa é sempre por lei e preço público não precisa de lei. d) Errada – Preços públicos são receitas originárias e não derivadas. e) Errada – Taxas, como tributos que são, consideram-se receitas públicas derivadas. A Vamos praticar!!!! Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 29 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 17. (CESPE/SEFAZ-RS/Auditor/2018) A respeito de tributo, assinale a opção correta. a) O tributo somente pode se referir a serviço público específico e divisível. b) Não se admite dação em pagamento em caso de tributo, o qual é prestação exclusivamente pecuniária. c) O ato que gera o tributo é sempre lícito, não se confundindo tributo e multa. d) No tocante à atualização de alíquota, o tributo submete-se ao princípio da legalidade mitigada. e) A função ou o ônus de arrecadação do tributo não podem ser atribuídos a pessoas de direito privado, conforme o Código Tributário Nacional. Comentários: a) Errada – Serviço público específico e divisível faz ocorre a taxa. b) Errada – Tributo pode, nos casos da lei, ser pago com dação em pagamento de bens imóveis. c) Errada – O tributo não é sanção de ato ilícito, mas nem sempre o ato em si será lícito, o ato que gera o tributo pode ser uma situação ilícita. d) Correta – Vamos ver ainda as exceções ao princípio da legalidade, há casos em que se permite alteração de alíquota de tributo sem ser por meio de lei, podendo ser feita alteração por outro ato normativo. Por isso, chamada de princípio da legalidade mitigada. e) Errada – Pela parafiscalidade é possível perceber que a arrecadação de tributo pode sim ser delegada a outro ente diferente do que institui ou até mesmo a uma pessoa jurídica de direito privado. D 18. (CESPE/PGE-PE/Procurador/2018) Considerando-se o que dispõe o CTN, é correto afirmar que, como regra geral, os tributos a) são compulsórios, podendo a sua obrigatoriedade advir da lei ou do contrato. b) podem ser pagos em pecúnia, in natura ou in labore. c) são cobrados mediante atividade administrativa, a qual pode ser vinculada ou discricionária. d) podem incidir sobre bens e rendimentos decorrentes de atos ilícitos, embora não possam ser utilizados como sanção. 6 – Questões Comentadas Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 30 de 71 www.exponencialconcursos.com.br e) têm por fato gerador uma situação jurídica abstrata, não sendo possível vincular um tributo a qualquer atividade estatal específica. Comentários: a) Errada – Tributos são compulsórios, mas advém de lei e não de contrato. b) Errada – Não podem ser pagos in natura ou in labore. c) Errada – A atividade de cobrança de tributo não pode ser discricionária. d) Correta – Podem sim ser cobrados de um ato ilícito, desde que caracterizado o fato gerador, mas não será uma sanção por esse ato ilícito. e) Errada – Tributo pode sim ser cobrado em função de uma atividade estatal. Reveja o esquema abaixo bem esclarecedor: D 19. (CESPE/SEFAZ-RS/Auditor/2018) No Brasil, imposto é a) tributo cobrado pela prestação de serviço público específico e divisível, efetivamente prestado ou potencialmente colocado à disposição do contribuinte. b) tributo pago em decorrência de melhoria realizada pelo setor público, com finalidade social e que atenta para o princípio da noventena. c) de competência privativa da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. d) de caráter extrafiscal, isto é, seu objetivo primordial é arrecadar. e) todo tributo previsto na CF. TRIBUTO é toda prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir prestação compulsória que não constitua sanção e de ato ilícito instituída em lei cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculadaDireito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 31 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Comentários: Imposto, de acordo com o artigo 16 do CTN, é cobrado independente de uma atividade estatal para o contribuinte. Os impostos têm previsão constitucional e podem ser instituídos de acordo com a competência para cada ente especificamente estabelecida. Impostos de são de competência privativa da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; Em relação aos impostos temos as seguintes possibilidades de instituição: - União, são 7 ordinários e mais 2 tipos – II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF, IEG e I Residual. Estados podem criar IPVA, ICMS e ITCMD. Municípios podem criar ITBI, IPTU e ISS. O Distrito Federal pode criar os impostos Estaduais e Municipais. C 20. (CESPE/EBSERH/Advogado/2018) Acerca das espécies tributárias e suas funções sociais na satisfação dos interesses coletivos, julgue o item que se segue. O imposto é atrelado a uma contraprestação específica da administração pública disponibilizada ao contribuinte. Comentários: Imposto é cobrado independentemente de contraprestação estatal. Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Veremos mais para frente o princípio da capacidade contributiva aplicada aos impostos prevista no Artigo 145 § 1º da CF. IMPOSTOS Fato Gerador Situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte (Art. 16 CTN) Devem ser graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. (Art. 145, § 1º ) Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 32 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Errada 21. (CESPE/STJ/Analista/2018) Julgue o item que se segue, a respeito das disposições do Código Tributário Nacional (CTN). O imposto se distingue das demais espécies de tributos porque tem como fato gerador uma situação que independe de atividades estatais específicas. Comentários: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Essa situação realmente o diferencia das outras espécies tributárias, principalmente se pensarmos em taxas e contribuição de melhoria. Correta 22. (CESPE/STJ/Analista/2018) À luz das disposições do Código Tributário Nacional (CTN), julgue o item a seguir. As taxas necessariamente têm como fato gerador o exercício do poder de polícia pelo sujeito ativo da relação tributária. Comentários: Além do poder de polícia, as taxas têm como fato gerador a prestação de serviços públicos. CF - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; Errada U, E, DF e M Taxa pela UTILIZAÇÃO Efetiva OU potencial de serviço público específico E divisível prestado ao contribuinte OU posto à sua disposição Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 33 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 23. (CESPE/DPU/Defensor/2017) A respeito das espécies tributárias existentes no sistema tributário brasileiro, julgue o item que se segue. No cálculo do valor de determinada taxa, pode haver elementos da base de cálculo de algum imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra. Comentários: O cálculo da taxa não pose ser feito utilizando mesma base de cálculo de imposto, no entanto, admite-se a utilização de alguns elementos da base de cálculo do imposto para cobrança de taxa. CF - Art. 145 - § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. CTN - Art. 77 - Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. Correta 24. (CESPE/TRE-BA/Analista/2017) É responsabilidade da administração pública regular a prática de ato ou a abstenção de fato por meio da limitação ou regulação de direito, interesse ou liberdade. Para essa finalidade, utiliza-se a) a taxa de polícia. b) o preço público. c) a contribuição de melhoria. d) a contribuição social. e) a taxa de serviço. Comentários: Trata-se da taxa com fato gerador do exercício regular do poder de polícia, é a taxa de polícia. A TAXA não pode CF - ter base de cálculo própria de impostos CTN - ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto CTN - ser calculada em função do capital das empresas Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 34 de 71 www.exponencialconcursos.com.br A 25. (CESPE/TRT-7/Analista/2017) A principal finalidade do imposto sobre serviços (ISS) é a arrecadação de recursos para o titular da competência tributária. Por esse motivo, o ISS configura um tributo essencialmente a) fiscal. b) indireto. c) adicional. d) pessoal. Comentários: O ISS é um tributo eminentemente arrecadatório, compõe uma parcela significativa das receitas de um Município. Os tributos arrecadatórios são classificados como FISCAIS. Exercícios REGULAR do PODER DE POLÍCIA limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade prática de ato ou abstenção de fato razão de interesse público à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Atividade Administrativa Pública Órgão Competente - Limites da Lei -Devido Processo legal - sem abuso ou desvio de poder TRIBUTOS FISCAIS Objetiva principalmente: arrecadar recursos financeiros Ex.: IR, IPTU, ICMS, IPVA, ITBI, ISS TRIBUTOS EXTRAFISCAIS Objetiva principalmente: intervir em uma situação social ou econômica. Ex.: II, IE, IOF, IPI TRIBUTOS PARAFISCAIS A instituidora do tributo atribui a disponibilidade dos recursos arrecadados a entidade distinta. Ex: Contribuição ao CREA. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 35 de 71 www.exponencialconcursos.com.br A 26. (CESPE/Prefeitura BH/Procurador/2017) Com base nas disposições do CTN, analise. Uma taxa pode ser calculada em função do capital social da empresa contribuinte. Comentários: A taxa não pode ser calculada com base no capital social da empresa, já que a prestação do serviço da taxa ou do poder de polícia não vai ter nenhuma relação com o capital social da empresa contribuinte. Errada 27. (CESPE/TCE-PE/Analista Controle/2017) A respeito da receita e da despesa pública, assim como do regime constitucional dos precatórios, julgue o item. O pedágio cobrado pela utilização de rodovias mantidas por regime de concessão não tem natureza jurídica de taxa. Comentários: O pedágio já foi definidocomo preço público pelo STF e esse diferencia-se das taxas em diversos aspectos, portanto, pedágio não tem natureza jurídica de taxa. A TAXA não pode CF - ter base de cálculo própria de impostos CTN - ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto CTN - ser calculada em função do capital das empresas Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 36 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Correta 28. (CESPE/Pref. de Fortaleza-CE/Procurador/2017) No que se refere à teoria do tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte. A identificação do fato gerador é elemento suficiente para a classificação do tributo nas espécies tributárias existentes no ordenamento jurídico: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições e empréstimos compulsórios. Comentários: O fato gerador é elemento suficiente para definir a natureza jurídica dos tributos previstos no CTN, no entanto, para os outros tributos que surgiram com o advento da Constituição a análise da natureza jurídica deve considerar sim outros fatores como base de cálculo e destino da arrecadação, como no caso das contribuições especiais e dos empréstimos compulsórios. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,(...) Preço Público (TARIFA) • Não é tributo • Decorre de contrato • Regime Jurídico de direito Privado • A receita arrecadada é originária • Depende de manifestação de vontade (é facultativo) • Não se sujeita aos princípios tributários • Pode ser exigida por pessoa jur. de dir. público ou privado. • A relação pode ser rescindida • Exemplo: Pedágio cobrado por concessionária; Passagem de transporte coletivo TAXA • É tributo • Decorre sempre de lei • Regime Jurídico de Direito Público (tributário) • A receita arrecadada é derivada • Não há autonomia da vontade (compulsória) • Se sujeita aos princípios tributários • Pode ser exigida apenas por pessoa jurídica de direito público • Inadmissível a rescisão da relação. • Exemplo: Taxa de coleta domiciliar de lixo; taxa judiciária (custa processual) Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 37 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Errada 29. (CESPE/Pref. de Fortaleza-CE/Procurador/2017) No que se refere à teoria do tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte. O imposto é espécie tributária caracterizada por indicar fato ou situação fática relativa ao próprio contribuinte no aspecto material de sua hipótese de incidência. Comentários: Essa é uma boa característica do imposto, ser um fato do contribuinte, e não um fato do Estado. Imposto indica fato ou situação fática do próprio contribuinte, geralmente, relativa a uma manifestação de riqueza. Correta 30. (CESPE/Pref. de Fortaleza-CE/Procurador/2017) No que se refere à teoria do tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte. A relação jurídica tributária, que tem caráter obrigacional, decorre da manifestação volitiva do contribuinte em repartir coletivamente o ônus estatal. Comentários: Manifestação volitiva é a da vontade do contribuinte, o tributo não tem caráter voluntário, e sim compulsório, tem sim caráter obrigacional. Paga-se tributo em função de uma imposição estatal do poder de império do Estado. Código Tributário Nacional - Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Errada CF 88 Relevante na qualificação CTN Irrelevante para qualificá-la Natureza Jurídica do Tributo Determinada pelo: Fato Gerador denominação e demais características Base de Cálculo destinação da arrecadação o destino da arrecadação Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 38 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 31. (CESPE/TJ-RR/Juiz/2017) O município de Curitiba – PR instituiu, por lei ordinária, taxa de coleta e remoção de lixo para os imóveis urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de cálculo do tributo a área construída do imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, resultaria no valor do tributo devido pelo contribuinte. Acerca dessa situação hipotética e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de tributar, assinale a opção correta. a) A utilização da área construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em questão, por também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional a instituição do mencionado tributo. b) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as contribuições, e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão. c) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base de cálculo de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo contribuinte seja proporcional ao serviço que lhe é prestado. d) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda a coletividade, sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa. Comentários: É constitucional a cobrança de taxa pelos Municípios pelo serviço de coleta e remoção de lixo para os imóveis urbanos situados em seu território, devendo o Município observar as restrições constitucionais, não pode ter a taxa base de cálculo de imposto, mas, pode, sem problema algum, adotar alguns dos elementos usados na base de cálculo do imposto. Não pode haver identidade completa. Além disso, a taxa deve ser cobrada de maneira proporcional ao serviço que lhe é prestado. É preciso também que haja uma certa correlação entre os valores gastos pelo ente na prestação do serviço público e o valor cobrado mediante taxa. Não pode a arrecadação com a taxa ultrapassar uma equivalência razoável entre o custo real dos serviços e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar. Súmula Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. C Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 39 de 71 www.exponencialconcursos.com.br 32. (CESPE/TRE-PE/Analista/2017) A respeito de tributo, assinale a opção correta. a) É vedado o pagamento de tributos com títulos da dívida mobiliária. b) Tributo deve ser criado por lei ou por qualquer norma que tenha força de lei. c) O tributo pode ser instituído por procedimentos administrativos que não sejam proibidos por lei. d) O tributo constitui direito real do Estado perante o contribuinte. e) A vontade do sujeito passivo é irrelevante na relação tributária. Comentários: a) Errada – Pagamento de tributo deve ser feito em moeda, já que trata-se de uma prestação pecuniária. b) Errada – Essa alternativa é bem polêmica, pois pode ser considerada errada por dizer que qualquer norma com força de lei pode criar tributo, já que há tributos que só podem ser criados por meio de lei complementar, nesses casos não se admite outro tipo de norma. Ou pode ser analisada sob a ótica de criação de tributos por outros instrumentosnormativos com força de lei, mas que não podem criar tributos como os tratados internacionais. c) Errada – Tributos só podem ser instituídos por lei, não pode ser criado tributo por procedimento administrativo. d) Errada – Não é direito real, direitos reais são amplamente vistos no Direito Civil e são os direitos elencados no Código Civil como direito das coisas. e) Correta – A vontade do contribuinte que está sendo cobrado do tributo e que deve pagar o tributo nada tem a ver com a sua vontade, pois tributo é compulsório. E 33. (CESPE/PC-GO/Delegado/2017) O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de postos de gasolina com objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais locais, estabelecendo um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e instituindo uma taxa anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta a) A instituição do departamento de fiscalização de postos de gasolina como órgão competente com funcionamento regular é suficiente para caracterizar o exercício efetivo do poder de polícia. b) É desnecessária, para justificar a cobrança de taxa, a criação de órgão específico para o desempenho das atividades de fiscalização de postos de Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 40 de 71 www.exponencialconcursos.com.br gasolina, por se tratar de competências inerentes às autoridades de segurança pública. c) Para observar o princípio da capacidade contributiva, a taxa deveria ter correspondência com o valor venal do imóvel a ser fiscalizado, sendo inconstitucional a cobrança de valor fixo por estabelecimento. d) A taxa em questão é inconstitucional, já que a segurança pública é um dever do Estado, constituindo um serviço indivisível, a ser mantido apenas por impostos, o que torna incabível a cobrança de taxa. e) Por ter caráter contraprestacional, a taxa só será devida caso o departamento de fiscalização de postos de gasolina faça visitas periódicas aos estabelecimentos, certificando-se do cumprimento das normas de segurança e vigilância de tais locais, de acordo com a legislação. Comentários: O exercício regular do poder de polícia enseja a cobrança de taxa sobre os contribuintes sujeitos à essa contraprestação estatal. O exercício regular do poder de polícia caracteriza por existir um órgão público e em funcionamento para que a taxa possa ser cobrada. Não é necessário que algum agente público vá ao local da atividade para caracterizar esse poder de polícia, a existência do órgão de fiscalização é suficiente para instituição e cobrança do tributo. Art. 78 - Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. A 34. (CESPE/SEDF/Analista/2017) Com referência à conceituação e à contabilização de tributos, julgue o item seguinte. Licenciamento de veículos e multas de trânsito são tributos da espécie taxa. Comentários: O serviço público de licenciamento de veículos até pode ser cobrado por meio de taxa, no entanto, multas de trânsito não podem ser consideradas tributos, já que tributo, por definição, não constitui sanção de ato ilícito. Errada 35. (CESPE/PC-PE/Delegado/2016) Sempre que for possível, os impostos terão caráter pessoal, facultado à administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 41 de 71 www.exponencialconcursos.com.br Comentários: Questão fala do princípio da capacidade contributiva aplicada aos impostos, e a busca pela pessoalidade a ser adotada pelos entes tributantes por ocasião da cobrança do imposto. O ente que tributa pode identificar o patrimônio, rendimento e atividades dos contribuintes para facilitar o alcance desse objetivo da pessoalidade e cobrança do imposto de acordo com a capacidade de contribuir. Art. 145 - § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Correta 36. (CESPE/TCE-PR/Analista/2016) A respeito das taxas cobradas pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, do poder de polícia e dos serviços públicos, assinale a opção correta. a) A utilização potencial de serviço público não poderá ser considerada fato gerador das taxas. b) O regular exercício do poder de polícia trata dos atos do poder público que a lei tenha definido como vinculados. c) Os serviços públicos específicos são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por cada um dos seus usuários. d) As taxas podem ser calculadas em função do capital das empresas. e) O poder de polícia pode ser definido como a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público. Comentários: a) Errada – A utilização pelo serviço para cobrança de taxa pode ser efetiva u potencial. b) Errada – Os atos do exercício do poder de polícia são discricionários. c) Errada – Serviços públicos divisíveis aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por cada um dos seus usuários. d) Errada – As taxas não podem ser calculadas em função do capital das empresas. Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 42 de 71 www.exponencialconcursos.com.br e) Correta – Perfeito, de acordo com artigo 78 do CTN. Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. E 37. (CESPE/TRT-8/Analista/2016) Os serviços públicos relacionados ao conceito de taxa contido no Código Tributário Nacional são considerados a) divisíveis quando destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidades públicas. b) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando postos à sua disposição. c) potencialmente utilizados quando, sendo de utilização facultativa, são postos à disposição do contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. d) divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente, por cada um dos seus usuários. e) específicos quando é possível identificar a pessoa de direito público competente para prestá-lo. Comentários: a) Errada – Serviços públicos que possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidades públicas são considerados específicos. b) Errada – Postos à disposição
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