Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Compósitos Reforçados com Fibras ALUNOS: MARCELO MIGUEL PELUSO MATEUS RIZZI VITOR FUJI RICARDO FLORENCIO MARCIO NEIDORF WELERSON INTRODUÇÃO: Com o avanço da tecnologia, muitas vezes para o melhor funcionamento de um dado produto necessitamos de materiais que possuam uma soma de propriedades especificas que atuem de forma interligada sem prejudicar uma as outras. Tais propriedades muitas vezes não podem ser alcançadas por ligas metálicas, materiais cerâmicos ou materiais poliméricos convencionais, sendo necessário então o desenvolvimento de materiais compósitos. DEFINIÇÃO: Material compósito é considerado como um material multifásico (admite varias funções), que exibe uma proporção significativa das propriedades de todas as fases que o constituem, de modo a obter a melhor combinação destas propriedades. EXEMPLO DE SEU USO: Na Indústria aeronáutica cada vez mais é necessário o desenvolvimento de materiais fortes, rígidos com resistência a abrasão/impactos e ao mesmo tempo com baixa densidade, como por exemplo, uma espaçonave (ônibus espacial) deve ser constituída de um material rígido o suficiente para perfurar a camada atmosférica, que não se decomponha ou perca suas propriedades quando exposto a fortes radiações (solares por exemplo), e que além de tudo ainda possua um peso relativamente baixo para que o vôo se torne possível e a espaçonave utilize o mínimo de combustível possível. COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS: Do ponto de vista tecnológico estes compósitos são os mais importantes. POR QUE? Compósitos reforçados com fibras incluem resistência ou rigidez elevadas em relação ao seu peso. Essas características são expressas em termos dos parâmetros : resistência específica (LRT Vs densidade relativa) e módulo específico (módulo de elasticidade Vs densidade relativa). IMPORTÂNCIA ECÔNOMICA: Com o aumento da população mundial, instaurou-se no planeta uma verdadeira crise energética, tornando-se necessário então o desenvolvimento de aparelhos que alcançassem um maior rendimento, logo um dos fatores primordiais para um bom rendimento é o fator peso, por exemplo, quanto mais leve um carro, menos força este necessita para se locomover, logo consumirá menos combustível, aumentando assim sua eficiência. CLASSIFICAÇÃO DOS COMPÓSITOS São classificados basicamente de acordo com o comprimento que suas fibras possuem, sendo este fator um dos grandes responsáveis pelas propriedades fornecidas ao material. INFLUENCIA DO COMPRIMENTO DA FIBRA É importante salientar que as características mecânicas de um dado compósito não dependem somente das propriedades das fibras que o constituem, mas também de como a tensão sobre a qual o material é aplicado se transmite sobre estas, ou seja, a magnitude das ligações interfaciais é de extrema importância para que não haja ruptura do material por tensões cisalhantes. O comprimento das fibras podem alterar significativamente o desempenho mecânica, bem como outras propriedades do compósito. Definindo o comprimento critico da fibra(Ic)como sendo o comprimento mínimo da fibra, que depende do diâmetro da fibra (d) e do LRT (𝜎f), bem como a força da ligação entre a fibra e a matriz (τ). Onde: * σ = limite de resistência a tração * τc = força das ligações que atuam entre as fibras e a matriz * d = diâmetro das fibras Como fator curiosidade, as combinações matriz-fibra de vidro e matriz-fibra de carbono possuem o comprimento lc = 1 mm, o que corresponde a cerca de 20 a 150 vezes o diâmetro das fibras. CASOS CRÍTICOS: Se ao acaso o material compósito for exposto a uma tensão que em módulo se iguala a força das ligações que atuam entre as fibras e a matriz, e estando as fibras do material com seu comprimento critico, temos que a localização máxima da tensão se dará exatamente no ponto médio do comprimento longitudinal da fibra. lc = 0 lc = 1/4 lc = 1/2 lc = 3/4 lc = 1 σc a medida que a fibra se alonga esta tensão se espante para todo o novo comprimento: lc = 0 lc = 1/2 Area deformada lc = 1/2 lc = 1 σc Se por acaso a fibra possuir um comprimento inicial menor que o comprimento critico teremos que a tensão a esta aplicada terá um limite menor do que a tensão σc, pois caso contrário teremos o rompimento do material. SUBCLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO E DA CONCENTRAÇÃO DA FIBRA Levando em relação à orientação temos como parâmetro de classificação duas situações extremas: Um alinhamento paralelo ao eixo longitudinal das fibras em uma única direção. Um alinhamento totalmente aleatório. Normalmente as fibras contínuas se encontram alinhadas, enquanto as fibras descontinuas podem estar alinhadas, orientadas aleatoriamente ou estarem parcialmente orientadas. Teremos a melhor combinação das propriedades do material compósito quando a distribuição das fibras forem uniformes. COMPÓSITOS COM FIBRAS CONTÍNUAS E ALINHADAS Comportamento tensão deformação em tração – carregamento longitudinal A resposta mecânica desse tipo de compósito dependem de fatores como comportamentos de tensão-deformação das fases fibra e matriz, das frações volumétricas das fases e ainda do direcionamento da tensão aplicada em relação ao posicionamento das fibras. Logo é importante salientar que as propriedades deste tipo de material são de caráter anisotrópicas, ou seja, se comportam de uma forma diferente de acordo com a direção sobre as quais são orientadas. Comportamento Elástico - Carregamento longitudinal Quando submetido a um carregamento na direção em que estas estão alinhadas, a ligação interfacial fibra-matriz é muito boa. Assim a deformação tanto da matriz como das fibras é a mesma, ou seja, ocorre isodeformação. Nestas condições a carga suportada pelo compósito Fc é igual as cargas suportadas pela fase matriz (Fm) e pela fase fibra (Ff). Esta relação pode ser feita pela expressão abaixo : F σ = Fm + Ff Deduzindo expressões A definição de tensão nos diz que F= σrA, assim é possível encontrar representações para Fc, Fm e Ff em função de suas tensões e área de seção reta. O que nos fornece: σcAc = σmAm + σ𝑓A𝑓 dividindo tudo por Ac , obtemos : σc = σmAm/Ac + σ𝑓A𝑓/Ac onde AJ/AC e A/Ac são as frações de área das fases matriz e fibra, respectivamente. Se os comprimentos do compósito, da matriz e da fibra forem todos iguais, AJAC é equivalente à fração volumétrica da matriz, Vm; e de maneira análoga para as fibras, Vf = AJA, a equação anterior então se torna σc = σmVm + σ𝑓V𝑓 Deduzindo expressões O estado de isodeformação significa que εc = εm = εf, se dividirmos cada termo por sua deformação respectiva obtemos a expressão: σc / εc = (σm / εm)Vm + ( σ𝑓 / ε𝑓 )V𝑓 Da mesma forma, e através de outras manipulações algébricas podemos obter a expressão final Ecl = Em(1- V𝑓) + E𝑓V𝑓 Onde Ecl representa a média ponderada da fração volumétrica dos módulos de young das fases fibra e matriz. Outra equação obtida é a que relaciona a razão entre a carga suportada pelas fibras e a suportada pela matriz Assim, resolveremos juntos com a turma o seguinte exemplo. Comportamento Elástico – Carregamento Transversal Uma outra forma de carregamento é o transversal, um compósito com fibras contínuas e orientadas pode ser carregado nessa direção. Nesta forma de carregamento a carga é aplicada com um ângulo de 90° em relação à orientaçãodo alinhamento das fibras. Nesta situação a tensão cuja qual o compósito e suas fases estão expostos é a mesma: σc = σm = σ 𝑓 = σ Temos que a deformação total do compósito é dada por : εc = εmVm + ε 𝑓 V 𝑓 Através de manipulações algébricas obtemos : Ect = EmE 𝑓 /(VmE 𝑓 + V 𝑓 Em) = EmE 𝑓 /[(1-V 𝑓)E 𝑓 + V 𝑓 Em] Esta expressão será utilizada na resolução do exercício que resolveremos a seguir: Limite de Resistência à Tração Longitudinal Ao analisarmos a resistência de compósitos que apresentam fibras contínuas e alinhadas, principalmente quando submetidos a uma carga na direção longitudinal, observamos alguns comportamentos específicos. Assim, a resistência é normalmente determinada como sendo a máxima tensão na curva tensão - deformação. É neste ponto que ocorre à quebra da fibra e acontece o surgimento da falha do compósito. Geralmente a falha que ocorrem nesse tipo de material é um processo complexo, onde várias modalidades de falha distintas são possíveis. Representação gráfica Limite de Resistência à Tração Transversal Compósitos fibrosos e contínuos apresentam resistências com altos graus de anisotropia. Os mesmos geralmente são projetados para suportarem carregamentos através de suas direções longitudinais, que apresentam alta resistência. Por sua vez, cargas de tração transversais também pode estar presentes. Quando submetidos a esta aplicação, podem ocorrer falhas prematuras, já que o limite de resistência à tração nesta direção é muito baixo. De uma maneira geral a resistência longitudinal é determinada pela resistência da fibra, em contra partida, outros fatores influenciarão a resistência transversal, como exemplo a presença de vazios. COMPÓSITOS COM FIBRAS DESCONTÍNUAS E ALINHADAS Quando tratamos sobre a eficiência de reforço , muitas vezes as fibras descontínuas apresentam um grau menor deste parâmetro em relação as fibras contínuas. Apesar desta desvantagem, as mesmas estão assumindo papel de destaque no mercado comercial. Um dos exemplos que podemos citar é a fibra de vidro picada, esta é usada com grande frequência, juntamente com fibras descontínuas de carbono e aramida. Compósitos com fibras curtas geralmente são produzidos com módulos de young e LRT que apresentam uma semelhança significativa aos análogos fabricado com fibras contínuas. COMPÓSITOS COM FIBRAS DESCONTÍNUAS E ALEATORIAMENTE ORIENTADAS Quando a fibra apresenta orientação aleatória, as fibras curtas e descontínuas se encontram presentes na estrutura. Nesta condição o módulo de elasticidade é dado pela seguinte equação: Ecd= KE 𝑓 V 𝑓 + EmVm Onde K é o parâmetro de eficiência da fibra. A magnitude deste parâmetro se encontra na faixa entre 0,1 e 0,6. Assim, para reforços que apresentam fibras aleatórias, o módulo aumenta de acordo com uma proporção da fração volumétrica da fibra. Conclusão Nesta apresentação buscamos citar algumas das propriedades de materiais compósitos que são influenciadas pela presença de fibras. Tratamos a respeito do comprimento destas, além de suas características físicas e espaciais. É importante destacar que a utilização de materiais compósitos tem se intensificado nas últimas décadas graças a descobertas de como a presença de fibras afetam sua estrutura. São através de pesquisas e avanços nas área de desenvolvimento de materiais que o surgimento de novos materiais se tornam uma realidade. Referências Callister, w. d. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução 5. ed. 2002 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517- 70762006000200004&script=sci_arttext http://www.demar.eel.usp.br/compositos/Notas_aula/introducao.p df http://www.seer.ufu.br/index.php/cieng/article/viewFile/530/490.. http://pt.wikipedia.org/wiki/Comp%C3%B3sito
Compartilhar