Buscar

12 Danos e acidentes em edificações (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DDAANNOOSS EE AACCIIDDEENNTTEESS EEMM EEDDIIFFIICCAAÇÇÕÕEESS:: 
TTIIPPOOSS EE OORRIIGGEENNSS DDEE OOCCOORRRRÊÊNNCCIIAASS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EEnnggºº AAnntteerroo PPaarraahhyybbaa 
 
AArrqq.. AAddrriiaannaa RRooxxoo 
 
aabbrriill//22001133 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES: 
TIPOS E ORIGENS DE OCORRÊNCIAS 
 
 
 
Oliveira, Adriana Roxo Nunes 
Arquiteta e Urbanista 
e-mail: adriana.roxo@terra.com.br 
 ajp.arno@terra.com.br 
 
Parahyba, Antero Jorge 
Engenheiro Civil 
Instituto de Engenharia Legal - IEL/RJ - nº 794 
e-mail: ajp.arno@terra.com.br 
 ajp.arno@engenharia.org.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há cerca de 10 anos, desenvolvemos um trabalho sobre incidências de 
danos e acidentes em edificações, visando identificar os tipos e origens 
predominantes destas ocorrências, assim como a atuação do poder 
público na instituição de procedimentos capazes de reduzir as situações 
mais frequentes. 
 
Analisando este trabalho, cujos dados estatísticos muito utilizamos em 
palestras e cursos, pudemos verificar que, daquela época até o momento, 
enquanto os acidentes vêm se tornando mais frequentes e mais 
significativos, as medidas de prevenção pouco evoluiram, ou não foram 
aplicadas de forma adequada, não se registrando contribuições 
relevantes na redução dos acidentes. 
 
Os recentes acontecimentos - explosões, quedas e incêndios - 
envolvendo edificações regularizadas e formais em grandes centros, com 
graves consequências, reforçam a atualidade do tema. 
 
Neste contexto, fizemos uma releitura daquele trabalho, reproduzindo a 
pesquisa e os resultados daquela época, acrescentando às considerações 
finais dados mais recentes das discussões que resultaram em legislações 
sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES, 2003 4 
 
1.1. INTRODUÇÃO 4 
 
1.2. ELEMENTOS DO CONJUNTO PESQUISADO 4 
 
1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES 9 
 
1.4. RESULTADOS OBTIDOS 18 
 
1.5. CONSIDERAÇÕES 20 
 
2. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES: 
 CONSIDERAÇÕES, 2013 22 
 
 ANEXO COLETÂNEA LEGISLAÇÕES VISTORIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
4
1. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES, 2003 
 
RESUMO. 
Neste trabalho foi desenvolvido um estudo com um conjunto de 89 
acidentes e danos nas construções, ocorridos no período de novembro de 
1990 a abril de 2003, e noticiados em jornais de grande circulação ou 
inseridos em publicações técnicas, com o objetivo de identificar os tipos e 
origens predominantes de acidentes em edificações, além das medidas de 
proteção subseqüentes, relacionando procedimentos considerados eficazes 
para a redução destas ocorrências. 
 
Palavras-chave: Danos nas construções. Edificações. 
Desabamentos. Manutenção. 
 
 
 
1.1. INTRODUÇÃO. 
 
Desde que começou a construir seus abrigos, o homem vem 
tentando explicar a razão dos acidentes que os atingem, buscando 
responsabilidades. Ninguém faz uma obra, uma modificação, um 
acréscimo imaginando sua possível queda. Da mesma forma, ninguém, 
propositadamente, deixa de fazer as manutenções necessárias a um 
imóvel para que ele venha ruir. Contudo, os acidentes acontecem e não 
são tão raros quanto se possa supor. 
 
Este trabalho objetiva mapear e identificar tipos e origens de 
acidentes em edificações de um conjunto de eventos de conhecimento 
público1, noticiados nos meios de comunicação e/ou inseridos em 
publicações técnicas, ocorridos no período compreendido entre novembro 
de 1990 e abril de 2003, visando, na medida do possível, relacionar 
providências e procedimentos para reduzir as ocorrências mais 
freqüentes. 
 
Para sua elaboração foram consultados recortes de jornais de 
grande circulação, componentes de acervo próprio dos autores, sendo 
selecionados aqueles eventos, preferencialmente relacionados a 
edificações, cujo histório contivesse informações suficientes para permitir 
a determinação das origens de sua ocorrência. 
 
A partir desta seleção, foram estabelecidas as classificações dos 
tipos e das origens dos danos e acidentes, para obtenção das incidências 
mais significativas que possibilitassem a definição de fatores de maior 
contribuição para a ocorrência dos danos nas edificações. 
 
 
 
1.2. ELEMENTOS DO CONJUNTO PESQUISADO. 
 
Na pesquisa realizada em jornais de grande circulação, do período de 
novembro/1990 a abril/2003, foram arrolados 87 casos de desabamentos 
totais ou de partes de edificações de usos diversos, conforme tabela seguir. 
 
1 por motivo de confidencialidade, não foram incluídas no trabalho situações das quais participamos 
que não fossem de domínio público. 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
5
1990 
 
? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima 
fatal 
1991 
 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Volta Redonda, RJ 
- 8 vítimas fatais, 24 feridos 
1992 
 
? Pedaço de reboco cai de edifício no Leme, RJ - 1 vítima fatal 
? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima 
fatal 
? Queda parcial de marquise e de quarto do 1º andar de edifício 
na Tijuca, RJ - 1 ferido 
1993 
 
? Rompimento de estrutura de varanda do 6º pavimento de 
edifício na Tijuca , RJ 
? Pedaço de reboco cai de edifício na Lapa, RJ - 1 vítima fatal 
? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 vítima fatal 
1994 
 
? Desabamento de fachada de sobrado no Centro, RJ - 1 vítima 
fatal 
? Desabamento de edificação de dois pavimentos na Vila Mariana, 
SP - 8 vítimas fatais 
? Pedaço de reboco cai do 16º andar de edifício, no Centro, RJ - 1 
vítima fatal 
1995 
 
? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ 
? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Guaratuba, PR - 
29 vítimas fatais, 9 feridos 
? Desabamento de loja de departamentos, com 5 pavimentos, em 
Seul, Coréia do Sul - mais de 500 vítimas fatais 
? Desabamento de 20 casas geminadas em condomínio em 
construção no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 16 feridos 
1996 
 
? Queda de marquise de hospital na Mangueira, RJ 
? Desabamento de uma das prumadas de edifício no Riachuelo - 2 
vítimas fatais, 4 feridos 
? Desabamento da praça de alimentação de Shopping, em 
Osasco, SP - 42 vítimas fatais, 352 feridos 
? Afundamento de Batalhão da PM, em Jacarepaguá, RJ 
? Desabamento de casa de dois pavimentos em Campo Grande, 
RJ - 2 vítimas fatais 
? Desabamento de varanda no 3º pavimento de edifício em 
Copacabana, RJ 
? Desabamento de edifício residencial de 11 pavimentos no Cairo, 
Egito - 15 vítimas fatais, 21 feridos, 60 a 100 desaparecidos 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
6
1997 
 
? Desabamento de 2 marquises de edificação comercial em São 
Caetano do Sul, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos 
? Desabamento de teto e de paredes laterais e de fundos de 
supermercado em Mogi das Cruzes, SP 
? Desabamento de teto e de parede de Centro Cultural em 
Jacareí, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos 
? Desabamento de edifício, em fase final de construção, em São 
José do Rio Preto, SP 
1998 
 
? Desabamento parcial de casa em Santa Teresa, RJ 
? Desabamento de caixa d’água de hotel no Centro, RJ - 2 carros 
danificados 
? Desabamento parcial de edifício, de 22 pavimentos, na Barra da 
Tijuca- 8 vítimas fatais 
? Desabamento de partes de edificação, em fase final de 
construção, no campus de Universidade em Porto Alegre, RS - 3 
vítimas fatais 
? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 ferido 
? Desabamento parcial do teto de templo da Igreja Universal, em 
Osasco, SP - 26 vítimas fatais, 467 feridos 
? Desabamento de sobrado no Centro, RJ - 2 vítimas fatais, 2 
feridos 
? Desabamento de edifício de 5 pavimentos em Roma, Itália - 18 
vítimas fatais, 20 desaparecidos 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Osvaldo Cruz, RJ 
? Desabamento de 2 casarões tombados no Centro, RJ 
1999 
 
? Desabamento de marquise em galpão em reformas no Brás, SP 
- 1 vítima fatal 
? Desabamento de edifício de 6 pavimentos, no Centro de Duque 
de Caxias, RJ, atingindo 5 casas vizinhas - 5 feridos 
? Desabamento de teto de supermercado no Itaim Bibi, SP - 14 
feridos 
? Desabamento parcial da cobertura do terminal das barcas, em 
Niterói, RJ - 17 feridos 
? Desabamento de varanda de casa em Charitas, Niterói, RJ - 20 
feridos 
? Grade de varanda cede em apartamento no 7º andar de edifício 
na Barra da Tijuca, RJ - 1 vítima fatal 
? Catedral da Sé, em São Paulo, é interditada devido a 
infiltrações, trincas e queda de tijolos e pedras 
? Desabamento de caixa d’água de escola no Caju, RJ - 1 ferido 
? Desabamento de casa de 3 pavimentos no Ingá, Niterói, RJ 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Olinda, PE - 4 
vítimas fatais, 5 feridos 
? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Foggia, Itália - 63 
vítimas fatais 
? Desabamento de edifício com 4 pavimentos em Dijon, na França 
- 11 vítimas fatais 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
7
1999 (continuação) 
 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Zernograd, na 
Rússia - 10 vítimas fatais 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Olinda, PE - 6 
vítimas fatais 
2000 
 
? Desabamento do piso do 1º pavimento de loja em Sevilha, na 
Espanha - 161 feridos 
? Queda de passarela em Campus de Universidade, na Barra da 
Tijuca, RJ - 54 
? Desabamento de muro em escola municipal em Fortaleza, CE - 
1 vítima fatal 
? Desabamento de muro e de varanda no Jardim Botânico, RJ 
? Desabamento de marquise de hotel no centro histórico de 
Salvador, BA - 1 vítima fatal, 2 feridos 
? Desabamento de pisos de edificação de 4 pavimentos no 
Centro, RJ - 1 vítima fatal, 7 feridos 
2001 
 
? Desabamento de edifício de 3 pavimentos, em construção, no 
Jabaquara, SP - 1 vítima fatal, 8 feridos 
? Desabamento parcial de telhado de supermercado em São 
Caetano do Sul, SP - 42 feridos 
? Desabamento parcial de teto e de marquise de supermercado 
em Campinas, SP - 7 feridos 
? Desabamento de prumada de varandas em edifício de 4 
pavimentos em Cabo Frio, RJ 
? Desabamento de edificação de 4 pavimentos, em Jerusalém, 
Israel - 25 vítimas fatais, 309 feridos 
? Duas varandas e parte da marquise desabam em edifício em 
Anchieta, RJ 
? Desabamento parcial de edifício de 4 pavimentos em Jaboatão 
dos Guararapes, PE 
? Desabamento de parede da varanda de casa em Santa Teresa, 
RJ 
? Desabamento de prateleiras em depósito de material elétrico e 
hidráulico, em Cidade Líder, SP - 9 feridos 
? Desabamento de marquise em edificação comercial, com obras 
de acréscimo, no Centro de Cabo Frio, RJ 
? Desabamento de edificação de 2 andares, em obras de reforma, 
no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 2 vítimas fatais, 4 feridos 
? Desabamento de teto de creche, em Palmácia, CE - 12 feridos 
? Desabamento de piso do 5º pavimento de edifício em Salvador, 
BA - 3 feridos 
2002 
 
? Desabamento de casa, em obras de ampliação, no Caju, RJ - 1 
ferido 
? Queda de seis placas de granito do 37º andar de um edifício no 
Centro, RJ - 9 feridos, 6 carros danificados 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
8
? Queda de revestimento de pastilhas do 12º andar de edifício em 
Copacabana, RJ - 3 carros atingidos 
? Queda de duas placas de granito de edifício no Centro, RJ - 1 
pessoa ferida levemente 
? Desabamento de edifício com 6 pavimentos no Centro, RJ - 2 
vítimas fatais 
? Desabamento de muro de creche em construção no Rio Comprido, 
RJ - 1 vítima fatal 
? Desabamento de teto de Escola Municipal, recém-construída, em 
Marapanim, Pará - 30 feridos 
? Desabamento parcial de edificação de 4 pavimentos, no Santo 
Cristo, RJ 
? Afundamento do piso e queda de paredes no pavimento térreo e 
aparecimento de rachaduras em diversos pavimentos em edifício 
no Catete, RJ 
? Desabamento de parte de teto de centro cirúrgico de hospital e 
aparecimento de rachaduras entre parede e teto, no Estácio, RJ 
? Desabamento de sobrado, em Vaz Lobo, RJ - 5 feridos 
? Queda de janela do 8º andar de edifício, em Laranjeiras, RJ 
? Desabamento de parte de casarão, em obras, em Ouro Preto, 
MG - 1 vítima fatal 
2003 
 
? Desabamento de parte de casa de 3 pavimentos, em Santa Teresa, 
RJ - 2 carros danificados 
? Queda de persiana de edifício, no Centro, RJ - 3 carros danificados 
? Queda de 2 placas de granito, 40 cm x 80 cm, de edifício novo, no 
Centro, RJ - 1 carro danificado 
? Queda de marquise de sobrado, em Botafogo, RJ - 1 ferido 
? Queda de reboco de tetos de hospital, em Niterói, RJ 
 
 
O quadro abaixo, de caráter meramente ilustrativo2, representa a 
distribuição anual das ocorrências: 
 
ANO OCORRÊNCIAS
1990 01 
1991 01 
1992 03 
1993 03 
1994 03 
1995 04 
1996 07 
1997 04 
1998 10 
1999 14 
2000 06 
2001 13 
2002 13 
2003 05 
 
2 a distribuição quantitativa neste quadro não é representativa de acréscimos ou decréscimos na 
ocorrência de acidentes, porquanto, conforme esclarecido, somente integraram este trabalho 
elementos com informações suficientes para os objetivos do mesmo. 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
9
1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES. 
 
As ocorrências foram classificadas quanto ao tipo de dano e quanto 
às suas origens, sendo os danos identificados nos seguintes casos: 
 
? desabamento total da edificação 
? desabamento parcial da edificação 
? queda de partes da edificação 
? queda de varandas ou marquises3 
? queda de reboco ou de revestimento 
 
para os danos, foram definidas cinco origens: 
 
? erros de execução4 
? falta de manutenção ou manutenção inadequada ou ineficiente 
? má utilização 
? execução de obras sem supervisão de profissional habilitado5 
? outras6 
 
 
A partir dos dados obtidos sobre cada ocorrência e das 
classificações acima definidas, foi montada uma nova tabela, que 
relaciona o acidente, o tipo de dano e sua origem: 
 
1990 
 
? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima 
fatal 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
1991 
 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Volta Redonda, RJ 
- 8 vítimas fatais, 24 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
ACRÉSCIMO DE 2 PA VIMENTOS 
1992 
 
? Pedaço de reboco cai de edifício no Leme, RJ - 1 vítima fatal 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
 
3 Em razão da alta incidência registrada, as quedas de varandas e marquises formaram um item 
destacado das quedas de partes da edificação. 
4 Neste conjunto estão incluídos erros de projeto e de execução, originais da edificação, ou de obras 
de reparos ou modificações em execução, para as quais havia responsável técnico legalmente 
habilitado. 
5 Os danos ou acidentes em obras sem responsável técnico, embora configurem-se como erros de 
execução, receberam classificação distinta, porquanto o erroda não contratação de profissional 
habilitado precedeu a ocorrência do dano. 
6 Receberam esta classificação os danos ocasionados por fatores externos, não relacionados a 
aspectos da construção, como incêndios, enchentes, colisão de veículos, etc. 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
10
1992 (continuação) 
 
? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima 
fatal 
 QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Queda parcial de marquise e de quarto do 1º andar de edifício 
na Tijuca, RJ - 1 ferido 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
1993 
 
? Rompimento de estrutura de varanda do 6º pavimento de 
edifício na Tijuca , RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Pedaço de reboco cai de edifício na Lapa, RJ - 1 vítima fatal 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 vítima fatal 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
1994 
 
? Desabamento de fachada de sobrado no Centro, RJ - 1 vítima 
fatal 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de edificação de dois pavimentos na Vila Mariana, 
SP - 8 vítimas fatais 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Pedaço de reboco cai do 16º andar de edifício, no Centro, RJ - 1 
vítima fatal 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
1995 
 
? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Guaratuba, PR - 
29 vítimas fatais, 9 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
ESMAGAMENTO DE 5 PILARES, RACHADURAS EM VÁRIAS 
PARTES DA EDIFICAÇÃO 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
11
1995 (continuação) 
 
? Desabamento de loja de departamentos, com 5 pavimentos, em 
Seul, Coréia do Sul - mais de 500 vítimas fatais 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
RACHADURAS DIVERSAS NOS PILARES, MÁ EXECUÇÃO E 
REFORMA C/ AMPLIAÇÃO INADEQUADA 
? Desabamento de 20 casas geminadas em condomínio em 
construção no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 16 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
1996 
 
? Queda de marquise de hospital na Mangueira, RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de uma das prumadas de edifício no Riachuelo - 2 
vítimas fatais, 4 feridos 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
ACRÉSCIMOS NO APTO. COBERTURA E ERROS DE EXECUÇÃO 
NO RESTANTE DO EDIFÍCIO 
? Desabamento da praça de alimentação de Shopping, em 
Osasco, SP - 42 vítimas fatais, 352 feridos 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
EXPLOSÃO PROVENIENTE DE ACÚMULO DE GÁS QUE VAZOU DE 
TUBULAÇÃO 
? Afundamento de Batalhão da PM, em Jacarepaguá, RJ 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
SOLO PANTANOSO, RIO SOB O LOCAL 
? Desabamento de casa de dois pavimentos em Campo Grande, 
RJ - 2 vítimas fatais 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
CORROSÃO ACENTUADA VIGAS 
? Desabamento de varanda no 3º pavimento de edifício em 
Copacabana, RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
FECHAMENTOS DE VARANDA 
? Desabamento de edifício residencial de 11 pavimentos no Cairo, 
Egito - 15 vítimas fatais, 21 feridos, 60 a 100 desaparecidos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
CONSTRUÇÃO IRREGULAR DE 7 PAVIMENTOS, REFORMA 
INTERNA EM APARTAMENTOS 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
12
 
 
1997 
 
? Desabamento de teto e de paredes laterais e de fundos de 
supermercado em Mogi das Cruzes, SP 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
PAREDES DE FUNDOS E LATERAIS TAMBÉM DESABARAM 
? Desabamento de teto e de parede de Centro Cultural em 
Jacareí, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de 2 marquises de edificação comercial em São 
Caetano do Sul, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
ERRO DE EXECUÇÃO 
UMIDADE E FERRAGENS INSUFICIENTES 
? Desabamento de edifício, em fase final de construção, em São 
José do Rio Preto, SP 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
ÁGUA SUBSOLO 
1998 
 
? Desabamento parcial de casa em Santa Teresa, RJ 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de caixa d’água de hotel no Centro, RJ - 2 carros 
danificados 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento parcial de edifício, de 22 pavimentos, na Barra da 
Tijuca - 8 vítimas fatais 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento de partes de edificação, em fase final de 
construção, no campus de Universidade em Porto Alegre, RS - 3 
vítimas fatais 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
ESTAVAM CONCRETANDO CAIXA D'ÁGUA NO ÚLTIMO 
PAVIMENTO QUANDO ELA CEDEU UM POUCO E MAIS TARDE 
DESABOU, O PROJETO APROVADO TINHA MENOS DOIS 
PAVIMENTOS E NÃO TINHA CAIXA D'ÁGUA 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
13
 
1998 (continuação) 
 
? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 ferido 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento parcial do teto de templo da Igreja Universal, em 
Osasco, SP - 26 vítimas fatais, 467 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
ESTRUTURA DE MADEIRA APODRECIDA POR INFILTRAÇÕES, 
CUPINS 
? Desabamento de sobrado no Centro, RJ - 2 vítimas fatais, 2 
feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de edifício de 5 pavimentos em Roma, Itália - 18 
vítimas fatais, 20 desaparecidos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
FALHA NA ESTRUTURA 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Osvaldo Cruz, RJ 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
ACRÉSCIMO DE DOIS PAVIMENTOS, INFILTRAÇÕES NAS 
FUNDAÇÕES, NA VÉSPERA, PILAR APRESENTOU RACHADURAS 
? Desabamento de 2 casarões tombados no Centro, RJ 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
1999 
 
? Desabamento de marquise em galpão em reformas no Brás, SP 
- 1 vítima fatal 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Desabamento de edifício de 6 pavimentos, no Centro de Duque 
de Caxias, RJ, atingindo 5 casas vizinhas - 5 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Desabamento de teto de supermercado no Itaim Bibi, SP - 14 
feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
ENTUPIMENTO OU MAU DIMENSIONAMENTO DE CALHA 
ACUMULOU ÁGUA QUE ENCHARCOU MADEIRAMENTO, 
CASUANDO APODRECIMENTO 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
14
 
1999 (continuação) 
 
? Desabamento parcial da cobertura do terminal das barcas, em 
Niterói, RJ - 17 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTEMADEIRAMENTO APODRECIDO 
? Desabamento de varanda de casa em Charitas, Niterói, RJ - 20 
feridos 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
MÁ UTILIZAÇÃO 
VARANDA NÃO PREPARADA PARA A SOBRECARGA 
? Grade de varanda cede em apartamento no 7º andar de edifício 
na Barra da Tijuca, RJ - 1 vítima fatal 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
CORROSÃO NAS EXTREMIDADES DA GRADE 
? Catedral da Sé, em São Paulo, é interditada devido a 
infiltrações, trincas e queda de tijolos e pedras 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de caixa d’água de escola no Caju, RJ - 1 ferido 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de casa de 3 pavimentos no Ingá, Niterói, RJ 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
PROJETADA E CONSTRUÍDA PELO PROPRIETÁRIO, TÉCNICO EM 
MECÂNICA, FALTA DE DRENAGEM DE ÁGUAS DE CHUVA NO 
TERRENO 
? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Olinda, PE - 4 
vítimas fatais, 5 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
EXECUÇÃO INADEQUADA PARA O TIPO DE SOLO LOCAL 
? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Foggia, Itália - 63 
vítimas fatais 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
SUSPEITA DE FALHAS NA ESTRUTURA, HOUVE DESLOCAMENTO 
NO SOLO SOB A EDIFICAÇÃO, EM REFORMA EM 1981 FORAM 
REMOVIDAS COLUNAS PARA FAZER GARAGEM SUBTERRÂNEA 
? Desabamento de edifício 4 pavimentos em Dijon, na França - 11 
vítimas fatais 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
15
 
2000 
 
? Desabamento do piso do 1º pavimento de loja em Sevilha, na 
Espanha - 161 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
MÁ UTILIZAÇÃO 
EXCESSO DE CARGA - MUITAS PESSOAS ENTRARAM NA LOJA 
POR CAUSA DA LIQUIDAÇÃO 
? Queda de passarela em Campus de Universidade, na Barra da 
Tijuca, RJ - 54 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento de muro em escola municipal em Fortaleza, CE - 
1 vítima fatal 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
MURO SEM SUSTENTAÇÃO E COM RACHADURAS 
? Desabamento de muro e de varanda no Jardim Botânico, RJ 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
CONSTRUÇÃO NO TERRENO VIZINHO COM ESCAVAÇÃO DO 
SOLO SEM ESCORAMENTO 
? Desabamento de marquise de hotel no centro histórico de 
Salvador, BA - 1 vítima fatal, 2 feridos 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
FERRAGENS CORROÍDAS, SOBRECARGA DOS MATERIAS DA 
OBRA ESTOCADOS SOBRE A MARQUISE 
? Desabamento de pisos de edificação de 4 pavimentos no 
Centro, RJ - 1 vítima fatal, 7 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
MÁ UTILIZAÇÃO 
EXCESSO DE CARGA DEPÓSITO DE MERCADORIAS DA LOJA 
2001 
 
? Desabamento de edifício de 3 pavimentos, em construção, no 
Jabaquara, SP - 1 vítima fatal, 8 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento parcial de telhado de supermercado em São 
Caetano do Sul, SP - 42 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
ESTRUTURA DE COBERTURA, QUE SUSTENTAVA APENAS O 
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E AS TELHAS, PASSOU A SUPORTAR 
O SISTEMA DE AR CONDICIONADO, REDE ELÉTRICA E 
TUBULAÇÃO INCÊNDIO; ENTUPIMENTO DE CALHAS E ACÚMULO 
DE ÁGUA 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
16
2001 (continuação) 
 
? Desabamento parcial de teto e de marquise de supermercado 
em Campinas, SP - 7 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de prumada de varandas em edifício de 4 
pavimentos em Cabo Frio, RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento de edificação de 4 pavimentos, em Jerusalém, 
Israel - 25 vítimas fatais, 309 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
MÁ UTILIZAÇÃO 
UTILIZADO COMO SALÃO DE FESTAS SEM TER SIDO 
CONSTRUÍDO PARA TAL 
? Duas varandas e parte da marquise desabam em edifício em 
Anchieta, RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Desabamento parcial de edifício de 4 pavimentos em Jaboatão 
dos Guararapes, PE 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
DEFICIÊNCIAS NA ESTRUTURA 
? Desabamento de parede da varanda de casa em Santa Teresa, RJ 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Desabamento de prateleiras em depósito de material elétrico e 
hidráulico, em Cidade Líder, SP - 9 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
MÁ UTILIZAÇÃO 
EXCESSO DE CARGA 
? Desabamento de marquise em edificação comercial, com obras 
de acréscimo, no Centro de Cabo Frio, RJ 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento de edificação de 2 andares, em obras de reforma, 
no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 2 vítimas fatais, 4 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Desabamento de teto de creche, em Palmácia, CE - 12 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
ENTUPIMENTO DE CALHA GEROU ACÚMULO DE ÁGUA SOBRE 
TELHADO 
? Desabamento de piso do 5º pavimento de edifício em Salvador, 
BA - 3 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
17
2002 
 
? Desabamento de casa, em obras de ampliação, no Caju, RJ - 1 
ferido 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
? Queda de seis placas de granito do 37º andar de um edifício no 
Centro, RJ - 9 feridos, 6 carros danificados 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Queda de revestimento de pastilhas do 12º andar de edifício em 
Copacabana, RJ - 3 carros atingidos 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Queda de duas placas de granito de edifício no Centro, RJ - 1 
pessoa ferida levemente 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de edifício com 6 pavimentos no Centro, RJ - 2 
vítimas fatais 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 
DEMOLIÇÕES INTERNAS EM EDIFICAÇÃO DE ESTRUTURA EM 
ALVENARIA 
? Desabamento de muro de creche em construção no Rio Comprido, 
RJ - 1 vítima fatal 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ACIDENTE PROVOCADO POR CHUVAS 
? Desabamento de teto de Escola Municipal, recém-construída, em 
Marapanim, Pará - 30 feridos 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Desabamento parcial de edificação de 4 pavimentos, no Santo 
Cristo, RJ 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
PROVOCADO POR INCÊNDIO 
? Afundamento do piso e queda de paredes no pavimento térreo e 
aparecimento de rachaduras em diversos pavimentos em edifício 
no Catete, RJ 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO EM OBRA VIZINHA 
? Desabamento de parte de teto de centro cirúrgico de hospital e 
aparecimento de rachaduras entre parede e teto, no Estácio, RJ 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Desabamento de sobrado, em Vaz Lobo, RJ - 5 feridos 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
18
2002 (continuação) 
 
? Queda de janela do 8º andar de edifício, em Laranjeiras, RJ - 1 
ferido 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OUINEFICIENTE 
? Desabamento de parte de casarão, em obras, em Ouro Preto, MG - 
1 vítima fatal 
DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
2003 
 
? Desabamento de parte de casa de 3 pavimentos, em Santa Teresa, 
RJ - 2 carros danificados 
DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Queda de persiana de edifício, no Centro, RJ - 3 carros danificados 
QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
? Queda de 2 placas de granito, 40 cm x 80 cm, de edifício novo, no 
Centro, RJ - 1 carro danificado 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
ERRO DE EXECUÇÃO 
? Queda de marquise de sobrado, em Botafogo, RJ - 1 ferido 
QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES 
ERRO DE EXECUÇÃO 
PEÇA NÃO ORIGINAL DA CONSTRUÇÃO 
? Queda de reboco de tetos de hospital, em Niterói, RJ 
QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO 
FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU 
INEFICIENTE 
 
 
 
1.4. RESULTADOS OBTIDOS. 
 
A partir da classificação estabelecida, foi possível compor quadros 
de incidências dos tipos e das origens dos danos e acidentes nas 
edificações pesquisadas. 
 
Os tipos de ocorrências representam os seguintes percentuais no 
conjunto: 
 
TIPOS DE OCORRÊNCIAS PERCENTUAIS 
1. Desabamento total da edificação 29,89 % 
2. Desabamento parcial da edificação 8,05 % 
3. Queda de partes da edificação 33,33 % 
4. Queda de varandas ou marquises 16,09 % 
5. Queda de reboco ou de revestimento 12,64 % 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
19
 
As origens observadas para os danos representam, cada uma, os 
seguintes percentuais: 
 
ORIGENS DOS DANOS PERCENTUAIS
1. Erro de execução 31,03 % 
2. Falta de manutenção, manutenção inadequada ou ineficiente 42,53 % 
3. Má utilização 5,75 % 
4. Execução de obras sem responsável técnico 18,39 % 
5. Outras (incêndios, enchentes, colisão veículos, explosão gás, etc.) 2,30 % 
 
ilustrados pelo gráfico abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os números demonstram um elevado percentual de danos e 
acidentes decorrentes de falta de manutenção, manutenção inadequada 
ou ineficiente e de má utilização, que atinge quase 50% (42,53% + 
5,75% = 48,28%) dos casos que, acrescido do percentual de 18,39%, 
relativo às obras sem responsável técnico, que pressupõe a execução 
dirigida por leigo, totalizam 66,67% das origens identificadas para os 
acidentes pesquisados. 
 
Este resultado aponta que os fatores de maior contribuição para a 
ocorrência dos danos nas edificações estão relacionados à falta de 
informações, sugerindo a necessidade de adoção de providências mais 
eficientes na informação e na orientação aos usuários quanto à utilização 
e à manutenção de seus imóveis. 
 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
{{ 
6666,,6677%% 
3
1
,0
3
%
 
 4
2
,5
3
%
 
5
,7
5
%
 
1
8
,3
9
%
 
2
,3
0
%
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
20
 
1.5. CONSIDERAÇÕES. 
 
Na seqüência da ocorrência dos danos, verificamos que as 
administrações municipais deflagraram operações pontuais de vistorias, 
em edificações próximas ou assemelhadas. Entretanto, não houve a 
implantação de procedimentos sistemáticos de vistorias e, tampouco, na 
grande maioria das cidades, a instituição de mecanismos legais para tal, 
embora tenha havido o reconhecimento desta necessidade. 
 
Como exemplo, citamos as cidades do Rio de Janeiro e de São 
Paulo, com grande quantidade e concentração de edificações de idades 
diversas, nas quais as tentativas, no final da década de 90, de 
implantação de legislações relacionadas a vistorias de edificações não 
obtiveram êxito. 
 
No município do Rio de Janeiro, a Lei nº 2.550/97, que pretendia 
instituir a obrigatoriedade de vistorias periódicas nas edificações, foi 
aprovada pela Câmara de Vereadores, mas não foi sancionada pelo 
Prefeito, embasado pelo parecer da Procuradoria do Município, que a 
considerou inconstitucional. 
 
No município de São Paulo, o Projeto de Lei nº 407/01, que 
dispunha sobre a manutenção preventiva e periódica de edificações e 
equipamentos, foi integralmente vetado pela Prefeita, alegando, além da 
inconstitucionalidade, que a questão já se encontrava normatizada na 
esfera municipal. 
 
Uma exceção neste comportamento foi registrada em relação às 
marquises, iniciado por Porto Alegre, talvez pela incidência de acidentes 
que resultaram em mortes, cujas vistorias periódicas são previstas em 
legislações específicas de diversos municípios, conforme se segue: 
 
Campo Bom, RS 
Lei Municipal nº 1.125/1989 - dispõe sobre vistorias periódicas em 
marquises e sacadas de edificações, revogada pela Lei Municipal nº 
3.380/2009, que alterou o artigo 97 da Lei Municipal nº 422/97. 
 
Canela, RS 
Lei Municipal nº 1.009/1990 - estabelece critérios para a 
conservação de elementos nas fachadas dos prédios e dá outras 
providências. 
 
Garibaldi, RS 
Lei Municipal nº 2.272/1993 - estabelece critérios para a 
conservação de elementos nas fachadas dos prédios. 
 
Pelotas, RS 
Lei Municipal nº 4.369/1999 - estabelece critérios para a 
conservação da estabilidade de marquises. 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
21
 
 
 
Porto Alegre, RS 
Decreto Municipal nº 9.425/1989 - estabelece obrigatoriedade de 
apresentação periódica de laudo de estabilidade estrutural de 
marquise. 
 
Rio Grande, RS 
Lei Municipal nº 5.707/2002 - dá nova redação à Lei nº 4.476, de 
10 de abril de 1990, na qual estabelece critérios para a 
conservação da estabilidade das marquises. 
 
Rio de Janeiro, RJ 
Resolução SMU nº 13/1994 - estabelece obrigatoriedade de 
apresentação periódica de laudo sobre as condições de estabilidade 
das marquises. 
 
São Leopoldo, RS 
Lei Municipal nº 3.518/1989 - estabelece a oibrigatoriedade de 
vistoria, manutenção e conservação de marquises. 
 
Entretanto, na maior parte dos municípios, este procedimento não 
é estendido às varandas, que possuem sistemas estruturais e 
construtivos semelhantes. 
 
Poucos municípios dispõem de legislações que estabeleçam a 
obrigatoriedade de vistorias e manutenções periódicas das edificações, 
identificadas apenas em Aracaju, Salvador e Santos. Também não é 
usual a fiscalização do poder público para verificação de procedimentos e 
periodicidades adequados de manutenção. 
 
Neste contexto, o panorama revelado pela pesquisa, que indicou 
elevado percentual de danos e acidentes decorrentes de falta de 
informação, sugere a necessidade de adoção de providências mais 
eficientes na informação e na orientação aos usuários quanto à utilização 
e à manutenção de seus imóveis. 
 
Desde 1998, com a entrada em vigor da ABNT NBR-14.037, que 
estabelece o conteúdo mínimo dos manuais de operação, uso e 
manutenção das edificações, que deve ser fornecido pelo construtor na 
entrega de imóveis novos, a informação vem se tornando mais eficiente 
para proprietários destes imóveis. Entretanto, para proprietários e 
usuários de imóveis antigos, não foram desenvolvidos mecanismos que 
pudessem gerar a conscientização de que a não execução das 
manutenções necessárias ou a execução de forma incorreta podem 
acarretar desde o simples prejuízo financeiro, por perdas de valores 
patrimoniais, até acidentes de grandes proporções. 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
22
2. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES: 
 CONSIDERAÇÕES, 2013 
 
Passados 10 anos, este quadro pouco evoluiu. 
 
Acontecimentos recentes, como a explosão do Restaurante Filé 
Carioca, no Centro do Rio de Janeiro, em outubro de 2011, a queda do 
Ed. Liberdade, também no Centro do Rio de Janeiro, que derrubou outros 
dois edifícios vizinhos,em janeiro de 2012, e o incêndio da Boate Kiss, 
em Santa Maria, em janeiro de 2013, levaram a uma corrida desenfreada 
e mal planejada de aprovação de projetos de leis, alguns resgatados de 
longeva tramitação nas Câmaras de Vereadores. 
 
Este comportamento resultou em legislações nem sempre 
adequadas e, muitas vezes, insuficientes para alcançar os objetivos 
intencionados. 
 
Muitas abordam, desnecessariamente, questões relacionadas às 
responsabilidades, todas elas já estabelecidas no Código Civil e nas 
legislações profissionais, sobre as quais não cabe ao município legislar. 
 
Dos 24 dispositivos relativos às vistorias de edificações coletados 
para análise, somente 9 estabelecem conteúdos mínimos para os laudos 
e apenas 3 se reportam, especificamente, à ABNT NBR-13752, que 
estabelece as diretrizes para elaboração de perícias de engenharia na 
construção civil. Outros 8 fazem referência às normas da ABNT na 
elaboração do laudo, sem especificá-las. Somente um se refere à norma 
de manutenção. 
 
Nenhum, para o caso de edificações em condomínio, estabelece 
percentuais mínimos de unidades privativas a serem vistoriadas, quando 
se sabe que não é possível afirmar quanto à segurança ou quanto à 
estabilidade de um edifício em condomínio sem a verificação das áreas 
comuns e de um número relevante de unidades privativas. 
 
Alguns pretendem que se aponte como adequada ou não 
adequada uma edificação, nos quesitos estabilidade, segurança e 
conservação, sem considerar que não existe edificação totalmente 
adequada, que não necessite de intervenções, mesmo que apenas 
relacionada à conservação e à prevenção. Não consideram que este 
processo é cíclico, a cada item que se acerta surgirá um outro com 
necessidade de reparo, ajuste ou modernização. Não consideram que as 
medidas preventivas são contínuas e permanentes. 
 
A se ter uma legislação deficiente e inadequada e não ter 
nenhuma, a segunda opção será sempre melhor. 
 
Como não temos a cultura da prevenção, a legislação deficiente 
levará a população a buscar cumprir, sem critério, a exigência legal de 
informar que sua edificação encontra-se adequada, estimulando o 
surgimento de uma indústria de "laudos" de qualidade duvidosa e de 
"profissionais" assinadores de conformidades. 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
23
Quando o contratante não dispõe de parâmetros para contratar, ou 
seja, quando ele não está bem orientado e bem informado, ele contrata o 
que é mais prático e mais barato: um "x" no adequado e uma assinatura. 
 
E, aqui, cabe uma pausa para relembrar o resultado da pesquisa: a 
maior parte dos danos é decorrente da falta de informação. 
 
E cabe, também, o questionamento: o comportamento de cumprir 
formalidades atenderá aos objetivos e às necessidades de prevenção e 
proteção? 
 
Evidentemente que não. 
 
Também não eximirá, proprietários, profissionais e, tampouco, o 
poder público de suas responsabilidades. 
 
Fazer leis por fazer não é comprovação de eficiência. Fazer leis 
requer responsabilidade e cuidados com as suas possíveis consequências, 
que poderão, por vezes, ser piores que a situação existente. 
 
No caso das vistorias das edificações, deverá ser priorizado o 
processo de informação e conscientização da população, dos profissionais 
envolvidos, tanto daqueles que vistoriam e realizam serviços nas 
edificações, quanto daqueles que integram os órgãos de licenciamento e 
fiscalização. 
 
Também não se poderá prescindir da efetiva participação dos 
profissionais habilitados e especializados na formulação e na 
regulamentação dos dispositivos legais e no desenvolvimento de 
procedimentos capazes de viabilizar a implantação e a operação destes 
novos dispositivos. 
 
Ainda serão necessárias muitas discussões e reflexões sobre a questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
24
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISTORIA DE 
EDIFICAÇÕES 
 
 
COLETÂNEA LEGISLAÇÕES 
MUNICIPAIS E ESTADUAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antero Parahyba / Adriana Roxo 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
25
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA LEGISLAÇÕES 
 
 
ARACAJU, SE - LEI Nº 1.474, DE 16 DE JUNHO DE 1989 
ARACAJU, SE - LEI Nº 2.765, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1999 
BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SC - LEI Nº 2.805, DE 12 DE MARÇO DE 2008 
BAURU, SP - LEI 4.444, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999 
CANOAS, RS - LEI Nº 5.737, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2013 
CAPÃO DA CANOA, RS - DECRETO Nº 88, DE 22 DE JULHO DE 2009 
CUIABÁ, MT - LEI Nº 5.587, DE 03 DE OUTUBRO DE 2012 
FORTALEZA, CE - LEI Nº 9.913, DE 16 DE JULHO DE 2012 
JOÃO PESSOA, PB - LEI Nº 11.945, DE 18 DE JUNHO DE 2010 
JUNDIAÍ, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 261, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1998 
JUNDIAÍ, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 278, DE 20 DE SETEMBRO DE 1999 
NITERÓI, RJ - LEI Nº 2963/2012, DE 22 DE JUNHO DE 2012 
EST. DE PERNAMBUCO - LEI Nº 13.032, DE 14 DE JUNHO DE 2006 
PORTO ALEGRE, RS - DECRETO N° 17.720/2012 
RECIFE, PE - LEI Nº 16.291/97 
RIBEIRÃO PRETO, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 1.669, DE 05 DE MAIO DE 2004 
EST. DO RIO DE JANEIRO - LEI ESTADUAL Nº 6400, DE 05 DE MARÇO DE 2013 
RIO DE JANEIRO, RJ - LEI COMPLEMENTAR Nº 126, DE 26 DE MARÇO DE 2013 
RIO DE JANEIRO, RJ - LEI Nº 2.550, DE 13 DE JUNHO DE 1997 
SALVADOR, BA - LEI Nº 5.907, DE 23 DE JANEIRO DE 2001 
SALVADOR, BA - DECRETO Nº 13.251, DE 27 DE SETEMBRO DE 2001 
SANTOS, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 441, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2001 
SÃO VICENTE, SP - LEI Nº 2.854, DE 20 DE ABRIL DE 2012 
TORRES, RS - LEI MUNICIPAL Nº 4.324, DE 28 DE MAIO DE 2010 
PROJETOS DE LEI EM ANDAMENTO 
RELAÇÃO DE DISPOSITIVOS QUE ESTABELECEM VISTORIAS DE MARQUISES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
26
ARACAJU, SE 
 
LEI Nº 1.474, DE 16.06.1989 
Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de prédios e vistorias periódicas. 
 
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU: 
Faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a presente Lei: 
 
Art. 1º - A cada cinco anos após a expedição do “Habite-se”, pelo município, os 
proprietários ou administradores das edificações, públicas ou privadas, deverão 
apresentar à Prefeitura Municipal laudo de vistoria das condições de manutenção 
dos imóveis. 
 
Art. 2º - Enquadram-se na presente Lei: 
§ 1º - Todas as edificações de uso coletivo ou de qualquer uso desde que 
tenham avanços que representem perigo à coletividade. 
 
§ 2º - Todas as edificações que apresentem muros de arrimo. 
 
Art. 3º - A vistoria, além da verificação do estado físico de conservação das 
edificações, deverá inspecionar os equipamentos mecânicos e eletromecânicos 
(elevadores, guinchos, bombas hidráulicas, geradores, etc.), bem como os 
equipamentos de prevenção e combate a incêndios e os demais itens que visem 
oferecer segurança e integridade aos usuários ou moradores. 
 
Art. 4º - Estarão também sujeitas às exigências dos artigos anteriores todas as 
edificações existentes antes da presente Lei. 
 
Art. 5º - A Prefeitura Municipal de Aracaju, segundo as condições de manutenção 
de uma edificação, poderá interditá-la, até que sejam sanadas as causas. 
 
Art. 6º - O prazo para apresentação do laudo previsto no artigo 1º é de 180 
(cento e oitenta) dias, contados da data em que se inicia a obrigatoriedade de 
sua apresentação, devendo o mesmo estar devidamente assinado pelo 
Responsável Técnico. 
 
Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor a partir da data da sua publicação. 
 
Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 
LEI Nº 2.765, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1999 
Acresce e altera dispositivos da Lei Municipal Nº 1474, de 16 de junho de 1989, 
que dispõe sobre a manutenção de prédiose vistorias periódicas. 
 
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU. 
Faço saber que a Câmara Municipal de Aracaju aprovou e eu sanciono a sequinte 
Lei: 
 
Art. 1º Os arts. 1º e 2º da Lei Municipal nº 1474, de 16 de junho de 1989, 
passam a vigorar com a seguinte redação: 
 
“ Art. 1º A cada cinco (05) anos após a expedição do “ habite-se “ pelo 
Município, os proprietários ou administradores das edificações públicas ou 
privadas, deverão apresentar a Prefeitura Municipal o Laudo de Vistoria das 
Condições de manutenção dos imóveis, assinado por responsável técnico. 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
27
Art. 2º Enquadram-se na presente Lei: 
 
§ 1º As edificações de uso residencial e multifamiliar, com quatro (04) ou mais 
pavimentos. 
 
§ 2º As edificações de uso comercial, industrial, institucional, educacional, 
recreativo, religiosos e de uso misto”. 
 
Art. 2º O art. 3º da Lei Municipal nº 1474, de 16 de junho de 1989 passa a 
vigorar acrescido de dois parágrafos com as sequintes redações: 
 
Art. 3º ................................................ 
 
§ 1º No laudo de Vistoria Técnica deverá constar, obrigatóriamente, informações 
sobre o estado físico de conservação das edificações, características das 
anomalias porventura encontradas, suas prováveis causas e especialmente a 
indicação de obras ou serviços para a restauração dos imóveis, no prazo 
estabelecido pelo perito responsável. 
 
§ 2º O modelo de Laudo de Vistoria técnica será elaborado pelo Município de 
Aracaju, CREA-SE, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, no prazo de trinta (30) 
dias, contados a partir da publicação desta Lei”. 
 
Art. 3º Os arts.5º e 6º da Lei Municipal nº 1474, de 16 de junho de 1989, 
passam a vigorar com as seguintes redações: 
 
“Art. 5º O proprietário ou administrador do imóvel que não apresentar o Laudo 
de Vistoria Técnica ,no prazo indcado no art. 1º, isto é, a cada cinco (05) anos 
após o "habite-se", será notificado pelo Município para que o faça no prazo 
improrrogável de sessenta (60) dias contados da ciência da notificação, sob pena 
de aplicação de sanções administrativas. 
 
Art 6º Considera-se infração administraitiva urbanística, autorizando o Município 
a lavrar auto de infração para aplicação de sanções administrativas, que podem 
variar desde a incidência de multa diária no valor de 50 UFIR’s até a interdição 
do imóvel, sem prejuízo das medidas judiciais cabiveis: 
 
I – A não apresentação do Laudo de Vistoria Técnica de que trata esta Lei no 
prazo previsto no art 5º. 
II – A não realização das obras e serviços para restauração dos imóveis, no 
prazo estabelecido no laudo de Vistoria Técnica”. 
 
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 5º Ficam revogadas as disposições em contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
28
BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SC 
 
LEI Nº 2.805, DE 12 DE MARÇO DE 2008. 
Torna obrigatória a realização de vistorias periódicas nas edificações da Cidade e 
dá outras providências. 
 
O Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina, Faço 
saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei. 
 
Art. 1º - Os proprietários, responsáveis ou gestores das edificações privadas e 
públicas existentes no município deverão, às suas expensas, promover nestas, 
vistorias periódicas, para detecção de irregularidades na parte física do imóvel, 
registradas em um Parecer Técnico, no qual deverão ser obrigatoriamente 
anexados o Formulário de Inspeção Técnica e a Ficha Técnica da Edificação. 
 
§ 1º - Estabelece-se a obrigação de preencher o Formulário de Inspeção Técnica, 
o qual deve reunir informações sobre as condições de segurança, salubridade, 
desempenho e habitabilidade, especialmente no que se refere aos elementos de 
fachada em espaços de uso público, estabilidade estrutural, impermeabilização 
de coberturas e instalações primárias; segundo o modelo que se apresenta nesta 
Lei como Anexo I; 
 
§ 2º - Estabelece-se a obrigação de preencher a Ficha Técnica da Edificação, a 
qual deve reunir informações sobre a situação jurídica, arquitetônica e 
urbanística segundo o modelo que se apresenta nesta Lei como Anexo II; 
 
§ 3º - Os Pareceres Técnicos de que trata o caput, deverão ser elaborados por 
Engenheiros, Arquitetos com registro no Conselho Regional de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina - CREA-SC; 
 
§ 4º - Os responsáveis, proprietários ou gestores, das edificações de que trata 
esta lei, deverão manter a Ficha Técnica da Edificação e o formulário de inspeção 
técnica em local visível e franqueado ao acesso da fiscalização municipal. 
 
Art. 2º - Ficam os proprietários de imóveis não unifamiliares e os condomínios 
obrigados a realizar a vistoria periódica das respectivas edificações e de seus 
elementos que estejam sobre logradouro público, observando características do 
imóvel, idade e periodicidade máxima. 
 
§ 1º - A primeira vistoria da edificação deverá atender os prazos estabelecidos 
no quadro abaixo: 
 
PRAZO PARA A ELABORAÇÃO DA PRIMEIRA VISTORIA 
 
ENTREGA DA EDIFICAÇÃO OU INÍCIO DA OPERAÇÃO PRAZO 
Até o ano de 1987 2009 
Entre o ano de 1988 e 1997 2010 
Entre o ano de 1998 e 2005 2011 
A partir do ano de 2006 Seis anos após a entrega da obra 
 
Observação: A data limite até o ultimo dia útil do ano indicado. 
 
§ 2º - Nas obras novas a primeira vistoria, de que trata o parágrafo anterior, 
ficará ao encargo da construtora e será requisito para a expedição do habite-se. 
 
§ 3º - As demais vistorias periódicas da edificação deverão atender os prazos 
estabelecidos na Ficha Técnica da Edificação e não poderão ser maiores do que 
os limites máximos de periodicidade fixados no quadro abaixo: 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
29
LIMITES MÁXIMOS DE PERIODICIDADE A PARTIR DA PRIMEIRA VISTORIA 
 
IDADE REAL (ANOS)| PRAZO (ANOS)| 
Até 6 6 
6 a 11 5 
11 a 15 4 
Acima de 15 3 
 
§ 4º - Em caso de denúncia a vistoria de que trata o parágrafo anterior deverá 
ser realizada no prazo de 90 dias 
 
Art. 3º - A vistoria terá a periodicidade de três anos nas edificações abaixo 
relacionadas: 
I - Comércio (varejo, atacado, supermercados, lojas de departamentos, centros 
de compras e outros), com mais de 1.500 m² de área construída, ou utilizando 
mais de 3 (três) pavimentos; 
II - Serviços, com mais de 5.000 m² de área construída, ou utilizando mais de 9 
(nove) pavimentos; 
III - Hospitais e pronto-socorros; 
VI - Locais, cobertos ou não, com lotação superior a 500 (quinhentas) pessoas; 
 
Art. 4º - Excluem-se das disposições desta lei as edificações residenciais 
constantes de: 
a) uma unidade habitacional por lote; 
b) conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, agrupadas horizontalmente 
e/ou superpostas, e todas com entrada independente, com frente para via oficial 
de acesso ou em condomínio (casas geminadas, casas superpostas, vilas, e 
conjunto residencial vila). 
 
Art. 5º - O Parecer Técnico de que trata o Art. 1º deverá ser elaborado segundo 
as disposições constantes da NBR 13.752/76, da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas - ABNT, sendo acompanhado de uma via da Anotação de 
Responsabilidade Técnica - ART, do serviço realizado, e conter no mínimo: 
I - Descrição detalhada do estado geral da edificação e/ou dos equipamentos; 
II - Os pontos sujeitos à manutenção preditiva, preventiva, corretiva ou 
substituição; 
III - As medidas saneadoras a serem utilizadas; 
IV - Os prazos máximos para conclusão das medidas saneadoras propostas; e 
V - Formulário de Inspeção Técnica e Ficha Técnica da Edificação, devidamente 
preenchidos. 
 
Parágrafo Único - Os responsáveis pelas edificações deverão apresentar cópia da 
ART referente ao Parecer Técnico e da Ficha Técnica da Edificação à Prefeitura 
até a data limite para a vistoria.Art. 6º - O profissional responsável pela emissão do Parecer Técnico fica 
obrigado a comunicar à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano quaisquer 
danos que afetem o uso e a segurança das edificações de que trata esta Lei. 
 
Art. 7º - São consideradas infrações ao disposto nesta lei: 
I - a não realização das vistorias nos prazos estabelecidos no Art. 2º; 
II - não manter a Ficha Técnica da Edificação em local visível e franqueado à 
fiscalização; 
III - não realizar as medidas saneadoras apontadas nos Pareceres Técnicos e no 
Formulário de Inspeção Técnica, nos prazos ali estabelecidos; 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
30
Parágrafo Único - As infrações ao disposto nesta Lei são passíveis de punição 
com multa no valor equivalente a 10 UFM (Unidades Fiscais Municipais), 
renovável a cada 30 (trinta) dias, até que seja sanada a irregularidade. 
 
Art. 8º - As edificações existentes terão prazo estabelecido no Art. 2º para 
atendimento aos dispositivos desta lei. 
 
Art. 9º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 
 
ANEXO I 
FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO TÉCNICA 
NOME DO EDIFÍCIO: 
 
ENDEREÇO: 
 
BAIRRO: 
 
CEP: 
 
 
ANÁLISE PATOLÓGICA DA EDIFICAÇÃO 
ELEMENTOS OBSERVAÇÕES BOM ESTADO 
PROBLEMA 
PONTUAL 
PROBLEMA 
GENERALIZAD
O 
PERIGO 
EMINENTE 
1. ESTRUTURA 
1.1 Fundação 
1.2 Pilares 
1.3 Vigas 
1.4 Lajes 
1.5 
Escadas/Rampas 
 
1.6 Sacadas 
1.7 Arcos 
1.8 Paredes 
1.9 
1.10 
2. FACHADAS, ESPAÇOS DE USO PÚBLICO 
2.1 Pintura 
2.2 Rev. Cerâmico 
2.3 Reboco 
2.4 Calçada 
2.5 Muros/Cercas 
2.6 Placas/Postes 
2.7 Central GLP 
2.8 
2.9 
3. COBERTURA 
3.1 Telhado 
3.2 
Impermeabilização 
 
3.3 
3.4 
4. INSTALAÇÕES COMUNS 
4.1 Água 
4.2 Esgoto 
4.3 Elétrica 
4.4 Gás 
4.5 Extintores 
4.6 Hidrantes 
4.7 
4.8 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
31
5. ELEMENTOS ANEXADOS AO IMÓVEL 
5.1 Toldos 
5.2 Antenas 
5.3 Chaminés 
5.4 Máquinas 
5.5 
5.6 
 
 
ANEXO II 
 
DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS IMEDIATAS DE SEGURANÇA (CASO NECESSÁRIO) 
ELEMENTOS COM 
PROBLEMAS DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS A SEREM TOMADAS URGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS QUE OFERECEM PERIGO 
EMINENTE 
DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS IMEDIATAS A SEREM 
TOMADAS 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
OBSERVAÇÕES 
RESPONSÁVEL TÉCNICO: TÍTULO: CREA-SC: 
 
 
 
 
BALNEÁRIO CAMBORIÚ, de de 20___ 
 
________________________ ______________________________ 
RESPONSÁVEL TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA EDIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
32
FICHA TÉCNICA DA EDIFICAÇÃO 
 
NOME DA EDIFICAÇÃO / ESTABELECIMENTO: 
ENDEREÇO: BAIRRO: CEP: 
 
DADOS DO RESPONSÁVEL PELA EDIFICAÇÃO / ESTABELECIMENTO 
NOME COMPLETO: 
CPF: RG: 
ENDEREÇO: E-MAIL: 
FONE RESIDENCIAL: FONE COMERCIAL: FONE CELULAR: 
 
 
DADOS DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS DA EDIFICAÇÃO 
PROJETO/SERVIÇO NOME DO RESPONSÁVEL CREA-SC CONTATO 
ARQUITETÔNICO 
ESTRUTURAL 
FUNDAÇÕES 
HIDRO-SANITÁRIO 
PREVENTIVO DE 
INCÊNDIO 
 
ELÉTRICO 
EXECUÇÃO 
PARECER TÉCNICO 
 
 
DADOS JURÍDICOS DA EDIFICAÇÃO / ESTABELECIMENTO 
INCORPORAÇÃO DO EDIFÍCIO: HABITE-SE: 
ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO: CORPO DE BOMBEIROS: 
CNPJ: INSC. ESTADUAL: 
DATA DA ENTREGA OU INÍCIO DE OPERAÇÃO DA EDIFICAÇÃO: 
 
 
DADOS ARQUITETÔNICOS E DE OCUPAÇÃO 
TIPO DE EDIFICAÇÃO: ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: 
N° DE APARTAMENTOS: N° DE ESTABELECIMENTOS: 
 
 
OBSERVAÇÕES 
 
 
 
 
 
DATA DA VISTORIA REALIZADA: PRAZO MÁXIMO PARA A PRÓXIMA VISTORIA: 
 
BALNEÁRIO CAMBORIÚ, de de 20___ 
 
 
 ______________________ 
 RESPONSÁVEL TÉCNICO 
 
Prefeitura: 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
33
BAURU, SP 
 
LEI Nº 4.444, DE 21.09.1999 
Torna obrigatório o Laudo Técnico de Regularidade das Edificações com mais de 
três andares. 
 
O Prefeito Municipal de Bauri, Estado de São Paulo, faz saber que a Câmara 
Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte lei: 
 
Art. 1º - A cada três anos, fica obrigatória a apresentação, pelos responsáveis 
pela construção de edifícios públicos ou privados com mais de três andares e, 
após a entrega, pelos seus administradores, de laudo técnico junto à 
municipalidade, sobre as condições de regularidade da edificação. 
 
Art. 2º - O laudo referido no artigo anterior será elaborado por engenheiro 
habilitado para tal fim. 
 
Art. 3º - Contar-se-á, para fins desta lei, cada triênio a partir da data da 
concessão do habite-se, sendo que os prédios mais antigos, a partir da data do 
primeiro laudo apresentado à Prefeitura, o que deverá ser feito no prazo de 90 
(noventa) dias após a publicação desta lei. 
 
Art. 4º - O não cumprimento no disposto nesta lei implicará na imposição de 
multa ao infrator de 1.000 UFIR's (Unidades Fiscais de Referência), valor esse 
dobrado na reincidência e com a consequente interdição do prédio na segunda 
reincidência. 
 
Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
34
CANOAS, RS 
 
LEI Nº 5737, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2013 
Dispõe sobre a expedição, obtenção e obrigatoriedade de Certificado de Inspeção 
Predial. 
 
O Prefeito Municipal de Canoas. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e 
eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: 
 
Art. 1º A expedição e obtenção de Certificado de Inspeção Predial, documento 
comprobatório das condições de estabilidade, segurança, salubridade, 
desempenho e habitabilidade das edificações, obedecem ao disposto nesta Lei. 
 
Art. 2º Ficam obrigados a obter Certificado de Inspeção Predial, às suas 
expensas, o proprietário, o síndico, o gestor ou outro responsável a qualquer 
título por edificação: 
 
I - residencial com 6 (seis) ou mais pavimentos; 
II - privada não residencial; 
III - pública; 
IV - edificações com mais de 50 (cinquenta) anos. 
 
§ 1º O Certificado de Inspeção Predial deverá ser mantido em local de fácil 
visualização. 
 
§ 2º Ficam excluídas, da obrigação constante no caput deste artigo, todas as 
construções residenciais, unifamiliares, de até dois pavimentos. 
 
Art. 3º O Certificado de Inspeção Predial será emitido ou renovado pelo Poder 
Executivo Municipal, por meio de seus órgãos competentes, mediante a 
protocolização de requerimento contendo: 
 
I - laudo técnico de inspeção predial da edificação; 
II - cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) emitida pelo 
responsável técnico pelo laudo referido no inciso I do caput deste artigo, 
habilitado junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou ao 
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS). 
 
Parágrafo Único - O requerimento das edificações classificadas nas situações 
previstas nas alíneas "b" e "c" do inciso V do art. 5º desta Lei, também deverá 
conter: 
I - relação de medidas saneadoras e reparos a serem realizados, com os 
respectivos prazos para conclusão; e 
II - cópia da ART emitida pelo responsável técnico pela realização das medidas e 
dos reparos referidos no incisoI deste parágrafo, habilitado junto ao CREA ou ao 
CAU/RS. 
 
Art. 4º O Certificado de Inspeção Predial emitido deverá ser renovado: 
I - anualmente: 
a) para edificações com mais de 50 (cinquenta) anos; 
b) para edificações não residenciais destinadas a eventos ou qualquer atividade 
de aglomeração de pessoas com capacidade para mais de 400 (quatrocentas) 
pessoas. 
II - a cada 3 (três) anos, para edificações entre 21 (vinte e um) e 49 (quarenta e 
nove) anos, e, independentemente da idade, às seguintes edificações não 
residenciais: 
a) com mais de 2.000m² (dois mil metros quadrados) de área construída; 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
35
b) com mais de 6 (seis) pavimentos; 
c) edificações não residenciais destinadas a eventos ou qualquer atividade de 
aglomeração de pessoas com capacidade para até 400 (quatrocentas) pessoas; 
ou 
d) hospitais e pronto-socorro. 
III - a cada 5 (cinco) anos, para edificações com até 20 (vinte) anos; e 
IV - no prazo estabelecido por órgão competente, no caso de notificação 
relativamente ao não atendimento às condições prevista nesta Lei. 
 
Parágrafo Único - Para os fins desta Lei, conta-se a idade da edificação a partir 
da data de expedição do habite-se, total ou parcial, ou, se comprovadamente 
anterior a essa, da data de início de utilização da edificação. 
 
Art. 5º O laudo técnico de inspeção de que trata o inciso I do art. 3º desta Lei 
será elaborado em conformidade com o que dispõe a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) e conterá, no mínimo: 
I - nome e assinatura do profissional habilitado responsável pelas suas 
informações; 
II - descrição do estado geral da edificação e de seus equipamentos; 
III - identificação dos pontos da edificação sujeitos à manutenção, preventiva ou 
corretiva, ou à substituição, conforme o caso; 
IV - ficha de vistoria, na qual serão registrados: 
a) aspectos de segurança e de estabilidade estrutural geral; 
b) elementos de fachada em espaços de uso público; 
c) impermeabilização de coberturas; 
d) instalações primárias, hidráulicas, elétricas e de combate a incêndio, incluindo 
extintores, elevadores, condicionadores de ar, gases e caldeiras; 
e) revestimentos internos e externos; e 
f) manutenção de forma geral. 
V - parecer técnico, classificando a situação da edificação como: 
a) normal; 
b) sujeita a reparos; ou 
c) sem condições de uso. 
VI - fotografias ilustrativas ou peça gráfica representativa das irregularidades 
encontradas, em caso de a situação da edificação classificar-se de acordo com as 
alienas "b" e "c" do inciso V deste artigo. 
 
Art. 6º Fica o infrator sujeito às seguintes penalidades: 
I - multa de 1 (uma) URM (Unidade de Referencia Municipal) por metro 
quadrado da área construída da edificação, pelo descumprimento do disposto no 
parágrafo único do art. 2º desta Lei; 
II - multa de 2 (duas) URMs por metro quadrado da área total construída da 
edificação, pelo descumprimento do disposto no caput do art. 2º desta Lei; e 
III - multa de 4 (quatro) URMs por metro quadrado da área total construída da 
edificação, por informações falsas contidas no laudo técnico de inspeção predial. 
 
Parágrafo Único - Existindo laudo técnico de inspeção predial: 
I - o dobro da multa referida no inciso II deste artigo se a situação da edificação 
classificar-se de acordo com a alínea "b" do inciso V do art. 5º desta Lei; 
II - o triplo da multa referida no inciso II deste artigo se a situação da edificação 
classificar-se de acordo com a alínea "c" do inciso V do art. 5º desta Lei. 
 
Art. 7º Fica a expedição de habite-se de edificação e o alvará de localização, 
condicionados a apresentação do respectivo Certificado de Inspeção Predial. 
 
Art. 8º Esta Lei entra em vigor no prazo de 180 (cento e oitenta) a partir da data 
de sua publicação. 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
36
CAPÃO DA CANOA, RS 
 
DECRETO Nº 88, DE 22 DE JULHO DE 2009 
Estabelece a obrigatoriedade de realização de vistorias periódicas nas edificações 
construídas no Município e dá outras providências. 
 
O Prefeito Municipal de Capão da Canoa, no uso de suas atribuições legais e de 
acordo com o artigo 56, inciso IV, da Lei Orgânica do Município de Capão da 
Canoa. 
 
Considerando a necessidade de se fiscalizar as condições das edificações 
construídas no âmbito do município referente a estabilidade, segurança e 
salubridade. 
 
Considerando a possibilidade de ocorrência de sinistros em edificações 
desprovidas de obras de manutenção e conservação que obrigatoriamente 
deveriam ser realizadas por seus proprietários, síndicos ou ainda o possuidor a 
qualquer título. 
 
Considerando o grande número de reformas realizadas em edificações 
localizadas no município sem acompanhamento e anotação de responsabilidade 
técnica de engenheiros, arquitetos com registro no Conselho Regional de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul – CREA/RS. 
 
D E C R E T A 
 
Art. 1° Os proprietários, responsáveis ou gestores das edificações privadas e 
públicas existentes no município deverão, às suas expensas, promover nestas, 
vistorias periódicas, para detecção de patologias na parte física do imóvel, 
registradas em um Parecer Técnico, no qual deverão ser obrigatoriamente 
anexados o Certificado de Inspeção Predial e a Ficha Técnica da Edificação. 
 
§ 1º Estabelece-se a obrigação de preencher o Certificado de Inspeção Predial, o 
qual deve reunir informações sobre as condições de segurança, salubridade, 
desempenho e habitabilidade, especialmente no que se refere aos elementos de 
fachada em espaços de uso público, estabilidade estrutural, impermeabilização 
de coberturas e instalações primárias; segundo o modelo que se apresenta nesta 
Lei como Anexo I; 
 
§ 2º Estabelece-se a obrigação de preencher a Ficha Técnica da Edificação, a 
qual deve reunir informações sobre a situação jurídica, arquitetônica e 
urbanística segundo o modelo que se apresenta nesta Lei como Anexo II; 
 
§ 3º Os Pareceres Técnicos de que trata o caput, deverão ser elaborados por 
Engenheiros, Arquitetos com registro no Conselho Regional de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul CREA/RS; 
 
§ 4º Os responsáveis, proprietários ou gestores, das edificações de que trata 
esta lei, deverão manter a Ficha Técnica da Edificação e o Certificado de 
Inspeção Predial em local visível e franqueado ao acesso da fiscalização 
municipal. 
 
Art. 2º Ficam os proprietários de imóveis não unifamiliares e os condomínios, 
obrigados a realizar a vistoria periódica das respectivas edificações e de seus 
elementos que estejam sobre logradouro público, observando características do 
imóvel, idade e periodicidade máxima. 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
37
§ 1º A primeira vistoria da edificação deverá atender os prazos estabelecidos no 
cronograma abaixo: 
a) Edificações construídas e entregues até o ano de 1987 - Prazo: 30 dias. 
b) Edificações construídas e entregues entre o ano de 1988 e 1997 – Prazo: 120 
dias. 
c) Edificações construídas e entregues entre o ano de 1998 e 2005 – Prazo: 180 
dias. 
d) Edificações construídas e entregues a partir do ano de 2006 - Seis anos após 
a entrega da obra. 
 
§ 2º Nas obras novas a primeira vistoria, de que trata o parágrafo anterior, 
ficará ao encargo da construtora e será requisito para a expedição do habite-se. 
 
§ 3º As demais vistorias periódicas da edificação deverão atender os prazos 
estabelecidos na Ficha Técnica da Edificação e não poderão ser maiores do que 
os limites máximos de periodicidade fixados no quadro abaixo: 
 
LIMITES MÁXIMOS DE PERIODICIDADE A PARTIR DA PRIMEIRA VISTORIA: 
a) Edificações construídas e entregues com até seis anos – prazo: 06 anos após 
a primeira vistoria. 
b) Edificações construídas e entregues entre 06 anos até 11 anos – prazo: 05 
anos após a primeira vistoria.c) Edificações construídas e entregues entre 11 anos até 15 anos – prazo: 04 
anos após a primeira vistoria. 
d) Edificações construídas e entregues há mais de 15 anos - prazo: 03 anos. 
 
§ 4º Em caso de denúncia formulada por escrito a municipalidade a vistoria de 
que trata o parágrafo anterior deverá ser realizada no prazo de 30 dias após a 
notificação expedida pelo Município. 
 
Art. 3º A vistoria será obrigatória e terá a periodicidade de três anos nas 
edificações abaixo relacionadas: 
I Comércio (varejo, atacado, supermercados, lojas de departamentos, centros de 
compras e outros), com mais de 1.500 m² de área construída, ou utilizando mais 
de 3 (três) pavimentos; 
II Serviços, com mais de 5.000 m² de área construída, ou utilizando mais de 9 
(nove) pavimentos; 
III Hospitais e prontosocorros; 
VI Locais, cobertos ou não, com lotação superior a 500 (quinhentas) pessoas; 
 
Art. 4° Excluem-se das disposições desta lei as edificações residenciais 
constantes de: 
a) uma unidade habitacional por lote; 
b) conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, agrupadas horizontalmente 
e/ ou superpostas, e todas com entrada independente, com frente para via 
oficial de acesso ou em condomínio (casas geminadas, casas superpostas, vilas, 
e conjunto residencial vila). 
 
Art. 5° O Parecer Técnico de que trata o Art. 1º deverá ser elaborado segundo as 
disposições constantes da NBR 13.752/76, da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas ABNT, sendo acompanhado de uma via da Anotação de 
Responsabilidade Técnica ART, do serviço realizado, e conter no mínimo: 
I Descrição detalhada do estado geral da edificação e/ou dos equipamentos; 
II Os pontos sujeitos à manutenção preditiva, preventiva, corretiva ou 
substituição; 
III As medidas saneadoras a serem utilizadas; 
IV Os prazos máximos para conclusão das medidas saneadoras propostas; 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
38
V Certificado de Inspeção Predial e Ficha Técnica da Edificação, devidamente 
preenchidos. 
 
Parágrafo Único Os responsáveis pelas edificações deverão apresentar cópia da 
ART referente ao Parecer Técnico e da Ficha Técnica da Edificação à Prefeitura 
até a data limite para a vistoria. 
 
Art. 6° O profissional responsável pela emissão do Parecer Técnico fica obrigado 
a comunicar à Secretaria Municipal de Obras quaisquer danos que afetem o uso 
e a segurança das edificações de que trata esta Lei. 
 
Art. 7° São consideradas infrações ao disposto nesta lei: 
I a não realização das vistorias nos prazos estabelecidos no Art. 2º; 
II O descumprimento do disposto no Art.9º, inc.I e II, parágrafo único. 
III não manter a Ficha Técnica da Edificação em local visível e franqueado à 
fiscalização; 
IV não realizar as medidas saneadoras apontadas nos Pareceres Técnicos e no 
Formulário de Inspeção Técnica, nos prazos ali estabelecidos; 
 
Parágrafo Único As infrações ao disposto nesta Lei são passíveis de punição com 
multa no valor equivalente a 10 PTM (Padrão Tributário Municipal), renovável a 
cada 30 (trinta) dias, até que seja sanada a irregularidade. 
 
Art. 8° As edificações existentes terão prazo estabelecido no Art. 2° para 
atendimento aos dispositivos desta lei. 
 
Art.9º O licenciamento para realização de reformas com a finalidade de reparos 
no revestimento das edificações, serviços de pintura em geral, reparo de 
telhados, reparos e modificações nas fundações, pilares, vigas e lajes, sacadas, 
arcos e paredes, somente será concedido mediante: 
I – Requerimento solicitando licenciamento para execução dos serviços descritos 
no “caput” deste artigo, onde conste o nome e a assinatura do profissional 
habilitado, responsável pela execução dos serviços e prazo para conclusão dos 
mesmos. 
II – Apresentação do projeto aprovado. 
 
Parágrafo único: A obra para qual foi requerido o licenciamento somente poderá 
ser iniciada no momento em que o requerente tiver em mãos o respectivo 
alvará. 
 
Art. 10 Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação e no prazo de 
90 (noventa) dias o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo Projeto de 
Lei regulamentando e ratificando a matéria na íntegra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
39
CUIABÁ, MT 
 
LEI Nº 5.587, DE 03 DE OUTUBRO DE 2012 
Determina a realização periódica de inspeção em edificações e cria o Laudo de 
Inspeção Predial (LIP) 
 
O Presidente da Câmara Municipal de Cuiabá - MT faço saber que, decorrido o 
prazo legal e, conforme o § 8º do artigo 29 da Lei Orgânica do Município de 
Cuiabá - MT promulgo a seguinte Lei: 
 
Art. 1º Fica instituído a exigência de inspeção prévia e periódica em edificações, 
destinada a verificar as condições de estabilidade, segurança construtiva e 
manutenção. 
 
Art. 2º Para os efeitos da presente Lei considera-se edificação, o conjunto 
formado por qualquer obra de engenharia da construção, concluída e entregue 
para uso, com seus elementos complementares, como sistema de ar-
condicionado, geradores de energia, elevadores, escada rolante, subestação 
elétrica, caldeiras, instalação elétricas, monta cargas, transformadores, entre 
outros. 
 
Art. 3º Toda edificação acima de 500m²(quinhentos metros quadrados) está 
sujeita às inspeções periódicas de que trata esta Lei, exceto barragens e 
estádios de futebol, em razão de existir legislação específica. 
 
Art. 4º A finalidade da inspeção é efetuar o diagnóstico da edificação por meio de 
vistoria especializada, utilizando-se de laudo para emitir parecer acerca das 
condições técnicas, de uso e de manutenção, com avaliação do grau de risco à 
segurança dos usuários. 
 
Art. 5º A periodicidade das inspeções nas edificações novas será quinquenal e 
deverá ser realizada a partir dos primeiros 05 (cinco) anos de sua construção. 
 
§ 1º Independentemente da periodicidade mencionada no caput, o Laudo de 
Inspeção Predial (LIP) deverá ser renovado: 
 
I - anualmente, para edificações com mais de 50 (cinquenta) anos; 
II - a cada 02 (dois) anos, para entre 31 (trinta e um) e 50 (cinquenta) anos; 
III - a cada 03 (três) anos, para edificações entre 21 (vinte e um) e 30 (trinta) 
anos, e, independentemente da idade, as seguintes edificações não residenciais: 
a) com mais de 2.000 m² (dois mil metros quadrado) de área construída; 
b) com mais de 4 (quatro) pavimentos; 
c) com capacidade para eventos ou atividades para mais de 400 (quatrocentas) 
pessoas; 
d) hospitais e prontos-socorros. 
IV - a cada 05 (cinco) anos, para edificações com até 20 (vinte) anos. 
 
§ 2º A periodicidade mencionada no caput, poderá ser ampliada ou reduzida, em 
razão de solicitações efetivas pelos órgãos de fiscalização urbanísticos do 
Município de Cuiabá, do Poder Judiciário, do Ministério Público, do CREA-MT, do 
Corpo de Bombeiros Militares de Mato Grosso, competindo ao Secretário 
Municipal da pasta respectiva, salvo nos casos de determinação judicial, deferir 
ou indeferir o pleito, após análise das justificativas apresentadas. 
 
Art. 6º A inspeção de que trata a presente Lei será registrada em Laudo de 
Inspeção Predial (LIP), qual obrigatoriamente deverá conter os seguintes itens, 
Danos e acidentes nas edificações 
AJP/ARNO 
40
sem prejuízos de outros que vierem a ser exigidos pela autoridade municipal 
competente: 
 
I - avaliação da conformidade da edificação com a legislação e as normas 
técnicas pertinentes; 
II - explicitação dos tipos de não conformidade encontrados, do grau de risco a 
eles associado e da necessidade de interdição, se for o caso; 
III - prescrição para reparo e manutenção, quando houver, da edificação 
inspecionada; 
IV - assinatura do profissional responsável técnico pela elaboração do LIP e do 
proprietário e ou responsável pela edificação. 
 
Art. 7º O LIP será elaborado por profissional legalmente habilitado junto ao 
Conselho Regional de

Continue navegando