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DDAANNOOSS EE AACCIIDDEENNTTEESS EEMM EEDDIIFFIICCAAÇÇÕÕEESS:: TTIIPPOOSS EE OORRIIGGEENNSS DDEE OOCCOORRRRÊÊNNCCIIAASS EEnnggºº AAnntteerroo PPaarraahhyybbaa AArrqq.. AAddrriiaannaa RRooxxoo aabbrriill//22001133 Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 1 DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES: TIPOS E ORIGENS DE OCORRÊNCIAS Oliveira, Adriana Roxo Nunes Arquiteta e Urbanista e-mail: adriana.roxo@terra.com.br ajp.arno@terra.com.br Parahyba, Antero Jorge Engenheiro Civil Instituto de Engenharia Legal - IEL/RJ - nº 794 e-mail: ajp.arno@terra.com.br ajp.arno@engenharia.org.br Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 2 Há cerca de 10 anos, desenvolvemos um trabalho sobre incidências de danos e acidentes em edificações, visando identificar os tipos e origens predominantes destas ocorrências, assim como a atuação do poder público na instituição de procedimentos capazes de reduzir as situações mais frequentes. Analisando este trabalho, cujos dados estatísticos muito utilizamos em palestras e cursos, pudemos verificar que, daquela época até o momento, enquanto os acidentes vêm se tornando mais frequentes e mais significativos, as medidas de prevenção pouco evoluiram, ou não foram aplicadas de forma adequada, não se registrando contribuições relevantes na redução dos acidentes. Os recentes acontecimentos - explosões, quedas e incêndios - envolvendo edificações regularizadas e formais em grandes centros, com graves consequências, reforçam a atualidade do tema. Neste contexto, fizemos uma releitura daquele trabalho, reproduzindo a pesquisa e os resultados daquela época, acrescentando às considerações finais dados mais recentes das discussões que resultaram em legislações sobre o tema. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 3 SUMÁRIO 1. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES, 2003 4 1.1. INTRODUÇÃO 4 1.2. ELEMENTOS DO CONJUNTO PESQUISADO 4 1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES 9 1.4. RESULTADOS OBTIDOS 18 1.5. CONSIDERAÇÕES 20 2. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES: CONSIDERAÇÕES, 2013 22 ANEXO COLETÂNEA LEGISLAÇÕES VISTORIAS Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 4 1. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES, 2003 RESUMO. Neste trabalho foi desenvolvido um estudo com um conjunto de 89 acidentes e danos nas construções, ocorridos no período de novembro de 1990 a abril de 2003, e noticiados em jornais de grande circulação ou inseridos em publicações técnicas, com o objetivo de identificar os tipos e origens predominantes de acidentes em edificações, além das medidas de proteção subseqüentes, relacionando procedimentos considerados eficazes para a redução destas ocorrências. Palavras-chave: Danos nas construções. Edificações. Desabamentos. Manutenção. 1.1. INTRODUÇÃO. Desde que começou a construir seus abrigos, o homem vem tentando explicar a razão dos acidentes que os atingem, buscando responsabilidades. Ninguém faz uma obra, uma modificação, um acréscimo imaginando sua possível queda. Da mesma forma, ninguém, propositadamente, deixa de fazer as manutenções necessárias a um imóvel para que ele venha ruir. Contudo, os acidentes acontecem e não são tão raros quanto se possa supor. Este trabalho objetiva mapear e identificar tipos e origens de acidentes em edificações de um conjunto de eventos de conhecimento público1, noticiados nos meios de comunicação e/ou inseridos em publicações técnicas, ocorridos no período compreendido entre novembro de 1990 e abril de 2003, visando, na medida do possível, relacionar providências e procedimentos para reduzir as ocorrências mais freqüentes. Para sua elaboração foram consultados recortes de jornais de grande circulação, componentes de acervo próprio dos autores, sendo selecionados aqueles eventos, preferencialmente relacionados a edificações, cujo histório contivesse informações suficientes para permitir a determinação das origens de sua ocorrência. A partir desta seleção, foram estabelecidas as classificações dos tipos e das origens dos danos e acidentes, para obtenção das incidências mais significativas que possibilitassem a definição de fatores de maior contribuição para a ocorrência dos danos nas edificações. 1.2. ELEMENTOS DO CONJUNTO PESQUISADO. Na pesquisa realizada em jornais de grande circulação, do período de novembro/1990 a abril/2003, foram arrolados 87 casos de desabamentos totais ou de partes de edificações de usos diversos, conforme tabela seguir. 1 por motivo de confidencialidade, não foram incluídas no trabalho situações das quais participamos que não fossem de domínio público. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 5 1990 ? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima fatal 1991 ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Volta Redonda, RJ - 8 vítimas fatais, 24 feridos 1992 ? Pedaço de reboco cai de edifício no Leme, RJ - 1 vítima fatal ? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima fatal ? Queda parcial de marquise e de quarto do 1º andar de edifício na Tijuca, RJ - 1 ferido 1993 ? Rompimento de estrutura de varanda do 6º pavimento de edifício na Tijuca , RJ ? Pedaço de reboco cai de edifício na Lapa, RJ - 1 vítima fatal ? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 vítima fatal 1994 ? Desabamento de fachada de sobrado no Centro, RJ - 1 vítima fatal ? Desabamento de edificação de dois pavimentos na Vila Mariana, SP - 8 vítimas fatais ? Pedaço de reboco cai do 16º andar de edifício, no Centro, RJ - 1 vítima fatal 1995 ? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ ? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Guaratuba, PR - 29 vítimas fatais, 9 feridos ? Desabamento de loja de departamentos, com 5 pavimentos, em Seul, Coréia do Sul - mais de 500 vítimas fatais ? Desabamento de 20 casas geminadas em condomínio em construção no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 16 feridos 1996 ? Queda de marquise de hospital na Mangueira, RJ ? Desabamento de uma das prumadas de edifício no Riachuelo - 2 vítimas fatais, 4 feridos ? Desabamento da praça de alimentação de Shopping, em Osasco, SP - 42 vítimas fatais, 352 feridos ? Afundamento de Batalhão da PM, em Jacarepaguá, RJ ? Desabamento de casa de dois pavimentos em Campo Grande, RJ - 2 vítimas fatais ? Desabamento de varanda no 3º pavimento de edifício em Copacabana, RJ ? Desabamento de edifício residencial de 11 pavimentos no Cairo, Egito - 15 vítimas fatais, 21 feridos, 60 a 100 desaparecidos Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 6 1997 ? Desabamento de 2 marquises de edificação comercial em São Caetano do Sul, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos ? Desabamento de teto e de paredes laterais e de fundos de supermercado em Mogi das Cruzes, SP ? Desabamento de teto e de parede de Centro Cultural em Jacareí, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos ? Desabamento de edifício, em fase final de construção, em São José do Rio Preto, SP 1998 ? Desabamento parcial de casa em Santa Teresa, RJ ? Desabamento de caixa d’água de hotel no Centro, RJ - 2 carros danificados ? Desabamento parcial de edifício, de 22 pavimentos, na Barra da Tijuca- 8 vítimas fatais ? Desabamento de partes de edificação, em fase final de construção, no campus de Universidade em Porto Alegre, RS - 3 vítimas fatais ? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 ferido ? Desabamento parcial do teto de templo da Igreja Universal, em Osasco, SP - 26 vítimas fatais, 467 feridos ? Desabamento de sobrado no Centro, RJ - 2 vítimas fatais, 2 feridos ? Desabamento de edifício de 5 pavimentos em Roma, Itália - 18 vítimas fatais, 20 desaparecidos ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Osvaldo Cruz, RJ ? Desabamento de 2 casarões tombados no Centro, RJ 1999 ? Desabamento de marquise em galpão em reformas no Brás, SP - 1 vítima fatal ? Desabamento de edifício de 6 pavimentos, no Centro de Duque de Caxias, RJ, atingindo 5 casas vizinhas - 5 feridos ? Desabamento de teto de supermercado no Itaim Bibi, SP - 14 feridos ? Desabamento parcial da cobertura do terminal das barcas, em Niterói, RJ - 17 feridos ? Desabamento de varanda de casa em Charitas, Niterói, RJ - 20 feridos ? Grade de varanda cede em apartamento no 7º andar de edifício na Barra da Tijuca, RJ - 1 vítima fatal ? Catedral da Sé, em São Paulo, é interditada devido a infiltrações, trincas e queda de tijolos e pedras ? Desabamento de caixa d’água de escola no Caju, RJ - 1 ferido ? Desabamento de casa de 3 pavimentos no Ingá, Niterói, RJ ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Olinda, PE - 4 vítimas fatais, 5 feridos ? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Foggia, Itália - 63 vítimas fatais ? Desabamento de edifício com 4 pavimentos em Dijon, na França - 11 vítimas fatais Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 7 1999 (continuação) ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Zernograd, na Rússia - 10 vítimas fatais ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Olinda, PE - 6 vítimas fatais 2000 ? Desabamento do piso do 1º pavimento de loja em Sevilha, na Espanha - 161 feridos ? Queda de passarela em Campus de Universidade, na Barra da Tijuca, RJ - 54 ? Desabamento de muro em escola municipal em Fortaleza, CE - 1 vítima fatal ? Desabamento de muro e de varanda no Jardim Botânico, RJ ? Desabamento de marquise de hotel no centro histórico de Salvador, BA - 1 vítima fatal, 2 feridos ? Desabamento de pisos de edificação de 4 pavimentos no Centro, RJ - 1 vítima fatal, 7 feridos 2001 ? Desabamento de edifício de 3 pavimentos, em construção, no Jabaquara, SP - 1 vítima fatal, 8 feridos ? Desabamento parcial de telhado de supermercado em São Caetano do Sul, SP - 42 feridos ? Desabamento parcial de teto e de marquise de supermercado em Campinas, SP - 7 feridos ? Desabamento de prumada de varandas em edifício de 4 pavimentos em Cabo Frio, RJ ? Desabamento de edificação de 4 pavimentos, em Jerusalém, Israel - 25 vítimas fatais, 309 feridos ? Duas varandas e parte da marquise desabam em edifício em Anchieta, RJ ? Desabamento parcial de edifício de 4 pavimentos em Jaboatão dos Guararapes, PE ? Desabamento de parede da varanda de casa em Santa Teresa, RJ ? Desabamento de prateleiras em depósito de material elétrico e hidráulico, em Cidade Líder, SP - 9 feridos ? Desabamento de marquise em edificação comercial, com obras de acréscimo, no Centro de Cabo Frio, RJ ? Desabamento de edificação de 2 andares, em obras de reforma, no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 2 vítimas fatais, 4 feridos ? Desabamento de teto de creche, em Palmácia, CE - 12 feridos ? Desabamento de piso do 5º pavimento de edifício em Salvador, BA - 3 feridos 2002 ? Desabamento de casa, em obras de ampliação, no Caju, RJ - 1 ferido ? Queda de seis placas de granito do 37º andar de um edifício no Centro, RJ - 9 feridos, 6 carros danificados Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 8 ? Queda de revestimento de pastilhas do 12º andar de edifício em Copacabana, RJ - 3 carros atingidos ? Queda de duas placas de granito de edifício no Centro, RJ - 1 pessoa ferida levemente ? Desabamento de edifício com 6 pavimentos no Centro, RJ - 2 vítimas fatais ? Desabamento de muro de creche em construção no Rio Comprido, RJ - 1 vítima fatal ? Desabamento de teto de Escola Municipal, recém-construída, em Marapanim, Pará - 30 feridos ? Desabamento parcial de edificação de 4 pavimentos, no Santo Cristo, RJ ? Afundamento do piso e queda de paredes no pavimento térreo e aparecimento de rachaduras em diversos pavimentos em edifício no Catete, RJ ? Desabamento de parte de teto de centro cirúrgico de hospital e aparecimento de rachaduras entre parede e teto, no Estácio, RJ ? Desabamento de sobrado, em Vaz Lobo, RJ - 5 feridos ? Queda de janela do 8º andar de edifício, em Laranjeiras, RJ ? Desabamento de parte de casarão, em obras, em Ouro Preto, MG - 1 vítima fatal 2003 ? Desabamento de parte de casa de 3 pavimentos, em Santa Teresa, RJ - 2 carros danificados ? Queda de persiana de edifício, no Centro, RJ - 3 carros danificados ? Queda de 2 placas de granito, 40 cm x 80 cm, de edifício novo, no Centro, RJ - 1 carro danificado ? Queda de marquise de sobrado, em Botafogo, RJ - 1 ferido ? Queda de reboco de tetos de hospital, em Niterói, RJ O quadro abaixo, de caráter meramente ilustrativo2, representa a distribuição anual das ocorrências: ANO OCORRÊNCIAS 1990 01 1991 01 1992 03 1993 03 1994 03 1995 04 1996 07 1997 04 1998 10 1999 14 2000 06 2001 13 2002 13 2003 05 2 a distribuição quantitativa neste quadro não é representativa de acréscimos ou decréscimos na ocorrência de acidentes, porquanto, conforme esclarecido, somente integraram este trabalho elementos com informações suficientes para os objetivos do mesmo. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 9 1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES. As ocorrências foram classificadas quanto ao tipo de dano e quanto às suas origens, sendo os danos identificados nos seguintes casos: ? desabamento total da edificação ? desabamento parcial da edificação ? queda de partes da edificação ? queda de varandas ou marquises3 ? queda de reboco ou de revestimento para os danos, foram definidas cinco origens: ? erros de execução4 ? falta de manutenção ou manutenção inadequada ou ineficiente ? má utilização ? execução de obras sem supervisão de profissional habilitado5 ? outras6 A partir dos dados obtidos sobre cada ocorrência e das classificações acima definidas, foi montada uma nova tabela, que relaciona o acidente, o tipo de dano e sua origem: 1990 ? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 1991 ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Volta Redonda, RJ - 8 vítimas fatais, 24 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ACRÉSCIMO DE 2 PA VIMENTOS 1992 ? Pedaço de reboco cai de edifício no Leme, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 3 Em razão da alta incidência registrada, as quedas de varandas e marquises formaram um item destacado das quedas de partes da edificação. 4 Neste conjunto estão incluídos erros de projeto e de execução, originais da edificação, ou de obras de reparos ou modificações em execução, para as quais havia responsável técnico legalmente habilitado. 5 Os danos ou acidentes em obras sem responsável técnico, embora configurem-se como erros de execução, receberam classificação distinta, porquanto o erroda não contratação de profissional habilitado precedeu a ocorrência do dano. 6 Receberam esta classificação os danos ocasionados por fatores externos, não relacionados a aspectos da construção, como incêndios, enchentes, colisão de veículos, etc. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 10 1992 (continuação) ? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Queda parcial de marquise e de quarto do 1º andar de edifício na Tijuca, RJ - 1 ferido QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO 1993 ? Rompimento de estrutura de varanda do 6º pavimento de edifício na Tijuca , RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES ERRO DE EXECUÇÃO ? Pedaço de reboco cai de edifício na Lapa, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 1994 ? Desabamento de fachada de sobrado no Centro, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de edificação de dois pavimentos na Vila Mariana, SP - 8 vítimas fatais DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Pedaço de reboco cai do 16º andar de edifício, no Centro, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 1995 ? Queda de marquise de edifício em Copacabana, RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Guaratuba, PR - 29 vítimas fatais, 9 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ESMAGAMENTO DE 5 PILARES, RACHADURAS EM VÁRIAS PARTES DA EDIFICAÇÃO Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 11 1995 (continuação) ? Desabamento de loja de departamentos, com 5 pavimentos, em Seul, Coréia do Sul - mais de 500 vítimas fatais DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO RACHADURAS DIVERSAS NOS PILARES, MÁ EXECUÇÃO E REFORMA C/ AMPLIAÇÃO INADEQUADA ? Desabamento de 20 casas geminadas em condomínio em construção no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 16 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO 1996 ? Queda de marquise de hospital na Mangueira, RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de uma das prumadas de edifício no Riachuelo - 2 vítimas fatais, 4 feridos DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ACRÉSCIMOS NO APTO. COBERTURA E ERROS DE EXECUÇÃO NO RESTANTE DO EDIFÍCIO ? Desabamento da praça de alimentação de Shopping, em Osasco, SP - 42 vítimas fatais, 352 feridos DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO EXPLOSÃO PROVENIENTE DE ACÚMULO DE GÁS QUE VAZOU DE TUBULAÇÃO ? Afundamento de Batalhão da PM, em Jacarepaguá, RJ QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO SOLO PANTANOSO, RIO SOB O LOCAL ? Desabamento de casa de dois pavimentos em Campo Grande, RJ - 2 vítimas fatais DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE CORROSÃO ACENTUADA VIGAS ? Desabamento de varanda no 3º pavimento de edifício em Copacabana, RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO FECHAMENTOS DE VARANDA ? Desabamento de edifício residencial de 11 pavimentos no Cairo, Egito - 15 vítimas fatais, 21 feridos, 60 a 100 desaparecidos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO CONSTRUÇÃO IRREGULAR DE 7 PAVIMENTOS, REFORMA INTERNA EM APARTAMENTOS Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 12 1997 ? Desabamento de teto e de paredes laterais e de fundos de supermercado em Mogi das Cruzes, SP QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE PAREDES DE FUNDOS E LATERAIS TAMBÉM DESABARAM ? Desabamento de teto e de parede de Centro Cultural em Jacareí, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de 2 marquises de edificação comercial em São Caetano do Sul, SP - 2 vítimas fatais, 2 feridos QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES ERRO DE EXECUÇÃO UMIDADE E FERRAGENS INSUFICIENTES ? Desabamento de edifício, em fase final de construção, em São José do Rio Preto, SP DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ÁGUA SUBSOLO 1998 ? Desabamento parcial de casa em Santa Teresa, RJ DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de caixa d’água de hotel no Centro, RJ - 2 carros danificados QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento parcial de edifício, de 22 pavimentos, na Barra da Tijuca - 8 vítimas fatais DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento de partes de edificação, em fase final de construção, no campus de Universidade em Porto Alegre, RS - 3 vítimas fatais QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ESTAVAM CONCRETANDO CAIXA D'ÁGUA NO ÚLTIMO PAVIMENTO QUANDO ELA CEDEU UM POUCO E MAIS TARDE DESABOU, O PROJETO APROVADO TINHA MENOS DOIS PAVIMENTOS E NÃO TINHA CAIXA D'ÁGUA Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 13 1998 (continuação) ? Pedaço de reboco cai de edifício no Centro, RJ - 1 ferido QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento parcial do teto de templo da Igreja Universal, em Osasco, SP - 26 vítimas fatais, 467 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ESTRUTURA DE MADEIRA APODRECIDA POR INFILTRAÇÕES, CUPINS ? Desabamento de sobrado no Centro, RJ - 2 vítimas fatais, 2 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de edifício de 5 pavimentos em Roma, Itália - 18 vítimas fatais, 20 desaparecidos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO FALHA NA ESTRUTURA ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Osvaldo Cruz, RJ DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ACRÉSCIMO DE DOIS PAVIMENTOS, INFILTRAÇÕES NAS FUNDAÇÕES, NA VÉSPERA, PILAR APRESENTOU RACHADURAS ? Desabamento de 2 casarões tombados no Centro, RJ DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 1999 ? Desabamento de marquise em galpão em reformas no Brás, SP - 1 vítima fatal QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Desabamento de edifício de 6 pavimentos, no Centro de Duque de Caxias, RJ, atingindo 5 casas vizinhas - 5 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Desabamento de teto de supermercado no Itaim Bibi, SP - 14 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ENTUPIMENTO OU MAU DIMENSIONAMENTO DE CALHA ACUMULOU ÁGUA QUE ENCHARCOU MADEIRAMENTO, CASUANDO APODRECIMENTO Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 14 1999 (continuação) ? Desabamento parcial da cobertura do terminal das barcas, em Niterói, RJ - 17 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTEMADEIRAMENTO APODRECIDO ? Desabamento de varanda de casa em Charitas, Niterói, RJ - 20 feridos QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES MÁ UTILIZAÇÃO VARANDA NÃO PREPARADA PARA A SOBRECARGA ? Grade de varanda cede em apartamento no 7º andar de edifício na Barra da Tijuca, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE CORROSÃO NAS EXTREMIDADES DA GRADE ? Catedral da Sé, em São Paulo, é interditada devido a infiltrações, trincas e queda de tijolos e pedras QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de caixa d’água de escola no Caju, RJ - 1 ferido QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de casa de 3 pavimentos no Ingá, Niterói, RJ DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO PROJETADA E CONSTRUÍDA PELO PROPRIETÁRIO, TÉCNICO EM MECÂNICA, FALTA DE DRENAGEM DE ÁGUAS DE CHUVA NO TERRENO ? Desabamento de edifício de 4 pavimentos em Olinda, PE - 4 vítimas fatais, 5 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO EXECUÇÃO INADEQUADA PARA O TIPO DE SOLO LOCAL ? Desabamento de edifício de 6 pavimentos em Foggia, Itália - 63 vítimas fatais DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO SUSPEITA DE FALHAS NA ESTRUTURA, HOUVE DESLOCAMENTO NO SOLO SOB A EDIFICAÇÃO, EM REFORMA EM 1981 FORAM REMOVIDAS COLUNAS PARA FAZER GARAGEM SUBTERRÂNEA ? Desabamento de edifício 4 pavimentos em Dijon, na França - 11 vítimas fatais DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 15 2000 ? Desabamento do piso do 1º pavimento de loja em Sevilha, na Espanha - 161 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO MÁ UTILIZAÇÃO EXCESSO DE CARGA - MUITAS PESSOAS ENTRARAM NA LOJA POR CAUSA DA LIQUIDAÇÃO ? Queda de passarela em Campus de Universidade, na Barra da Tijuca, RJ - 54 QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento de muro em escola municipal em Fortaleza, CE - 1 vítima fatal QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO MURO SEM SUSTENTAÇÃO E COM RACHADURAS ? Desabamento de muro e de varanda no Jardim Botânico, RJ QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO CONSTRUÇÃO NO TERRENO VIZINHO COM ESCAVAÇÃO DO SOLO SEM ESCORAMENTO ? Desabamento de marquise de hotel no centro histórico de Salvador, BA - 1 vítima fatal, 2 feridos QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE FERRAGENS CORROÍDAS, SOBRECARGA DOS MATERIAS DA OBRA ESTOCADOS SOBRE A MARQUISE ? Desabamento de pisos de edificação de 4 pavimentos no Centro, RJ - 1 vítima fatal, 7 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO MÁ UTILIZAÇÃO EXCESSO DE CARGA DEPÓSITO DE MERCADORIAS DA LOJA 2001 ? Desabamento de edifício de 3 pavimentos, em construção, no Jabaquara, SP - 1 vítima fatal, 8 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento parcial de telhado de supermercado em São Caetano do Sul, SP - 42 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ESTRUTURA DE COBERTURA, QUE SUSTENTAVA APENAS O SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E AS TELHAS, PASSOU A SUPORTAR O SISTEMA DE AR CONDICIONADO, REDE ELÉTRICA E TUBULAÇÃO INCÊNDIO; ENTUPIMENTO DE CALHAS E ACÚMULO DE ÁGUA Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 16 2001 (continuação) ? Desabamento parcial de teto e de marquise de supermercado em Campinas, SP - 7 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de prumada de varandas em edifício de 4 pavimentos em Cabo Frio, RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento de edificação de 4 pavimentos, em Jerusalém, Israel - 25 vítimas fatais, 309 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO MÁ UTILIZAÇÃO UTILIZADO COMO SALÃO DE FESTAS SEM TER SIDO CONSTRUÍDO PARA TAL ? Duas varandas e parte da marquise desabam em edifício em Anchieta, RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Desabamento parcial de edifício de 4 pavimentos em Jaboatão dos Guararapes, PE DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO DEFICIÊNCIAS NA ESTRUTURA ? Desabamento de parede da varanda de casa em Santa Teresa, RJ QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Desabamento de prateleiras em depósito de material elétrico e hidráulico, em Cidade Líder, SP - 9 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO MÁ UTILIZAÇÃO EXCESSO DE CARGA ? Desabamento de marquise em edificação comercial, com obras de acréscimo, no Centro de Cabo Frio, RJ QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento de edificação de 2 andares, em obras de reforma, no Recreio dos Bandeirantes, RJ - 2 vítimas fatais, 4 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Desabamento de teto de creche, em Palmácia, CE - 12 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ENTUPIMENTO DE CALHA GEROU ACÚMULO DE ÁGUA SOBRE TELHADO ? Desabamento de piso do 5º pavimento de edifício em Salvador, BA - 3 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 17 2002 ? Desabamento de casa, em obras de ampliação, no Caju, RJ - 1 ferido DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO ? Queda de seis placas de granito do 37º andar de um edifício no Centro, RJ - 9 feridos, 6 carros danificados QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO ERRO DE EXECUÇÃO ? Queda de revestimento de pastilhas do 12º andar de edifício em Copacabana, RJ - 3 carros atingidos QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Queda de duas placas de granito de edifício no Centro, RJ - 1 pessoa ferida levemente QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de edifício com 6 pavimentos no Centro, RJ - 2 vítimas fatais DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO EXECUÇÃO DE OBRAS SEM RESPONSÁVEL TÉCNICO DEMOLIÇÕES INTERNAS EM EDIFICAÇÃO DE ESTRUTURA EM ALVENARIA ? Desabamento de muro de creche em construção no Rio Comprido, RJ - 1 vítima fatal QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ACIDENTE PROVOCADO POR CHUVAS ? Desabamento de teto de Escola Municipal, recém-construída, em Marapanim, Pará - 30 feridos QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO ? Desabamento parcial de edificação de 4 pavimentos, no Santo Cristo, RJ DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO PROVOCADO POR INCÊNDIO ? Afundamento do piso e queda de paredes no pavimento térreo e aparecimento de rachaduras em diversos pavimentos em edifício no Catete, RJ QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO EM OBRA VIZINHA ? Desabamento de parte de teto de centro cirúrgico de hospital e aparecimento de rachaduras entre parede e teto, no Estácio, RJ QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Desabamento de sobrado, em Vaz Lobo, RJ - 5 feridos DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 18 2002 (continuação) ? Queda de janela do 8º andar de edifício, em Laranjeiras, RJ - 1 ferido QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OUINEFICIENTE ? Desabamento de parte de casarão, em obras, em Ouro Preto, MG - 1 vítima fatal DESABAMENTO TOTAL DA EDIFICAÇÃO ERRO DE EXECUÇÃO 2003 ? Desabamento de parte de casa de 3 pavimentos, em Santa Teresa, RJ - 2 carros danificados DESABAMENTO PARCIAL DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Queda de persiana de edifício, no Centro, RJ - 3 carros danificados QUEDA DE PARTES DA EDIFICAÇÃO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE ? Queda de 2 placas de granito, 40 cm x 80 cm, de edifício novo, no Centro, RJ - 1 carro danificado QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO ERRO DE EXECUÇÃO ? Queda de marquise de sobrado, em Botafogo, RJ - 1 ferido QUEDA DE VARANDAS OU MARQUISES ERRO DE EXECUÇÃO PEÇA NÃO ORIGINAL DA CONSTRUÇÃO ? Queda de reboco de tetos de hospital, em Niterói, RJ QUEDA DE REBOCO OU DE REVESTIMENTO FALTA DE MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO INADEQUADA OU INEFICIENTE 1.4. RESULTADOS OBTIDOS. A partir da classificação estabelecida, foi possível compor quadros de incidências dos tipos e das origens dos danos e acidentes nas edificações pesquisadas. Os tipos de ocorrências representam os seguintes percentuais no conjunto: TIPOS DE OCORRÊNCIAS PERCENTUAIS 1. Desabamento total da edificação 29,89 % 2. Desabamento parcial da edificação 8,05 % 3. Queda de partes da edificação 33,33 % 4. Queda de varandas ou marquises 16,09 % 5. Queda de reboco ou de revestimento 12,64 % Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 19 As origens observadas para os danos representam, cada uma, os seguintes percentuais: ORIGENS DOS DANOS PERCENTUAIS 1. Erro de execução 31,03 % 2. Falta de manutenção, manutenção inadequada ou ineficiente 42,53 % 3. Má utilização 5,75 % 4. Execução de obras sem responsável técnico 18,39 % 5. Outras (incêndios, enchentes, colisão veículos, explosão gás, etc.) 2,30 % ilustrados pelo gráfico abaixo: Os números demonstram um elevado percentual de danos e acidentes decorrentes de falta de manutenção, manutenção inadequada ou ineficiente e de má utilização, que atinge quase 50% (42,53% + 5,75% = 48,28%) dos casos que, acrescido do percentual de 18,39%, relativo às obras sem responsável técnico, que pressupõe a execução dirigida por leigo, totalizam 66,67% das origens identificadas para os acidentes pesquisados. Este resultado aponta que os fatores de maior contribuição para a ocorrência dos danos nas edificações estão relacionados à falta de informações, sugerindo a necessidade de adoção de providências mais eficientes na informação e na orientação aos usuários quanto à utilização e à manutenção de seus imóveis. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 {{ 6666,,6677%% 3 1 ,0 3 % 4 2 ,5 3 % 5 ,7 5 % 1 8 ,3 9 % 2 ,3 0 % Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 20 1.5. CONSIDERAÇÕES. Na seqüência da ocorrência dos danos, verificamos que as administrações municipais deflagraram operações pontuais de vistorias, em edificações próximas ou assemelhadas. Entretanto, não houve a implantação de procedimentos sistemáticos de vistorias e, tampouco, na grande maioria das cidades, a instituição de mecanismos legais para tal, embora tenha havido o reconhecimento desta necessidade. Como exemplo, citamos as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, com grande quantidade e concentração de edificações de idades diversas, nas quais as tentativas, no final da década de 90, de implantação de legislações relacionadas a vistorias de edificações não obtiveram êxito. No município do Rio de Janeiro, a Lei nº 2.550/97, que pretendia instituir a obrigatoriedade de vistorias periódicas nas edificações, foi aprovada pela Câmara de Vereadores, mas não foi sancionada pelo Prefeito, embasado pelo parecer da Procuradoria do Município, que a considerou inconstitucional. No município de São Paulo, o Projeto de Lei nº 407/01, que dispunha sobre a manutenção preventiva e periódica de edificações e equipamentos, foi integralmente vetado pela Prefeita, alegando, além da inconstitucionalidade, que a questão já se encontrava normatizada na esfera municipal. Uma exceção neste comportamento foi registrada em relação às marquises, iniciado por Porto Alegre, talvez pela incidência de acidentes que resultaram em mortes, cujas vistorias periódicas são previstas em legislações específicas de diversos municípios, conforme se segue: Campo Bom, RS Lei Municipal nº 1.125/1989 - dispõe sobre vistorias periódicas em marquises e sacadas de edificações, revogada pela Lei Municipal nº 3.380/2009, que alterou o artigo 97 da Lei Municipal nº 422/97. Canela, RS Lei Municipal nº 1.009/1990 - estabelece critérios para a conservação de elementos nas fachadas dos prédios e dá outras providências. Garibaldi, RS Lei Municipal nº 2.272/1993 - estabelece critérios para a conservação de elementos nas fachadas dos prédios. Pelotas, RS Lei Municipal nº 4.369/1999 - estabelece critérios para a conservação da estabilidade de marquises. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 21 Porto Alegre, RS Decreto Municipal nº 9.425/1989 - estabelece obrigatoriedade de apresentação periódica de laudo de estabilidade estrutural de marquise. Rio Grande, RS Lei Municipal nº 5.707/2002 - dá nova redação à Lei nº 4.476, de 10 de abril de 1990, na qual estabelece critérios para a conservação da estabilidade das marquises. Rio de Janeiro, RJ Resolução SMU nº 13/1994 - estabelece obrigatoriedade de apresentação periódica de laudo sobre as condições de estabilidade das marquises. São Leopoldo, RS Lei Municipal nº 3.518/1989 - estabelece a oibrigatoriedade de vistoria, manutenção e conservação de marquises. Entretanto, na maior parte dos municípios, este procedimento não é estendido às varandas, que possuem sistemas estruturais e construtivos semelhantes. Poucos municípios dispõem de legislações que estabeleçam a obrigatoriedade de vistorias e manutenções periódicas das edificações, identificadas apenas em Aracaju, Salvador e Santos. Também não é usual a fiscalização do poder público para verificação de procedimentos e periodicidades adequados de manutenção. Neste contexto, o panorama revelado pela pesquisa, que indicou elevado percentual de danos e acidentes decorrentes de falta de informação, sugere a necessidade de adoção de providências mais eficientes na informação e na orientação aos usuários quanto à utilização e à manutenção de seus imóveis. Desde 1998, com a entrada em vigor da ABNT NBR-14.037, que estabelece o conteúdo mínimo dos manuais de operação, uso e manutenção das edificações, que deve ser fornecido pelo construtor na entrega de imóveis novos, a informação vem se tornando mais eficiente para proprietários destes imóveis. Entretanto, para proprietários e usuários de imóveis antigos, não foram desenvolvidos mecanismos que pudessem gerar a conscientização de que a não execução das manutenções necessárias ou a execução de forma incorreta podem acarretar desde o simples prejuízo financeiro, por perdas de valores patrimoniais, até acidentes de grandes proporções. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 22 2. DANOS E ACIDENTES EM EDIFICAÇÕES: CONSIDERAÇÕES, 2013 Passados 10 anos, este quadro pouco evoluiu. Acontecimentos recentes, como a explosão do Restaurante Filé Carioca, no Centro do Rio de Janeiro, em outubro de 2011, a queda do Ed. Liberdade, também no Centro do Rio de Janeiro, que derrubou outros dois edifícios vizinhos,em janeiro de 2012, e o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, em janeiro de 2013, levaram a uma corrida desenfreada e mal planejada de aprovação de projetos de leis, alguns resgatados de longeva tramitação nas Câmaras de Vereadores. Este comportamento resultou em legislações nem sempre adequadas e, muitas vezes, insuficientes para alcançar os objetivos intencionados. Muitas abordam, desnecessariamente, questões relacionadas às responsabilidades, todas elas já estabelecidas no Código Civil e nas legislações profissionais, sobre as quais não cabe ao município legislar. Dos 24 dispositivos relativos às vistorias de edificações coletados para análise, somente 9 estabelecem conteúdos mínimos para os laudos e apenas 3 se reportam, especificamente, à ABNT NBR-13752, que estabelece as diretrizes para elaboração de perícias de engenharia na construção civil. Outros 8 fazem referência às normas da ABNT na elaboração do laudo, sem especificá-las. Somente um se refere à norma de manutenção. Nenhum, para o caso de edificações em condomínio, estabelece percentuais mínimos de unidades privativas a serem vistoriadas, quando se sabe que não é possível afirmar quanto à segurança ou quanto à estabilidade de um edifício em condomínio sem a verificação das áreas comuns e de um número relevante de unidades privativas. Alguns pretendem que se aponte como adequada ou não adequada uma edificação, nos quesitos estabilidade, segurança e conservação, sem considerar que não existe edificação totalmente adequada, que não necessite de intervenções, mesmo que apenas relacionada à conservação e à prevenção. Não consideram que este processo é cíclico, a cada item que se acerta surgirá um outro com necessidade de reparo, ajuste ou modernização. Não consideram que as medidas preventivas são contínuas e permanentes. A se ter uma legislação deficiente e inadequada e não ter nenhuma, a segunda opção será sempre melhor. Como não temos a cultura da prevenção, a legislação deficiente levará a população a buscar cumprir, sem critério, a exigência legal de informar que sua edificação encontra-se adequada, estimulando o surgimento de uma indústria de "laudos" de qualidade duvidosa e de "profissionais" assinadores de conformidades. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 23 Quando o contratante não dispõe de parâmetros para contratar, ou seja, quando ele não está bem orientado e bem informado, ele contrata o que é mais prático e mais barato: um "x" no adequado e uma assinatura. E, aqui, cabe uma pausa para relembrar o resultado da pesquisa: a maior parte dos danos é decorrente da falta de informação. E cabe, também, o questionamento: o comportamento de cumprir formalidades atenderá aos objetivos e às necessidades de prevenção e proteção? Evidentemente que não. Também não eximirá, proprietários, profissionais e, tampouco, o poder público de suas responsabilidades. Fazer leis por fazer não é comprovação de eficiência. Fazer leis requer responsabilidade e cuidados com as suas possíveis consequências, que poderão, por vezes, ser piores que a situação existente. No caso das vistorias das edificações, deverá ser priorizado o processo de informação e conscientização da população, dos profissionais envolvidos, tanto daqueles que vistoriam e realizam serviços nas edificações, quanto daqueles que integram os órgãos de licenciamento e fiscalização. Também não se poderá prescindir da efetiva participação dos profissionais habilitados e especializados na formulação e na regulamentação dos dispositivos legais e no desenvolvimento de procedimentos capazes de viabilizar a implantação e a operação destes novos dispositivos. Ainda serão necessárias muitas discussões e reflexões sobre a questão. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 24 VISTORIA DE EDIFICAÇÕES COLETÂNEA LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS E ESTADUAIS Antero Parahyba / Adriana Roxo Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 25 LISTA LEGISLAÇÕES ARACAJU, SE - LEI Nº 1.474, DE 16 DE JUNHO DE 1989 ARACAJU, SE - LEI Nº 2.765, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1999 BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SC - LEI Nº 2.805, DE 12 DE MARÇO DE 2008 BAURU, SP - LEI 4.444, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999 CANOAS, RS - LEI Nº 5.737, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2013 CAPÃO DA CANOA, RS - DECRETO Nº 88, DE 22 DE JULHO DE 2009 CUIABÁ, MT - LEI Nº 5.587, DE 03 DE OUTUBRO DE 2012 FORTALEZA, CE - LEI Nº 9.913, DE 16 DE JULHO DE 2012 JOÃO PESSOA, PB - LEI Nº 11.945, DE 18 DE JUNHO DE 2010 JUNDIAÍ, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 261, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1998 JUNDIAÍ, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 278, DE 20 DE SETEMBRO DE 1999 NITERÓI, RJ - LEI Nº 2963/2012, DE 22 DE JUNHO DE 2012 EST. DE PERNAMBUCO - LEI Nº 13.032, DE 14 DE JUNHO DE 2006 PORTO ALEGRE, RS - DECRETO N° 17.720/2012 RECIFE, PE - LEI Nº 16.291/97 RIBEIRÃO PRETO, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 1.669, DE 05 DE MAIO DE 2004 EST. DO RIO DE JANEIRO - LEI ESTADUAL Nº 6400, DE 05 DE MARÇO DE 2013 RIO DE JANEIRO, RJ - LEI COMPLEMENTAR Nº 126, DE 26 DE MARÇO DE 2013 RIO DE JANEIRO, RJ - LEI Nº 2.550, DE 13 DE JUNHO DE 1997 SALVADOR, BA - LEI Nº 5.907, DE 23 DE JANEIRO DE 2001 SALVADOR, BA - DECRETO Nº 13.251, DE 27 DE SETEMBRO DE 2001 SANTOS, SP - LEI COMPLEMENTAR Nº 441, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2001 SÃO VICENTE, SP - LEI Nº 2.854, DE 20 DE ABRIL DE 2012 TORRES, RS - LEI MUNICIPAL Nº 4.324, DE 28 DE MAIO DE 2010 PROJETOS DE LEI EM ANDAMENTO RELAÇÃO DE DISPOSITIVOS QUE ESTABELECEM VISTORIAS DE MARQUISES Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 26 ARACAJU, SE LEI Nº 1.474, DE 16.06.1989 Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de prédios e vistorias periódicas. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU: Faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a presente Lei: Art. 1º - A cada cinco anos após a expedição do “Habite-se”, pelo município, os proprietários ou administradores das edificações, públicas ou privadas, deverão apresentar à Prefeitura Municipal laudo de vistoria das condições de manutenção dos imóveis. Art. 2º - Enquadram-se na presente Lei: § 1º - Todas as edificações de uso coletivo ou de qualquer uso desde que tenham avanços que representem perigo à coletividade. § 2º - Todas as edificações que apresentem muros de arrimo. Art. 3º - A vistoria, além da verificação do estado físico de conservação das edificações, deverá inspecionar os equipamentos mecânicos e eletromecânicos (elevadores, guinchos, bombas hidráulicas, geradores, etc.), bem como os equipamentos de prevenção e combate a incêndios e os demais itens que visem oferecer segurança e integridade aos usuários ou moradores. Art. 4º - Estarão também sujeitas às exigências dos artigos anteriores todas as edificações existentes antes da presente Lei. Art. 5º - A Prefeitura Municipal de Aracaju, segundo as condições de manutenção de uma edificação, poderá interditá-la, até que sejam sanadas as causas. Art. 6º - O prazo para apresentação do laudo previsto no artigo 1º é de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data em que se inicia a obrigatoriedade de sua apresentação, devendo o mesmo estar devidamente assinado pelo Responsável Técnico. Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor a partir da data da sua publicação. Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário. LEI Nº 2.765, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1999 Acresce e altera dispositivos da Lei Municipal Nº 1474, de 16 de junho de 1989, que dispõe sobre a manutenção de prédiose vistorias periódicas. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU. Faço saber que a Câmara Municipal de Aracaju aprovou e eu sanciono a sequinte Lei: Art. 1º Os arts. 1º e 2º da Lei Municipal nº 1474, de 16 de junho de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação: “ Art. 1º A cada cinco (05) anos após a expedição do “ habite-se “ pelo Município, os proprietários ou administradores das edificações públicas ou privadas, deverão apresentar a Prefeitura Municipal o Laudo de Vistoria das Condições de manutenção dos imóveis, assinado por responsável técnico. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 27 Art. 2º Enquadram-se na presente Lei: § 1º As edificações de uso residencial e multifamiliar, com quatro (04) ou mais pavimentos. § 2º As edificações de uso comercial, industrial, institucional, educacional, recreativo, religiosos e de uso misto”. Art. 2º O art. 3º da Lei Municipal nº 1474, de 16 de junho de 1989 passa a vigorar acrescido de dois parágrafos com as sequintes redações: Art. 3º ................................................ § 1º No laudo de Vistoria Técnica deverá constar, obrigatóriamente, informações sobre o estado físico de conservação das edificações, características das anomalias porventura encontradas, suas prováveis causas e especialmente a indicação de obras ou serviços para a restauração dos imóveis, no prazo estabelecido pelo perito responsável. § 2º O modelo de Laudo de Vistoria técnica será elaborado pelo Município de Aracaju, CREA-SE, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, no prazo de trinta (30) dias, contados a partir da publicação desta Lei”. Art. 3º Os arts.5º e 6º da Lei Municipal nº 1474, de 16 de junho de 1989, passam a vigorar com as seguintes redações: “Art. 5º O proprietário ou administrador do imóvel que não apresentar o Laudo de Vistoria Técnica ,no prazo indcado no art. 1º, isto é, a cada cinco (05) anos após o "habite-se", será notificado pelo Município para que o faça no prazo improrrogável de sessenta (60) dias contados da ciência da notificação, sob pena de aplicação de sanções administrativas. Art 6º Considera-se infração administraitiva urbanística, autorizando o Município a lavrar auto de infração para aplicação de sanções administrativas, que podem variar desde a incidência de multa diária no valor de 50 UFIR’s até a interdição do imóvel, sem prejuízo das medidas judiciais cabiveis: I – A não apresentação do Laudo de Vistoria Técnica de que trata esta Lei no prazo previsto no art 5º. II – A não realização das obras e serviços para restauração dos imóveis, no prazo estabelecido no laudo de Vistoria Técnica”. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Ficam revogadas as disposições em contrário. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 28 BALNEÁRIO CAMBORIÚ, SC LEI Nº 2.805, DE 12 DE MARÇO DE 2008. Torna obrigatória a realização de vistorias periódicas nas edificações da Cidade e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina, Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei. Art. 1º - Os proprietários, responsáveis ou gestores das edificações privadas e públicas existentes no município deverão, às suas expensas, promover nestas, vistorias periódicas, para detecção de irregularidades na parte física do imóvel, registradas em um Parecer Técnico, no qual deverão ser obrigatoriamente anexados o Formulário de Inspeção Técnica e a Ficha Técnica da Edificação. § 1º - Estabelece-se a obrigação de preencher o Formulário de Inspeção Técnica, o qual deve reunir informações sobre as condições de segurança, salubridade, desempenho e habitabilidade, especialmente no que se refere aos elementos de fachada em espaços de uso público, estabilidade estrutural, impermeabilização de coberturas e instalações primárias; segundo o modelo que se apresenta nesta Lei como Anexo I; § 2º - Estabelece-se a obrigação de preencher a Ficha Técnica da Edificação, a qual deve reunir informações sobre a situação jurídica, arquitetônica e urbanística segundo o modelo que se apresenta nesta Lei como Anexo II; § 3º - Os Pareceres Técnicos de que trata o caput, deverão ser elaborados por Engenheiros, Arquitetos com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina - CREA-SC; § 4º - Os responsáveis, proprietários ou gestores, das edificações de que trata esta lei, deverão manter a Ficha Técnica da Edificação e o formulário de inspeção técnica em local visível e franqueado ao acesso da fiscalização municipal. Art. 2º - Ficam os proprietários de imóveis não unifamiliares e os condomínios obrigados a realizar a vistoria periódica das respectivas edificações e de seus elementos que estejam sobre logradouro público, observando características do imóvel, idade e periodicidade máxima. § 1º - A primeira vistoria da edificação deverá atender os prazos estabelecidos no quadro abaixo: PRAZO PARA A ELABORAÇÃO DA PRIMEIRA VISTORIA ENTREGA DA EDIFICAÇÃO OU INÍCIO DA OPERAÇÃO PRAZO Até o ano de 1987 2009 Entre o ano de 1988 e 1997 2010 Entre o ano de 1998 e 2005 2011 A partir do ano de 2006 Seis anos após a entrega da obra Observação: A data limite até o ultimo dia útil do ano indicado. § 2º - Nas obras novas a primeira vistoria, de que trata o parágrafo anterior, ficará ao encargo da construtora e será requisito para a expedição do habite-se. § 3º - As demais vistorias periódicas da edificação deverão atender os prazos estabelecidos na Ficha Técnica da Edificação e não poderão ser maiores do que os limites máximos de periodicidade fixados no quadro abaixo: Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 29 LIMITES MÁXIMOS DE PERIODICIDADE A PARTIR DA PRIMEIRA VISTORIA IDADE REAL (ANOS)| PRAZO (ANOS)| Até 6 6 6 a 11 5 11 a 15 4 Acima de 15 3 § 4º - Em caso de denúncia a vistoria de que trata o parágrafo anterior deverá ser realizada no prazo de 90 dias Art. 3º - A vistoria terá a periodicidade de três anos nas edificações abaixo relacionadas: I - Comércio (varejo, atacado, supermercados, lojas de departamentos, centros de compras e outros), com mais de 1.500 m² de área construída, ou utilizando mais de 3 (três) pavimentos; II - Serviços, com mais de 5.000 m² de área construída, ou utilizando mais de 9 (nove) pavimentos; III - Hospitais e pronto-socorros; VI - Locais, cobertos ou não, com lotação superior a 500 (quinhentas) pessoas; Art. 4º - Excluem-se das disposições desta lei as edificações residenciais constantes de: a) uma unidade habitacional por lote; b) conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, agrupadas horizontalmente e/ou superpostas, e todas com entrada independente, com frente para via oficial de acesso ou em condomínio (casas geminadas, casas superpostas, vilas, e conjunto residencial vila). Art. 5º - O Parecer Técnico de que trata o Art. 1º deverá ser elaborado segundo as disposições constantes da NBR 13.752/76, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, sendo acompanhado de uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, do serviço realizado, e conter no mínimo: I - Descrição detalhada do estado geral da edificação e/ou dos equipamentos; II - Os pontos sujeitos à manutenção preditiva, preventiva, corretiva ou substituição; III - As medidas saneadoras a serem utilizadas; IV - Os prazos máximos para conclusão das medidas saneadoras propostas; e V - Formulário de Inspeção Técnica e Ficha Técnica da Edificação, devidamente preenchidos. Parágrafo Único - Os responsáveis pelas edificações deverão apresentar cópia da ART referente ao Parecer Técnico e da Ficha Técnica da Edificação à Prefeitura até a data limite para a vistoria.Art. 6º - O profissional responsável pela emissão do Parecer Técnico fica obrigado a comunicar à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano quaisquer danos que afetem o uso e a segurança das edificações de que trata esta Lei. Art. 7º - São consideradas infrações ao disposto nesta lei: I - a não realização das vistorias nos prazos estabelecidos no Art. 2º; II - não manter a Ficha Técnica da Edificação em local visível e franqueado à fiscalização; III - não realizar as medidas saneadoras apontadas nos Pareceres Técnicos e no Formulário de Inspeção Técnica, nos prazos ali estabelecidos; Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 30 Parágrafo Único - As infrações ao disposto nesta Lei são passíveis de punição com multa no valor equivalente a 10 UFM (Unidades Fiscais Municipais), renovável a cada 30 (trinta) dias, até que seja sanada a irregularidade. Art. 8º - As edificações existentes terão prazo estabelecido no Art. 2º para atendimento aos dispositivos desta lei. Art. 9º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. ANEXO I FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO TÉCNICA NOME DO EDIFÍCIO: ENDEREÇO: BAIRRO: CEP: ANÁLISE PATOLÓGICA DA EDIFICAÇÃO ELEMENTOS OBSERVAÇÕES BOM ESTADO PROBLEMA PONTUAL PROBLEMA GENERALIZAD O PERIGO EMINENTE 1. ESTRUTURA 1.1 Fundação 1.2 Pilares 1.3 Vigas 1.4 Lajes 1.5 Escadas/Rampas 1.6 Sacadas 1.7 Arcos 1.8 Paredes 1.9 1.10 2. FACHADAS, ESPAÇOS DE USO PÚBLICO 2.1 Pintura 2.2 Rev. Cerâmico 2.3 Reboco 2.4 Calçada 2.5 Muros/Cercas 2.6 Placas/Postes 2.7 Central GLP 2.8 2.9 3. COBERTURA 3.1 Telhado 3.2 Impermeabilização 3.3 3.4 4. INSTALAÇÕES COMUNS 4.1 Água 4.2 Esgoto 4.3 Elétrica 4.4 Gás 4.5 Extintores 4.6 Hidrantes 4.7 4.8 Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 31 5. ELEMENTOS ANEXADOS AO IMÓVEL 5.1 Toldos 5.2 Antenas 5.3 Chaminés 5.4 Máquinas 5.5 5.6 ANEXO II DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS IMEDIATAS DE SEGURANÇA (CASO NECESSÁRIO) ELEMENTOS COM PROBLEMAS DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS A SEREM TOMADAS URGÊNCIA ELEMENTOS QUE OFERECEM PERIGO EMINENTE DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS IMEDIATAS A SEREM TOMADAS OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES OBSERVAÇÕES RESPONSÁVEL TÉCNICO: TÍTULO: CREA-SC: BALNEÁRIO CAMBORIÚ, de de 20___ ________________________ ______________________________ RESPONSÁVEL TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA EDIFICAÇÃO Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 32 FICHA TÉCNICA DA EDIFICAÇÃO NOME DA EDIFICAÇÃO / ESTABELECIMENTO: ENDEREÇO: BAIRRO: CEP: DADOS DO RESPONSÁVEL PELA EDIFICAÇÃO / ESTABELECIMENTO NOME COMPLETO: CPF: RG: ENDEREÇO: E-MAIL: FONE RESIDENCIAL: FONE COMERCIAL: FONE CELULAR: DADOS DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS DA EDIFICAÇÃO PROJETO/SERVIÇO NOME DO RESPONSÁVEL CREA-SC CONTATO ARQUITETÔNICO ESTRUTURAL FUNDAÇÕES HIDRO-SANITÁRIO PREVENTIVO DE INCÊNDIO ELÉTRICO EXECUÇÃO PARECER TÉCNICO DADOS JURÍDICOS DA EDIFICAÇÃO / ESTABELECIMENTO INCORPORAÇÃO DO EDIFÍCIO: HABITE-SE: ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO: CORPO DE BOMBEIROS: CNPJ: INSC. ESTADUAL: DATA DA ENTREGA OU INÍCIO DE OPERAÇÃO DA EDIFICAÇÃO: DADOS ARQUITETÔNICOS E DE OCUPAÇÃO TIPO DE EDIFICAÇÃO: ÁREA DO TERRENO: ÁREA CONSTRUÍDA: N° DE APARTAMENTOS: N° DE ESTABELECIMENTOS: OBSERVAÇÕES DATA DA VISTORIA REALIZADA: PRAZO MÁXIMO PARA A PRÓXIMA VISTORIA: BALNEÁRIO CAMBORIÚ, de de 20___ ______________________ RESPONSÁVEL TÉCNICO Prefeitura: Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 33 BAURU, SP LEI Nº 4.444, DE 21.09.1999 Torna obrigatório o Laudo Técnico de Regularidade das Edificações com mais de três andares. O Prefeito Municipal de Bauri, Estado de São Paulo, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte lei: Art. 1º - A cada três anos, fica obrigatória a apresentação, pelos responsáveis pela construção de edifícios públicos ou privados com mais de três andares e, após a entrega, pelos seus administradores, de laudo técnico junto à municipalidade, sobre as condições de regularidade da edificação. Art. 2º - O laudo referido no artigo anterior será elaborado por engenheiro habilitado para tal fim. Art. 3º - Contar-se-á, para fins desta lei, cada triênio a partir da data da concessão do habite-se, sendo que os prédios mais antigos, a partir da data do primeiro laudo apresentado à Prefeitura, o que deverá ser feito no prazo de 90 (noventa) dias após a publicação desta lei. Art. 4º - O não cumprimento no disposto nesta lei implicará na imposição de multa ao infrator de 1.000 UFIR's (Unidades Fiscais de Referência), valor esse dobrado na reincidência e com a consequente interdição do prédio na segunda reincidência. Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 34 CANOAS, RS LEI Nº 5737, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2013 Dispõe sobre a expedição, obtenção e obrigatoriedade de Certificado de Inspeção Predial. O Prefeito Municipal de Canoas. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1º A expedição e obtenção de Certificado de Inspeção Predial, documento comprobatório das condições de estabilidade, segurança, salubridade, desempenho e habitabilidade das edificações, obedecem ao disposto nesta Lei. Art. 2º Ficam obrigados a obter Certificado de Inspeção Predial, às suas expensas, o proprietário, o síndico, o gestor ou outro responsável a qualquer título por edificação: I - residencial com 6 (seis) ou mais pavimentos; II - privada não residencial; III - pública; IV - edificações com mais de 50 (cinquenta) anos. § 1º O Certificado de Inspeção Predial deverá ser mantido em local de fácil visualização. § 2º Ficam excluídas, da obrigação constante no caput deste artigo, todas as construções residenciais, unifamiliares, de até dois pavimentos. Art. 3º O Certificado de Inspeção Predial será emitido ou renovado pelo Poder Executivo Municipal, por meio de seus órgãos competentes, mediante a protocolização de requerimento contendo: I - laudo técnico de inspeção predial da edificação; II - cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) emitida pelo responsável técnico pelo laudo referido no inciso I do caput deste artigo, habilitado junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS). Parágrafo Único - O requerimento das edificações classificadas nas situações previstas nas alíneas "b" e "c" do inciso V do art. 5º desta Lei, também deverá conter: I - relação de medidas saneadoras e reparos a serem realizados, com os respectivos prazos para conclusão; e II - cópia da ART emitida pelo responsável técnico pela realização das medidas e dos reparos referidos no incisoI deste parágrafo, habilitado junto ao CREA ou ao CAU/RS. Art. 4º O Certificado de Inspeção Predial emitido deverá ser renovado: I - anualmente: a) para edificações com mais de 50 (cinquenta) anos; b) para edificações não residenciais destinadas a eventos ou qualquer atividade de aglomeração de pessoas com capacidade para mais de 400 (quatrocentas) pessoas. II - a cada 3 (três) anos, para edificações entre 21 (vinte e um) e 49 (quarenta e nove) anos, e, independentemente da idade, às seguintes edificações não residenciais: a) com mais de 2.000m² (dois mil metros quadrados) de área construída; Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 35 b) com mais de 6 (seis) pavimentos; c) edificações não residenciais destinadas a eventos ou qualquer atividade de aglomeração de pessoas com capacidade para até 400 (quatrocentas) pessoas; ou d) hospitais e pronto-socorro. III - a cada 5 (cinco) anos, para edificações com até 20 (vinte) anos; e IV - no prazo estabelecido por órgão competente, no caso de notificação relativamente ao não atendimento às condições prevista nesta Lei. Parágrafo Único - Para os fins desta Lei, conta-se a idade da edificação a partir da data de expedição do habite-se, total ou parcial, ou, se comprovadamente anterior a essa, da data de início de utilização da edificação. Art. 5º O laudo técnico de inspeção de que trata o inciso I do art. 3º desta Lei será elaborado em conformidade com o que dispõe a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e conterá, no mínimo: I - nome e assinatura do profissional habilitado responsável pelas suas informações; II - descrição do estado geral da edificação e de seus equipamentos; III - identificação dos pontos da edificação sujeitos à manutenção, preventiva ou corretiva, ou à substituição, conforme o caso; IV - ficha de vistoria, na qual serão registrados: a) aspectos de segurança e de estabilidade estrutural geral; b) elementos de fachada em espaços de uso público; c) impermeabilização de coberturas; d) instalações primárias, hidráulicas, elétricas e de combate a incêndio, incluindo extintores, elevadores, condicionadores de ar, gases e caldeiras; e) revestimentos internos e externos; e f) manutenção de forma geral. V - parecer técnico, classificando a situação da edificação como: a) normal; b) sujeita a reparos; ou c) sem condições de uso. VI - fotografias ilustrativas ou peça gráfica representativa das irregularidades encontradas, em caso de a situação da edificação classificar-se de acordo com as alienas "b" e "c" do inciso V deste artigo. Art. 6º Fica o infrator sujeito às seguintes penalidades: I - multa de 1 (uma) URM (Unidade de Referencia Municipal) por metro quadrado da área construída da edificação, pelo descumprimento do disposto no parágrafo único do art. 2º desta Lei; II - multa de 2 (duas) URMs por metro quadrado da área total construída da edificação, pelo descumprimento do disposto no caput do art. 2º desta Lei; e III - multa de 4 (quatro) URMs por metro quadrado da área total construída da edificação, por informações falsas contidas no laudo técnico de inspeção predial. Parágrafo Único - Existindo laudo técnico de inspeção predial: I - o dobro da multa referida no inciso II deste artigo se a situação da edificação classificar-se de acordo com a alínea "b" do inciso V do art. 5º desta Lei; II - o triplo da multa referida no inciso II deste artigo se a situação da edificação classificar-se de acordo com a alínea "c" do inciso V do art. 5º desta Lei. Art. 7º Fica a expedição de habite-se de edificação e o alvará de localização, condicionados a apresentação do respectivo Certificado de Inspeção Predial. Art. 8º Esta Lei entra em vigor no prazo de 180 (cento e oitenta) a partir da data de sua publicação. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 36 CAPÃO DA CANOA, RS DECRETO Nº 88, DE 22 DE JULHO DE 2009 Estabelece a obrigatoriedade de realização de vistorias periódicas nas edificações construídas no Município e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Capão da Canoa, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o artigo 56, inciso IV, da Lei Orgânica do Município de Capão da Canoa. Considerando a necessidade de se fiscalizar as condições das edificações construídas no âmbito do município referente a estabilidade, segurança e salubridade. Considerando a possibilidade de ocorrência de sinistros em edificações desprovidas de obras de manutenção e conservação que obrigatoriamente deveriam ser realizadas por seus proprietários, síndicos ou ainda o possuidor a qualquer título. Considerando o grande número de reformas realizadas em edificações localizadas no município sem acompanhamento e anotação de responsabilidade técnica de engenheiros, arquitetos com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul – CREA/RS. D E C R E T A Art. 1° Os proprietários, responsáveis ou gestores das edificações privadas e públicas existentes no município deverão, às suas expensas, promover nestas, vistorias periódicas, para detecção de patologias na parte física do imóvel, registradas em um Parecer Técnico, no qual deverão ser obrigatoriamente anexados o Certificado de Inspeção Predial e a Ficha Técnica da Edificação. § 1º Estabelece-se a obrigação de preencher o Certificado de Inspeção Predial, o qual deve reunir informações sobre as condições de segurança, salubridade, desempenho e habitabilidade, especialmente no que se refere aos elementos de fachada em espaços de uso público, estabilidade estrutural, impermeabilização de coberturas e instalações primárias; segundo o modelo que se apresenta nesta Lei como Anexo I; § 2º Estabelece-se a obrigação de preencher a Ficha Técnica da Edificação, a qual deve reunir informações sobre a situação jurídica, arquitetônica e urbanística segundo o modelo que se apresenta nesta Lei como Anexo II; § 3º Os Pareceres Técnicos de que trata o caput, deverão ser elaborados por Engenheiros, Arquitetos com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul CREA/RS; § 4º Os responsáveis, proprietários ou gestores, das edificações de que trata esta lei, deverão manter a Ficha Técnica da Edificação e o Certificado de Inspeção Predial em local visível e franqueado ao acesso da fiscalização municipal. Art. 2º Ficam os proprietários de imóveis não unifamiliares e os condomínios, obrigados a realizar a vistoria periódica das respectivas edificações e de seus elementos que estejam sobre logradouro público, observando características do imóvel, idade e periodicidade máxima. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 37 § 1º A primeira vistoria da edificação deverá atender os prazos estabelecidos no cronograma abaixo: a) Edificações construídas e entregues até o ano de 1987 - Prazo: 30 dias. b) Edificações construídas e entregues entre o ano de 1988 e 1997 – Prazo: 120 dias. c) Edificações construídas e entregues entre o ano de 1998 e 2005 – Prazo: 180 dias. d) Edificações construídas e entregues a partir do ano de 2006 - Seis anos após a entrega da obra. § 2º Nas obras novas a primeira vistoria, de que trata o parágrafo anterior, ficará ao encargo da construtora e será requisito para a expedição do habite-se. § 3º As demais vistorias periódicas da edificação deverão atender os prazos estabelecidos na Ficha Técnica da Edificação e não poderão ser maiores do que os limites máximos de periodicidade fixados no quadro abaixo: LIMITES MÁXIMOS DE PERIODICIDADE A PARTIR DA PRIMEIRA VISTORIA: a) Edificações construídas e entregues com até seis anos – prazo: 06 anos após a primeira vistoria. b) Edificações construídas e entregues entre 06 anos até 11 anos – prazo: 05 anos após a primeira vistoria.c) Edificações construídas e entregues entre 11 anos até 15 anos – prazo: 04 anos após a primeira vistoria. d) Edificações construídas e entregues há mais de 15 anos - prazo: 03 anos. § 4º Em caso de denúncia formulada por escrito a municipalidade a vistoria de que trata o parágrafo anterior deverá ser realizada no prazo de 30 dias após a notificação expedida pelo Município. Art. 3º A vistoria será obrigatória e terá a periodicidade de três anos nas edificações abaixo relacionadas: I Comércio (varejo, atacado, supermercados, lojas de departamentos, centros de compras e outros), com mais de 1.500 m² de área construída, ou utilizando mais de 3 (três) pavimentos; II Serviços, com mais de 5.000 m² de área construída, ou utilizando mais de 9 (nove) pavimentos; III Hospitais e prontosocorros; VI Locais, cobertos ou não, com lotação superior a 500 (quinhentas) pessoas; Art. 4° Excluem-se das disposições desta lei as edificações residenciais constantes de: a) uma unidade habitacional por lote; b) conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, agrupadas horizontalmente e/ ou superpostas, e todas com entrada independente, com frente para via oficial de acesso ou em condomínio (casas geminadas, casas superpostas, vilas, e conjunto residencial vila). Art. 5° O Parecer Técnico de que trata o Art. 1º deverá ser elaborado segundo as disposições constantes da NBR 13.752/76, da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, sendo acompanhado de uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica ART, do serviço realizado, e conter no mínimo: I Descrição detalhada do estado geral da edificação e/ou dos equipamentos; II Os pontos sujeitos à manutenção preditiva, preventiva, corretiva ou substituição; III As medidas saneadoras a serem utilizadas; IV Os prazos máximos para conclusão das medidas saneadoras propostas; Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 38 V Certificado de Inspeção Predial e Ficha Técnica da Edificação, devidamente preenchidos. Parágrafo Único Os responsáveis pelas edificações deverão apresentar cópia da ART referente ao Parecer Técnico e da Ficha Técnica da Edificação à Prefeitura até a data limite para a vistoria. Art. 6° O profissional responsável pela emissão do Parecer Técnico fica obrigado a comunicar à Secretaria Municipal de Obras quaisquer danos que afetem o uso e a segurança das edificações de que trata esta Lei. Art. 7° São consideradas infrações ao disposto nesta lei: I a não realização das vistorias nos prazos estabelecidos no Art. 2º; II O descumprimento do disposto no Art.9º, inc.I e II, parágrafo único. III não manter a Ficha Técnica da Edificação em local visível e franqueado à fiscalização; IV não realizar as medidas saneadoras apontadas nos Pareceres Técnicos e no Formulário de Inspeção Técnica, nos prazos ali estabelecidos; Parágrafo Único As infrações ao disposto nesta Lei são passíveis de punição com multa no valor equivalente a 10 PTM (Padrão Tributário Municipal), renovável a cada 30 (trinta) dias, até que seja sanada a irregularidade. Art. 8° As edificações existentes terão prazo estabelecido no Art. 2° para atendimento aos dispositivos desta lei. Art.9º O licenciamento para realização de reformas com a finalidade de reparos no revestimento das edificações, serviços de pintura em geral, reparo de telhados, reparos e modificações nas fundações, pilares, vigas e lajes, sacadas, arcos e paredes, somente será concedido mediante: I – Requerimento solicitando licenciamento para execução dos serviços descritos no “caput” deste artigo, onde conste o nome e a assinatura do profissional habilitado, responsável pela execução dos serviços e prazo para conclusão dos mesmos. II – Apresentação do projeto aprovado. Parágrafo único: A obra para qual foi requerido o licenciamento somente poderá ser iniciada no momento em que o requerente tiver em mãos o respectivo alvará. Art. 10 Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação e no prazo de 90 (noventa) dias o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo Projeto de Lei regulamentando e ratificando a matéria na íntegra. Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 39 CUIABÁ, MT LEI Nº 5.587, DE 03 DE OUTUBRO DE 2012 Determina a realização periódica de inspeção em edificações e cria o Laudo de Inspeção Predial (LIP) O Presidente da Câmara Municipal de Cuiabá - MT faço saber que, decorrido o prazo legal e, conforme o § 8º do artigo 29 da Lei Orgânica do Município de Cuiabá - MT promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituído a exigência de inspeção prévia e periódica em edificações, destinada a verificar as condições de estabilidade, segurança construtiva e manutenção. Art. 2º Para os efeitos da presente Lei considera-se edificação, o conjunto formado por qualquer obra de engenharia da construção, concluída e entregue para uso, com seus elementos complementares, como sistema de ar- condicionado, geradores de energia, elevadores, escada rolante, subestação elétrica, caldeiras, instalação elétricas, monta cargas, transformadores, entre outros. Art. 3º Toda edificação acima de 500m²(quinhentos metros quadrados) está sujeita às inspeções periódicas de que trata esta Lei, exceto barragens e estádios de futebol, em razão de existir legislação específica. Art. 4º A finalidade da inspeção é efetuar o diagnóstico da edificação por meio de vistoria especializada, utilizando-se de laudo para emitir parecer acerca das condições técnicas, de uso e de manutenção, com avaliação do grau de risco à segurança dos usuários. Art. 5º A periodicidade das inspeções nas edificações novas será quinquenal e deverá ser realizada a partir dos primeiros 05 (cinco) anos de sua construção. § 1º Independentemente da periodicidade mencionada no caput, o Laudo de Inspeção Predial (LIP) deverá ser renovado: I - anualmente, para edificações com mais de 50 (cinquenta) anos; II - a cada 02 (dois) anos, para entre 31 (trinta e um) e 50 (cinquenta) anos; III - a cada 03 (três) anos, para edificações entre 21 (vinte e um) e 30 (trinta) anos, e, independentemente da idade, as seguintes edificações não residenciais: a) com mais de 2.000 m² (dois mil metros quadrado) de área construída; b) com mais de 4 (quatro) pavimentos; c) com capacidade para eventos ou atividades para mais de 400 (quatrocentas) pessoas; d) hospitais e prontos-socorros. IV - a cada 05 (cinco) anos, para edificações com até 20 (vinte) anos. § 2º A periodicidade mencionada no caput, poderá ser ampliada ou reduzida, em razão de solicitações efetivas pelos órgãos de fiscalização urbanísticos do Município de Cuiabá, do Poder Judiciário, do Ministério Público, do CREA-MT, do Corpo de Bombeiros Militares de Mato Grosso, competindo ao Secretário Municipal da pasta respectiva, salvo nos casos de determinação judicial, deferir ou indeferir o pleito, após análise das justificativas apresentadas. Art. 6º A inspeção de que trata a presente Lei será registrada em Laudo de Inspeção Predial (LIP), qual obrigatoriamente deverá conter os seguintes itens, Danos e acidentes nas edificações AJP/ARNO 40 sem prejuízos de outros que vierem a ser exigidos pela autoridade municipal competente: I - avaliação da conformidade da edificação com a legislação e as normas técnicas pertinentes; II - explicitação dos tipos de não conformidade encontrados, do grau de risco a eles associado e da necessidade de interdição, se for o caso; III - prescrição para reparo e manutenção, quando houver, da edificação inspecionada; IV - assinatura do profissional responsável técnico pela elaboração do LIP e do proprietário e ou responsável pela edificação. Art. 7º O LIP será elaborado por profissional legalmente habilitado junto ao Conselho Regional de
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