Buscar

9 Nona Aula Teórica Máquinas e Mecanização Florestal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

PREPARO DE SOLO FLORESTAL 
Nona Aula Teórica 
Prof. Volpato 
3. CULTIVO MÍNIMO DO SOLO EM ÁREAS FLORESTAIS 
O cultivo mínimo é um sistema que prevê a realização de um preparo localizado do 
solo, apenas na linha ou na cova de plantio, mantendo-se a maior parte dos resíduos culturais 
na superfíficie do solo. Os implementos utilizados normalmente são escarificadores, 
subsoladores, brocas coveadoras, dentre outros. 
A técnica de cultivo mínimo é fundamental para conservação do solo: todo o resíduo 
da colheita – folhas, cascas e galhos – fica nos terrenos, formando uma cobertura que protege 
o solo da erosão, mantém sua umidade e agrega micronutrientes. 
O cultivo intensivo é uma forma de preparar o solo que contempla amplo 
revolvimento de suas camadas superficiais, com incorporação total ou parcial dos resíduos 
culturais. Alternativamente, neste sistema, os resíduos culturais são queimados. Os 
implementos normalmente utilizados são: arado, grade pesada, grade leve, grade "bedding". 
Evolução dos sistemas de limpeza do terreno e preparo do solo: 
 
Queima total → Queima parcial → Uso de herbicidas e manutenção dos resíduos → ? 
Arado+grade → grade pesada/grade bedding → escarificação ou subsolagem → cultivo 
mínimo → ? 
No preparo intensivo do solo ocorre incorporação (ou queima) dos resíduos e elevada 
mineralização (decomposição) da matéria orgânica, além de deixar o solo exposto à erosão e 
os nutrientes disponíveis para serem perdidos por lixiviação. 
No cultivo mínimo a maioria dos resíduos do cultivo florestal anterior permanecem na 
superfície do solo (protegendo o solo), e a mineralização (decomposição) da matéria orgânica 
é lenta devido a alta relação C/N (carbono/nitrogênio) dos resíduos sobre o solo. 
As principais vantagens do cultivo mínimo são: a) preserva as características físicas do 
solo; b) reduz as perdas de nutrientes do ecossistema; c) preserva a atividade biológica do 
solo; d) reduz a infestação de plantas invasoras; e) reduz despesas de implantação e reforma 
de povoamentos; f) reduz o período improdutivo das atividades de campo; g) reduz as perdas 
de solo e água por erosão. 
As principais desvantagens do cultivo mínimo são a maior heterogeneidade de 
crescimento inicial dos povoamentos e as maiores dificuldades de proteção e manejo da 
floresta (maior risco de incêndio; maior risco de algumas pragas e doenças; maior dificuldade 
no combate às formigas; maior risco de dano devido à geada; maior restrição às raízes se 
houverem impedimentos físicos ou químicos; maior dificuldade para tratos culturais). 
O manejo silvicultural quando se adota o cultivo mínimo deverá ser diferenciado, pois 
o cultivo mínimo altera o ambiente e a fisiologia da árvore. O cultivo mínimo deverá afetar: 
crescimento de raízes; fertilidade do solo; porosidade do solo; umidade e arejamento do solo. 
Ainda existem diversas lacunas de pesquisa em cultivo mínimo relacionadas a: dinâmica de 
água e nutrientes; dinâmica biológica do solo; pragas e doenças; perdas de solo por erosão; 
tratos culturais; herbicidas e controle de plantas competidoras; adubação; dinâmica de 
carbono; desenvolvimento de equipamentos; produtividade dos sítios. 
 
4. Subsoladores 
 Embora o subsolador seja considerado como um implemento a ser usado para a 
sistematização do solo (rompimento de camadas adensadas a grandes profundidades) e não 
para o preparo primário do solo, devido à sua semelhança com o escarificador e à grande 
utilização que vem tendo, nos últimos anos, como um equipamento de preparo do solo, 
principalmente na área florestal. 
 Considera-se a subsolagem como uma operação de sistematização do solo, cuja 
finalidade é romper as camadas subsuperficiais compactadas. Portanto, a subsolagem 
é a mobilização do solo em profundiade (superior a 40 cm), provocando pouca 
mobilização superficial. Assim, o rompimento do solo dá-se no sentido vertical, não 
havendo inversão de leiva como no caso da aração. Desta forma, através da quebra de 
camadas subsuperficiais adensadas, busca-se facilitar a penetração no solo tanto das 
raízes das plantas como de água, o que, em muitos casos, pode evitar a ocorrência de 
erosão. 
 Por ser a subsolagem realizada a grande profundidade, ela exige um esforço de 
tração relativamente elevado, implicando custos maiores para a sua execução, devido 
a, por exemplo, maior consumo de combustível, operação com trator de maior 
potência e equipamento mais robusto. 
 Vários autores recomendam a execução da subsolagem em intervalos de três a 
cinco anos e somente quando a compactação subsuperficial do solo exigir este tipo de 
tratamento, pois, caso contrário, poderá ocorrer prejuízos ao solo, ao invés de 
benefícios (Agricultura Convencional). 
 Todas as observações feitas para os escarificadores no que se refere a distância 
entre hastes, formato das ponteiras, condições ideais para trabalho, regulagem e 
manutenção são, também, válidas para os subsoladores, pois, em linhas gerais, esses 
implementos são muito parecidos, sendo que os subsoladores, por executarem a sua 
tarefa a maiores profundidades, necessitam de uma construção mais robusta. 
 Os subsoladores podem ser utilizados com alguns dispositivos especiais, cuja 
função é realizar outras tarefas que não, apenas, a subsolagem. Dessa forma, podem-
se ter acoplados, ao subsolador, um ou mais depósitos de adubo, cuja função seria 
permitir a colocação de fertilizante ou corretivo em profundidade. Eles também 
podem ser utilizados para enterrar tubos plásticos para drenagem ou podem 
apresentar uma peça na parte posterior da ponteira, chamada “torpedo”, cuja função 
é fazer túneis (canais) de drenagem subterrâneos, especialmente em solos argilosos e 
úmidos. Segundo Stone, Gulvin (1976), canais feitos dessa forma e nessas condições 
podem durar de sete a oito anos. 
 Existem ainda os chamados subsoladores vibratórios, nos quais as hastes 
apresentam oscilação no sentido transversal, a qual é obtida pela TDP do trator. 
Conforme Silveira (1988), este tipo de subsolador apresenta uma redução do esforço 
de tração em mais de 30%. 
 O subsolador (FIG. 3), a exemplo do escarificador, é composto por uma parte 
estrutural, chamada chassi ou estrutura, que serve de sustentação às hastes, 
responsáveis pela união entre o chassi e a parte ativa do subsolador, as ponteiras (FIG. 
4). 
 
FIGURA 3 – Escarificador 
 
 A semelhança da ponteira do escarificador, esta também pode ser de formato 
estreito ou alado. A diferença fundamental entre ambas diz respeito a seu aspecto 
construtivo, pois, esta última tem de ser mais robusta que a do escarificador. 
 
 
FIGURA 4 – Formatos de ponteiras de subsolador: A) larga; B) estreita. 
FONTE: PEÑAGARICANO, 1987. 
 A ponteira é fixada, através da haste (FIG. 5), à estrutura do subsolador. Sua 
construção é bastante rígida a fim de que suporte esforços provocados pelo solo 
durante o trabalho do equipamento. Seu formato é variável, podendo ser reta (na 
vertical ou inclinada), curva ou parabólica. Estudos realizados por Lanças (1988) 
demonstraram que as hastes de formato parabólico apresentam um menor esforço de 
tração e devem ser utilizadas de forma que seu trecho curvo fique totalmente fora do 
solo. 
 
 
FIGURA 5 – Tipos de hastes de subsolador: A) reta; B) inclinada; C) curva; 
D) parabólica 
 
 
Fig.6: Ação do subsolador no solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A estrutura do subsolador (chassi), muitas vezes chamada de barra porta 
ferramentas, é a peça na qual são acopladas as hastes do subsolador. A exemplo do 
chassi dos escarificadores, deve permitir que se façam as regulagens de localizaçãodas 
hastes. Colocadas lateralmente ao chassi, estão as rodas, normalmente de aço, sendo 
sua função permitir que o implemento trabalhe na profundidade escolhida, isto é, 
regular sua profundidade de trabalho. 
 Alguns subsoladores apresentam discos de corte, que vão localizados na parte 
frontal de cada haste e servem para facilitar o corte do solo em terrenos que 
apresentem grande quantidade de cobertura vegetal. 
5.1 Regulagem 
 As regulagens dos subsoladores são semelhantes às dos escarificadores, 
estando relacionadas, diretamente, à distância entre hastes, à profundidade de 
trabalho e largura das ponteiras. Todas as observações feitas neste aspecto para os 
escarificadores são válidas para os subsoladores. 
5.2 Manutenção 
A manutenção correta do subsolador permitirá que ele apresente uma adequada vida 
útil, evitando a ocorrência de contratempos durante a sua utilização. Da mesma foram 
que para os outros implementos, a manutenção dos subsoladores pode ser dividida em 
manutenção diária, preventiva e de conservação, conforme segue. 
Diariamente: 
 verificar torções na estrutura; 
 manter parafusos e porcas bem apertados; 
 verificar o estado das ponteiras, mantendo sua afiação, em caso de desgaste 
excessivo, substituí-las; 
 lubrificar os rolamentos das rodas de profundidade. 
Preventivamente: 
 ao final da sua utilização, o subsolador deve ser lavado, verificando-se e 
consertando-se as peças que apresentarem problemas, substituindo-se aquelas que 
possuírem desgaste excessivo; 
 os rolamentos das rodas de profundidade devem ser desmontados, limpos e 
lubrificados. Caso apresentem alguma danificação ou excessivo desgaste, devem ser 
substituídos; 
 verificar a existência de torções na estrutura; 
 a fim de evitar-se o surgimento de pontos de ferrugem, sua pintura deve ser 
retocada sempre que necessário. 
Conservação 
 Após a manutenção periódica, o subsolador deve ser guardado em local seco e 
protegido do solo e da chuva, ficando longe de fertilizantes e de animais domésticos. 
Deve, também, ficar apoiado sobre calços de madeira, a fim de evitar-se o contato 
direto das ponteiras com o solo, o que provoca, nelas a ocorrência de pontos de 
ferrugem. 
 Para que o implemento fique melhor protegido, até sua nova utilização é 
interessante cobri-lo com uma camada de graxa fina, óleo ou um produto 
anticorrosivo. 
 Para facilitar a compreensão da manutenção dos subsoladores, tem-se a 
Tabela 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 1 – Manutenção periódica dos subsoladores. 
Descrição Reapertar 
Lubrificar 
Com 
graxa 
Verificar Afiar Desmontar Substituir 
Verificar 
torções 
Intervalo 
Parafusos e 
porcas 
X 
A cada 
24h 
 X 
Quando 
necessário 
Ponteiras 
 
 X 
A cada 
24h 
 X X 
Quando 
necessário 
Rolamentos 
das rodas de 
controle de 
profundidade 
 X 
A cada 
24h 
 X 
A cada 
safra 
 X 
Quando 
necessário 
Estrutura X 
A cada 
safra

Continue navegando