Buscar

14 Máquinas Florestais

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Gerenciamento de sistemas mecânicos: Agrícolas e Florestais
Máquinas e Mecanização Florestal GNE 159
Carlos Eduardo Silva Volpato
2014/2 
Objetivo
O gerenciamento de operações agrícolas e florestais mecanizadas é uma tarefa complexa.
Um empreendimento, sendo Agrícola ou Florestal, visa um objetivo, por menor que seja no mercado capitalista, gerar Lucro.
LUCRO = RECEITA TOTAL – CUSTO TOTAL
Custo horário: Custo Fixo
São aqueles debitados, independente da máquina ter sido utilizada ou não.
Depreciação, 
Juros,
Alojamento e 
Seguro
Depreciação
 É a depreciação da máquina em função do tempo, seja ela utilizada ou não.
Pouco usada – obsolescência.
Intensamente usada- desgaste / sucateamento.
Depreciação
Métodos:
Linha Reta ou Linear (Mais utilizado)
Percentagem constante ou saldos decrescentes;
Soma dos dígitos 
Valor estimado.
Depreciação
Método Linear:
D= Pi- Pf 
 Vu
Onde: D = Depreciação (R$/h)
		 Pi= Valor inicial da máquina (R$)
		 Pf= Valor final (R$)
		 Vu= vida útil esperada em horas (horas)
Depreciação
	O valor final (pf) é estimado da seguinte forma: 
Amortização completa da máquina, isto é, 
Pf = 0;
amortização parcial, dando-se a Pf um valor de sucata, que varia de 2 a 10% do valor de aquisição, isto é, Pf = (0,02 - 0,1).Pi.
Depreciação
Porcentagem do valor inicial ainda não amortizado para cada ano de vida útil, em função do valor final.
Juros
Os juros que o empresário rural deve pagar juntamente com as prestações do financiamento bancário, constituem despesa fixa, decorrente da posse do trator, independentemente do uso que dele se faça. A estimativa do valor dos juros depende da maneira pela qual é feita a amortização do capital: à medida que este vai sendo amortizado, a parcela de juros reduz-se proporcionalmente, embora sua taxa se mantenha constante.
juros
J = (Pi – Pf) x i
 2
Onde:
J : parcela anual de juros (R$/ano ou R$/h);
Pi : Valor inicial da máquina (R$);
Pf : Valor final (de sucata) da máquina (R$), pode ser estimado como: Pf = 0,1. Pi;
i : taxa anual de juros (a critério do empresário, pode variar entre 9 e 15 % aa).
Alojamento
O abrigo dos tratores e máquinas agrícolas constitui importante providência de carater preventivo, contra os danos causados pelas intempéries. Os tratores e máquinas agrícolas, nas propriedades, ficam abrigados em galpões, devendo-se por isso, considerar como custos fixos, uma cota de alojamento. Essa cota, corresponderia aos juros do capital utilizado na construção do galpão e sua conservação por ano
Alojamento
De acordo com a literatura, as despesas com alojamento são consideradas como uma percentagem do valor inicial (Pi) da máquina abrigada, variando de 0,5 a 2,0 % ao ano. Assim, a referida despesa poderá ser estimada através de:
A = (0,005 - 0,02). Pi	 
Onde:
A : Despesas por alojamento (R$/ano);
Pi : Valor inicial da máquina (R$).
Seguro
Não é comum a contratação de seguros na área rural, isso leva a falsa impressão que não há necessidade de se calcular seu valor.
Contudo este valor não é repassado à seguradora, acidentes sempre acontecem
Seguro
	De acordo com a literatura a taxa de seguro varia entre 0,75 e 2 % do valor inicial da máquina agrícola. Desta maneira o custo por seguro pode ser estimado como:
S = (0,0075 - 0,002). Pi
S = Seguro (R$)
Pi = Valor inicial da máquina (R$)
Custos totais fixos
Assim, o custo total fixo é:
CF = D + J + A + S	 
 
Em que:
CF : Custos fixos totais (R$).
D, J, A, S : As correspondentes despesas, definidas anteriormente (R$).
Custos variáveis
		Os custos variáveis são aqueles que dependem da quantidade de uso da máquina. Estes custos são chamados de custos operacionais, e incluem os seguintes itens:
combustíveis;
lubrificantes;
manutenção (reparos, substituição periódica de componentes, peças, etc.) e
salários.
DESEMPENHO OPERACONAL DE MÁQUINAS
Denomina-se “desempenho operacional” um conjunto de informações que definem, em termos quali-quantitativos, os atributos da maquinaria agrícola e florestal quando executam operações sob determinadas condições de trabalho. Essas informações podem ser agrupadas da forma seguinte:
Desempenho operacional
Características operacionais: abrangendo dados relativos à qualidade e à quantidade de trabalho desenvolvido pela máquina sob determinadas condições de trabalho;
Características dinâmicas: abrangendo dados de potência requerida para acionamento e de velocidade de trabalho da maquinaria (dentre outros), sob determinadas condições de trabalho;
Características de manejo: focalizando os aspectos relacionados com as regulagens, a manutenção, as reparações, a estabilidade, etc.
Capacidade operacional
Designa por capacidade operacional de máquinas e implementos agrícolas, a quantidade de trabalho que são capazes de executar na unidade de tempo. Constitui uma medida da intensidade do trabalho desenvolvido na execução de operações agrícolas e florestais.
Capacidade operacional
A capacidade operacional de máquinas e implementos agrícolas pode ser expressa pela relação:
Capacidade operacional
	Classificada de acordo com o tipo de operação:
Capacidade de campo: Cc
Capacidade de produção: Cp
Capacidade de manipulação: Cm
	
Capacidade operacional
		De acordo com as dimensões dos órgãos ativos:
Capacidade teórica: CT
		De acordo com o tempo considerado:
Capacidade Efetiva: CE
Capacidade Operacional: CO
Capacidade de campo (Cc)
A capacidade de campo é aplicada a máquinas e implementos que, para executarem uma operação agrícola, devem deslocar-se no campo, cobrindo determinada área. Portanto, o trabalho executado, ou “produção”, é medido em termos de área trabalhada:	
Capacidade de campo (Cc)
Ela é expressa de acordo com as unidades utilizadas, Ha/h; Ha/dia; talhão/dia, etc.
Capacidade de campo teórica (Cct)
Esta capacidade é obtida a partir de dados relativos às dimensões dos órgãos ativos da máquina, especificamente da largura de corte (trabalho) e da velocidade de deslocamento.
Cct = Largura de corte x Velocidade de deslocamento
Capacidade de campo teórica
Capacidade de campo efetiva (CcE)
Representa a capacidade efetivamente demonstrada pela máquina no campo. Corresponde à capacidade básica da máquina, isto é, a capacidade medida no campo durante certo intervalo de tempo:
Capacidade de campo efetiva (CcE)
Neste caso a área trabalhada diretamente no campo e o tempo cronometrado somente quando a máquina realiza o trabalho.
Capacidade de campo operacional (CcO)
Representa a capacidade da máquina ou implemento no campo que inclui os efeitos de fatores de ordem operacional. Esses efeitos são considerados através dos tempos consumidos no preparo da máquina, em interrupções e requeridos pelo próprio trabalho da máquina quando em operação no campo:
Capacidade de campo operacional (CcO)
TM(Tempo máquina) é um parâmetro que inclui três parcelas: tempo de preparação (TPe); tempo de interrupções (TI) e tempo de produção (TPr)
TM = Tpe + TI + TPr
Capacidade de produção (Cp)
 A capacidade de produção é aplicada a máquinas móveis ou estacionárias, cujo trabalho produtivo ou “produção” é medido em termos de peso ou volume de produto que sofreu a ação dos órgãos ativos. É expressa pela relação:
Capacidade de produção (Cp)
	Da mesma forma que a capacidade de campo, a capacidade de produção poderá ser:
teórica (CpT): Obtida em função das dimensões dos órgãos ativos;
efetiva (CpE): Obtida através de medições feitas com máquina em operação, considerando o tempo de produção;
operacional (CpO): Obtida de forma idêntica a efetiva, porém considerando o tempo de máquina.
Capacidade de manipulação (Cm)
A capacidade de manipulação tem aplicação semelhante à capacidade de produção, porém é usada de forma mais específica, para máquinas destinadas a separar
materiais dissimilares ou provocar modificações no estado do produto agrícola. É o caso de beneficiadoras, classificadores, secadores, etc. É expressa pela relação:
Capacidade de manipulação (Cm)
Capacidade de manipulação (Cm)
O peso ou volume de produto considerado na capacidade de manipulação é diferente daquele levado em conta na capacidade de produção. Enquanto, para a obtenção da capacidade de produção, considera-se o material que sai da máquina, para obter a capacidade de manipulação considera-se o material que penetra na máquina, isto é, material que será submetido à ação dos órgãos ativos.
Capacidade de manipulação (Cm)
De maneira semelhante à capacidade de campo (Cc) e a capacidade de produção (Cp), a capacidade de manipulação poderá ser 
Teórica (CmT)
Efetiva (CmE) 
Operacional (CmO)
De acordo com o critério adotado para determinação do peso ou volume de produto a ser submetido aos órgãos ativos da máquina e para determinação do tempo consumido.
RENDIMENTO OU EFICIÊNCIA OPERACIONAL
	Designa-se por rendimento operacional de máquinas agrícolas, a relação entre capacidades operacionais da mesma natureza. É um parâmetro que indica as perdas provenientes do não aproveitamento integral da capacidade operacional da maquinaria. Entre os rendimentos operacionais, destacam-se dois como os mais importantes:
Rendimento de campo teórico (Rct)
Rendimento de campo efetivo(Rce)
Rendimento de campo teórico (RcT)
Estima ou indica as perdas de área trabalhada ou “produção” devidas ao não aproveitamento integral das dimensões dos órgãos ativos ou do potencial de largura de corte da máquina. É importante para o fabricante da máquina, pois o rendimento de campo teórico revela o quanto está sendo realmente utilizado do tamanho dos órgãos ativos. É expresso por:
RcT = CcE.100 / CcT
Rendimento de campo efetivo (RcE)
Estima ou indica as perdas da área trabalhada ou “produção” devidas aos tempos consumidos em preparo da máquina e de interrupções durante a jornada de trabalho. O rendimento de campo efetivo é importante para o empresário rural, pois reflete as condições de aproveitamento do tempo disponível, isto é, quanto menor for, maiores serão os tempos mortos. É expresso por:
RcE = CcO.100 / CcE
PLANEJAMENTO DAS OPERAÇÕES MECANIZADAS
	Nesta parte, daremos ênfase a 4 tópicos, primordiais, para o planejamento e execução de operações mecanizadas, são elas:
levantamento das operações a serem realizadas
estimativa do tempo disponível para cada etapa
estimativa do ritmo operacional da empresa
estimativa do número de conjuntos motomecanizados.
LEVANTAMENTO DAS OPERAÇÕES A SEREM REALIZADAS
	No caso usaremos o exemplo de aplicação de defensivo.
CONDIÇÃO INICIAL:
cultura no campo atacada pela praga;
máquina no galpão;
defensivo estocado no almoxarifado.
CONDIÇÃO FINAL:
defensivo recobrindo a cultura;
máquina limpa no galpão;
registro de operação no controle administrativo;
operação contabilizada.
Levantamento das operações a serem realizadas
	Entre a condição inicial e final, ocorrem as seguintes etapas:
	Início
preparo da máquina;
regulagem da máquina;		
aplicação do defensivo no campo;
limpeza e manutenção da máquina e
controle operacional e custos
Levantamento das operações a serem realizadas
	Fim
	1 a ETAPA: PREPARO DA MÁQUINA:
1.1 acoplamento do pulverizador ao trator;
1.2 testes preliminares para verificar as condições de funcionamento;
1.3 eliminação de vazamentos e/ou entupimentos;
1.4 execução de pequenos ajustes ou reparos
 
2 a ETAPA: REGULAGEM DA MÁQUINA:
2.1 determinação do espaçamento entre os bicos na barra e respectiva posição;
2.2 aferição da velocidade de deslocamento e características da faixa de deposição;
2.3 cálculos e determinação da proporção da mistura de defensivo mais água.
3 a ETAPA: APLICAÇÃO DO DEFENSIVO NO CAMPO:
3.1 avaliação da área a ser trabalhada;
3.2 verificação das condições de funcionamento da máquina (velocidade, altura da barra, efeito de ventos, etc.); 
Levantamento das operações a serem realizadas
3.3 registro dos tempos (de preparo, regulagens, transporte, reabastecimento e aplicação);
3.4 avaliação dos tempos mortos e trabalho efetivo da máquina;
3.5 levantamento da quantidade de defensivo aplicado;
3.6 avaliação qualitativa da aplicação do defensivo.
4 a ETAPA: LIMPEZA E MANUTENÇÃO DA MÁQUINA:
4.1 lavar a máquina e/ou descontaminá-la;
4.2 desacoplar o pulverizador do trator;
4.3 fazer a manutanção diária da máquina e do trator;
4.4 preencher a ficha de controle.
5 a ETAPA: CONTROLE OPERACIONAL E CUSTOS:
5.1 registro da operação no controle operacional;
5.2 contabilidade da operação.
ESTIMATIVA DO TEMPO DISPONÍVEL
	O tempo disponível para cada etapa, pode ser estimado pela seguinte fórmula:
Td = [ N - (ndf + nu ) ]. Hj
Onde:
Td: tempo disponível no período considerado em horas;
N: número total de dias do período;
ndf: número de domingos e feriados;
nu: número de dias úteis úmidos(chuva);
Hj: total de horas da jornada dos operadores
ESTIMATIVA DO RITMO OPERACIONAL DA EMPRESA
	O ritmo operacional expressa a intensidade do trabalho de execução de uma operação, isto é, a taxa de atividade operacional que permite concluir dada operação em determinado tempo. É obtido através da relação entre a quantidade de trabalho a realizar e o tempo disponível para fazê-lo, dado pela seguinte equação:
Rop = Volume de trabalho / Tempo disponível
ESTIMATIVA DO NÚMERO DE CONJUNTOS MOTOMECANIZADOS
Após a determinação do ritmo operacional máximo para cada uma das operações envolvidas pelo programa de produção da empresa, assim estima-se o número de conjuntos motomecanizados. Este número é inversamente proporcional à capacidade operacional que o conjunto apresenta, e pode ser expressado por meio da seguinte equação geral:
Estimativa do número de conjuntos moto mecanizados
ncon = ROpmax / CO
Onde:
ncon: número de conjuntos motomecanizados (adimensional);
ROpmax: Ritmo operacional máximo. As unidades dependerão do tipo de operação agrícola
CO: Capacidade operacional do conjunto. As unidades também dependerão da operação.
Estimativa do número de conjuntos motomecanizados
	Determine o número de conjuntos necessários numa empresa florestal para realizar a aração em uma área que será implantada Eucalipto, cujo ritmo operacional máximo é de 20.920 m2/h , A largura de trabalho efetiva dos arados é aproximadamente de 0,90 m e a velocidade média de deslocamento deve ser em torno de 6,5 km/h. Considere um rendimento de campo efetivo de 80 % .
Estimativa do número de conjuntos motomecanizados
Solução
	ROpmax = 20.920 m2/h
	RcE = 0,80 
	CcT = 0,90 m x 6,5 km/h = 585o m2/h
	ncon = 20.920 / (5850 x 0,8) = 4,47  5 
DEPRECIAÇÃO
D=(Pi-Pf)/Vu
D=(942000-180000)/(7x430x12)
D=21,09 R$/h trabalhada
TOTAL DA DEPRECIAÇÃO NO MÊS
Dmês= 21,09 x 430
Dmês= 9068,7 R$/mês trabalhado
JUROS
J=(Pi-Pf)x i/2
J=(942000-180000)x 0.12/2
J= 45720 R$/a.a
J= 8,86 R$/a.h
SEGURO
S= 0.0075 x Pi
S= 0.0075 x 942000
S= 588,75 R$/mês
S= 1,37 R$/h
CUSTO FIXO TOTAL
CFt= ∑CF
CFt= 67,94 R$/h
CUSTO VARIÁVEL TOTAL
CVt= ∑CV
CVt= 45,56 R$/h
CUSTO DE MÃO-DE-OBRA TOTAL
CMOt= ∑CMO
CMOt= 4,60R$/h
CUSTO ADICIONAL TOTAL
CAT= ∑CA
CAT= 11,6 R$/h
CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO
CTP = ∑ TODOS OS CUSTOS
CTP= 129,7 R$/h

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando