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A Empreendedorismo identificando oportunidades Cruz

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VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 2 - julho a dezembro de 2008
EMPREENDEDORISMO: IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
R E S U M O
 Este artigo trata das oportunidades de negócios para os empreendedores. Serve como orientação aos empreendedores que 
têm um sonho e que não sabem ao certo como conseguir resultados nele, porém não é um guia que deva ser encarado como uma 
verdade única, e sim uma ajuda na clareza das idéias iniciais dos empreendedores. É uma pesquisa de caráter bibliográfico, que busca 
orientar um empreendedor ao sucesso no negócio escolhido. 
Palavras-chave: Oportunidades. Empreendedores. Negócios.
A b S T R A C T
E N T R E P R E N E U R S : I D E N T I F Y I N G O P P O R T U N I T I E S
This article deals with business opportunities for entrepreneurs. Serves as a guidance to entrepreneurs who have a dream and 
they do not know for sure how to achieve it, but it is not a guide to be seen as a single truth, but an aid in the clarity of the 
initial ideas of entrepreneurs. It is a bibliographic search of character, which seeks to guide an entrepreneur success in the 
business chosen. 
Keywords: Opportunities. Entrepreneurs. Business.
Sueli da Silva Cruz
Graduanda em Administração de Negócios pela Faculdade Vale do Ipojuca (FAVIP). E-mail: sscruz18@hotmail.
com.
71VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 2 - julho a dezembro de 2008
1 INTRODUÇÃO
A oportunidade de negócios está no foco deste 
artigo. Saber identificá-las é primordial para os em-
preendedores, para tanto se torna necessário definir 
o que é empreendedor, “o empreendedor é a pessoa 
que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma 
idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e respon-
sabilidades e inovando continuamente” (CHIAVE-
NATO, 2005, p.3). 
Empreender para muitos é uma tarefa arrisca-
da, e na verdade, é. Ousar num mercado que já é 
dominado por grandes empresas são características 
de pessoas que têm coragem de arriscar e força para 
continuar seguindo mediante as desventuras de um 
mercado globalizado. “Um dos principais atribu-
tos do empreendedor é identificar oportunidades, 
agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las 
em negócio lucrativo” (DOLABELA, 1999, p.44).
A inovação é o instrumento específico do es-
pírito empreendedor. É o ato que contempla os 
recursos com a nova capacidade de criar riqueza 
(DRUCKER, 1995). Essa maneira de inovar será 
abordada mostrando quando devemos iniciar um 
negócio e como agir na criação dele. 
Tendo em vista os assuntos aqui relatados, o 
objetivo deste estudo é explanar sobre as oportuni-
dades de negócios para os empreendedores. Como 
principal fonte de dados, os autores aqui aborda-
dos para apoiar as informações aqui relatadas são 
Idalberto Chiavenato (2005), Fernando Dolabella 
(1999), L. J. Filion (1991) e Peter F. Drucker (1995). 
Esta pesquisa é um estudo de caráter exploratório-
descritivo, fundamentalmente bibliográfico e será à 
base do estudo das oportunidades para empreen-
dedores. 
2 DESCOBRINDO UMA VISÃO
O empreendedor é dotado de características 
que o impulsionam para a criação de um negócio. 
Conforme Timmons e Hornaday (1994 apud DO-
LABELA, 1999), as características são: 
• O empreendedor tem uma pessoa que o influen-
cia;
• Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimis-
mo, necessidade de realização;
• Trabalha sozinho;
• Tem perseverança e tenacidade;
• Aprende com os próprios erros;
• É um trabalhador incansável e sabe concentrar 
seus esforços;
• Sabe fixar metas e atingi-las, descobre nichos;
• Tem forte intuição, importa o que faz;
• Tem autocomprometimento;
• Cria situações para obter feedback sobre seu com-
portamento;
• Sabe buscar, controlar e utilizar recursos;
• É líder;
• É orientado para o futuro, para o resultado e para 
o longo prazo;
• Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu 
desempenho;
• Tece “rede de relações”;
• Conhece muito bem o ramo em que atua;
• Cultiva a imaginação e aprende a definir visões;
• Traduz seus pensamentos em ações;
• É pró-ativo, preocupa-se em aprender a apren-
der;
• Cria um método próprio para aprender;
• Tem capacidade de influenciar as pessoas com as 
quais lida e provoca mudanças no sistema com o 
qual atua;
• Assume riscos moderados. É inovador e criativo, 
porém relacionado à materialização do produto;
• Tem alta tolerância a incerteza – define a partir do 
indefinido;
• Tem consciência do ambiente em que vive, usan-
do-a para detectar oportunidade de negócios. 
Essas são as características que fazem relação 
direta com a visão que Filion (1991) retratou no seu 
artigo, a respeito da necessidade que o empreen-
dedor tem de descobrir sua visão, ou seja, a forma 
como entender a idéia de empresa e quais são os 
elementos que a sustentam, o como que o negócio 
irá se sustentar no decorrer do tempo.
Filion (1991) elaborou um modelo que abrange 
quatro pilares para o empreendedor, o primeiro deles 
denomina-se Weltanschauung, que não tem tradu-
ção correta para o Português, mas seria a visão do 
mundo, o como o empreendedor vê o que acontece 
ao seu redor, na sua realidade, o mundo “real”, o 
como ele se vê. Esta visão demonstra como a pes-
soa é vista através dos conceitos de valores, atitudes 
e intenções. Retratada para o universo empresarial, 
essa visão de mundo corresponde ao que o indivíduo 
opera ou pretende operar, o que irá gerenciar ou o 
que ele já gerencia.
Empreendedorismo: identificando oportunidades
72 VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 2 - julho a dezembro de 2008
Neste conceito, o empreendedor fará do seu 
negócio um “espelho”, um reflexo do que ele é. Se 
a pessoa é organizada seu negócio será organizado. 
Para o empreendedor iniciar seu sonho, seu projeto 
de vida, ele deve primeiro se conhecer porque esse 
autoconhecimento irá ajudá-lo na hora de influenciar 
as pessoas a trabalharem em prol do seu objetivo, 
do seu sonho. Quanto mais cedo ele conseguir focar 
no seu projeto, mais cedo conseguirá dar início ao 
mesmo, e moldar as atitudes mentais dos seus co-
laboradores, para adequá-los a sua idéia para juntos 
alcançarem o sucesso.
A segunda visão abordada por Filion (1991) é a 
Energia, corresponde à quantidade e qualidade do 
tempo dedicado ao trabalho. Essa energia é inter-
relacionada ao conceito de visão do mundo, pois 
quando o empreendedor desvenda a área que quer 
trabalhar, ele irá começar a planejar, a estudar o am-
biente em que irá instalar seu negócio e através desse 
desprendimento de energia, ele irá demonstrar para 
as pessoas que sabe o que está fazendo e o como 
fazer, irá começar a liderar seus colaboradores no 
caminho do sucesso.
Esta segunda visão está totalmente relacionada 
com a terceira que é Liderança. A liderança é um 
paralelo entre a visão do mundo e a energia des-
prendida, pois a liderança está intimamente ligada à 
forma como o empreendedor se vê e a forma como 
ele irá influenciar a sua energia, é tudo uma questão 
de disciplina para si próprio e para os colaboradores, 
liderar também é disciplina. A liderança irá definir 
o tamanho da realidade que o empreendedor irá 
liderar.
O último pilar proposto pelo modelo de Filion 
(1991) aborda as relações, esse pilar é fundamental 
para o processo mais importante para o empreende-
dor, pois é ele que influencia com maior intensidade 
a criação e a evolução de uma visão. É quando o 
empreendedor começa a ver que seus relacionamen-
tos são produtos sociais dos quais precisam para 
melhorar sua compreensão, sua visão, essas relações 
são o medidor de temperatura do seu negócio.
A visão do empreendedor é o que o impulsiona 
a realizar seu sonho, a pôr em prática suas idéias. 
Para isso é necessário que a pessoa (o empreen-
dedor) descubra qual é a sua visão? O que quer 
produzir? Qual será o produto que irácolocar no 
mercado? Em qual mercado irá se instalar? Essa 
visão é o que irá conduzi-lo para o sucesso, é o ca-
minho que ele irá percorrer.
Nesta etapa de visionário onde o empreendedor 
já domina todos os quatro pilares da visão, Filion 
(1991) demonstra que o processo de inicialização 
do negócio divide-se nas etapas: o embrião que é 
a idéia do produto e/ou serviço; desenvolvimento 
que retrata o estudo do mercado, do produto e da 
viabilidade; a forma que são as idéias da empresa, 
e o alvo os objetivos precisos a serem alcançados. 
É neste momento que as oportunidades aparecem, 
pois a pessoa já consegue visualizar bem suas idéias 
e começa a estudar as possibilidades de pô-las em 
prática. 
3 IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
 Identificar uma oportunidade é o primeiro 
passo para uma pessoa que quer se tornar um em-
preendedor, para tanto ela tem que saber diferenciar 
oportunidade de idéia. Segundo o Dicionário Aurélio 
“oportunidade é ocasião, ensejo, lance, circunstância 
adequada ou favorável, conveniência”. Por sua vez, 
idéia “é a representação mental de uma coisa con-
creta ou abstrata, elaboração intelectual, concepção” 
(FERREIRA, 1999). A oportunidade para o empre-
endedor é a concepção da idéia, a idéia por si só não 
produz se não tiver a ocasião para pô-la em prática. 
Segundo Timmons (1994 apud DOLABELA, 1999) 
“uma idéia não passa de um instrumento na mão de 
um empreendedor. Da mesma forma como um pin-
cel pode gerar uma obra-prima ou medíocre, depen-
dendo das mãos que o utilizam, uma idéia depende 
de um bom empreendedor para se transformar em 
um negócio de sucesso”. 
 Os empreendedores ficam imersos na cria-
ção dos novos negócios, passam horas pensando, 
planejando, estudando o ambiente para a partir de 
toda análise poder começar o negócio. O processo 
de identificação de oportunidades começa nesse 
estudo, é ele que irá mostrar qual o ambiente que a 
nova empresa irá focar. 
 Segundo Dolabela, as oportunidades podem 
ser identificadas através de: 
• Brainstormings;
• Estudos de áreas geográficas;
• Estudo de setores;
• Estudos de indústrias específicas;
• Estudos dos recursos renovados e não-renová-
veis;
Sueli da Silva Cruz
73VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 2 - julho a dezembro de 2008
Empreendedorismo: identificando oportunidades
• Estudos do ambiente tecnológico;
• Análise de pauta de importação;
• Análise de transformações e tendências de mer-
cado;
• Mercados emergentes;
• Desenvolvimento dos hábitos prospectivo (anteci-
par os acontecimentos) e pró-ativo (tomar a iniciati-
va, enxergar oportunidades);
• Análise de empresas/setores como cadeia de processos 
ou unidades de negócios;
• Análise dos movimentos demográficos. 
Brainstorming é uma palavra que significa um 
avançado método para encontrar idéias. É a criação 
de novas idéias incomuns em um grupo de pessoas 
o que permite estimular a criatividade e identifica-
ção de oportunidades de negócios. Uma idéia é um 
somatório de brainstorming.
Os estudos das áreas geográficas é uma análise 
precisa do ambiente onde se pretende instalar o 
novo negócio, por exemplo, o arranjo produtivo 
local do Pólo Têxtil do Agreste Pernambucano. Os 
estudos das industriais seguem o mesmo processo, 
focam em atividades fins como, por exemplo, tele-
fonia celular, internet.
Os estudos dos recursos renováveis e não-reno-
váveis é uma análise profunda sobre a matéria-prima 
que irá ser utilizada, é através de estudos como esses 
que estão sendo projetados o Biodisel, por exemplo. 
Estudar o ambiente tecnológico segue o conceito 
anterior, só que utiliza de recursos de Tecnologia da 
Informação mais intensamente como o gás natural 
e a fibra óptica, por exemplo.
A pauta de importações e suas variações é uma 
análise macroeconômica que fornece dados relevan-
tes sobre importação e custos decorrentes desse pro-
cesso. As transformações e as tendências de mercado 
é um estudo do comportamento do consumidor e de 
fatos que possam ser importantes para a economia 
e para o mercado, por exemplo, a participação da 
mulher na força de trabalho. Analisar os mercados 
emergentes é a maneira de descobrir novos nichos 
logo na iniciação, áreas como educação, lazer, saúde 
possuem grande abrangência de nichos que ainda 
podem ser inicializados.
O empreendedor deve desenvolver hábitos pros-
pectivos e pró-ativo, pois dessa forma terá a visão, e 
logo em seguida iniciar o negócio, ter ambição, ser 
audacioso. Deve analisar as empresas como unidades 
de negócios para observar o mercado no qual visua-
liza uma oportunidade para poder acompanhar suas 
transformações e tendências. Como também deve 
analisar os movimentos demográficos para visualizar 
o que ocorre com a população de determinada re-
gião e aproveitar o máximo que ela possa fornecer à 
empresa, por exemplo, o aumento da perspectiva de 
vida, a do brasileiro passou para 80 anos, o que ge-
rou a oportunidade de novos bancos privados, com 
o intuito de financiar empréstimos sobre desconto 
direto na aposentadoria.
Essa estrutura descrita por Dolabela (1999) 
torna-se inviável para a maioria dos pequenos em-
presários, pelo custo das pesquisas que precisam 
ser elaboradas. Então Chiavenato (2005), aborda 
dois tópicos que são precisos para o empreendedor, 
o primeiro é iniciar um negócio que já se tem em 
mente e descobrir onde ele é viável, para tanto o 
empreendedor precisa visualizar o ambiente onde 
ele pretende colocar sua idéia em prática, por exem-
plo, caso ele decida montar uma escola de esportes 
para crianças, ele precisa saber identificar qual é o 
esporte preferido daquela região específica, para, a 
partir de então, elaborar estratégias voltadas para 
essa realidade. Em segundo, é necessário procurar 
nichos de mercado e, a partir daí, desenhar um plano 
de negócios, elaborar estratégias.
Neste contexto descrito por Chiavenato (2005), 
identifica-se que não é difícil ser empreendedor, ape-
nas é necessário que o futuro empresário visualize 
suas idéias e procure estudar o ambiente no qual ele 
deseja se instalar. O importante é procurar não fazer 
o mesmo que os demais, dessa forma, o mercado 
torna-se saturado do produto e o risco de o negócio 
não dar certo é maior, é preciso correr o risco da 
inovação, criar para se ter diferencial de mercado. 
4 INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
 A inovação deve ser praticada pelo em-
preendedor de forma sistemática, ou seja, investir 
numa busca deliberada e organizada das mudanças, 
analisar as oportunidades que as mudanças podem 
proporcionar. Vivemos num século em que a cada 
dia está sendo criado algo novo, e o novo encanta os 
consumidores. É esse encantamento que o empreen-
dedor deve buscar. Saber o que criar com o intuito 
de fazer com que os seus clientes em potencial se 
encantem por seus produtos/serviços.
 Segundo Drucker (1995), o processo de 
inovação sistemática refere a sete fontes para a iden-
74 VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 2 - julho a dezembro de 2008
tificação de oportunidade. “As primeiras quatro 
fontes estão dentro da instituição, seja empresarial 
ou pública, ou dentro de um setor industrial ou de 
serviços”. Elas são, portanto, visíveis, principalmente 
para quem está dentro daquele setor industrial ou de 
serviço. As quatro fontes são:
• O inesperado – o sucesso inesperado, o fracasso 
inesperado, o evento externo inesperado;
• A incongruência – entre a realidade como ela é de 
fato, e a realidade como se presume ser ou como 
‘deveria ser’;
• A inovação baseada na necessidade do processo; 
e
• Mudanças na estrutura do setor industrial ou na 
estrutura do mercado que apanham a todos despre-
venidos.
O segundo grupo de fontes para a oportunidade 
inovadora, um conjunto de três delas, implica em 
mudanças fora da empresa ou do setor:
• Mudançasdemográficas (mudanças populacio-
nais);
• Mudanças em percepção, disposição e significado; 
e
• Conhecimento novo, tanto científico como não-
científico. 
Inovações importantes têm tanta probabilidade 
de surgir a partir de uma análise de sintomas de mu-
dança (tais como, o sucesso inesperado do que fora 
considerada uma insignificante mudança no produto 
ou no preço), como de surgir da aplicação maciça 
do conhecimento novo resultante de uma grande 
descoberta científica. 
Drucker avalia essas fontes como parte do pro-
cesso de criação e inovação de uma oportunidade. 
Essas fontes devem ser analisadas de forma sepa-
rada, pois cada uma aborda de um foco, que ao 
mesmo tempo, é interligado e único. O estudo do 
conjunto é que pode esclarecer a criatividade da 
oportunidade.
Então, onde está essa criatividade? Todos são 
capazes de criar? É claro que sim, todas as pessoas 
nascem com a habilidade de criar, só que essa fase 
criativa se dá mais na infância, pois o mundo ainda é 
restrito muitas vezes a vida familiar, quando a crian-
ça cresce, essa habilidade tende a ir se deteriorizando 
com a socialização. O empreendedor precisa ter em 
mente que a criatividade pode ser aprendida, e essa 
aprendizagem ele deve buscar continuamente.
“Existem técnicas e exercícios para desenvolver 
um comportamento criativo. Parece que este advém 
do hábito de tentar encontrar novas idéias, novas 
formas de apresentar idéias antigas, de identificar 
problemas e inconsistência nos produtos e serviços 
oferecidos” (DOLABELA, 1999, p. 92).
Essa busca contínua pela inovação leva o em-
preendedor a aceitar e a acreditar na intuição como 
fonte de idéias. A intuição o leva a apostar em um 
projeto e a investir em pô-lo em prática sempre no 
sentido de criar um diferencial para determinado 
nicho de mercado.
Um grande expositor de idéias é propagado 
no mundo inteiro, as feiras e exposições são onde 
encontramos diversos empreendedores que de início 
tiveram um sonho, descobriram uma oportunidade, 
criaram e inovaram num mercado já saturado e es-
tão dispostos a propagar suas idéias, seus sonhos. 
Uma grande oportunidade de negócios o futuro 
empreendedor pode visualizar nessas feiras, basta 
fazer toda uma análise das situações mercadológicas, 
demográficas e começar a criar em cima do já criado, 
pode melhorar o que já existe ou ter uma idéia sobre 
um complemento que possa acompanhar o produto 
já existente. 
5 CONCLUSÃO
Os empreendedores devem ser extremamente 
observadores ao que ocorre ao seu redor. É através 
da percepção que eles têm que decidir o rumo do 
negócio a ser elaborado. No decorrer da pesqui-
sa, vimos que os autores frisam a característica da 
percepção nos empreendedores, estar de olho nos 
acontecimentos que os circundam é fundamental no 
processo de elaboração de oportunidades.
As características descritas para identificação 
de oportunidades demonstram como é arriscado e 
oneroso iniciar um empreendimento, porém o Brasil 
é um dos países que mais tem pessoas com o espírito 
empreendedor, falta para elas uma espécie de orien-
tação, o SEBRAE é um caminho muito utilizado 
pelos futuros empreendedores.
Vimos que não é impossível desenvolver criati-
vidade para conseguir inovar nos mercados cada vez 
mais competitivos, a inovação é a chave dos novos 
empreendimentos de sucesso, não estamos apenas 
falando de inovação tecnológica, mas de todos os 
tipos de inovações como, por exemplo, inovar no 
Sueli da Silva Cruz
75VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 2 - julho a dezembro de 2008
atendimento, na decoração, nos serviços prestados.
Esperamos ter atingido o objetivo central da 
pesquisa, tornando mais fácil a identificação das 
oportunidades. Não expomos aqui modelos ou pa-
drões a serem seguidos como verdades únicas e sim 
explanamos aspectos que demonstram o como se 
podem identificar as oportunidades.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Dando asas ao espírito 
empreendedor. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
DOLABELA, Fernando. Oficina do empreende-
dor. 6 ed. São Paulo: Cultura, 1999.
DRUCKER, Peter F. Inovação e espírito empre-
endedor (entrepreneurship): prática e princípios. 
São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
FERREIRA, Aurélio B. H. Novo Aurélio século 
XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3 ed. Rio 
de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
FILION, L. J. O planejamento do seu sistema 
de aprendizagem empresarial: identifique uma 
visão e avalie o seu sistema de relações. 1991. Dis-
ponível em: www.rae.com.br/rae. Acesso em 21 
março 2008.
Empreendedorismo: identificando oportunidades

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