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Listas Ecologia

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO TRIÂNGULO MINEIRO – Campus Uberlândia
ENGENHARIA AGRONÔMICA
MAURO JOSÉ DE URZÊDO JÚNIOR
LISTAS DE EXERCICIOS: ECOLOGIA
Ecologia
Fernanda Vital
UBERLÂNDIA, MG
2018
1) Qual a etimologia da palavra Ecologia e da palavra Economia? Na sua opinião, a que se deve o antagonismo criado para distinguir esses dois termos nos dias atuais?
	
R.: O termo ecologia foi criado em 1866 pelo biólogo e zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919), um dos maiores discípulos de Charles Darwin. Deriva de duas palavras gregas: oikos (casa) e logia (ciência).
A palavra economia tem sua origem no latim OECONOMIA, que por sua vez é derivada do grego OIKONOMIA, ambas tinham o significado de administração de uma casa, lar. A palavra em grego era composta por oikos (casa) e nomein (gerenciar), está ultima, por sua vez, tem sua origem em nomos (lei).
O sistema econômico está relacionado ao sistema ecológico, uma vez que a natureza é o fornecedor primário dos materiais e energia necessários para serem transformados no sistema econômico e é também onde são dispostos e dissipados os resíduos gerados, cuja capacidade é limitada. Porem, com o grande crescimento econômico esses dois termos entram em oposição, porque a natureza foi considerada como algo que não entra no calculo econômico, justificando a destruição da natureza em vista de criação e produção de riqueza. 
Estudos referente aos Textos 1 (Ana Primavesi - A AGRICULTURA ECOLÓGICA - Uma alternativa ou uma necessidade) e 2 (Kathounian - Agroecologia poderá superar a oposição entre produzir e conservar):
2) Faça uma resenha incluindo os dois textos, identifique o que é uma "agricultura ecológica" e finalize com sua argumentação em relação a necessidade de se compreender a complexidade dos sistemas agrícolas.
R.: No Brasil, geralmente se considera "ecológico" qualquer ato de misericórdia para com a natureza, criando-se reservas naturais, protegendo-se a floresta Amazônica ou protegendo algum animal ou planta em extinção. É promovido pelos ambientalistas. É, de certo, uma atitude algo incômoda para os que se dedicam à agro-indústria ou como os Poloneses a chamam "a agricultura capitalistaconsumista". Estes dependem do aumento constante das "fronteiras agrícolas”, ou seja, da área plantada, uma vez que o aumento das safras se dá pela área e não pela maior produção por área. Portanto, o representante brasileiro na reunião da defesa do meio ambiente em Haia, voltou todo eufórico porque conseguiu que a fiscalização internacional do nosso meio ambiente não fosse aprovada, embora valha para os outros países do mundo. 
No mundo inteiro, atualmente se exige a "sustainable agriculture", ou seja, a agricultura sustentável, ou suportável. Ela deve ser suportada pelo meio-ambiente sem devastação das matas, do clima e dos rios. Deve ser suportada pelos solos sem decadência e erosão, pela economia do agricultor e dos governos, nem levando o produtor à falência nem causando uma dívida interna do Estado. Por outro lado, as pesquisas no setor da termo-dinâmica mostram que nenhum sistema agrícola é suportável quando gasta muito mais energia do que produz. A continuação da vida neste globo somente é garantida se o ciclo é fechado e gasto e ganho são “zerados”, ou seja, em perfeito equilíbrio. E a preocupação cresce, por este sistema convencional não garantir a sobrevivência da espécie humana. 
Portanto, a Agricultura Ecológica, não é somente uma alternativa para quem quer produzir de maneira diferente, mas sim uma necessidade preeminente para todos os produtores. E esta produção se torna mais segura, mais barata e mais nutritiva. É simplesmente a tecnologia adequada para nosso clima tropical, que permite colheitas altas, mas conserva o solo.
Ecologia é o estudo do ambiente onde vivem os seres vivos, em seus componentes abióticos e bióticos, e das relações entre esses componentes. Essa ciência busca entender como se organizam e funcionam os ecossistemas, seus mecanismos de regulação, a dinâmica de suas populações, suas estratégias de resiliência e assuntos afins. Em contraposição à anatomia, à taxonomia e a outras partes da biologia que se ocupam de fragmentos mortos e fixados extraídos do mundo natural, a ecologia se dedica ao mundo natural vivo, bem como suas dinâmicas. 
É surpreendente constatarmos que, em uma Escola Superior de Agricultura, tratamos os componentes dos sistemas agrícolas isoladamente (gado de leite, milho, pasto, fitossanidade, sanidade animal) ou por disciplinas isoladas (fisiologia vegetal, ciência do solo, fitopatologia), ainda que todos esses elementos interajam sistemicamente. Separamos as partes para poder estudar e ensinar, mas elas não são reagrupadas no todo complexo, como de fato ocorre no mundo real. E reagrupar, no mundo natural, é mais que justapor, porque os organismos vivos interagem entre si. Com essa segmentação sem reagrupamento, somos surpreendidos com resultados aparentemente inesperados. 
O mundo natural é complexo e suas relações ecológicas, intrincadas e frequentemente invisíveis até que uma ação humana perturbe seu funcionamento e com isso as revele. Talvez nossa maior limitação na agronomia, da segunda metade do século XX, tenha sido negar essa complexidade, tentando reduzir a produção vegetal à verticalidade da relação solo–planta–atmosfera. Esse modelo mental ignora todas as relações, por assim dizer, horizontais, que se estabelecem entre a planta e os outros organismos que vivem ao seu redor. Por ser incompleto, surgem ruídos quando é aplicado na realidade natural, os quais assumem a forma de fenômenos não previstos como pragas, doenças, plantas invasoras e/ou adversidades climáticas. Sanar esses ruídos têm um custo, do qual uma parte é prontamente visível no valor dos insumos, ou da irrigação ou da perda da lavoura. Essa parte é computada nos custos de produção ou na lucratividade da cultura. Contudo, outra parte desse custo, referente à degradação dos recursos ambientais e humanos 
Agroecologia e movimento social - A pergunta de partida é: o que diferencia os agroecossistemas dos ecossistemas naturais? Nos agroecossistemas predominam plantas anuais de ciclo curto e há exportações e perdas importantes de nutrientes minerais, enquanto em nossos ecossistemas naturais, predominantemente florestais, prevalecem plantas perenes e não há saídas importantes de nutrientes minerais. A diferença fundamental entre os agroecossistemas e os ecossistemas naturais não está em sua estrutura, mas na presença humana, na mão humana que define para onde o sistema evoluirá, que plantas ficarão ou sairão, onde e quando. O ator central do agroecossistema é o humano que o conduz, e sua condução depende tanto de fatores naturais (clima, solo, biodiversidade etc.) como de fatores na esfera das relações humanas (conhecimento, aspirações, condições sociais, estruturas políticas etc.). 
Escala na agricultura familiar - Essas duas acepções do mesmo termo agroecologia confundem o público em geral. Como ramo da ciência, seu aporte é indispensável para minimizar o impacto ambiental negativo das tecnologias baseadas em insumos industriais. Ela é também indispensável para o desenvolvimento de sistemas de produção com melhor aproveitamento de recursos não renováveis como rochas fosfatadas e potássicas e combustíveis fósseis, além da criação de sistemas agroalimentares mais sustentáveis. Em sua acepção científica, a agroecologia é uma necessidade sem cores partidárias nem ideológicas. Seus opositores hoje são, unicamente, os setores que vivem da venda dos insumos, os quais um melhor entendimento da natureza permite eliminar. 
Podemos ser capazes de superar a oposição entre produzir e conservar, mas para isso é preciso que as escolas de Agronomia, em todas as suas instâncias, incorporem a agroecologia ao seu dia a dia. Os ventos são bons e talvez possamos deixar aos nossos filhos um mundo melhor que o que até agora criamos. Se formoscapazes dessa transformação, os agricultores não serão mais vilões, mas heróis, e a agronomia não será mais a ciência da destruição, mas da saúde física, social e ambiental da humanidade. 
Aula 2) Fatores Bióticos e Abióticos Discorra: 
a) Fatores Climáticos x Fatores Edáficos.
R.: Fatores Climáticos são fatores naturais ligados ao clima, como temperatura, umidade, pluviosidade, deslocamento de luz, etc.
Fatores edáficos são fatores internos da terra, tal como composição do solo, estrutura e movimentos do magma.
b) Demais fatores abióticos limitantes para plantas.
R.: Disponibilidade dos nutrientes, disponibilidade de água, tempo de luminosidade e vento.
c) Fatores evolutivos (adaptações da planta às condições adversas e escassez de recursos).
R.: Raízes mais profundas, casca mais grossa, folhas transformadas em espinhos, tecidos de reserva para nutrientes e água.
d) Relação dos fatores bióticos com distribuição de espécies. Exemplo. 
R.: Os fatores bióticos são os relativos a vida, a cadeia alimentar é um dos principais fatores em que pode ser vista uma relação na base dela está os produtores e todo o restante, os consumidores, dependem diretamente da disponibilidade deles. Exemplo é as flores e abelhas, as abelhas só existem onde houver flores.
e) Relações bióticas interespecíficas e intraespecíficas
R.: Relação biótica interespecífica é a relação entre indivíduos de espécies diferentes, que é o caso de mutualismo, competição, predatismo, comensalismo, exploração e outros.
Relação biótica intraespecífica é a relação entre indivíduos da mesma espécie, como sociedades, colônias, competições e canibalismo.
Aula 3-4) Recursos x Condição/ Limites de tolerância/Nicho/Sobreposição de nicho/Liberação Discorra: 
a) Recursos ou condições? 
1- Nitrato para plantas. R.: Recurso
2- pH para os peixes de um lago. R.: Condição
3- Oxigênio para bactérias aeróbicas. R.: Recurso
4- Buracos (em árvores) para abelhas. R.: Recurso
5- Fêmeas de sapos para machos de sapos (vocalizando). R.: Condição
6- Temperatura para pássaros. R.: Condição
7- Umidade para bromélias. R.: Condição
8- Água para bromélias. R.: Recurso
9- Larvas de Chironomidae para lambaris. R.: Recurso
10- Luz solar para plantas. R.: Recurso
11- Luz solar para larvas de borboletas. R.: Condição
12- Hemácias humanas para Plasmodium falciparum. R.: Recurso
a) Discorra o que acontece no quadro ao lado usando o conceito de nicho (trófico, espacial e multidimensional).
R.: Várias das espécies ocupam locais, nichos iguais que são dimensionados quanto a disponibilidade de recursos e condições , como alimentação, local para cria de filhotes, predadores, temperatura da água e outros.
b) Quando o recurso é considerado limitante? 
R.: Quando não está em grande quantidade ou não é o ideal, como alimento e local de procriação.
c) Considere os indivíduos eurifágicos e estenofágicos, explicando seu critério.
R.: Eurifágicos são os mais generalistas, como o Astyanax Fasciatus, Ictalurus australis, Notropis iutrensis, Flexipenis vittata e Dionda rasconis.
Estenofágicos são os mais especialistas na alimentação como Xiphophorus variatus, Poecilia mexicana, Cichlasoma cyanoguttatum, Cichlasoma steindachneri e Gobiomorus dormitor.
Sobre a figura ao lado: 
a) Discorra sobre os limites de tolerância apresentados para as espécies vegetais. 
R.: (a) o limite de tolerância é de apenas uma dimensão, sendo esta a temperatura, é um limite trópico;
(b) o limite se utiliza de temperatura e salinidade, é um limite espacial;
(c) o limite se utiliza de temperatura, disponibilidade de alimento e pH, é limite multidimensional.
b) Sobre o segundo gráfico, monte dois gráficos separados para cada variável, indicando limites mínimos, ótimo e máximo para o camarão da areia.
Sobre a variação da taxa de fotossíntese :
 -Discorra sobre a aclimatação à diferentes concentrações de CO2 e outras possíveis respostas às variações ambientais. 
R.: A curva de tolerância se modifica de acordo com a concentração de CO2, ficando mais generalista na baixa concentração.
Duas espécies de aves marinhas ocupam os mesmos territórios e buscam seus alimentos nos mesmos ambientes aquáticos. Os estudos do comportamento dessas aves revelaram que o cormorão de poupa se alimenta de plânctons presentes em águas mais superficiais, enquanto o cormorão negro se alimenta de peixes e camarões encontrados em regiões um pouco mais profundas do mar. Relacione os conceitos de nicho realizado, nicho efetivo, exclusão competitiva e liberação competitiva ao exemplo citado.
R.: Nicho realizado e nicho efetivo são a mesma coisa e se referem ao nicho que os organismos realmente ocupam, no caso do cormorão de poupa a parte mais superficial e o cormorão negro a região mais profundo, não há exclusão competitiva e liberação competitiva por se tratar de espécies com nichos diferentes.
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