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trabalho de barras articuladas e acoplamento elástico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CAMPUS CHAPADINHA
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
DISCIPLINA: ELEMENTOS DE MÁQUINAS 
ATACILIA MOTA SOUSA 
LEOSVÂNYO DE JESUS COSTA RAMOS
LINDYKEILA FERREIRA REINALDO
MARCOS DOUGLAS SOUSA SILVA
TAMIRES FERREIRA REINALDO
BARRAS ARTICULADAS E ENGATES ELÁSTICOS 
Chapadinha – MA
201
ATACILIA MOTA SOUSA 
LEOSVÂNYO DE JESUS COSTA RAMOS
LINDYKEILA FERREIRA REINALDO
MARCOS DOUGLAS SOUSA SILVA
TAMIRES FERREIRA REINALDO
BARRAS ARTICULADAS E ENGATES ELÁSTICOS 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Elementos de Máquinas, no curso de Engenharia Agrícola, da Universidade Federal do Maranhão.
Docente: Prof. Dr. Eduardo Silva dos Santos 
Chapadinha – MA
2018
INTRODUÇÃO
A agricultura no Brasil, desde o período colonial, foi considerada como uma das bases da economia do país. A fim de garantir e tornar possível o crescimento e a competitividade desse setor é necessários máquinas e equipamentos, tecnologia e conhecimento por parte do produtor. 
Atualmente o Brasil é capaz de suprir a maioria das necessidades internas do país quando se fala em alimentos, bem como exportar seus excedentes. As empresas ligadas ao setor agrícola no Brasil, além de terem uma ótima oportunidade de mercado, são também responsáveis por propiciar ao país uma imagem de porto seguro quando o assunto é a produção de alimentos.
PULVERIZAÇÃO
Segundo Arysta LifeScience (2004) pulverização é o processo de transformação de uma substância líquida em partículas ou gotas. Na agricultura refere-se à deposição de partículas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequados aos objetivos propostos.
O processo de pulverização é necessário, visto que a produtividade da prática agrícola está relacionada com o combate aos fatores nocivos as culturas. Dentre estes fatores nocivos, pode-se citar:
Fungos: causadores de doenças; 
Insetos e ácaros: provocam danos mecânicos as culturas e transmitem viroses;
Plantas daninhas: reduzem a produtividade.
CARACTERIZAÇÃO DOS PULVERIZADORES ACOPLADOS DE BARRAS
Os pulverizadores acoplados de barras podem ser divididos em cinco subsistemas: 
Chassi;
Tanque;
Barra;
Hidráulico, quando houver;
Pulverização.
SUBSISTEMAS DAS BARRAS ARTICULADAS
O subsistema de barras é composto de quadro móvel, torre, suporte da torre, barras e catracas. Neste sistema, tem-se a união do suporte da torre com o chassi do equipamento e com a torre. A torre possui diversos furos utilizados para o posicionamento do quadro móvel. É através deste sistema que se pode ajustar a altura máxima e mínima de pulverização.
As barras são articuladas junto ao quadro móvel e possuem o seu movimento comandado por cordas acionadas pelas catracas. Essas barras também possuem movimento limitado por uma corda de segurança, presa na torre e na barra. Essa corda fica toda esticada no momento em que as barras estão posicionadas paralelas ao chão.
A escolha entre barras articuladas é baseada em dois fatores:
Caso o agricultor tenha utilizado pulverizadores de 12 metros anteriormente, o trator utilizado na atividade deixa um rastro dos pneus na lavoura. Dificilmente o agricultor irá trocar o tamanho de barras, pois isso implicaria em mudar o rastro da plantação. 
Caso o agricultor nunca tenha utilizado pulverizadores, a barra de 14 metros é a melhor opção, devido ao aumento de eficiência da atividade. Usando esse tipo de barras é necessário um menor deslocamento do trator para pulverizar toda a área plantada.
INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO 
 ABERTURA E FECHAMENTO DAS BARRAS
As barras articuladas, possui uma particularidade de operação, por se tratar do giro em torno do eixo axial do quadro oscilante, desta forma, o operador deve tomar alguns cuidados ao tirar as barras da posição de descanso (ou posição de transporte) e colocá-las na posição de trabalho e também para retirar as barras da posição de trabalho e colocá-las na posição de descanso (ou posição de transporte). 
Veja as instruções abaixo:
A máquina estando na posição de descanso (ou posição de transporte), o primeiro passo o operador deve acionar o comando para subir o quadro central entre 12 e 17 cm. Executando este passo corretamente o operador evita que os ganchos de batentes enrosquem no apoio das barras ao ser girado o quadro móvel.
Neste passo o operador deve acionar o comando do pistão inferior (pistão que faz girar o quadro móvel), até que as barras fiquem na posição vertical. Executando este passo corretamente, o operador evita que as barras enrosquem no suporte de articulação ao serem abertas.
Neste passo o operador deve acionar o comando do pistão inferior (pistão que faz girar o quadro móvel), até que as barras fiquem na posição vertical conforme mostrado na figura ao lado. Executando este passo corretamente, o operador evita que as barras enrosquem no suporte de articulação ao serem abertas.
Ao terminar o trabalho de pulverização, o operador deve proceder conforme os passos para colocar as barras na posição de transporte.
O operador deve certificar que o quadro encontra-se sem inclinação em torno do seu eixo axial. (executando este passo corretamente o operador evita que as barras colidam com os suportes de articulação ao serem fechadas).
Acionar o comando dos pistões laterais que executam o fechamento das barras. Observar que os ganchos batentes devem estar acima do apoio das barras. Desta forma, as barras estão prontas para que o quadro seja inclinado pra frente para a posição de descanso.
Inclinar o quadro oscilante até que as barras encostem no apoio das barras, e então acione o comando do quadro central para as barras assentarem no batente, ficando na posição de descanso e transporte.
MANUTENÇÃO DA BARRA ARTICULADA
Assim como um veículo produzido em série ou uma máquina agrícola auto propelida, para que os implementos operem corretamente ao longo de sua vida útil, eles precisam ser submetidos a manutenções.
As principais operações de manutenção que as barras articuladas exigem são a limpeza e a lubrificação.
LIMPEZA DA BARRA
Com o aumento da utilização de adubos foliares pulverizados, a quantidade de sais presentes nos implementos de barras de pulverização aumenta fazendo sua pintura diminuir a durabilidade, desta forma para diminuir a degradação da pintura consequentemente conservar a estrutura das barras de pulverização, deve-se lavar as barras principalmente após a aplicação de adubos foliares ou defensivos com grandes quantidades de sais. Para a correta lavagem da máquina, recomenda-se lavagem com agua e shampoo de lavagem automotiva ou sabão/detergente neutro.
LUBRIFICAÇÃO DA BARRA
É recomendada a lubrificação de todos os bicos graxeiros da máquina após 10h de serviço da máquina, deve-se utilizar graxa de viscosidade NLGI2 a base de lítio. Para se evitar problemas com os pistões da máquina, deve-se atentar aos níveis de óleo do reservatório da bomba hidráulica, sempre utilizando o óleo adequado.
REAPERTO DE PARAFUSOS E AJUSTES
É recomendado a conferencia do aperto dos parafusos da máquina a cada pelo menos 50 h de trabalho. Corrigir vazamentos sempre que verificado. É recomendados ajustes e reaperto principalmente nos mancais dos braços oscilantes, nos tirantes, no suporte de articulação, no 3º segmento da barra, nas braçadeiras que suportam os tubos de defensivos e nas mangueiras de defensivos.
CONCEITO DE ACOPLAMENTO
Acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de máquina, empregado na transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixo-árvores. (Figura 1. Acoplamento de um conjunto moto bomba.)
Figura 1. Acoplamento de um conjunto moto bomba.
FUNÇÕES
Unir dois eixos 
Compensar desalinhamentos 
Absorver choques e vibrações 
Transmitir Torque 
Atuar como fusível
CLASSIFICAÇÃO
Os acoplamentos podem ser:
Fixos
Elásticos 
Móveis. 
ACOPLAMENTOS FIXOSOs acoplamentos fixos servem para unir árvores de tal maneira que funcionem como se fossem uma única peça, alinhando as árvores de forma precisa. Por motivo de segurança, os acoplamentos devem ser construídos de modo que não apresentem nenhuma saliência. Vamos conhecer alguns tipos de acoplamentos fixos.
 ACOPLAMENTO RÍGIDO COM FLANGES PARAFUSADO
Esse tipo de acoplamento é utilizado quando se pretende conectar árvores, e é próprio para a transmissão de grande potência em baixa velocidade. ( Figura 2. Acoplamento rígido com flanges parafusado.)
Figura 2. Acoplamento rígido com flanges parafusado.
 ACOPLAMENTO COM LUVA DE COMPRESSÃO OU DE APERTO
Esse tipo de luva facilita a manutenção de máquinas e equipamentos, com a vantagem de não interferir no posicionamento das árvores, podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento.
Figura 3. Acoplamento com luva de compressão ou de aperto
 ACOPLAMENTO DE DISCOS OU PRATOS
Empregado na transmissão de grandes potências em casos especiais, como, por exemplo, nas árvores de turbinas. As superfícies de contato nesse tipo de acoplamento podem ser lisas ou dentadas. ( Figura 4. Acoplamento de discos ou pratos)
Figura 4. Acoplamento de discos ou pratos
ACOPLAMENTOS ELÁSTICOS
Esses elementos tornam mais suave a transmissão do movimento em árvores que tenham movimentos bruscos, e permitem o funcionamento do conjunto com desalinhamento paralelo, angular e axial entre as árvores. (Figura 5. Acoplamentos elásticos.)
Figura 5. Acoplamentos elásticos.
Os acoplamentos elásticos são construídos em forma articulada, elástica ou elástica articulada e elástica. Permitem a compensação de até 6 graus de ângulo de torção e deslocamento angular axial. 
 PRINCIPAIS TIPOS DE ACOPLAMENTOS ELÁSTICOS
 ACOPLAMENTO ELÁSTICOS DE PINOS
Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de borracha.( Figura 6. Acoplamentos elásticos de pinos)
Figura 6. Acoplamentos elásticos de pinos.
 ACOPLAMENTO PERFLEX
Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma ligação de borracha apertada por anéis de pressão. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de eixos. (Figura 7. Acoplamento perflex) 
Figura 7. Acoplamentos perflex.
 ACOPLAMENTO ELÁSTICO DE GARRAS
As garras, constituídas por tocos de borracha, encaixam-se nas aberturas do contra disco e transmitem o movimento de rotação.( Figura 8. Acoplamento elástico de garras. )
Figura 8. Acoplamento elástico de garras.
 ACOPLAMENTO ELÁSTICO DE FITA DE AÇO
Consiste de dois cubos providos de flanges ranhuradas, nos quais está montada uma grade elástica que liga os cubos. O conjunto está alojado em duas tampas providas de junta de encosto e de retentor elástico junto ao cubo. Todo o espaço entre os cabos e as tampas é preenchido com graxa. Apesar de esse acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas no ato de sua instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço. ( Figura 9. Acoplamento Elástico de fita de aço.)
Figura 9. Acoplamento Elástico de fita de aço.
 ACOPLAMENTO DE DENTES ARQUEADOS
Os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no sentido axial, o que permite até 3 graus de desalinhamento angular. O anel dentado (peça transmissora do movimento) possui duas carreiras de dentes que são separadas por uma saliência central. (Figura 10. Acoplamento de dentes arqueados.)
Figura 10. Acoplamento de dentes arqueados.
LUBRIFICAÇÕES DE ACOPLAMENTOS
Os acoplamentos que requerem lubrificação, geralmente não necessitam cuidados especiais. O melhor procedimento é o recomendado pelo fabricante do acoplamento ou pelo manual da máquina. No entanto, algumas características de lubrificantes para acoplamentos flexíveis são importantes para uso geral: 
Ponto de gota
150ºC ou acima
Consistência 
NLGI nº2 com valor de penetração entre 250 e 300
Baixo valor de separação do óleo e alta resistência à separação por centrifugação
Deve possuir qualidades lubrificantes equivalentes às dos óleos minerais bem refinados de alta qualidade
Não deve corroer aço ou deteriorar o neopreme (material das guarnições)
CONCLUSÃO
Para aumentar a durabilidade das barras, é importante que seja realizado as manutenções adequadas no pulverizador no qual as barras estão montadas e também no trator. Desta forma cuidados na lubrificação, inspeção em pinos e em engates e outros cuidados de manutenção e operação vêm a contribuir na durabilidade das barras por diminuir a possibilidade de vibrações que danificam a estrutura das barras, e até mesmo prevenção de acidentes.
Os elementos de máquinas são conhecimentos indispensáveis. Na oportunidade de trabalhar numa indústria, ou uma empresa, ou ainda se deseja trabalhar como mecânico, precisa saber o que são os elementos máquinas, quais suas características, funções e como são utilizados na prática. Com esse conhecimento, podemos está preparados, por exemplo, para operar máquinas e, possivelmente, corrigir defeitos que elas apresentem.
REFERENCIAS
http://professor.luzerna.ifc.edu.br/charlesassuncao/wpcontent/uploads/sites/33/2016/07/Apostila-Elementos-de-M%C3%A1quina-SENAI.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/35944/1/Capitulo%2002.pdf
ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/joaopaulo/elementos%20de%20maquinas%20i/Aula_08%20-%20Modos%20de%20transmiss%E3o%20(Acoplamentos).pdf

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