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Resumo Bioquímica Capítulo 30 Papel do Fígado no Metabolismo • O fígado tem um papel central no metabolismo ⟶ localização anatômica, funções bioquímicas; • Recebe sangue venoso do intestino; • Exerce papéis importantes no metabolismo de carboidrato, lipídio e aminoácido, na síntese e quebra de proteínas plasmáticas, e no armazenamento de vitaminas e metais; • Função excretória: resíduos metabólicos ⟶ árvore biliar ⟶ duodeno ⟶ fezes; • Um paciente com doença hepática grave tem: pigmentação amarela da pele (icterícia), abdome distendido com fluido (ascite), e pode estar confuso ou inconsciente (encefalopatia hepática); •Fígado e metabolismo de carboidratos: - Manutenção da [ ] de glicose circulante: isso depende tanto de sua capacidade armazenar glicose como glicogênio, quanto de sintetizar glicose a partir da gliconeogênese; - O fígado possui glicose-6-fosfatase ⟶ permite liberação de glicose livre para o sangue; - Em estado de jejum, ele libera cerca de 9g de glicose para o sangue a cada hora, com o objetivo de manter a [ ] sanguínea de glicose; - Os substratos para a gliconeogênse derivam do lactato liberado pela glicólise nos tecidos periféricos e da desaminação hepática de aminoácidos gerados por proteólise do músculo esquelético. • Fígado e metabolismo proteico: - Sintetiza a maioria das proteínas plasmáticas; - Albumina ⟶ proteína mais abundante no sangue e é sintetizada exclusivamente pelo fígado; - Produz vários fatores de coagulação como o fator I (fibrinogênio), II (protrombina) e o V, VII, IX, X, XII e XIII; - Os fatores II, VII, IX, X são respondidos a vitamina K; - O fígado também sintetiza a maior parte das globulinas 𝛼 e 𝛽 do plasma; suas [ ] plasmáticas mudam na doença hepática e na doença sistêmica - no último caso, essas mudanças formam uma parte da resposta de fase aguda. AMANDA CARPES - ATM 23 !1 - A resposta de fase aguda engloba todas as alterações sistêmicas que ocorrem em resposta à infecção ou inflamação; - O fígado sintetiza um número de proteínas de fase aguda: aquelas cuja [ ] plasmáticas se alteram em mais de 25% em uma semana de dano inflamatório ou infeccioso; - Um suprimento substancial de aa é necessário como substrato para esse aumento na síntese proteica hepática, e esta é proveniente da proteólise do músculo esquelético. • Degradação proteica pelo sistema ubiquitina-proteasoma: - A ubiquitina marca proteínas intracelulares para a degradação pelo proteasoma; - O turnover de proteínas hepáticas é altamente controlado ⟶ permite às vias metabólicas se adaptarem às mudanças das circunstâncias fisiológicas; - As proteínas plasmáticas e os receptores de membrana são endocitados e então hidrolisados pelas proteases ácidas dentro dos lisossomos; - As proteínas intracelulares são degradadas em estruturas conhecidas como proteasomas pelo sistema ubiquitina-proteasoma (UPS). • O fígado é a principal fonte não eritrocítica da síntese do heme: - É sintetizado da glicina e da succinil-coenzima A - se condensam para formar o 5- aminolevulinato (5-ALA); catalisada pela 5-ALA sintase / etapa limitante; - Subsequentemente, 2 5-ALA se condensam para formam o porfobilinogênio (PBG); - Então, 4 PBG se combinam e posteriormente se ciclizam para produzir o uroporfirinogênio III, em seguida o coproporfirinogênio III; - Uma série de descarboxilação e oxidação das cadeias laterais no uroporfirinogênio III produz a protoporfirina IX; - Na etapa fina, o ferro 2+ é adicionado pela ferroquelatase à protoporfirina IX para formar o heme; - O grupo heme controla a taxa de sua síntese através de inibição por feedback negativo da 5-ALA sintase. AMANDA CARPES - ATM 23 !2 • Metabolismo da bilirrubina: - Produto metabólico do heme; - Cerca de 75% de toda a bilirrubina é derivada da hemoglobina de hemácias senescentes; - A estrutura anelar do heme é clivada oxidativamente em biliverdina pela heme oxigenase - um citocromo P-450; - A biliverdina é, então, reduzida enzimaticamente a bilirrubina. • A bilirrubina é metabolizada pelos hepatócitos e excretada na bile: - A biliverdina é hidrossolúvel, já a bilirrubina não; - A bilirrubina, transportada no plasma ligada à albumina, tem de ser metabolizada adicionalmente antes da excreção; - A captação hepática é feita por um carreador de membrana e pode ser inibida competitivamente por outros ânions inorgânicos; - A hidrofobia da bilirrubina é aumentada por esterificação ⟶ conjugação; - A bilirrubina conjugada é hidrossolúvel e pode ser secretada pelo hepatócito nos canalícelos biliares; - A bilirrubina conjugada no intestino é catabolizada ⟶ estercobilinogênio (urobilinogênio fecal - é incolor) ⟶ estercobilina, por oxidação, e é colorida. • Ácidos biliares e metabolismo do colesterol: - Os ácidos biliares sao sintetizados nos hepatócitos e têm efeito semelhante ao detergente, solubilizando os lipídios biliares e emulsificando a gordura da dieta no intestino. A bile é também a única via de excreção do colesterol do organismo. •Metabolismo de fármacos: -O metabolismo hepático normalmente aumenta a hidrofobia dos fármacos e , portanto, a suscetibilidade de serem excretados pelos rins ou na bile; -As enzimas envolvidas no metabolismo de fármacos têm baixa especificidade para o substrato ⟶ os sistemas hepáticos metabolizadores de fármacos precisam atuar em uma gama infinita de moléculas; - O processo ocorre em duas fases: 1. Fase I: Adição de grupo polar ⟶ oxidação ou hidroxilação, catalisada pela família de oxidases citocromo P-450; 2. Fase II: Conjugação ⟶ As enzimas conjugam os grupos funcionais introduzidos nas reações da primeira fase mais frequentemente pela glicuronidação ou sulfação, e também acetilação e metilação. - As enzimas citocromo P-450 são proteínas que contêm heme e que estão justapostas com a NADH: citocromo P-450 redutase; AMANDA CARPES - ATM 23 !3 - Existem 12 famílias de genes do citocromo P-450, das quais três (CYP1, CYP2, CYP3) são responsáveis pela maior parte da fase I do metabolismo de fármacos; - A síntese de citocromos P-450 é induzida por certos fármacos e outros agentes xenobióticos: isso aumenta a velocidade de reações da fase I; - Os fármacos, então, formam um complexo estável com o citocromo P-450 e inibem o metabolismo de outros fármacos, que são normalmente substratos para aquele citocromo; - Quando uma pessoa toma qualquer uma das substancias inibidoras, os substratos normais para o citocromo P-450 são metabolizados mais lentamente e seus níveis plasmáticos aumentam. • A toxicidade medicamentosa pode ocorrer em todos os indivíduos expostos a uma [ ] suficiente de um fármaco específico; • Toxicidade idiossincrática ⟶ quando um fármaco é tóxico para alguns em uma determinada [ ] e é tolerada pela maioria dos outros pacientes; • O fármaco acetaminofeno (paracetamol), em excesso, é hepatotóxico; • Em doses normais, ele é conjugado com o ácido glicurônico ou sulfato, que é então excretado pelos rins; • Na overdose, a capacidade destas vias de conjugação é sobrecarregada e o acetaminofeno é oxidado pelo P-450 em N-acetil benzoquinoneimina (NABQI). • Metabolismo do álcool ⟶ O etanol é oxidado no fígado pela álcool desidrogenasse (ADH), para formar acetaldeído ⟶ oxidado pela aldeído desidrogenase (ALDH) em acetato. A NAD+ é o cofator para ambas as oxidações, sendo reduzida a NADH. • A oxidação de etanol altera o potencial redox do hepatócito: Resulta numa razão aumentada entre NADH e o NAD+. Isso inibe a oxidação do lactato a pirulito, desenvolvendo acidose lática, inibe também a beta-oxidação de ácidos graxos e promove a síntese de triglicerídeos, seu excesso é depositadono fígado (esteatose hepática) e secretado no plasma como VLDL. AMANDA CARPES - ATM 23 !4 • Distúrbios Hepáticos: - Doença hepatocelular: Hepatite (crônica ou aguda), cirrose. - Doença colestática: coletasses (obstrução biliar). - Icterícia: pré, pós ou intra-hepática. - Pré: aumento na produção ou insuficiência hepática na captação de bilirrubina; - Pós: obstrução da excreção biliar ; - Intra:metabolismo hepático insuficiente ou secreção de bilirrubina AMANDA CARPES - ATM 23 !5
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