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Instituto Universitário Egas Moniz Licenciatura em Ciências da Saúde Doenças Respiratórias Subtítulo: Prevenção de doenças respiratórias crónicas no contexto prisional Unidade Curricular: Saúde Pública Discentes: Aline Silva nº Ana Lúcia Monteiro nº112242 Filipe Pinto nº 112494 Docentes: Dra. Teresa Contreiras Dr. Ricardo Mexia Dr. Hugo Esteves Introdução O pulmão é um órgão muito vulnerável a infeções e lesões do ambiente externo, pela sua constante exposição a partículas, produtos químicos e organismos infeciosos no ar (Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias, 2017). As doenças respiratórias crónicas e de outras estruturas pulmonares representam uma vasta gama de doenças graves. As principais doenças respiratórias crónicas evitáveis incluem a asma e as alergias respiratórias, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), doenças pulmonares ocupacionais, síndrome de apneia do sono e hipertensão pulmonar. Estas doenças constituem um grave problema de saúde pública em todos os países do mundo, sobretudo em países com baixos e médios rendimentos e no caso das populações desfavorecidas. A prevalência de doenças respiratórias crónicas evitáveis está a aumentar em todo o mundo, sobretudo entre as crianças e os idosos. O impacto das doenças respiratórias crónicas evitáveis tem efeitos adversos graves na qualidade de vida e na deficiência dos indivíduos afetados. As doenças respiratórias crónicas evitáveis provocam morte prematura (OMS, 2007). Os fatores de risco das doenças respiratórias crónicas evitáveis são: Fumo de tabaco e outras formas de poluição em espaços fechados Alergénios. Agentes ocupacionais. Doenças, nomeadamente a schistosomíase ou a doença falciforme. Viver a elevada altitude. A prevenção destes fatores de risco terá um impacto significativo na morbilidade e mortalidade (OMS, 2007). As doenças respiratórias constituem 5 das 30 causas mais comuns de morte em todo o mundo (Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias, 2017). As taxas de mortalidade por doença respiratória evidenciam a redução da mortalidade prematura, uma vez que, o número absoluto de mortes decorrente da mortalidade, encontra-se acima dos 65 anos (DGS, 2017). A pneumonia, dentro das doenças respiratória, é a principal causa de morte em Portugal. Portugal é considerado como o país com maior taxa de mortalidade por pneumonias nos países pertencentes à OCDE. Verifica-se que a mortalidade provocada por Asma ocorre sobretudo nas faixas etárias acima dos 65 anos com valores, em 2015, de 4,0/100.000 habitantes. Relativamente à DPOC, verifica-se uma redução da mortalidade a partir dos 65 anos, com um decréscimo de 8,8%, em 2015 (100/100.000 habitantes) relativamente a 2009 (DGS, 2017). As pneumonias constituem a principal causa de mortalidade por doença respiratória em Portugal (Figura 1) colocando-nos como o país com a mais elevada taxa de mortalidade por pneumonias nos países da OCDE(DGS, 2017). Relativamente a outras patologias respiratórias, a mortalidade é residual para a Fibrose Quística, Hipertensão Pulmonar e Síndrome de Apneia do Sono. Figura 1. Representação da mortalidade por doenças respiratórias em 2015. Fonte: DGS, 2017 A DGS (2017), descreve as metas pretendidas para 2020, relativamente às doenças respiratórias como: Duplicar a percentagem de diagnósticos de asma efetuados a utentes dos Cuidados de Saúde Primários; Duplicar o número de utentes com o diagnóstico de DPOC confirmado por espirometria, nos Cuidados de Saúde Primários; Reduzir em 10 pontos percentuais a taxa de internamentos ambulatório-sensíveis por Doença Respiratória Crónica (DRC). O sistema de saúde português reconhece as prisões como uma oportunidade para a saúde pública, pois o período de reclusão pode ser usado para tratar doenças infeciosas em indivíduos que, de outra forma, teriam acesso limitado ou interromperiam ciclos de tratamento devido a situações como pobreza extrema e vulnerabilidade social (OMS, 2018). A saúde nas prisões desempenha um importante papel na saúde à saúde pública em geral. Populações prisionais contêm uma alta prevalência de pessoas com doenças graves e condições de risco de vida. Mais cedo ou mais tarde, a maioria dos prisioneiros vai voltar para a comunidade, levando de volta com eles doenças e condições não tratadas que podem representar uma ameaça para a saúde da comunidade. Assim, há um interesse convincente na parte da sociedade que este grupo vulnerável recebe saúde proteção e tratamento para qualquer problema de saúde (OMS, 2014). A evidência disponível sugere que os presos provavelmente estão em alto risco de doenças não transmissíveis devido a comportamentos de alto risco. Fumar nas prisões constitui um enorme problema de saúde pública e enfrentar o fumo nas prisões é uma questão complexa que envolve não apenas preocupações com a saúde, mas preocupações sobre outras questões importantes, como os direitos humanos. Fumar desempenha um papel complexo na vida na prisão. Os prisioneiros fumam por uma variedade de razões, não apenas porque são viciados, mas também por causa dos benefícios percebidos em situações sociais, gerenciando o estresse e aliviando o tédio. Cigarros também podem ser uma forma importante de moeda. Muitos funcionários da prisão também fumam, tornando desafiadora a aceitação e a implementação de proibições ao fumo no ambiente prisional (OMS, 2014). O estabelecimento prisional de Setúbal, é um estabelecimento de alta segurança com uma lotação oficial de 131 pessoas, contudo a sua ocupação real é de 286 indivíduos (Figura 2). O total de deslocações ao exterior para acessos de saúde é de 1230 (Figura 3). Este estabelecimento possui dois gabinetes médicos e de enfermagem. A ocupação laboral dos indivíduos, incluem a serralharia, cozinha e lavandaria, manutenção e limpeza, obras, agropecuária e trabalho no exterior ao abrigo dos protocolos. Justificação do Projeto Um plano de intervenção da na área das doenças respiratórias, constitui-se como um marco importante em populações com idades compreendidas entre x e x anos, no estabelecimento prisional de Setúbal. Objetivos Esta intervenção tem como objetivo principal diminuir até 30% o número de novos casos de doenças respiratórias cronicas, dentro do estabelecimento prisional de setúbal. Objetivos específicos: O1: diminuir em 30% o número de fumadores dentro do estabelecimento prisional de setúbal, e consequentemente diminuir o em 30% o número de novos casos de DPOC na mesma população; O2: proporcionar sessões de reinserção social e aconselhamento para indivíduos previamente diagnosticados com doenças respiratórias cronicas de modo a evitar até 10% de novos internamentos provenientes dessa amostra. Plano de Intervenção O plano de intervenção tem como finalidade promover o conhecimento e hábitos positivos sobre proteção contra doenças respiratórias cronicas, à população prisional. O plano de intervenção será executado no estabelecimento prisional de setúbal que tem uma população de 387 indivíduos, sendo a amostra de 286 indivíduos, que correspondem a população prisional. Planeamento Formação de Equipas Reuniões com a camara municipal de setúbal e outras entidades envolvidas no projeto para a preparação e Formação de equipas multidisciplinares. Formação de Parcerias Estabelecimento prisional de setúbal: autorização da intervenção; recursos humanos; Camara municipal de setúbal: apoio financeiro; Direção geral de reinserção social: Recursos humanos; Delegação de saúde regional de lisboa e vale do tejo: recursos humanos; apoio; Intervenções: Intervenção Quem Dirigido Onde Meta Pré-diagnóstico - - No estabelecimento prisional Fazer um levantamento da situação do estabelecimento. Rastreio Profissionais de saúde prisioneiros No estabelecimento prisional de Setúbal Determinar a prevalência de fumadorese prisioneiros com doenças respiratórias cronicas. Ação de Formação sobre meios de prevenção primaria Grupo de intervenção prisioneiros No estabelecimento prisional de Setúbal Diminuir em 30% o número de novos casos de doenças respiratórias cronicas. Sessões antitabaco Grupo de intervenção prisioneiros No estabelecimento prisional de Setúbal Diminuir em 30 % o número de fumadores e diminuir em 30% o número de novos casos de DPOC. Ação de formação sobre proteção em meio laboral Grupo de intervenção prisioneiros No estabelecimento prisional de Setúbal Diminuir em 30% o número de novos casos de doenças respiratórias crónicas. Sessões de reinserção social e aconselhamento para prisioneiros doentes Grupo de intervenção Prisioneiros com doença respiratória diagnosticada No estabelecimento prisional de Setúbal Diminuir em 10% o número de novos internamentos por doenças respiratórias crónicas provenientes desta população. Etapas do plano de intervenção Pré-diagnóstico Intervenção Social Literacia na Saúde Avaliação Cronograma Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Pré-diagnóstico Rastreio Ação de Formação sobre meios de prevenção primaria Sessões antitabaco Ação de formação sobre proteção em meio laboral Sessões de reinserção social e aconselhamento para prisioneiros doentes Avaliação Orçamento Recursos humanos unidade Preço total Grupo de intervenção 3 5200x3= 15600(520 h) Colaboradores 2 500x2 =1000 (xh). Atividades unidade Preço Cartazes 25 Sala - deslocações - 150€ Total Bibliografia DGS (2017). Programa Nacional para as Doenças Respiratórias. Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias (2017). O Impacto Global da Doença Respiratória (2ªed.). México, Asociación Latinoamericana de Tórax. OMS (2007). Vigilância global, prevenção e controlo das doenças respiratórias crónicas. Uma abordagem integradora. DGS. OMS (2014). Prisons and health..
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