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Texto sobre Taxonomia

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Acadêmica: Brena Carla Vasconcelos Cassiano. 1º Período Ciências Biológicas.
A taxonomia surgiu anos atrás, sendo descrita como a ciência que tem o papel de nomear e agrupar as espécies. Porém, com essa divisão em espécies surgiram dúvidas em relação a como pode se definir uma espécie e o que deve analisar-se em um ser vivo para encaixá-lo em determinada espécie.
De acordo com o passar do tempo foram surgindo diferentes cientistas que questionavam o método utilizado para a classificação de espécies e o que uma espécie era realmente. Surgiram então várias e diferentes formas de interpretação, cada uma trazendo uma nova particularidade que deveria ser levada em conta.
Aristóteles foi o primeiro a classificar organismos de acordo com suas similaridades estruturais, porém, foi o botânico sueco Linnaeus que desenvolveu, no século XVIII, o atual sistema de esquematização. Esse sistema de esquematização conta com 7 categorias que descendem: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie.
Essa classificação dos seres vivos ganhou o nome de Sistematização, ela estuda as relações entre organismos, e inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, fazendo a análise de dados.
As classificações por descendência, características morfológicas, localidade geográfica e modo de reprodução não mostraram eficiência por diversas espécies se dispersarem pra outras regiões ao longo do tempo, o que acaba gerando mudanças biologicamente nos seres a ser classificados.
Com o passar do tempo surgiram diferentes interpretações e visões diferentes sobre qual conceito é o valido para determinar espécies.
No conceito tipológico de espécie a classificação dos espécimes eram baseadas em suas características morfológicas, para uma nova espécie se obtinha um espécime-tipo que era deixado em um museu e quando necessário observado e comparado ao achassem que outro espécime observado era da mesma espécie, quando se pareciam mas haviam características diferentes se dizia que eram imperfeições acidentais, quando eram realmente diferentes o novo era catalogado como outro espécime-tipo e ficava para futuras comparações. O conceito tipológico foi rapidamente descartado por biólogos evolutivos que acharam o sistema falho, já que uma espécie está sujeita a mudanças ao longo do tempo e não fica eternamente na forma encontrada.
No conceito biológico de espécie as espécies são divididas de acordo com suas formas de reprodução e não pelos fatores morfológicos que podem apresentar, porém complica a separação de onde começa e onde se limita uma espécie, e quais são os limites para separar uma espécie da outra. 
O conceito evolutivo e de coesão de espécie diz que cada espécie tem sua linhagem histórica separada e sua descendência e ascendência própria, sendo que cada uma segue pra um caminho evolutivo próprio sem interferência uma da outra.
O ultimo conceito é o conceito filogenético de espécie e é o mais eficaz, ele possibilita a identificação e classificação de mais espécies do que os outros conceitos possibilitam. Ele traz que uma espécie é um grupo de organismos distintos de outros grupos e que apresentam um padrão parental de ancestralidade e descendência, incluindo seres tanto assexuados quanto sexuados.
O código de barras da vida das espécies (DNA) analisa um determinado tipo de genes que está presente em diversos animais e classifica eles de acordo com essas similaridades genéticas. Apesar de não interferir e nem resolver as controvérsias com as outras formas e outros conceitos de classificação das espécies, o código de barras da vida contribui permitindo identificar a origem de uma espécie para uma população local e isso é valioso independente da classificação dessa espécie dada pelos taxonomistas.
Caracteres taxonômicos e reconstrução filogenética tem o proposito de agrupar as espécies em uma árvore evolutiva ou filogenia, relacionando as espécies atuais e as extintas. Comparando semelhanças morfológicas, cromossômicas e moleculares para chegar em um ancestral, nem sempre as similaridades refletem de um ancestral comum. A similaridade de caracteres que resulta de uma descendência em comum é chamada de homologia, enquanto a similaridade de caracteres que não resulta de uma descendência em comum é chamada de não homologa ou homoplasia.
Existem duas escolas de taxonomia que prevalecem até hoje, a taxonomia evolutiva tradicional coloca os táxons em um único e grande grupo taxonômico onde eles devem apresentar os critérios apresentados de descendência em comum, devem ter apenas uma origem evolutiva e apresentar sua zona de adaptação distinta. Já a sistemática filogenética ou cladística traz como principal avaliador durante o agrupamento das espécies a descendência em comum. Táxons monofiléticos são utilizados na cladística e apresentam uma única origem evolutiva e contêm todos os descendentes do ancestral em comum mais recente do grupo, existem também os táxons parafiléticos que tem uma única origem evolutiva mas excluem alguns dos descendentes do ancestral em comum mais recente do grupo, nenhuma das escolas inclui os táxons polifiléticos pois eles apresentam mais de uma origem evolutiva.
Existem três formas para avaliar um espécime afim de incluí-lo em um cladograma para a formação de uma árvore filogenética: a morfologia comparativa utiliza tanto de espécimes atuais como de restos fossilizados e faz as suas avaliações por meio macrométricos ou micrométricos, avaliando um espécime molecularmente e morfologicamente, até mesmo sua estrutura celular; a bioquímica comparativa pode ser utilizada também em organismos já fossilizados como descoberto recentemente, é feito utilizando aminoácidos e comparando os seus efeitos em cada DNA avaliado; por ultimo a citologia comparativa avalia a variação numérica, as formas e os tamanhos dos cromossomos e é utilizada apenas em seres atuais, não havendo como ser utilizada com organismos já fossilizados. 
A principio os organismos eram facilmente organizados pois haviam apenas duas divisões: o Reino Animal e o Reino Vegetal, até então caracterizar um ser que mexe e se alimenta de um ser fotossintetizante imóvel não era um trabalho difícil, mas quando começaram a surgir diferentes tipos de vida orgânica as divisões começaram a ficar mais complicadas, como a descoberta de organismos que possuem clorofila e são fotossintéticos mas que se movem como animais. Foi dai que se viu a necessidade de adotar e acrescentar mais classificações para os organismos:
Reino Monera: os procariotos.
Reino Protista: organismos unicelulares eucariotos (protozoários e algas unicelulares eucarióticas).
Reino Plantae: organismos multicelulares fotossintetizantes (plantas e algas multicelulares).
Reino Fungi: bolores, leveduras e fungos.
Reino Animalia: invertebrados e vertebrados.
Apesar de ser necessário mais estudos, os estudos passados e presentes são de extrema importância, ainda que alguns conceitos e teorias apresentem necessidade de mais atenção e certa incoerência, as futuras pesquisas devem acabar com esses questionamentos, o mais importante é que mesmo se passando anos o taxonomistas ainda tem seus nomes valorizados pelas pesquisas feitas e sistemas levantados, tendo a honra de ser levados em conta e ter seus sistemas em destaque até hoje.

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