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1 Núcleo de Arquitetura Disciplina de Sistemas Estruturais Prof. Hélio Elias da Silva Goiânia, 01 de Abril de 2015 SISTEMA ESTRUTURAIS AULA 2 PROFESSORA ENGENHEIRA BRUNA COELHO CRISTO REDENTOR Estrutura de concreto armado dos anos 1930 é conhecida no mundo inteiro pela sua beleza e tamanho. Seu revestimento foi feito com pedra sabão. A estátua de 38 metros de altura e mais de mil toneladas levou cinco anos para ser construída. Pode-se dizer que ela foi criada a seis mãos. O engenheiro Heitor da Silva Costa fez o primeiro projeto, o artista plástico Carlos Oswald se encarregou do desenho final e o escultor francês Paul Landowski modelou as peças que compõem a estátua. Sua construção começou a ser planejada em 1921, quando religiosos e autoridades do governo se reuniram em uma associação chamada Círculo Católico, no Rio de Janeiro, para discutir a ideia. CRISTO REDENTOR A vontade de integrar a obra à natureza, porém, favoreceu a primeira montanha, cercada por uma bela porção de Mata Atlântica. Segundo o projeto original, o Cristo deveria segurar o globo terrestre em uma mão e uma cruz na outra. Mas a ideia de fazê-lo com os braços abertos caiu no gosto da população carioca e acabou prevalecendo. A construção de fato só teve início em 1926. A cerimônia de inauguração da estátua, no dia 12 de outubro de 1931, foi, obviamente, cheia de pompa, contando com a presença do então presidente Getúlio Vargas. Havia ainda um plano para que o ilustre cientista italiano Guglielmo Marconi - inventor do telégrafo sem fio e nome fundamental no desenvolvimento do rádio - acionasse, diretamente da Itália, as luzes que iluminariam o Cristo. CRISTO REDENTOR 1. A estátua foi feita na França pelo escultor francês Paul Landowski - pois acreditava-se, na época, que profissionais brasileiros não teriam experiência para executar a obra. Antes de a obra ser trabalhada em seu tamanho original, foram preparadas várias maquetes de gesso. As mãos da poetisa Margarida Lopes de Almeida serviram de modelo para as do Cristo 2. A estátua veio da França para o Brasil em pedaços. Só a cabeça era composta por 50 peças e cada uma das mãos media 3,2 metros de comprimento. Para levar esses objetos gigantes ao alto do Corcovado, foi usado o trem que ligava o morro à parte baixa do Rio de Janeiro, ferrovia existente desde o final do século XIX CRISTO REDENTOR 3. Gigantescos andaimes de madeira e ferro permitiam aos operários o acesso aos pontos mais altos da obra, enquanto as peças eram erguidas por um sistema de cabos e roldanas. As várias partes do Cristo eram ocas e foram encaixadas aos poucos na estrutura metálica montada para sustentar o peso da estátua 4. A primeira parte a ficar pronta foi a cabeça. O Cristo foi surgindo, portanto, de cima para baixo. Todas as peças da parte externa foram revestidas com pastilhas de pedra-sabão, material que, apesar de ser facilmente riscado, resiste bem ao tempo e às variações de temperatura EDIFICIO MARTINELLI Estrutura convencional de concreto armado (lajes, vigas e pilares) e alvenaria de tijolos. Construído nos anos 30, do século XX. Atenção para a origem dos materiais. Cimento – vinha da europa embarcado em navios e embalado em barrricas; Aço – Vinha da Europa Instalações – fios elétricos, tubos de água e esgoto, vinham da Europa; Madeira de forma, areia e água – fornecimentos locais; Mão de obra – imigrantes espanhóis e italianos, além de mão de obra local e de origem simples. O projeto foi feito em São Paulo pelo Eng. Italo Martinelli e o projeto arquitetônico é de Willian Fillinger. EDIFICIO MARTINELLI A obra prometia uma enorme polêmica, pois a São Paulo de então não possuía nenhum edifício de grande estatura, sendo raros os prédios com mais de 5 andares. Planejado para alcançar a barreira dos 100 metros de altura, em uma estrutura não apenas alta como significativamente larga, o Edifício Martinelli marcaria uma transição para a era dos arranha-céus. Passou por momentos difíceis - inclusive, chegou-se a cogitar a sua demolição. Mas o prédio foi recuperado e voltou a ser um orgulho para a cidade. EDIFICIO MARTINELLI Em 1924 deu-se início à construção do prédio projetado para ter 12 andares, num grande terreno na então área mais nobre da capital, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e avenida São João. O autor do projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena. Todo o cimento da construção era importado da Suécia e da Noruega, pela própria casa importadora de Martinelli. Nas obras trabalhavam mais de 600 operários. 90 artesãos, italianos e espanhóis, cuidavam do esmerado acabamento. Os detalhes da rica fachada foram desenhados pelos irmãos Lacombe, que mais tarde projetariam a entrada do túnel da Av. 9 de Julho. EDIFICIO MARTINELLI Diversos imprevistos prolongaram as obras: as fundações abalaram um prédio vizinho – problema resolvido com a compra do prédio por Martinelli; os cálculos estruturais complexos levaram à importação de uma máquina de calcular Mercedes da Alemanha. Enquanto isso, Martinelli não parava de acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez maior – de 12 passou para catorze, depois dezoito e em 1928 chegou a vinte. Nessa época o próprio Martinelli já havia assumido o projeto arquitetônico, e, não se satisfazendo em fiscalizar diariamente as obras, também trabalhava como pedreiro – retomando assim a profissão que exercera na juventude na Itália – e demonstrava enorme prazer em ensinar aos operários mais jovens os macetes da profissão. Quando o prédio atingiu vinte e quatro andares, foi embargado, por não ter licença e desrespeitar as leis municipais – havia um grande debate na época sobre a conveniência ou não de se construir prédios altos na cidade. A questão foi parar nos tribunais e assumiu contornos políticos, sendo aproveitada pela oposição para fustigar Martinelli e a prefeitura municipal. A questão foi resolvida por uma comissão técnica que garantiu que o prédio era seguro e limitando a altura do prédio a 25 andares. O objetivo de Martinelli, contudo, era chegar aos 30 andares, e o fez construindo sua nova residência com cinco andares no topo do prédio – tal como Gustave Eiffel fizera no topo de sua torre. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Você é capaz de distinguir um concreto de boa qualidade de um concreto de má qualidade? CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Pedra: Usualmente de vários tamanhos, de maneira que as pedras de menor diâmetro ocupem os espaços vazios entre as pedras de maior diâmetro, ou seja, poucos índices de vazios, gerando uma mistura bem densa. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Areia: Ocupará os espaços entre as pedras CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Cimento: Que é um material industrial pulverulento, que depois de molhado, começa a ganhar resistência e age como cola. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Cimentos Portland no Brasil Cimento Classe (MPa) Clínquer + Sulfatos (%) Escória (%) Pozolana (%) Material carbonático (%) CP I 25-32-40 100 - - 0 CP I S 25-32-40 99-95 - - 1-5 CP II E 25-32-40 94-56 6-34 - 0-10 CP II Z 25-32-40 94-76 - 6-14 0-10 CP II F 25-32-40 94-90 - - 6-10 CP III 25-32-40 65-25 35-70 - 0-5 CP IV 25-32 85-45 - 15-50 0-5 CPV-ARI - 100-95 - - 0-5 CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Água: Que hidratará o cimento tranformando-oem uma cola, é a água que dá plasticidade à mistura. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Formas: Servirão de molde, darão forma e dimensões à mistura ainda plástica. As mesmas deverão ou não ser removidas posteriormente. Comumente essas podem ser encontradas em diversos materiais, porém as mais usuais são as de madeira e as de aço. Escoramento: É componente que dá apoio às formas enquanto essas protegem o concreto ainda plástico. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. 1. Depois de lançado o concreto nas formas, ele ainda ficará plástico por minutos. Depois de algumas horas ele ganhará uma resistência que irá aumentando com o passar dos dias. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. 2. Tão logo o concreto seja lançado nas formas, devemos fazer sua acomodação, usando vibradores mecânicos ou até manuais. É para expulsar o ar que ficou preso e que, se não for expulso com o tempo gerará vazios, que diminuirão significativamente a resistência à compressão. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. 3. Depois de horas de lançamento do concreto nas formas e quando ele ganhou alguma resistência, devemos manter a sua superfície exposta bastante úmida, etapa conhecida pela por cura do concreto. A cura prolongada do concreto, seja por borrifamento, seja pelo uso de superficies molhadas etc., melhora bastante a resitência do concreto à compressão. Devemos manter a cura pelo menos por 7 dias. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. Como dito, uma das mais importantes características do concreto é sua resitência à compressão. Normalmente o concreto costuma ter as seguintes resistências à compressão: 100 kgf/cm2 (10 MPa) muito usado no passado; 150kgf/cm2 (15 MPa) mínima resistência aceitável para um concreto estrutural, e hoje só pode ser usado em fundações; 200 kgf/cm2 (20 MPa) resitência mínima estrutural do concreto a partir da nova norma de concreto NBR 6118/2007 CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. 500 kgf/cm2 (50 MPa) concretos especiais chamados de CAD, concreto de alto desempenho. Fck – média estatística da resistência à compressão do concreto. Cada resistência do concreto exige uma determinada mistura dos componentes e depende das características dos componentems. Uma dosagem muito usada é a relação volumétrica C: A: P, ou seja, 1:2:2,5. Para cada medida de cimento usa-se duas de areia e duas e meia de pedra. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES. O Concreto pode ser produzido manualmente, com o auxílio de pequenas betoneiras ou em usinas de concreto, sendo tranportados por caminhões betoneira. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES Vários fatores influenciam o fck de um lote de concreto, os mais importantes são: Teor de cimento por m3 do concreto; Relação água-cimento da mistura; O Cimento é o componente mais caro do concreto, com isso há sempre um interesse econômico de usar o mínimo possível. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES • Uso de água na mistura auxilia a produção de um concreto mais plástico e mais trabalhável, mas isso tem um risco, pois reduz muito a sua resistência (Duff Abrams, 1918 – Relação água/cimento). CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES • Uso de água na mistura auxilia a produção de um concreto mais plástico e mais trabalhável, mas isso tem um risco, pois reduz muito a sua resistência (Duff Abrams, 1918 – Relação água/cimento). • Um estudo adequado da mistura produz: Um concreto econômico; Um concreto razoavelmente plástico e adequado para ser colocado nas formas, evitando a ocorrência de vazios; Um concreto resistente (alto fck). CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES • Em casos especiais, em que se necessite de concretos com elevada resistência à compressão (CAD), pode ser necessário utilizar baixas relações água/cimento: Uso de superplastificantes (policarboxilatos): Uso de sílica ativa (microssílica) ou cinza volante; Uso de concreto auto adensável (concreto super armado); Uso de gelo em escamas no concreto (peças volumosas). CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES Podemos usar o concreto sem armadura, o concreto ciclópico (simples), que é adequado para: Blocos de concreto; Na construção de estacas de fundação Na construção de tubulões; Em pisos de concreto, etc. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES Maneiras de se misturar o concreto: 1. Processo manual para pequenas obras; 2. Concreto misturado em betoneiras na própria obra; 3. Concreto usinado, ou seja, produzido em usinas de concreto e transportado por caminhão betoneira. CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES Processo manual para pequenas obras CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES Concreto misturado em betoneiras da obra CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES Concreto usinado entregue em caminhão betoneira CONCRETO E OS SEUS COMPONENTES E aí...você já entende bem essa linguagem? Obrigado e boa noite a todos. Que o Senhor Deus os abençoe e os guarde.
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