Buscar

livro leds na iluminação arquitetural

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 2 
 
Introdução 
 
Em 1998, quando começamos nosso trabalho dedicado à tecnologia, os LEDs eram 
apenas uma promessa como tantas outras que surgiram ao longo do tempo no 
mercado de iluminação. Nesta época pouco se sabia e muito menos se falava sobre 
esses “novos” componentes. Hoje temos uma realidade bastante diferente. Além do 
interesse e da difusão do tema, vários fabricantes de luminárias já oferecem aos 
clientes diversas opções de produtos para praticamente qualquer aplicação, seja na 
área residencial, comercial, entretenimento, iluminação pública e de monumentos. 
 
Quando somos convidados a apresentar a tecnologia em palestras por todo o Brasil, 
notamos por parte dos profissionais da área, um grande interesse pelo tema, 
motivados pelo desejo do novo e necessidade de atualização profissional. Nas 
apresentações e cursos mostramos que não se trata da “luz do futuro”, como alguns 
ainda insistem em apregoar, pois em muitos casos as luminárias em LEDs são a melhor 
opção técnica ou a única opção, com diversos benefícios para os clientes finais, mesmo 
quando o tema é tão sensível como o preço. 
 
Outra realidade é a preocupação com a sustentabilidade e as questões ambientais. 
Estamos passando por uma grande revolução tecnológica com a introdução dos LEDs e 
a eliminação das lâmpadas incandescentes de baixa eficiência, porém mais importante 
é a revolução da consciência, comportamento e postura. 
 
Neste curso vamos mostrar as razões que levam ao profissional de arquitetura e design 
à escolha da tecnologia de LEDs, pois os clientes quase sempre têm uma série de 
questionamentos sobre as decisões de projeto e a opção por esse ou aquele 
equipamento. Da mesma forma apresentaremos o porquê de diferentes tecnologias 
de geração de luz conviverem sem que uma substitua a outra. Quando a lâmpada 
incandescente surgiu dizia-se que não haveria mais espaço para a luz gerada através 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 3 
 
de chamas (velas, lampiões, etc.). O mesmo se deu com o surgimento das lâmpadas de 
descarga (fluorescentes) e agora com os LEDs. Quem não se lembra da “febre” que foi 
o surgimento da Dicróica ou na época do apagão, a aplicação em larga escala e de 
forma indiscriminada das fluorescentes compactas de luz azulada? 
 
Convidamos a uma abordagem ampla sobre o assunto, passando pela história, 
tecnologia, produtos, aplicação prática e o mais importante: Muita reflexão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 4 
 
Capítulo 1 – Introdução à Tecnologia 
 
1.1 - Visão Geral 
 
Os LEDs são reconhecidos como precursores de uma nova era tecnológica na área de 
iluminação, graças a diversas vantagens que oferecem em relação às fontes de 
iluminação convencionais. Estes dispositivos representam uma ruptura na iluminação 
artificial tradicional, introduzindo novos paradigmas e possibilidades de iluminar. 
 
Os diodos emissores de luz - dispositivos conhecidos pela abreviatura em língua inglesa 
LEDs (Light Emiting Diodes) - são fontes luminosas para iluminação artificial. LEDs são 
semicondutores em estado sólido que convertem energia elétrica diretamente em luz. 
 
Suas formas e tamanho reduzido permitem uma flexibilidade enorme para o design de 
luminárias e novos conceitos são introduzidos a cada dia. 
 
Ao longo dos anos, várias empresas e profissionais de diversos países estudam meios 
alternativos de produção e utilização eficiente de energia elétrica. Atualmente as 
pesquisas buscam por fontes luminosas de baixo consumo, objetivando maior 
economia de energia. O estudo desta tecnologia e de sua aplicabilidade para a 
iluminação artificial é extremamente relevante, pois em todo o mundo, são crescentes 
as preocupações com aspectos ecológicos devido à maior demanda por geração de 
energia e sua escassez. 
 
Os recentes avanços da tecnologia dos LEDs, fazendo-os ganhar potência e escala 
mundial com a redução de custo, indicam uma forte alternativa para o mercado da 
iluminação e vêm sendo chamados de “Green Light”. 
 
O mundo está mudando e é imprescindível mudar. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 5 
 
1.2 – História e Evolução dos LEDs 
 
Registrado pelo seu descobridor como um “fenômeno curioso”, o primeiro LED que se 
tem notícia (Electrical World Magazine, Vol 49 – 1907) nasceu da observação do 
fenômeno da eletroluminescência pelo pesquisador H.J. Round. O cristal de SiC 
(carborundum) emitiu uma luz amarelada ao ser aplicada uma pequena tensão 
elétrica. 
 
Em 1955, Rubin Branstein, da Radio Corporation of America realizou experiências com 
emissão infravermelha utilizando semicondutores GaAs (Gálio e Arsênio). 
 
O pesquisador da GE, Nick Holonnyak Jr., desenvolveu em 1962 o primeiro LED que 
emitia luz visível (vermelho), baseado na tecnologia GaAsP ( Gálio, Arsênio e Fósforo). 
 
Nos anos 60 e 70, empresas como a Hewlett Packard foram pioneiras na 
comercialização em larga escala de LEDs, tornando seu uso difundido em vários 
produtos como indicadores de ligado/desligado de equipamentos eletrônicos até 
relógios e calculadoras. 
 
Já nos anos 80, novas tecnologias de semicondutores permitiram sua miniaturização, 
possibilitando novos formatos e brilho mais intenso. Nesta época já eram utilizados em 
semáforos porém ainda não emitiam luz em intensidade suficiente para o uso em 
iluminação. 
 
Somente em 1993, em uma pequena empresa do Japão: NICHIA, Dr. Shuji Nakamura 
inventou o primeiro LED azul de alto brilho. Esta descoberta possibilitou a criação do 
LED branco e é considerado um marco na indústria de iluminação. 
 
Na década de 90 a indústria automobilística mundial interessou-se pelo uso da 
tecnologia a ponto de incluir os LEDs em diversos pontos do carro, desde o painel às 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 6 
 
luzes de sinalização. Devido à elevada demanda proporcionada pela indústria 
automobilística houve uma evolução das características como maior variedade de 
cores, brilho e potência. 
 
Em 1997/1998 surgem às primeiras luminárias de uso arquitetural produzidas em larga 
escala. Os modelos foram apresentados em feiras especializadas nos EUA e Europa 
(Light Fair e Light & Building) e eram do tipo balizadores de piso e luzes de emergência. 
 
No ano 2000, a empresa Lumileds lançou o LED LUXEON I, elevando o patamar da 
tecnologia aos nunca antes possíveis 25 lumens em um único emissor, com uma 
plataforma que foi o grande divisor de águas. Neste ponto podemos dizer que tivemos 
mais um marco no avanço da tecnologia e a plataforma “Luxeon” anos mais tarde 
passou a ser adotada por vários fabricantes. Tão forte foi esta ruptura que até hoje a 
marca Luxeon se confunde com o próprio produto assim como a marca Gillette virou o 
nome para lâmina de barbear. 
 
A plataforma Luxeon ganhou o mundo e várias indústrias “satélites” surgiram em 
torno desta plataforma gerando soluções de ótica secundária, dissipação térmica, 
drivers, controles, softwares e consultoria. 
 
A Lumileds introduziu no mercado constantes inovações, sendo que em 2003 criou o 
LUXEON III, com emissão de até 80 lumens. No mesmo ano ofereceu ao mercado LEDs 
LUXEON I na cor branca com temperatura de cor de 3200Ke IRC de 90. Até então só 
havia disponibilidade LED LUXEON I em branco com temperatura de cor elevada. 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 7 
 
Outras empresas que já atuavam no segmento de semicondutores e opto-eletrônicos 
lançam seus LEDs de potência como a Edison, Cree, Lâmina Ceramics, Everlight, entre 
outras. 
 
A tecnologia evoluiu muito rapidamente e em dez anos tivemos um crescimento 
avassalador após um período de 40 anos desde o seu surgimento. 
 
O contexto atual mostra que uma grande parte dos fabricantes de luminárias do 
mundo oferece produtos que utilizam a tecnologia de LEDs. Por outro lado, os grandes 
fabricantes de lâmpadas como Philips, Osram e GE têm pesquisado LEDs que 
produzam luz branca de qualidade, com alto IRC, temperatura de cor estável e, é claro, 
a preços acessíveis, para que possam competir com as já tradicionais lâmpadas 
incandescentes e fluorescentes. 
 
Em 2008, ou seja, dez anos após o lançamento dos primeiros equipamentos de 
iluminação com LEDs, a maior feira de iluminação do mundo, a Light & Building, em 
Frankfurt/Alemanha mostrou uma larga aplicação destes componentes em inúmeras 
situações. Uma verdadeira mostra da evolução. 
 
Para os céticos sobre o “poder” de iluminação dos LEDs, não faltaram exemplos de que 
esses minúsculos emissores de luz já estão dando conta do recado tanto na iluminação 
urbana com postes de seis a oito metros de altura com LEDs, quanto em spots, 
projetores, embutidos e pendentes iluminando todo o ambiente. 
 
Ainda é recente está história de LEDs na iluminação arquitetural e o mundo está 
clamando por soluções eficientes, ecologicamente corretas, racionais e sustentáveis e 
as indústrias estão imputando aos LEDs esta missão. 
 
O que era futuro, hoje já faz parte do presente e muita coisa ainda vai surgir. Vamos 
em frente nesta revolução tecnológica e ajudar a escrever esta história. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 8 
 
Capítulo 2 - Características Construtivas e Elétricas 
 
Para melhor compreender o mecanismo de funcionamento do LED, é fundamental ter 
uma noção do que são semicondutores e diodos. 
 
Semicondutores são materiais que não são nem condutores nem isolantes. Alguns 
elementos químicos têm esta propriedade e quando combinados de forma adequada 
formam o diodo semicondutor (o nome diodo significa contração de dois eletrodos). 
 
 
 
O diodo é o mais simples dos dispositivos semicondutores, mas exerce um papel vital 
em sistemas eletrônicos, pois a partir desta descoberta foi possível a invenção dos 
transistores e circuitos integrados, os famosos chips. 
 
O LED, tema de nosso estudo, é um tipo particular de diodo, ou seja, semicondutor em 
estado sólido que converte energia elétrica diretamente em luz. A luz do LED é gerada 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 9 
 
dentro do chip, um material de cristal sólido. O chip gerador de luz é pequeno, 
geralmente com 0,25mm2. 
 
O princípio de funcionamento do LED baseia-se nos níveis de energia. Com esse tipo de 
dispositivo, a tensão aplicada leva os elétrons aos níveis mais altos de energia, que é 
devolvida, quando eles retornam para seus níveis originais, em forma de luz. Como 
elementos diferentes têm diferentes níveis de energia, a cor da luz irradiada 
(vermelha, verde, laranja, etc.) depende do material utilizado. Desta forma, os nomes 
dos LEDs vêm dos elementos da Tabela Periódica que os compõem. 
 
Cor Comp. de onda (nm) Tensão (V) Material Semicondutor 
Infravermelho λ > 760 ΔV < 1,9 
Gallium arsenide (GaAs) 
Aluminium gallium arsenide (AlGaAs) 
Vermelho 610 < λ < 760 1,63 < ΔV < 2,03 
Aluminium gallium arsenide (AlGaAs) 
Gallium arsenide phosphide (GaAsP) 
Aluminium gallium indium phosphide (AlGaInP) 
Laranja 590 < λ < 610 2,03 < ΔV < 2,10 
Gallium arsenide phosphide (GaAsP) 
Aluminium gallium indium phosphide (AlGaInP) 
Amarelo 570 < λ < 590 2,10 < ΔV < 2,18 
Gallium arsenide phosphide (GaAsP) 
Aluminium gallium indium phosphide (AlGaInP) 
Verde 500 < λ < 570 2,18 < ΔV < 4,0 
Indium gallium nitride (InGaN) / Gallium(III) nitride 
(GaN) 
Gallium(III) phosphide (GaP) 
Aluminium gallium indium phosphide (AlGaInP) 
Aluminium gallium phosphide (AlGaP) 
Azul 450 < λ < 500 2,48 < ΔV < 3,7 
Zinc selenide (ZnSe) 
Indium gallium nitride (InGaN) 
Silicon carbide (SiC) as substrate 
Violeta 400 < λ < 450 2,76 < ΔV < 4,0 Indium gallium nitride (InGaN) 
Ultravioleta λ < 400 3,1 < ΔV < 4,4 
diamond (C) 
Aluminium nitride (AlN) 
Aluminium gallium nitride (AlGaN) 
Aluminium gallium indium nitride (AlGaInN) 
Branco Faixa do espectro visível ΔV = 3,5 Chip Azul ou UV com fósforo 
 
A obtenção da luz através de LEDs ocorre quando os mesmos são diretamente 
polarizados, permitindo a passagem de uma corrente elétrica. Os elétrons se movem 
através da junção PN do semicondutor e se recombinam com as lacunas (cargas 
positivas). Quando as duas cargas são recombinadas, a luz é emitida. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 10 
 
 
Esquema de emissão de luz de um LED. 
 
Um LED do tipo 5mm contém um chip e uma lente de encapsulamento em epóxi. A 
lente é usada para direcionar e controlar a distribuição dos raios de luz, ou para servir 
como um filtro ótico e aumentar o contraste quando colorida. O encapsulamento em 
epóxi e a estrutura com os terminais positivo, e negativo (catodo e anodo) ocupam a 
maior parte do seu volume. 
 
 
 A desvantagem desta tecnologia de 
fabricação é a baixa dissipação térmica 
(que é feita pelos Leads – terminais de 
conexão elétrica) e pequena potência, 
ocasionando menor brilho que varia 
tipicamente de 100mcd a 1000mcd 
(milicandelas), razão pela qual são 
normalmente utilizados como 
indicadores. 
 
LED indicador tradicional de 5mm. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 11 
 
 
 Já nos LEDs de alto desempenho, o 
arranjo dos terminais de conexão 
elétrica é distinto do sistema de 
dissipação térmica, permitindo a 
utilização de maiores correntes de 
alimentação (até 1500mA). 
 
LED de potencia tipo Luxeon. - Lumileds 
 
É muito importante frisar que os LEDs já emitem a luz em determinada cor, não sendo 
necessário utilizarem-se filtros cromáticos, equívoco que algumas pessoas ainda 
pensam ser possível, por falta de conhecimento e compreensão desse dispositivo. 
Hoje, com a tecnologia existente, já é possível emitir luz em qualquer cor ou 
tonalidade desejada, podendo-se ainda, no caso da luz branca, escolher a temperatura 
de cor mais adequada. 
 
Iluminação genérica significa luz branca e um tipo particular de luz branca. O olho 
humano é bastante sensível a pequenas variações no conteúdo espectral das fontes de 
luz. O sol, por exemplo, tem uma temperatura de cor que varia de 3000K a 6500K 
dependendo da hora do dia, tempo e estação do ano. Perto de 3000K a 4000K, onde 
lâmpadas incandescentes e halógenas operam, o olho humano pode detectar 
mudanças na temperatura de cor da ordem de 50K a 100K. Múltiplas fontes de luz, 
visíveis ao mesmo tempo, devem possuir, portanto, temperaturas de cor aproximadas, 
podendo variar de 50K a 100K. 
 
A fonte de luz branca deve possuir boa reprodução de cores. O sol de meio-dia e as 
lâmpadas incandescentes possuem índice de reprodução de cores (IRC) igual a 100. 
Lâmpadasfluorescentes possuem IRC que varia entre 75 a 90. Em 2001, devido à crise 
de energia, o mercado brasileiro utilizou lâmpadas fluorescentes compactas com o 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 12 
 
objetivo de diminuir o consumo. Entretanto a qualidade das lâmpadas importadas 
disponíveis não era adequada e os consumidores rapidamente perceberam que os 
objetos estavam com cores distorcidas, devido ao baixo IRC. Portanto, para que uma 
fonte de luz branca seja considerada adequada à iluminação, a temperatura de cor não 
deve diferir mais que 100K, e o IRC deve ser maior que 75. 
 
 
Quadro de August Renoir iluminado com 2 fontes de luz: à esquerda com alto IRC e a direita com baixo IRC. - Schubert 2003. 
 
Existem três formas gerais de obtenção de luz branca nos LEDs: 
 
- O primeiro método mistura diretamente luzes de três fontes monocromáticas, 
vermelhas, verdes e azuis (processo RGB – red, green, blue) para produzir uma fonte 
de luz branca através da combinação das três cores no olho humano. 
 
- A segunda técnica usa um LED ultravioleta para excitar uma combinação de fósforos 
vermelhos, verdes e azuis. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 13 
 
- A terceira técnica usa um LED azul para excitar um ou mais fósforos emissores de luz 
visível. O LED é projetado para deixar “vazar” um pouco da luz azul entre o fósforo 
para gerar a porção azul do espectro, enquanto o fósforo converte a porção 
remanescente da luz azul em porções vermelhas e verdes do espectro. A resultante do 
processo é a luz branca. 
 
Cada uma dessas técnicas tem potenciais vantagens e desafios técnicos: 
 
 
Formas de obtenção de luz branca com LEDS. Lumileds Technology Tutorial. 
 
A forma mais comum de obtenção de luz branca é a baseada em LED azul e um fósforo 
amarelo complementar. Esta tecnologia é a utilizada pela maioria dos fabricantes e se 
tornou padrão em produtos de iluminação por razões de custo e confiabilidade. 
 
Determinar a correta proporção de azul/amarelo depende de ter a correta quantidade, 
densidade e tamanho de partícula do fósforo, distribuídos no chip emissor de luz azul. 
 
Variação em qualquer um desses parâmetros fornecerá aumento na cor ou variações 
na temperatura de cor em ângulos de visão diferentes de um emissor ou entre LEDs 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 14 
 
adjacentes, o que é facilmente percebido em arranjos de led do tipo linear ou quando 
luminárias são colocadas lado a lado iluminando uma parede, por exemplo. 
 
 
Estrutura de um LED 5mm branco (a) – Detalhe da cobertura do chip pelo Fósforo amarelo (b). Schubert 2003. 
 
Como em qualquer produto produzido em larga escala, os LEDs possuem variações das 
características técnicas e de qualidade. A indústria estabeleceu procedimentos de 
teste de alguns parâmetros que são importantes aos usuários da tecnologia. A estes 
controles se deu o nome de "BIN selection". Os fabricantes geralmente informam três 
parâmetros: 
 
- Fluxo Luminoso; 
- Cor; 
- Tensão de alimentação. 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 15 
 
 
Classificação dos LEDS, (BIN selection). - Lumileds 
 
Os BINS são importantes, pois os fabricantes de luminárias precisam garantir a 
qualidade de seus produtos controlando os estoques de LEDS a fim de proporcionar 
aos clientes um atendimento às seguintes questões: 
 
- Evitar a variação das tonalidades de cor, principalmente quando as luminárias 
são instaladas próximas umas da outras, pois o olho humano consegue 
distinguir diferenças tão pequenas como 5nm no comprimento de onda; 
 
- Evitar variações de brilho (fluxo luminoso) pelas mesmas razões acima e por 
conta de atender as expectativas do projeto luminotécnico; 
 
- Especificação da fonte de alimentação (Driver); 
 
- Manutenção e substituições futuras. Apesar de sua estimativa longa vida, os 
LED podem falhar ou o cliente pode solicitar um aumento do número de 
luminárias no ambiente, sendo assim, o fabricante de luminárias deve manter 
um histórico de cada BIN utilizado nos equipamentos. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 16 
 
Os LEDs são produzidos e recebem identificação individual do fabricante para que a 
indústria de luminárias possa ter controle de seus estoques. A forma típica de 
identificação de um LED LUXEON STAR é a gravação de seus códigos no seu dissipador. 
 
 
Rótulos dos LEDS. Lumileds 
 
Devidamente identificado o LED, precisamos conhecer em detalhes os parâmetros 
técnicos relacionados ao fluxo luminoso, cor e tensão de alimentação. A primeira letra 
indica o fluxo que neste caso pode variar conforme mostrado na tabela a seguir. 
 
 
Código de Cores para os LEDS.
Identificadores Cores
W White (Branco)
B Blue (Azul)
E Cyan (Cyan)
G Green (Verde)
A Amber ( Âmbar)
R Red (Vermelho)
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 17 
 
A segunda e a terceira letras do código indicam a cor do LED, entretanto, devido à 
dispersão paramétrica inerente ao processo de fabricação dos semicondutores, 
ocorrem variações nos comprimentos de onda. 
 
Assim, um LED azul pode ter um comprimento de onda de 485nm e um LED cyan, de 
comprimento de onda 490nm, tem praticamente as mesmas características. Na 
prática, o fabricante de luminárias deve realizar as compras de seus LEDs exigindo uma 
pré-seleção dos BINs. Desta forma pode controlar os estoques evitando códigos que 
venham a causar problemas de variação nas cores. O gráfico a seguir facilita o 
entendimento deste efeito: 
 
 
Quando se fabricam produtos que utilizam LEDs brancos, devemos nos preocupar 
também com a temperatura de cor, sendo que os fabricantes disponibilizam tabelas 
para os padrões de branco 3000K, 4000K e 5000K (morno, neutro e frio). Esta variação 
de temperatura de cor pode ser mais bem compreendida através do seguinte gráfico: 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 18 
 
 
 
Este é o gráfico de Bins de temperatura de cor disponíveis para os LEDs de potência, 
entretanto em 2008 a Philips Lumileds apresentou ao mercado um novo tipo de led, o 
Luxeon Rebel, com tecnologia de fósforo cerâmico, onde avanços significativos de 
processos de produção prometem resolver este problema. 
 
A tecnologia de Lumiramic utiliza uma placa de fósforo cerâmico sobre um chip de 
LEDS denominado TFFC (Thin Film Flip Chip). 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 19 
 
O processo combina um emissor de luz Royal Blue, previamente selecionado pelo seu 
comprimento de onda, com a placa de fósforo cerâmico e graças a esta perfeita 
interação, a temperatura de cor resultante é previsível e controlada, gerando menos 
perdas de produção e estabilidade nos bins de branco. Com o avanço desta tecnologia, 
no futuro, a distribuição da temperatura de cor estará concentrada em apenas uma 
coluna ao longo da curva do corpo negro, conforme gráfico abaixo: 
 
 
Outras vantagens da tecnologia Luxeon Rebel: 
 
- Opções em branco (2800K a 10000K) 
- Cores em vermelho, verde, cyan, azul royal, azul, âmbar, laranja; 
- Menor variação de temperaturade cor; 
- Testados e classificados @ 350mA; 
- Corrente máxima é operação de 1A; 
- Maior temperatura de operação (TJ = 150°C); 
- Ótica simplificada. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 20 
 
A quarta letra da codificação indica a tensão de alimentação de cada LED. Este 
parâmetro influencia o projeto de fontes de alimentação (drivers), principalmente 
quando vários LEDs são ligados em conjunto. Como vimos, as tensões variam de 1,6V a 
4,4V dependendo do semicondutor usado na fabricação do chip. 
 
Finalmente, 30 anos após a introdução do primeiro LED comercial em 1968, o 
panorama esta formado para novas aplicações, mas o grande advento e a real 
potencialidade da tecnologia dos LEDs derivam da produção da luz branca com 
qualidade. 
 
Quando o tema é o custo, podemos afirmar que os LEDs de alta potência têm o mesmo 
destino de itens de alta tecnologia, pois fato similar já ocorreu com a indústria de 
informática (computadores) e de telecomunicações (celulares) onde os preços caíram 
ao longo dos anos. LEDs de qualidade têm um custo atual variando de 3 a 20 dólares, 
dependendo do fabricante e do modelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 21 
 
Capítulo 3 – Componentes Acessórios para LEDs 
 
A indústria mundial oferece uma série de soluções e serviços que viabilizam a 
aplicação da tecnologia LED. No cenário da Iluminação Arquitetural, as luminárias de 
LEDs se utilizam de componentes fundamentais ao seu funcionamento e outros que 
por sua vez maximizam seu desempenho. 
 
 
 
 
 
A seguir relacionamos os principais itens e para saber mais sobre os fabricantes, 
cálculos, tabelas e fórmulas, consultem o banco de links do workshop. 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 22 
 
3.1 - Drivers de Alimentação 
 
Como vimos no capítulo anterior, os LEDs são alimentados em baixa tensão e em 
corrente contínua. Fazendo uma analogia com a tecnologia de iluminação 
convencional, as fontes de alimentação estão para os LEDs assim como os reatores 
estão para as lâmpadas fluorescentes e os transformadores estão para as lâmpadas 
halógenas dicróicas de 12 Vca. O mercado mundial denomina estas fontes de "drivers", 
termo que utilizaremos quando nos referirmos a estes dispositivos. 
 
O driver é uma fonte de alimentação eletrônica, de configuração remota, com uso 
mais adequado a cargas que necessitem de corrente contínua regulada e estabilizada, 
como os LEDs. Um bom driver deve atender as seguintes especificações; 
 
- Converter a corrente alternada em corrente contínua; 
- Transformar a tensão da rede (127/220Vca) em um nível adequado a operação; 
- Filtrar os "ruídos", reduzindo a ondulação na tensão retificada; 
- Ter isolamento entre o circuito de saída em corrente contínua, da entrada de rede 
elétrica em corrente alternada; 
- Ser dotada de circuitos de proteção contra eventuais curtos-circuitos na saída; 
- Ter a tensão de saída regulada e estabilizada, independentemente da variação da 
tensão de entrada (90 a 240Vca); 
- No caso de alimentação de múltiplos LEDs, prover a variação proporcional da 
tensão, entretanto mantendo a corrente do circuito série constante. 
 
 
 
 
Driver em Placa Driver Conversor DC/DC Driver Xitanuim Advanced 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 23 
 
3.2 – Dissipadores 
 
Muito se fala que LEDs não emitem calor e o que vimos no capítulo anterior é que a luz 
emitida pelo LED não irradia calor, mas seu chip sim e este calor precisa ser retirado 
eficientemente do LED, pois a temperatura neste caso é o vilão e encurta sua vida útil. 
 
Para garantir que os LEDs trabalhem dentro da temperatura de junção admitida por 
cada fabricante é necessário utilizar dissipadores de calor para reduzir sua 
temperatura de operação. A eficiência de um dissipador depende basicamente do 
material utilizado (geralmente alumínio) e da área em contato com o ar. Quanto maior 
a área, maior a dissipação térmica. 
 
A própria placa de circuito impresso de vários LEDs já funciona como seu dissipador e 
são conhecidas no mercado como PCI Star por seu formato “estrela”. É importante 
mencionar que para determinadas potências de LEDs, a PCI Star já é suficiente para 
cumprir esta função de dissipação térmica, mas para LEDs de maior potência é 
insuficiente. 
 
 
 
 
Led Emmiter (sem dissipador) Led Star (PCI dissipadora) Led Star + Dissipador 
 
Quanto maior a potência do LED, mais calor ele gera e conseqüentemente mais calor a 
ser dissipado. Um arranjo (cluster) com vários LEDs passa pelo mesmo problema. 
 
Várias empresas comercializam dissipadores para várias potências de LEDs e os 
fabricantes dos chips normalmente fornecem tabelas e metodologias de cálculo para 
dimensionar dissipadores. Veja em nosso banco de links. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 24 
 
 
Exemplo de dissipadores para LEDs 
 
Outra abordagem para projeto térmico é oferecida pelo Fabricante EDISON, onde se 
aplicam tabelas que referenciam a vida útil esperada do componente e em função da 
temperatura de junção, assim é possível prever qual seria o número de horas de 
operação para um determinado produto, como se segue: 
 
 
Tabela Edison 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 25 
 
Entretanto, a temperatura do chip do LED é difícil de ser medida, assim calcula-se esta 
variável baseado na área do dissipador e na potência aplicada no LED (exemplo = 1W). 
 
Se o LED for Edixeon 1W podemos sugerir e comparar 3 produtos para calcular a 
temperatura de junção. Veja como a vida útil depende fundamentalmente da área do 
dissipador: 
 
Supondo uma temperatura ambiente de 40°C. e dissipadores de alumínio, segue: 
 
Área Dissipador T (junção) Vida Útil (h) 
30 cm² 71,1 44.720 
60 cm² 62,7 58.600 
90 cm² 57,9 81.300 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 26 
 
3.3 – Ótica 
 
Os LEDs têm características únicas quando comparados às fontes de luz tradicional, 
pois são construídos com um cuidado extremo no que diz respeito ao seu projeto 
ótico. No caso dos LEDs devemos lembrar que eles são direcionais, pois já são dotados 
de uma ótica primária no próprio encapsulamento. O mercado adota alguns padrões 
de distribuição da luz para os LEDs: 
 
 
 
Lambertian Batwing Side- Emitting 
 
Philips Lumileds 
 
 
Utilizam-se lentes e refletores nos LEDs para controlar a abertura do facho. Abaixo 
temos os gráficos comparativos de um LED Luxeon I, lambertian em branco com 
temperatura de cor de 3000K; 
 
 
Luxeon I , lambertian, sem ótica - Lumileds Luxeon I , lambertiano, com ótica - Lumileds 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 27 
 
 As lentes, também chamadas de colimadores, transmitem a luz e são posicionadas 
entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado. As lentes podem mudar a direção e a 
qualidade da luz emitida pelo LED pela concentração do facho, reduzindo o 
ofuscamento e as perdas de luz.São fabricadas em um material conhecido como acrílico PMMA, (polymethyl-
methacrylate) que é um termoplástico amorfo com excelentes propriedades óticas 
(92% de transmissão luminosa). Tem excepcional resistência a radiação UV, mantém 
suas características em temperaturas de -40°C a 80°C, porém é fácil de ser arranhado. 
 
 
Led + Lente - Fraen Diagrama ótico - Fraen 
 
Existem várias empresas que se dedicam a ótica específica para LEDs e para todos os 
modelos de diversos fabricantes diferentes, com uma gama de abertura de fachos, 
formatos, tamanhos e até correção de cor na própria lente, ou seja, uma infinidade de 
combinações onde a imaginação e a compatibilidade técnica é o limite. 
 
 
Exemplo de variedade de lentes 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 28 
 
Os refletores disponíveis para LEDs têm um design muito similar aos utilizadas em 
lâmpadas e luminárias tradicionais, a diferença básica esta em seu tamanho, que 
aproveita a miniaturização promovida pela tecnologia. 
 
 
 
O princípio de montagem é simples, pois de acordo com cada fabricante de LED, eles 
são naturalmente encaixados (por vezes colados) aos LEDs, formando um conjunto 
emissor/refletor bastante familiar. 
 
As vantagens da utilização deste tipo de ótica secundária é o baixo preço, ausência de 
"anéis" na luz projetada, e maior intensidade no facho central, entretanto, como não 
há um controle do facho diretamente emitido pelo LED, pode provocar um efeito 
indesejável, o ofuscamento. 
 
 
Distribuição da luz do LED com auxílio de refletores de fachos diferentes - Khatod 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 29 
 
Capítulo 4 – Prós e Contras da Tecnologia 
 
Os benefícios e problemas proporcionados pela tecnologia são temas nos congressos e 
feiras no mundo. Muito se diz sobre o que é verdade e o que é mito, vamos tentar 
esclarecer alguns deles: 
 
- 100.000 horas de vida útil: este conceito é da época que os LEDs eram 
produtos usados apenas em sistemas de indicadores de estado (on-off) e as 
correntes de alimentação raramente excediam 20mA. Nos produtos 
desenhados para uso em iluminação, se utilizam correntes de alimentação da 
ordem de 350mA a 1500mA. Vida útil é uma função da potência aplicada ao 
LED e do correto dimensionamento do sistema de dissipação de calor. O calor 
provoca a degradação do fósforo nos LEDs brancos causando uma depreciação 
no brilho e variação da temperatura de cor. Atualmente os LEDs de boa 
qualidade têm especificação de 20.000h a 50.000h com uma perda do fluxo 
luminoso de 30%, mesmo conceito empregado pelos fabricantes de lâmpadas 
tradicionais para definir a sua vida útil. 
 
- Alta eficiência: hoje os fabricantes de LEDs divulgam eficiências entre 25 a 65 
lm/W. Entretanto apesar destes apresentarem um consumo baixo 
individualmente, deve-se levar em consideração que o menor fluxo deveria ser 
compensado com um número maior de LEDs por luminária. Assim como nas 
fontes de luz tradicionais, deve se considerar que o LED sozinho pode até ser 
eficiente, mas uma luminária tem diversos componentes que podem reduzir 
sua eficiência como a ótica, o design, o driver e os dissipadores de calor. 
 
- Baixo consumo de energia: é inerente à tecnologia, pois os LEDs atuais 
consomem pouco, quando comparados às lâmpadas de mercado. Em 
instalações comerciais o projeto deve considerar a economia proporcionada 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 30 
 
pela menor emissão de calor ao ambiente o que resultará em menores gastos 
com refrigeração. 
 
- Ausência de radiações de infravermelho: radiações acima de 780nm sá 
basicamente calor. Não há componentes de comprimento de onda da faixa do 
infravermelho nos LEDs, portanto a luz emitida por eles é "fria", não alterando 
as cores dos pigmentos dos objetos iluminados. Entretanto, conforme já 
mencionada, o chip do LED produz calor, e o projeto da luminária deve prever 
sua dissipação. 
 
- Ausência de radiações ultravioletas: radiações entre 250nm a 380nm são 
extremamente danosas. O LED branco é fabricado a partir de um chip com 
emissão azul recoberto com um fósforo amarelo. O comprimento de onda do 
LED azul é tipicamente de 472nm, portanto não há componentes de 
comprimento de onda na faixa de UV. 
 
- Alto índice de reprodução de cor: para os LEDs brancos com temperatura de 
cor de 3000K, o índice está entre 85 a 90. Já nos LEDs brancos com temperatura 
de cor em torno de 5000K o índice é 70%. Infelizmente o fluxo luminoso nos 
LEDs de 3000K é menor que nos de 5000K devido a maior perda introduzida 
pela camada de fósforo amarelo. 
 
- Disponibilidade de temperaturas de cor de 2.700°K a 8000°K: o que é 
excelente, pois compatibiliza com a indústria de lâmpadas tradicionais. Porém 
o especificador ou fabricante de luminária deve exigir a pré-seleção, o que 
aumenta o custo. Infelizmente, mesmo com a seleção do fabricante e 
necessário o controle de qualidade dos lotes, pois o estado da técnica atual 
permite a variação na temperatura de cor em até 80°K para LEDs de mesmo 
BIN, confrontando com o fato de sermos capazes de perceber ate 50°K de 
variação de temperatura de cor. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 31 
 
- Cores saturadas: podem ser obtidas diretamente das luminárias de LED. A 
filtragem da luz branca produzida pelo LED não é recomendada. A 
desvantagem e que não há cores intermediarias, como as obtidas com filtros e 
lâmpadas tradicionais, por outro lado, por serem componentes eletrônicos, são 
facilmente integrados a tecnologias digitais para obtenção de efeitos. 
 
- Dimerização: é possível, entretanto o projeto da fonte de alimentação deve 
permitir a dimerização. Alguns modelos de luminárias podem ser dimerizadas 
utilizando-se transformadores e drivers em conjunto com dimmers tradicionais. 
Em outros casos e necessário a utilização de interfaces para conversão dos 
protocolos que cada fabricante utiliza. 
 
- Custos de manutenção reduzidos: sua vida útil é elevada, permitindo menores 
custos de reposição, mão de obra, paradas não programadas no serviço, etc. 
Porém o custo de implantação ainda é considerado alto e nem todo projeto 
consegue ter o retorno do investimento apenas com a ausência de 
manutenção. 
 
- Controle de cores: é um conceito que foi "importado" da iluminação cênica 
onde se utilizam os sistemas de "color changing" (luminárias com filtros 
coloridos e sistemas mecânicos que trocavam os filtros e lentes, 
proporcionando efeitos dinâmicos de cor e movimento). Quando se utilizam 
LED, as luminárias com este efeito têm fontes dimerizáveis incorporadas, 
controladas por hardware e software permitindo milhares de combinações. 
 
- Luminárias mais eficientes: são fontes de luz pontuais, com uma perda menor 
que as lâmpadas tradicionais. Na verdade é normal se utilizar de óticas 
secundárias que controlam o facho original do LED. Estes dispositivos são 
produzidos com polímeros de alta pureza e desempenho, com eficiência típica 
de 90%. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 32 
 
- Diversidade de ângulos de abertura de facho: permite aos especificadores 
escolher os efeitos desejados através do uso de lentes secundárias. O mercado 
se profissionalizou de tal forma que há diversos fornecedores de lentes com 
dezenas de opções defacho: abertos, fechados, simétricos ou não, inclusive 
com fachos elípticos. 
 
- Pequenas dimensões: permite o design de luminárias menores que as 
tradicionais. Os projetos luminotécnicos e a arquitetura enfrentam problemas 
constantes de posicionamento das luminárias em ambientes cada vez menores 
ou por conta da interferência com os projetos de refrigeração, sistemas de 
prevenção de incêndio, etc. Na área comercial as vitrines e displays de 
demonstração devem aproveitar ao máximo o espaço útil, ocasionando uma 
aproximação entre as fontes de luz e os objetos a serem iluminados e quando 
isso ocorre, uma luminária pequena, que não emite calor ou radiação 
ultravioleta freqüentemente é a melhor opção de projeto. 
 
- Aspectos ecológicos: não se utilizam mercúrio, chumbo e outros materiais 
considerados como potencialmente danosos ao meio ambiente. Infelizmente o 
processo de fabricação de LEDs ainda utiliza grandes quantidades de energia 
para a produção dos semicondutores, fato que é parcialmente compensado 
pela alta quantidade de chips produzida em relação à energia aplicada ao 
processo. Outro fator determinante é seu tamanho, reduzindo o impacto do 
descarte do produto na natureza. 
 
- São componentes bastante robustos: possibilita seu uso em ambientes em que 
outras fontes de luz necessitariam de proteção extra, como automóvel e 
aplicações outdoor. Entretanto devem ser acondicionados em luminárias 
evitando umidade e controlando o calor produzido pelo chip. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 33 
 
- Baixa tensão de operação: não chega a ser uma vantagem explícita pois na 
arquitetura se utiliza um acessório de conversão (fontes de alimentação ou 
transformadores) da corrente elétrica alternada da rede comercial, mas traz 
segurança quando os equipamentos são pensados para receber 12 Vca, como 
por exemplo em aplicações subaquáticas. 
 
- Acionamento instantâneo: não há a partida lenta de alguns produtos da 
iluminação tradicional que necessitam de alguns minutos para operar a 100%, 
como por exemplo, as lâmpadas de descarga (sódio e multi-vapores metálicos). 
 
- Custos elevados: comparado ao preço praticado pelos fabricantes de produtos 
tradicionais de iluminação as luminárias com tecnologia de LEDs são mais caras. 
Uma lâmpada dicróica de 50W e um transformador eletromagnético podem ser 
comprados no mercado por preços tão baixos quanto USD 10,00, apesar de 
existirem produtos de alta qualidade no mercado com valores até 20 vezes 
maiores. A pergunta a ser feita é: Qual o benefício que o projeto de iluminação 
terá com a utilização de uma luminária com LED? Caso o único valor percebido 
pelo cliente seja o custo do produto, provavelmente a tecnologia de LED não 
deverá ser utilizada. Por outro lado, em aplicações onde os benefícios listados 
anteriormente são relevantes, vale à pena utilizar LEDs. 
 
Os LEDs são apontados freqüentemente como o futuro da iluminação e nisso 
discordamos totalmente, pois eles já são parte integrante do mercado. Graças às suas 
características e benefícios, os LEDs não são apenas mais uma opção de fontes de luz 
no mercado. Eles trazem consigo novos conceitos, novas possibilidades de iluminar e 
uma mudança de paradigma, quando comparados às fontes de luz tradicionais. 
 
Neste cenário, a imaginação é o limite. 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 34 
 
Capítulo 5 – Visão geral sobre Lâmpadas 
 
Os atributos de um projeto estão intimamente ligados às demandas por eficiência 
energética, conforto ambiental, e por que não, da emoção. Na elaboração de um 
projeto de iluminação o profissional precisa conhecer as fontes de luz para uma 
correta especificação das luminárias, seu posicionamento, quantidade, etc. 
 
No nosso caso, tratamos de iluminação artificial, razão pela qual vamos conhecer 
alguns tipos de lâmpadas para um melhor entendimento e futura analogia com a 
Tecnologia de LEDs. 
 
Geralmente as lâmpadas são classificadas pelo princípio de geração de luz: 
incandescentes ou descarga. 
 
 
5.1 – Incandescentes 
 
Com mais de um século de história, as lâmpadas de filamento incandescente são 
atualmente fabricadas com tungstênio e um bulbo de vidro com um gás inerte 
(nitrogênio ou argônio) criando-se uma atmosfera protetora, que minimiza a 
degradação do filamento. Uma fração da energia irradiada pelo filamento aquecido 
está no espectro visível, porém a maior parte é convertida em calor e infravermelho. 
 
O formato do bulbo pode variar: pêra, bolinha, vela etc. Dentre suas características 
podemos citar as mais relevantes da tecnologia: IRC 100%, temperatura de cor 2700 K 
e podem ser dimerizadas. 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 35 
 
5.2 - Halógenas 
 
Estas lâmpadas são a evolução das tradicionais incandescentes. Possuem uma 
tecnologia de regeneração do filamento de tungstênio possibilitando uma vida mais 
longa (2000 a 4000 horas) e temperatura de cor mais elevada (3000 K). Devido às 
pequenas dimensões, possibilitou a inserção do bulbo em refletores dicróicos que 
desviam parte do calor para trás, reduzindo a radiação térmica emitida pela lâmpada. 
 
As lâmpadas dicróicas operam em baixa tensão, necessitam de transformador para sua 
operação e podem ser dimerizadas quando usamos transformadores eletromagnéticos 
e alguns modelos de transformadores eletrônicos. Recentes avanços incorporaram 
filtros UV. As lâmpadas halógenas também podem ter diversas potências, serem 
ligadas a rede elétrica diretamente, ter um refletor do tipo PAR ou uma forma mais 
esguia, modelo "palito". 
 
 
5.3 - Lâmpadas de Descarga 
 
Nestas lâmpadas, a radiação é emitida pelos gases confinados dentro de um tubo 
submetido a uma descarga elétrica. O aquecimento inicial dos eletrodos provoca a 
vaporização do composto metálico, cujos elétrons são acelerados pela diferença de 
potencial dos mesmos, gerando colisões e mudanças de órbita, emitindo radiação na 
faixa de ultravioleta. 
 
Nas lâmpadas fluorescentes, que são do tipo de baixa pressão, um revestimento de 
fósforo converte o UV em luz visível. 
 
As lâmpadas fluorescentes tubulares tipo T5 são as mais eficientes de sua classe, 
proporcionando um fluxo luminoso considerável, melhor aproveitamento da luz por 
conta de seu menor diâmetro (16 mm) e com diversas opções de temperatura de cor. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 36 
 
 
As fluorescentes compactas, com ou sem reatores incorporados, entraram no mercado 
devido a uma necessidade de retrofit, pois devido ao seu tamanho e forma permite a 
troca das lâmpadas incandescentes. Algumas versões possuem soquete do tipo E27, 
idêntico aos das lâmpadas incandescentes, contribuindo para um maior número de 
opções de elevada eficiência em tamanhos reduzidos. 
 
As preocupações com eficiência energética são uma constante no dia a dia dos 
projetistas, razão pela qual, pesquisas constantes são realizadas nos fabricantes de 
lâmpadas visando aumentar os limites que cada tecnologia oferece. A tabela a seguir, 
é parte de um trabalho que mostra uma comparação entre as diversas lâmpadas 
disponíveis: 
 
 
Feldman 
 
Os LEDs não fizeram parte desta pesquisa, porém os dados disponibilizados dos 
fabricantes informam eficiências da ordem de 25 a 65 lm/W o que os situa próximos a 
alguns tipos de lâmpadas fluorescentes.LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 37 
 
Capítulo 6 – LEDs x Lâmpadas 
 
O título deste capítulo parece até uma grande rivalidade como em jogos de futebol 
(Brasil x Argentina), mas não se trata disso. Não estamos levando a discussão para uma 
disputa na aplicação de duas tecnologias e sim uma visão panorâmica do que tem sido 
feito no mercado. 
 
Em verdade, uma tendência natural, pela natureza de gerar luz, é que os LEDs sejam 
confundidos com lâmpadas. Já mostramos anteriormente que não é o caso e para sua 
aplicação na arquitetura são necessários cuidados e acima de tudo que se tenha, no 
mínimo, uma escala para que seja possível manipulá-los. 
 
 
 
 
 
Halógena Bipino – uma das menores lâmpadas do mercado Led Rebel – mínimas dimensões 
 
Os Light Designers comentam que a primeira decisão que devem tomar em um projeto 
luminotécnico é a escolha das lâmpadas que vão compor os ambientes. Esta escolha é 
fundamental, pois define características básicas, como a adequação ao projeto de 
arquitetura, o conforto ambiental e aspectos econômicos. 
 
Antes dos LEDs surgirem, as lâmpadas tradicionais e suas respectivas luminárias já 
ofereciam inúmeras opções na elaboração dos projetos. Recentemente os profissionais 
de arquitetura e design têm mais uma tecnologia de emissão de luz para simplificar (ou 
dificultar) seu trabalho. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 38 
 
Uma das primeiras aplicações práticas de LEDs na iluminação ocorreu quando alguns 
fabricantes disponibilizaram lâmpadas com o formato das famosas "dicróicas". Estas 
lâmpadas viraram uma "febre" no mercado, o que causou um problema: O cliente final 
esperava que o produto substituísse o original, já que a forma da lâmpada e o soquete 
permitiam um retrofit imediato. Infelizmente não foi o que ocorreu, pois o fluxo 
luminoso era muitas vezes inferior, a vida útil prometida não chegava perto das 
100.000 horas e até hoje as lâmpadas baseadas em LEDs do tipo 5mm tem um estigma 
de produto de baixa qualidade. 
 
 
Lâmpada Leds 5mm Formato padrão da dicróica 50W 
 
A situação atual das lâmpadas baseadas em LEDs melhorou significativamente com os 
grandes fabricantes mundiais de lâmpadas oferecendo produtos de qualidade, com 
especificações técnicas realistas e soquetes variados para integração com as luminárias 
tradicionais. Nestes produtos é possível notar que o design se preocupou com 
aspectos importantes como o tipo de LED utilizado, a ótica secundária com uso de 
lentes, o projeto térmico que incorporou dissipadores no corpo da lâmpada e as 
opções de alimentação elétrica. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 39 
 
 
 
Lamina Ceramics 
 
Philips AccentLeds 
 
 
 
Philips MasterLed Parathom OSRAM 
 
Uma questão ainda pouco discutida (e que ainda não temos como prever como será) é 
se a tendência do mercado será optar por lâmpadas com LEDs ou luminárias com LEDs 
incorporados. Parece simples? Então vamos refletir sobre as diferenças? 
 
- Lâmpadas de LEDs são produtos de consumo imediato e podem ser comercializadas 
em pontos de venda como "Home Centers" além das lojas de lustres. Neste caso a 
decisão de compra é do cliente final, ou seja, é uma compra por impulso. Luminárias 
em LEDs são geralmente produtos técnicos, cuja indicação de uso é realizada por 
arquitetos e designers para atender a um projeto. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 40 
 
- A tendência dos preços das lâmpadas é cair, já que são produzidas aos milhões e 
luminárias de LEDs não, sendo assim as lâmpadas têm uma vantagem mercadológica 
difícil de ser vencida no curto prazo. 
 
- É bem complicado resolver as questões técnicas de dissipação de calor em um 
produto tão pequeno como uma lâmpada MR16 (formato de dicróica), caso se utilize 
LEDs de potências elevadas, pois como vimos, a temperatura influencia no 
desempenho e vida útil do LED. Já nas luminárias, os designers têm uma maior 
liberdade para o desenvolvimento de soluções para o calor, ótica, alimentação, 
instalação, etc., o que torna estes produtos mais confiáveis. 
 
- As luminárias tradicionais foram desenvolvidas para uso de lâmpadas com ótica 
conhecida e específica. A simples troca da lâmpada por outra que utiliza a tecnologia 
de LEDs provavelmente não vai aproveitar os componentes da luminária como o 
refletor, por exemplo. Na época do "apagão" as fluorescentes compactas foram às 
substitutas das incandescentes e o mínimo que podemos dizer é que era 
extremamente desagradável observar os pequenos tubos das lâmpadas para fora das 
luminárias, causando ofuscamento e acabando com a estética. 
 
- Um dos benefícios da tecnologia de LED é o seu tamanho, permitindo um design de 
luminárias diferenciado. Quando optamos por uma lâmpada de LEDs pela conveniência 
do retrofit, perdemos a oportunidade de utilizar uma luminária especialmente 
desenhada e que provavelmente atenderia as necessidades do projeto e do cliente. 
Um bom exemplo são as vitrines de lojas, cujo espaço físico é pequeno e uma 
luminária minimalista integrada ao projeto não concorre com o produto demonstrado. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 41 
 
 
Loja Louis Vuitton – Hong Kong 
 
- As luminárias que utilizam lâmpadas tradicionais incorporam o conceito da 
substituição das lâmpadas, pois foram concebidas para uma vida útil raramente 
superior a 3000 horas. Hoje existem fluorescentes com expectativa de vida superior a 
16.000 horas, no entanto o conceito da substituição sobrevive. Quando se produz uma 
luminária com emissor de luz em LEDs, a idéia e que não haja reposição, o que 
confronta com o uso de lâmpadas em LEDs em luminárias tradicionais, pois se a vida 
útil é elevada, por que prever sua substituição com soquetes? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 42 
 
Capítulo 7 – A luminária: Tradicional ou LEDs? 
 
Arandelas, balizadores, spots, pendentes, embutidos, plafons, projetores, postes, ufa! 
Qual será a melhor opção para o projeto? Infelizmente não existe receita e não é como 
fazer um bolo, aliás, até os bolos "solam". Uma solução que deu certo em um projeto 
pode não funcionar em outro e ai vale a experiência, a técnica e por que não, 
aprender. 
 
Não temos a pretensão de realizar projetos luminotécnicos neste curso, entretanto 
vamos comentar sobre alguns tipos de luminárias, comparando suas características e 
benefícios, tentando adequá-las a cada situação de projeto. 
 
Existem luminárias baseadas na tecnologia de LEDs para praticamente todas as 
aplicações na arquitetura, mas será que elas são sempre a melhor opção? Acreditamos 
que uma tecnologia não se sobrepõe às outras e por diversas vezes se complementam 
de forma harmônica, trazendo o melhor resultado para o projeto e para o cliente. 
 
Quando falamos “o melhor resultado para o projeto”, levamos em consideração 
fatores altamente relevantes que são percebidos de diferentes maneiras e variam de 
cliente para cliente, como por exemplo: O nível de iluminação, o investimento inicial, a 
diluição do investimento, o conforto, a sustentabilidade, o design, o valor percebido, a 
diferenciação, o status, a vanguarda, a segurança, o modismo, etc. Cada caso passa aser único e a utilização deste ou aquele equipamento está intimamente ligado a 
atender às expectativas do cliente. 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 43 
 
7.1 - Balizadores 
 
Foram as primeiras aplicações de forma "profissional" dos LEDs na arquitetura. 
Freqüentemente usados como indicadores de caminho e sinalização, podem (e até 
devem) ter emissão difusa, além de evitar o ofuscamento. Na versão de piso, os LEDs 
levam alguma vantagem pelo tamanho, com uma profundidade de embutimento 
menor, facilitando sua instalação em pisos residenciais, onde o contra-piso e o 
revestimento não excedem os cinco centímetros e também são utilizados em decks de 
madeira, espelhos de degraus, etc. 
 
 
Balizador Eye Led – 7mm de espessura 
 
Já nos balizadores de parede, algumas versões tradicionais com fluorescentes 
compactas são indicadas para áreas externas das edificações, acessos de garagem, etc. 
Nestes casos o tamanho não é relevante, porém quando usadas em corredores 
internos, muitas vezes a escala da luminária interfere no todo e um balizador em LEDs 
tem vantagens pelo tamanho reduzido. Poderíamos utilizar balizadores para planos 
verticais com lâmpadas halógenas do tipo Bi-pino que são bem pequenas e com isso 
teríamos uma luminária minimalista também. Neste caso o que passa ser relevante é o 
calor gerado pela lâmpada e a quem se destina o uso do espaço. 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 44 
 
É comum em residências e espaços comerciais com circulação de crianças que se opte 
por LEDs, pois a ausência de calor é fundamental para a segurança, evitando que as 
mesmas se queimem pela curiosidade natural ao colocar as mãos na luminária. 
 
KAVA LED IP54 - Recessed wall luminaire - Zumtobel 
 
Alguns balizadores são usados para marcar os elementos verticais de um espaço, como 
pilares, montantes ou texturas de uma parede. Neste caso, balizadores com emissão 
difusa não são indicados. O ideal é usar equipamentos com facho controlado e fluxo 
adequado à aplicação. Nas luminárias tradicionais são usadas lâmpadas dicróicas, 
lâmpadas PAR e em alguns casos, vapores metálicos e de sódio. Estes equipamentos 
têm um bom alcance devido às potências envolvidas. Embora com custo mais altos, as 
opções em LEDs têm os benefícios do tamanho, do consumo de energia, da segurança 
e das cores para justificar seu uso no projeto. 
 
 
Balizadores com luz projetada e facho controlado valorizando os marcos. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 45 
 
7.2 – Projetores 
 
Iluminar monumentos e fachadas sempre foi um problema para os light designers, 
devido às restrições impostas pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional), que geralmente não permite o uso de luminárias tradicionais fixadas às 
fachadas, por conta das interferências (obra civil e estética) que modificariam suas 
características originais. Este problema é "facilmente" resolvido se utilizando de uma 
luz frontal genérica, oriunda de um poste de iluminação. Entretanto uma luminária 
com facho aberto planifica as formas, não revela texturas, retirando a 
tridimensionalidade dos elementos. Entretanto, caso se utilize luminárias com LEDs, as 
restrições diminuem por conta de seu tamanho, pois as mesmas se ocultam nos 
detalhes da arquitetura como ornatos, platibandas, caneluras, etc., se integrando à 
fachada e iluminando o que realmente precisa ser valorizado 
 
 
Fachada de uma Boate em Hong Kong 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 46 
 
7.3 – Embutidos, semi-embutidos e spots 
 
São os produtos de iluminação mais consumidos pelo mercado. A variedade é enorme 
e as opções passam por várias fontes de luz como incandescentes, halógenas, 
fluorescentes tubulares, compactas e lâmpadas de vapores metálicos na área 
comercial. Normalmente a solução tradicional tem vantagens sobre os LEDs, devido ao 
pé direito representar uma distancia razoável entre a lâmpada e o plano de trabalho. O 
fluxo luminoso elevado das fontes de luz tradicionais é o diferencial quando 
comparado a emissão dos LEDs. 
 
Para que se utilizem luminárias com LEDs em tetos é preciso justificar a decisão com 
outros argumentos como o uso decorativo, com utilização de cores, por exemplo, ou 
quando iluminamos uma obra de arte, como um quadro. A distância entre a luminária 
e a parede é pequena e o calor e as radiações ultravioletas seriam evitados. 
 
Recentemente, com a queda nos preços dos produtos e a crescente preocupação com 
as questões ambientais, as luminárias de teto que utilizam LEDs têm sido usadas como 
alternativa as tecnologias tradicionais. 
 
 
A Philips anunciou em julho de 2008 a iluminação do primeiro prédio de escritórios do mundo 
totalmente com soluções LED - Paris 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 47 
 
Os embutidos de teto em LEDs estão disponíveis para instalação em forros de gesso, 
madeira, etc., exatamente como as tradicionais com molas e clips de fixação. Utilizam 
um ou vários LEDs das mais variadas potências. A ótica secundária pode ser escolhida 
pelo cliente para se adequar a cada situação de projeto assim como os drivers para sua 
ligação a rede elétrica. Podem ser do tipo fixo ou orientável. Uma aplicação 
interessante é seu uso em nichos ou estantes. A ausência de calor e o facho 
concentrado são benefícios importantes nestes casos. 
 
Percebemos uma similaridade com os equipamentos tradicionais tanto na forma 
quanto no tamanho. Acreditamos que esta realidade vai mudar e os designers vão tirar 
partido das potencialidades dos LEDs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de luminárias Spots e Embutidas 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 48 
 
7.4 - Luminárias de mesa 
 
As famosas Desk-Lamps representam uma tendência no mercado mundial de 
iluminação, pois a busca por tetos mais "limpos" e uma possível integração das 
luminárias ao mobiliário fazem destes produtos uma constante oferta de novidades. 
Algumas usam fluorescentes compactas ou lâmpadas halógenas miniatura. Neste caso 
os LEDs são a melhor opção por conta do calor e, é claro, da menor distância entre o 
emissor de luz e o usuário, pois não se faz necessário um fluxo luminoso elevado. 
O design é um fator importante na decisão de compra e os LEDs permitem a criação de 
formas e de uma nova cultura de uso impossível de conseguir com as lâmpadas 
tradicionais. 
 
 
Desk Lamp LOOP – LEDs 5 watts - Petter Knudsen 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 49 
 
7.5 - Luminárias Decorativas 
 
Arandelas, lustres, pendentes são quase que obrigatórios no design clássico. Os 
fabricantes de produtos para iluminação apresentam soluções de formas e materiais 
que vão dos ecologicamente corretos, com a utilização de matérias-primas recicláveis 
até as tecnologias de ponta como os LEDs. Nestes casos em que as lâmpadas 
tradicionais têm seu uso difundido, o mercado apresenta uma interessante integração 
de tecnologias em mesmo produto, ou seja, existe uma tendência de uso de LEDs em 
conjunto com outras lâmpadas na mesma luminária. 
 
 
Luminária Cut2 - LuminiLEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 50 
 
7.6 - Luminárias de jardim 
 
Produtos para uso em áreas externas como jardins devem ter especificação de Índice 
de Proteção (IP) de no mínimo 65, ou seja, são capazes de resistir às intempéries. 
Existem diversas opções, sejam embutidos ou sobrepostos ao solo, orientáveis ou não. 
Os mais famosos são os fincos (espetos de jardim), que utilizam lâmpadas PAR. São 
muito baratos, porém são facilmente retirados de sua posição por animais domésticos 
(há historias de cães que adoram se coçar nas luminárias) e sem a devida manutenção 
ficam lá, iluminando o vazio. 
 
Outro problema recorrente e o consumo de energia elétrica, o que não incentiva ao 
cliente manter as luminárias ligadas, o que é um contra-senso, já que houve um 
investimento razoável na aquisição de equipamentos. Com a utilização de LEDs este 
problema pode ser resolvido, devido ao seu baixo consumo. 
 
 
Jardim iluminado com LEDs 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 51 
 
7.7 - Luminárias de piscina 
 
Os clientes que têm piscina ou espelhos d’água em suas casas têm o desejo de 
valorizá-los com o auxílio da iluminação, seja submersa ou não. As luminárias 
subaquáticas possuem um alojamento embutido para a fixação e que faz parte do 
sistema de impermeabilização da piscina, razão pela qual os fabricantes costumam 
oferecer um "pacote completo" de luminárias e instalação a fim de evitar problemas 
de vazamentos. As luminárias tradicionais usam lâmpadas dicróicas e filtros de cor, 
enquanto as versões à LEDs são mais versáteis, oferecendo a tecnologia de troca de 
cores (color changing), permitindo até uma programação com controle de cenas para 
cada ocasião. As principais desvantagens das lâmpadas são sua vida útil curta e o calor 
gerado pelo filamento, que provocam eventuais problemas de infiltração, aumentando 
os custos de manutenção. 
 
 
 
Aqualed Osram – Luminárias de aplicação subaquática 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 52 
 
7.8 – Lineares e Flexíveis 
 
O cordão de luz com micro lâmpadas incandescente e popularmente conhecida como 
“mangueirinha”, pode ser instalada sob beirais, prateleiras, rodapés e onde mais o 
bom senso mandar. O efeito é muito interessante, mas o mercado está inundado de 
equipamentos de péssima qualidade. Já existe e é bastante fácil de conseguir nas lojas 
de iluminação a “mangueirinha” de LEDs, que infelizmente passa pelos mesmos 
problemas de qualidade e fluxo luminoso. 
 
Para um efeito similar, porém com muito mais confiabilidade, repetibilidade e fluxo 
luminoso adequado a este tipo de aplicação, o mercado já tem a seu dispor luminárias 
do tipo “String” e LEDs em fita que são auto-adesivas, flexíveis e impermeáveis. Estes 
equipamentos, quando instalados muito próximo a água ou até mesmo submersos 
requerem cuidados especiais nas conexões elétricas para evitar curtos e maus contatos 
por oxidação dos terminais. 
 
 
Aplicação de luminárias flexíveis de LEDs 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 53 
 
7.9 – Postes 
 
A iluminação pública talvez seja a grande barreira a ser vencida pela tecnologia de 
LEDs nesta década. Dificuldades como a altura de montagem, que indica o uso de 
fontes de luz de elevado fluxo luminoso (lâmpadas de multi-vapores metálicos) e 
quando o custo inicial é relevante, principalmente para o setor público, que dispõe de 
verbas limitadas e sofre influência da política. Entretanto, no mundo inteiro são 
crescentes as preocupações com a sustentabilidade e alguns países incentivam o 
desenvolvimento destes produtos em LEDs, a fim de enfrentar as conseqüências de 
uma crise de energia e para se adequar aos aspectos ecológicos do planejamento 
urbano. 
 
 
Tecnologia de Iluminação Urbana AZO - Schreder 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 54 
 
Como vimos, existem equipamentos para inúmeras aplicações e sua escolha vai 
depender das necessidades do projeto. Em geral, a opção pelo uso de LEDs na 
iluminação arquitetural leva em consideração aspectos intimamente ligados aos seus 
benefícios mais relevantes. Os LEDs são imbatíveis quando: 
 
- A distância é pequena entre a fonte de luz e o objeto – É comum o cliente tentar 
substituir todas as fontes de luz por LEDs, entretanto, atualmente os melhores 
resultados são obtidos em situações onde a distância da luminária ao plano de 
trabalho é pequena, como estantes, nichos e vitrines. 
 
- O calor ou ultra violeta são relevantes – Objetos de valor sentimental ou produtos 
expostos em pontos de venda sofrem com as radiações nocivas. Em alguns casos é 
realizado rodízio dos produtos em vitrines, porém nem sempre isto é possível e os 
LEDs são indicados para resolver estes problemas. 
 
- Há pouco espaço disponível para a luminária – Muitas vezes a arquitetura encontra 
dificuldades para compatibilizar as interferências no projeto, principalmente com o ar-
condicionado, sistemas de incêndio ou o próprio desenho do forro. As luminárias em 
LEDs são uma excelente opção devido às suas pequenas dimensões. 
 
- O acesso é difícil (altura, manutenção, segurança) - Uma das vantagens de se usar 
LEDs é a sua vida útil, que pode ser aproveitada reduzindo os custos com manutenção 
ou evitando riscos a segurança em locais de difícil acesso. 
 
- O uso da cor for relevante – As cores de emissão dos LEDs são vivas e saturadas, 
podendo ser aproveitadas sem a necessidade de uso de filtros. 
 
- O design for valorizado – Devido ao seu tamanho e forma, os designers têm a 
oportunidade de criar novos conceitos, cultura de uso e interatividade da luminária 
com o cliente. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 55 
 
- O custo total for importante - Muitas luminárias em LEDs já são mais baratas que 
suas equivalentes em lâmpadas tradicionais, porém, além do custo inicial, deve-se 
levar em conta a economia indireta com a redução de consumo de energia. 
 
- Houver necessidades de efeitos dinâmicos - LEDs são componentes eletrônicos e por 
sua vez facilmente integrados as tecnologias de controle de cena e efeitos de “color 
changing”, razão pela qual alguns fabricantes já o utilizam em luminárias para eventos, 
shows, etc. 
 
- Há preocupações com a sustentabilidade – Os LEDs são aliados nesta luta, pois 
consomem pouca energia, têm vida útil extensa e tamanho reduzido, minimizando os 
impactos com seu descarte além de não utilizarem gases, materiais tóxicos ou metais 
pesados de forma significativa em sua composição. 
 
Que os LEDs vão substituir as lâmpadas nos equipamentos de iluminação isto não 
temos dúvidas, mas quando será este dia é o “X” da questão. E substituir não significa 
necessariamente aniquilar com nossas amigas de tempos. Lembramos quando a 
lâmpada fluorescente compacta entrou no mercado se dizia que não se usariam mais 
lâmpadas incandescentes nas luminárias. Até hoje não substituíram totalmente e 
novas lâmpadas incandescente (halógenas), com melhores desempenhos são lançadas 
no mercado. É uma forte tendência mundial o fim das incandescentes comuns por 
motivos ambientais, mas não vai ser do dia para a noite. 
 
Temos que ter em mente que o LED é fantástico e para determinadas aplicações chega 
a ser imbatível, masnão é remédio para todos os males. 
 
 
 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 56 
 
Capítulo 8 – O Design 
 
Todas as características e os benefícios que a tecnologia de LEDs traz devem ser 
realmente muito bem avaliados no momento da concepção de um equipamento de 
iluminação. A longevidade e economia de energia são atributos fortíssimos e em 
tempos de preocupações ambientais é indispensável. Tais valores, por vezes, são mal 
interpretados e vimos uma grande variedade de lâmpadas em LEDs que ainda não 
disseram ao que vieram. Não há mágica e assim como não é possível colocar um 
elefante em um “Fusca”, não dá para colocar 50 watts de LEDs no formato e tamanho 
de uma lâmpada dicróica, pelo menos por enquanto. 
 
O design de luminárias com LEDs deveria transcender a beleza do equipamento e 
muitas empresas já têm esse pensamento quando tiram partido da tecnologia. 
Controle da temperatura de cor utilizando o conceito da dimerização de LEDs brancos 
de temperaturas de cores diferentes é apenas um exemplo. 
 
 
Luminária de mesa com controle da intensidade e temperatura de cor por toque na sua base - Designer Yves Behar 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 57 
 
Outros equipamentos tiram proveito de uma característica ímpar dos LEDs, o seu 
mínimo tamanho, permitindo um perfil “super slim”. 
 
Desk lamp Line Z - 5mm de espessura – Nimbus Group 
 
Devido as seu baixíssimo consumo de energia, as associações de células fotovoltaicas, 
baterias e sensores de luminosidade à tecnologia de LEDs permitem luminárias 
autônomas, que armazenam energia de dia e acendem à noite, dispensando instalação 
elétrica, um antigo sonho dos arquitetos e light designers, finalmente realizado. 
 
 
Luminária urbana Sky - Luceplan Luminária de Jardim – Corona Solar Light 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 58 
 
Devido à baixa temperatura e por não ter problemas com vibrações ou movimentos, 
podemos ter luminárias que assumam várias formas, além de poderem ser 
manipuladas mesmo quando ligadas, como no exemplo a seguir. 
 
 
Luminária PizzaKobra - Iguzzini 
 
Ou sendo parte integrante do mobiliário urbano e arquitetura. 
 
 
Leds integrados ao mobiliário urbano - Runge 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 59 
 
O ecodesign vem ganhando espaço no cenário mundial e não poderia ser diferente. 
Projetos fantásticos ganham vida, incentivados pelas necessidades urbanas, 
minimizando a poluição luminosa, gerando conforto e integrando às tecnologias de 
geração e armazenamento de energia sem falar no embelezamento que o design 
propicia. 
 
 
 
 
Durante o dia capta energia solar e gera uma confortável sombra para a população e a noite se ascende iluminando o passeio. 
Solar Tree – Artemide 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 60 
 
Capítulo 9 – Aplicação prática na Arquitetura 
 
Os LEDs vêm cada vez mais ganhando espaço nas aplicações arquiteturais, devido 
principalmente às suas características de economia de energia, vida longa e ausência 
de manutenção, como vimos em capítulos anteriores. 
 
O design de luminárias também tem facilitado muito estas aplicações quando 
entregam ao cliente um equipamento com as questões técnicas que envolvem a 
utilização da tecnologia (eletrônica, BINs, ótica, dissipação de calor, etc.) resolvida e 
permitem a aplicação direta e de forma simplificada na arquitetura. 
 
Sua aplicação começa com um projeto, e um bom projeto deveria significar sinergia 
entre as equipes de projetistas cujo trabalho interfere umas às outras. É muito comum, 
por questões de cronograma e custos, os projetos complementares (hidráulica, ar 
condicionado, cabeamento estruturado, elétrica, incêndio, etc.) caminharem quase 
que isolados e por conta disto, imprevistos de obra acontecem todos os dias. Imagine 
que por motivos de força maior (sempre a força é maior) foi necessário mudar o duto 
de ar condicionado de posição. O quanto esta mudança interfere no projeto da 
iluminação e paginação do teto? Precisamos alterar o projeto luminotécnico para se 
adequar a esta nova realidade. É a compatibilização de projetos. 
 
Devemos lembrar ainda que além de um projeto luminotécnico de qualidade e 
equipamentos de fornecedores confiáveis, um fator extremamente importante ao 
bom resultado é a execução. Uma equipe de instaladores (civíl e elétrica) treinados e 
qualificados faz toda a diferença. 
 
O anúncio da TV diz: "fuja do mico", afirmando que se utilizarmos materiais de 
construção de baixa qualidade, a obra será prejudicada, ou pior, os problemas 
aparecerão ao cliente no futuro, quando os custos de reparo serão maiores. 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 61 
 
Como se livrar de produtos e serviços que comprometam a execução e a satisfação 
plena das necessidades do cliente? Esta resposta vale milhões e infelizmente não a 
temos. 
 
Podemos recomendar algumas boas práticas de instalações que nos levam as questões 
básicas como treinamento e orientação técnica dos profissionais que executam as 
tarefas como eletricistas, pedreiros, bombeiros hidráulicos, etc. Muitas vezes a simples 
leitura do manual de instalação evitaria alguns desastres. Por incrível que pareça 
lâmpadas, luminárias, reatores, transformadores são ligados sem o menor critério e 
somente quando não funcionam é que os executores da instalação se lembram do 
manual e ligam para a assistência técnica do fabricante. 
 
Luminárias e lâmpadas são especialmente sensíveis à poeira, água e arranhões. Sua 
instalação é geralmente executada no fim da obra para evitar danos. Alguns 
equipamentos são projetados para instalação parcial. Instalam-se alojamentos, bases, 
etc., e o acabamento ou a luminária propriamente dita entra em outro momento na 
obra, quando a poeira e os resíduos já não fazem mais parte do processo, evitando 
riscos à sua pintura ou quebra de lâmpadas. 
 
Os LEDs, apesar de robustos, são partes deste contexto, pois estão geralmente 
montados em luminárias ou lâmpadas que invariavelmente são ligados 
equivocadamente à rede elétrica, sem o uso de equipamentos auxiliares ou acessórios 
indispensáveis como os drivers ou até mesmo em locais indevidos, posicionamento 
incorreto e sujeitos a submersão, por exemplo. 
 
Após meses, anos de planejamento, tudo se resume a execução, e infelizmente, por 
conta de fatores como limitações de orçamento, cronograma, etc., o resultado final 
pode não ser satisfatório. 
 
 
 
 LEDs na Iluminação Arquitetural 
 
 
 
 
LEDs na Iluminação Arquitetural – 1ª edição – ano 2008 62 
 
9.1 – Instalações Civis e Elétricas 
 
Para facilitar a compreensão dos diversos aspectos da aplicação de luminárias de LEDs 
em uma obra, vamos exemplificar os casos mais comuns e os procedimentos 
recomendados para a correta execução de instalação. 
 
 
9.1.1 – Luminárias de Piso 
 
Este tipo de luminária geralmente é dotado de um alojamento plástico ou metálico 
que pode ser enviado à obra antecipadamente, facilitando o cumprimento do 
cronograma e evitando danos às peças acabadas. Neste caso, basta assentar os 
alojamentos, conectá-los aos eletrodutos, interligando-os até o ponto de alimentação 
elétrica.

Outros materiais