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LEI DE CRIMES HEDIONDOS e LEI SOBRE RETENÇÃO DE DOCUMENTOS 1

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 Prof. Ravan Leão - Pesquisa da face: Ravan 
Leão II - E-mail. ravanams@outlook.com 
 https://www.facebook.com/groups/346325855558
484/?fref=ts 
 https://www.facebook.com/ravan.leao.7 
 Grupo: 
https://www.facebook.com/groups/346325855558
484/?fref=ts 
 
 
Lei Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. 
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos 
do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, 
e determina outras providências. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que 
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte lei: 
 Art. 1o São considerados hediondos os 
seguintes crimes, todos tipificados 
no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal, consumados ou 
tentados. 
 
Fica a dica! 
1. Fundamento constitucional. Art. 5°. XLIII, da 
CRFB/88 "a lei considerará crimes 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, 
2. O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem." 
3. 2.Direito Penal de Emergência - Direito Penal 
Máximo, Movimento de Lei e Ordem e lei de 
crimes hediondos. O legislador brasileiro da 
década de 1990, influenciado por toda uma 
ideia de Direito Penal Máximo, Movimento de 
Lei e Ordem (Law and Order), bem como pela 
Teoria das janelas Quebradas (Broken 
Windows Theory) 
4. Delitos considerados hediondos. Os crimes 
reputados hediondos estão no rol taxativo do 
art.l o desta lei. A lei de crimes hediondos não 
criou novos tipos penais, mas apenas pinçou 
alguns tipos penais já existentes no Código 
Penal e os denominou de hediondos, dando-
lhes um tratamento diferenciado, mais severo 
em relação aos demais delitos 
5. Princípio de legalidade penal. Somente os 
delitos previstos no rol taxativo da presente lei 
podem ser considerados hediondos. 
6. SISTEMA utilizado pelo legislador para definir 
os crimes hediondos. O critério legal; o 
critério judicial e o critério misto. De acordo 
com o critério legal, somente o legislador pode 
definir os delitos considerados hediondos, em 
um rol exaustivo previsto na lei. Pelo critério 
judicial, cabe ao juiz definir quais são os delitos 
classificados como hediondos. Por fim, o 
Critério misto preconiza que o legislador 
estabelece, em um rol exemplificativo, os 
delitos que são considerados hediondos, 
permitindo ao juiz, por critério de 
interpretação analógica, qualificar outros 
delitos como sendo igualmente hediondos. 
7. Homicídio simples ser considerado crime 
hediondo. Regra (não) Salvo quando 
praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só 
agente 
 
 I – homicídio (art. 121), quando praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente, e homicídio 
qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, 
VI e VII); 
 I-A – lesão corporal dolosa de natureza 
gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal 
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando 
praticadas contra autoridade ou agente 
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, 
ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em 
razão dessa condição; 
 II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); 
 III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, 
§ 2o); 
 IV - extorsão mediante seqüestro e na forma 
qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 
3o); 
 V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); 
 VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e 
§§ 1o, 2o, 3o e 4o); 
 VII - epidemia com resultado morte (art. 267, 
§ 1o). 
 VII-A – (VETADO) 
 VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou 
alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 
1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei 
no 9.677, de 2 de julho de 1998). 
 VIII - favorecimento da prostituição ou de 
outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, 
caput, e §§ 1º e 2º). 
 Parágrafo único. Consideram-se também 
hediondos o crime de genocídio previsto 
nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no2.889, de 1o de 
outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal 
de arma de fogo de uso restrito, previsto 
no art. 16 da Lei no10.826, de 22 de dezembro 
de 2003, todos tentados ou consumados. 
Fica a dica! 
1. GENEPI TESTOU O HOLEX FALSO E FEMININO 
na LATA, EXPLORANDO a CRIANÇA POLICIAL 
cadê o Fuzil. ( Genocídio, Epidemia resultado 
morte, estupro, extorsão/sequestro, 
falsificação medicamento, feminicídio, morte 
de policiais, porte ou posse de arma de uso 
restrito 
2. Homicídio seja, ao mesmo tempo, 
privilegiado e qualificado, desde que as 
qualificadoras sejam de natureza 
objetiva 8.Não é hediondo - Homicídio 
qualificado-privilegiado. Possibilidade. É 
possível que o (Redação dada pela Lei nº 
13.497, de 2017) 
3. O feminicídio consiste no homicídio contra 
mulher por razões de condições de sexo 
feminino, entendendo-se como tais razões: a 
violência doméstica e familiar; o menosprezo 
ou a discriminação à condição de mulher 
4. homicídio praticado contra agentes e 
autoridades públicas, quais sejam: autoridade 
ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
CRFB/88, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, 
ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em 
razão dessa condição. 
5. Por exclusão, a extorsão simples (art. 158, 
caput, do Código Penal) e a extorsão 
qualificada pela lesão corporal grave (art. 158, 
§ 2°, do Código Penal) não são crimes 
hediondos, por absoluta falta de previsão 
legal. 
6. Figura da extorsão sequestro relâmpago, não 
figura no seu rol taxativo com delito 
etiquetado de hediondo. A única espécie de 
extorsão etiquetada de crime hediondo é a 
extorsão qualificada pelo resultado morte, 
prevista no art. 158, § 2° do Código Penal. 
7. Não é hediondo o crime de epidemia na 
forma simples (art. 267, caput). 
8. Falsificação de medicação ou produtos 
terapêuticos na forma culposa do delito, 
prevista no § 2° do art. 273, não é hedionda, 
por ausência de previsão legal, somente as 
figuras dolosas desse artigo são hediondas. 
9. 18. Crime de genocídio, previsto na Lei 
2.889/1956 são hediondos pois a lei fez 
menção expressa aos art. 1°, 2° e 3° da Lei 
2.889/1956, não é só a prática de homicídios 
motivados por questões étnicas, raciais, 
nacionais, religiosas e políticas, mas também 
todas as condutas descritas no art. 1 o da Lei 
2.889/1956 (lesão grave à integridade física ou 
mental de membros do grupo; submissão 
intencional do grupo a condições de existência 
capazes de ocasionar-lhe a destruição física 
total ou parcial; 
 
 Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis 
de: 
 I - anistia, graça e indulto; 
 II - fiança. 
 § 1o A pena por crime previsto neste artigo 
será cumprida inicialmente em regime 
fechado. 
 § 2o A progressão de regime, no caso dos 
condenados aos crimes previstos neste artigo, 
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois 
quintos) da pena, se o apenado for primário, e 
de 3/5 (três quintos), se reincidente. 
 § 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz 
decidirá fundamentadamente se o réu poderá 
apelar em liberdade. ( § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe 
a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, 
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo 
de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. , 
 
Fica a dica! 
1. FIGURAS EQUIPARADAS AOS CRIMES HEDIONDOS. O 
tráfico de drogas, tortura e terrorismo a crimes 
hediondos. Tanto a CRFB/88 no art. 5°, XLIII, quanto 
a lei de crimes hediondos no art. 2°, caput, 
equipararam •JS delitos de tráfico de drogas, tortura 
e terrorismo a crimes hediondos 
2. Vedação da anistia, graça e indulto aos crimes 
hediondos e equiparados. (Inc. I.) 
3. Tráfico privilegiado. Não é caracterização como 
crime equiparado a hediondo. A Lei de Drogas 
possui no art. 33·, § 4°, uma causa de diminuição de 
pena, que permite ao juiz a redução da pena do 
condenado de l/6 a 2/3 desde que o agente seja 
primário, tenha bons antecedentes, não se dedique 
a atividades criminosas, nem integre organização 
criminosa (inf. 831 – 2016 julgamento de HC) 
4. Súmula superada! STJ. Súmula no 512.A aplicação da 
causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 
4o, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do 
crime de tráfico de drogas. 
5. Vedação da fiança aos crimes hediondos e 
equiparados. A proibição de concessão de fiança 
trazida pelo legislador ordinário está em perfeita 
compatibilidade com a vedação feita pelo art. SO, 
XLIII, da CRFB/88. (Inciso II) 
6. Vedação da liberdade provisória aos delitos 
hediondos e equiparados. Foi dada pela Lei 11.464, 
de 28 de março de 2007 
7. STF declarou a inconstitucionalidade do regime 
inicialmente fechado contido no art. 2°, § 1 o, da lei 
de crimes hediondos. 
8. STF. 4. A Corte Constitucional, no julgamento do HC 
no 111.840/ES, de relataria do Ministro Dias Toffoli, 
removeu o óbice constante do§ 1° do art. 2° da Lei 
no 8.072/90, com a redação dada pela Lei no 
11.464/07, o qual determinava que a pena por crime 
previsto nesse artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado", declarando, de forma incidental, a 
inconstitucionalidade da obrigatoriedade de fixação 
do regime fechado para o início do cumprimento de 
pena decorrente da condenação por crime hediondo 
ou equiparado. S. Esse entendimento abriu 
passagem para que a fixação do regime prisional - 
mesmo nos casos de tráfico ilícito de entorpecentes 
ou de outros crimes hediondos e equiparados - seja 
devidamente fundamentada, como ocorre nos 
demais delitos dispostos no ordenamento.HC 
119382. Rei. Min. Dias Toffoli,julgado em 
26111/2013. 
9. Regime inicialmente fechado e possibilidade de 
substituição de pena privativa de liberdade por 
pena restritiva de direitos nos crimes hediondos e 
equiparados. Após o julgamento da ordem de 
habeas corpus n° 82.959/SP pelo STF, a 
jurisprudência passou a admitir a substituição de 
pena privativa de liberdade por pena restritiva de 
direitos nos crimes hediondos e equiparados, uma 
vez que o único óbice que existia (regime 
integralmente fechado) não mais existe, em razão da 
declaração de sua inconstitucionalidade 
10. Sursis penal! Após o julgamento da ordem de habeas 
corpus n° 82.959/SP pelo STF, a jurisprudência 
passou a admitir a concessão do sursis da pena nos 
crimes hediondos c equiparados, uma vez que o 
único óbice que existia (regime integralmente 
fechado) não mais existe, em razão da declaração de 
sua inconstitucionalidade. 
11. Progressão de regimes. Depois da Lei 11.464, de 28 
de março de 2007. A Lei 11.464, de 28 de março de 
2007, trouxe novos prazos para a progressão de 
regimes para os condenados por crimes hediondos 
ou equiparados, quais sejam: 2/5, se o apenado for 
primário, e 3/5, se reincidente, que só serão 
aplicados aos condenados por crimes hediondos ou 
equiparados 
12. O prazo de 3/5 aplica-se a qualquer espécie de 
reincidência. Tendo em vista que o legislador não fez 
distinção entre reincidência genérica e específica, o 
prazo de 3/5 aplica-se a qualquer espécie de 
reincidência. 
13. STJ. Súmula 471: Os condenados por crimes 
hediondos ou assemelhados cometidos antes da 
vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao 
disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 {lei de 
Execução Penal) para a progressão de regime 
prisional 
14. STJ. Súmula 471: Os condenados por crimes 
hediondos ou assemelhados cometidos antes da 
vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao 
disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 {lei de 
Execução Penal) para a progressão de regime 
prisional 
15. Em moldes parecidos, a súmula 439 do STJ também 
tratou da possibilidade de o Juiz determinar a 
realização do exame criminológico com a seguinte 
redação: "Admite-se o exame criminológico pelas 
peculiaridades do caso, desde que em decisão 
motivada 
16. Possibilidade de apelo em liberdade. Trata-se de 
permissivo legal para o condenado recorrer da 
sentença penal condenatória em liberdade, desde 
que o juiz fundamente a sua decisão, em 
conformidade com o princípio da fundamentação 
das decisões judiciais, previsto no art. 93, IX, da 
CRFB/88. (§ 3°) 
17. Prazo da prisão temporária. O art. 2° da Lei 7.960/89 
prevê genericamente que o prazo da prisão 
temporária é de 5 dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada necessidade. A lei 
de crimes hediondos aumentou o prazo da prisão 
temporária para 30 dias, também prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade, em se tratando de crimes hediondos e 
equiparados. ( § 4°.) 
18. PRAZO DE PRISÃO EXPIRADO. Uma vez terminado o 
prazo da prisão temporária, o preso deve ser 
colocado em liberdade imediatamente, 
independentemente de haver ordem judicial ou 
alvará de soltura, sob pena de a autoridade policial 
cometer crime de abuso de autoridade, previsto no 
art. 4°, i, da Lei 4.898/65. 
Art. 3º A União manterá 
estabelecimentos penais, de segurança 
máxima, destinados ao cumprimento de 
penas impostas a condenados de alta 
periculosidade, cuja permanência em 
presídios estaduais ponha em risco a ordem 
ou incolumidade pública. 
Fica a dica! 
1. Estabelecimentos penais de segurança máxima. 
Trata-se de mandamento legal que tem como 
destinatária a União Federal, no sentido de construir 
estabelecimentos prisionais de segurança máxima. 
São os denominados presídios federais de segurança 
máxima 
2. Exame criminológico - Se o próprio legislador, o 
mesmo que criou o retirou-o da lei brasileira, foi 
porque entendeu que tal exame não poderia mais 
ser exigido como requisito para a progressão de 
regimes. Dessa forma, temos que a súmula 
vinculante n° 26 do STF e a súmula 4 39 do STJ são 
ilegais, na acepção literal da palavra, pois são 
flagrantemente contrárias à lei, sendo totalmente 
incompatíveis com o art. 112 da LEP. 
 
 § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou 
bando, o co-autor que denunciá-lo à 
autoridade, facilitando a libertação do 
seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a 
dois terços." 
 Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a 
pena prevista no art. 288 do Código Penal, 
quando se tratar de crimes hediondos, prática 
da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins ou terrorismo. 
 Parágrafo único. O participante e o associado 
que denunciar à autoridade o bando ou 
quadrilha, possibilitando seu 
desmantelamento, terá a pena reduzida de 
um a dois terços. 
 Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os 
crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 
2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, 
caput e sua combinação com o art. 223, 
caput e parágrafo único, 214 e sua 
combinação com o art. 223, caput e parágrafo 
único, todos do Código Penal, são acrescidas 
de metade, respeitado o limite superior de 
trinta anos de reclusão, estando a vítima em 
qualquer das hipóteses referidas no art.224 também do Código Penal. 
 Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de 
outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de 
parágrafo único, com a seguinte redação: 
 "Art. 35. 
................................................................ 
 Parágrafo único. Os prazos procedimentais 
deste capítulo serão contados em dobro 
quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 
12, 13 e 14." 
 
Fica a dica! 
 
1. Livramento condicional nos crimes hediondos e 
equiparados. O artigo 5° da lei de crimes hediondos 
acrescentou o inciso V ao art. 83 do Código Penal, 
que trata do livramento condicional, dispondo que o 
condenado por crime hediondo deverá cumprir mais 
de dois terços da pena privativa de liberdade para a 
sua obtenção, desde que o condenado não seja 
reincidente específico em crimes dessa natureza 
2. Proibição de concessão do livramento condicional 
ao reincidente específico. Reincidente específico é 
aquele que foi condenado com uma sentença penal 
condenatória transitada em julgado por um crime 
hediondo ou equiparado (tráfico, tortura e 
terrorismo) e, depois, pratica outro crime hediondo 
ou equiparado 
1. l. Redação atual. Depois do advento da lei de crimes 
hediondos, o parágrafo 4° do art. 159 do Código 
Penal foi novamente alterado pela Lei 9.269/96, 
apresentando atualmente a seguinte redação: "Se o 
crime é cometido em concurso, o concorrente que o 
denunciar à autoridade, facilitando a libertação do 
sequestrado, terá sua pena reduzida de 1 (um) a 2/3 
(dois terços)." 
2. conclui-se que o benefício da delação premiada 
abrange tanto o coautor quanto o partícipe. * 
3. Destinatário e efetividade da delação. O legislador 
utilizou a expressão autoridade como destinatário da 
delação, entendendo-se como tal a autoridade 
policial, o membro do Ministério Público e a 
autoridade judiciária. A delação deve efetivamente 
facilitar a libertação da vítima para que incida a 
diminuição da pena. 
4. Redução da pena. Preenchidos os requisitos da 
delação, torna-se obrigação do juiz aplicar a causa de 
diminuição de pena um a dois terços. 
5. Caput. A Lei 8.072/90 trouxe nova pena para o 
delito de associação criminosa, mas tão-somente 
quando se destinar à prática de crimes hediondos, 
tráfico, tortura e terrorismo 
6. O tráfico de drogas em seu art. 14, ao qual 
cominava a pena de reclusão de 3 a 10 anos. A lei 
de crimes hediondos foi mais benéfica, uma vez que 
no seu art. 8° passou a cominar pena de reclusão de 
3 a 6 anos, diminuindo, portanto, a pena máxima de 
10 para 6 anos. Por tratar-se de nova lei mais 
benéfica, jurisprudência e doutrina majoritárias 
entendiam que deveria incidir. Assim, no delito de 
associação para o tráfico, combinavam o preceito 
primário do art. 14 da Lei 6.368/76 com o preceito 
secundário do art. 8° da Lei 8.072/90. 
7. Da delação premiada, instituto que, segundo a 
redação legal, abrange tanto o integrante da 
associação criminosa, quanto o seu partícipe, uma 
vez que o legislador utilizou as expressões 
participante e associado. Por desmantelamento 
entenda-se a efetiva dissociação da associação 
criminosa. 
 
 
. Referência bibliográfica: 
HABIB, Gabriel, Leis Especiais Penais, 8. ed. rev., 
atual. e ampliada. -Salvador: Juspodivm, 2016 
 
LEI Nº 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1968. 
Dispõe sobre a apresentação e uso de 
documentos de identificação pessoal. 
 Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como 
a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou 
de direito privado, é lícito reter qualquer 
documento de identificação pessoal, ainda que 
apresentado por fotocópia autenticada ou pública-
forma, inclusive comprovante de quitação com o 
serviço militar, título de eleitor, carteira 
profissional, certidão de registro de nascimento, 
certidão de casamento, comprovante de 
naturalização e carteira de identidade de 
estrangeiro. 
 Art. 2º Quando, para a realização de 
determinado ato, for exigida a apresentação de 
documento de identificação, a pessoa que fizer a 
exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) 
dias, os dados que interessarem devolvendo em 
seguida o documento ao seu exibidor. 
 § 1º - Além do prazo previsto neste artigo, 
somente por ordem judicial poderá ser retido 
qualquer documento de identificação 
pessoal. (Renumerado pela Lei nº 9.453, 
de 20/03/97) 
 § 2º - Quando o documento de identidade for 
indispensável para a entrada de pessoa em 
órgãos públicos ou particulares, serão seus dados 
anotados no ato e devolvido o documento 
imediatamente ao interessado. (Incluído 
pela Lei nº 9.453, de 20/03/97) 
 Art. 3º Constitui contravenção penal, punível 
com pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) 
meses ou multa de NCR$ 0,50 (cinqüenta 
centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros novos), a 
retenção de qualquer documento a que se refere 
esta Lei. 
 Parágrafo único. Quando a infração for 
praticada por preposto ou agente de pessoa 
jurídica, considerar-se-á responsável quem houver 
ordenado o ato que ensejou a retenção, a menos 
que haja , pelo executante, desobediência ou 
inobservância de ordens ou instruções expressas, 
quando, então, será este o infrator. 
 Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a 
presente Lei dentro do prazo de 60 (sessenta) 
dias, a contar da data de sua publicação. 
 Art. 5º Revogam-se as disposições em 
contrário. 
 Brasília, 6 de dezembro de 1968; 147º da 
Independência e 80º da República. 
1. Sujeito ativo. Qualquer pessoa, uma vez que o tipo 
penal não exige nenhuma condição especial do sujeito 
ativo. O parágrafo único do art. 3o dispõe quando a 
infração for praticada por preposto ou agente de 
pessoa jurídica, considerar-se-á responsável quem 
houver ordenado o ato que ensejou a retenção. 
2. Dessa forma, nos moldes positivados no parágrafo 
único do art. 3°, primeira parte, caso o preposto ou 
agente da pessoa jurídica emita a ordem para o 
preposto ou funcionário reter o documento, a 
responsabilidade penal recairá toda sobre ele, não 
havendo, portanto, que se falar em responsabilidade 
penal do subordinado. Trata-se de verdadeira hipótese 
de autoria mediata. Entretanto, é de se notar que o 
mesmo dispositivo traz uma exceção na segunda parte, 
ao dispor que, caso haja, por parte da pessoa que 
retém o documento, desobediência ou inobservância 
de ordens ou instruções expressas, ele responderá pelo 
delito em comento. 
3. Sujeito passivo. A pessoa que teve o documento 
retido indevidamente. 
4. Bem jurídico tutelado. O direito de todo cidadão de ter 
consigo o documento de identidade ou os demais 
documentos a que o tipo penal faz menção, para que 
cumpram as suas respectivas funções, quais sejam: a 
de se identificar como indivíduo ou qualquer outra 
função a que o documento retido servir, como 
comprovar a paternidade pela certidão de nascimento, 
comprovar um vínculo laboral por meio da carteira de 
trabalho ou comprovar um matrimônio por intermédio 
da certidão de casamento. 
5. Objeto material. Qualquer documento de identificação 
pessoal (ainda que apresentado por fotocópia 
autenticada ou pública-forma); comprovante de 
quitação com o serviço militar; título de eleitor; carteira 
profissional; certidão de registro de nascimento; 
certidão de casamento; comprovante de naturalização 
e, por fim, carteira de identidade de estrangeiro 
6. Ao dispor sobre qualquer documento de identificação 
pessoal o legislador utilizou enumeração 
exemplificativa para se referir a qualquer documento 
que tenha por finalidade a identificação pessoal, não 
especificando qual seja, podendo ser o documento 
oficial de identificação que é expedido pela Secretariade Segurança Pública do Estado do qual o sujeito 
passivo é natural ou então documento emitido por 
qualquer órgão público, como a Defensoria Pública, 
Magistratura, Ministérios ou Procuradorias. 
 
 
 
7. 5. Infração penal de menor potencial ofensivo. Como o 
próprio título da lei, bem como o seu art. 3° está a 
sugerir, a infração penal nela contida constitui 
contravenção penal, e não crime. Logo, é infração 
penal de menor potencial ofensivo (art. 61 da lei 
9.099/95). 
8. 6. Competência para processo e julgamento. Por tratar-
se de contravenção penal, a competência para o 
processo e o julgamento é dos juizados Especiais 
Criminais, nos moldes do art. 61 da lei 9.099/95. 
9. 7. Diferença entre crime e contravenção. A infração 
penal prevista no art. 3° da lei ora comentada configura 
contravenção, e não crime. Sabe-se que o Direito Penal 
Brasileiro adotou a teoria bipartida acerca das 
infrações penais. Segundo a teoria bipartida, infração 
penal é gênero que comporta duas espécies: crimes ou 
delitos (sinônimos) e contravenções penais. 
10. Os crimes podem ser de ação penal pública 
incondicionada, pública condicionada ou de ação 
penal de iniciativa privada. 
11. As contravenções penais são todas de ação penal 
pública incondicionada (art. 17 da LCP- Decreto Lei n° 
3.688/41); 
12. As contravenções penais não admitem a tentativa 
(art. 4° da LCP -Decreto Lei n° 3.688/1941). Os crimes 
podem admitir ou não, a depender da sua natureza; 
13. Todas contravenções são consideradas infrações 
penais de menor potencial ofensivo (art. 61 da lei 
9.099/95). Nem todos os crimes são considerados 
infrações penais de menor potencial ofensivo; 
14. Princípio da territorialidade positivado no art. 2° da 
LCP - Decreto Lei n° 3.688/1941As contravenções 
penais, a lei brasileira só é aplicável às contravenções 
penais praticadas em território brasileiro, 
15. Em relação aos crimes, a lei brasileira pode ser aplicada 
aos delitos praticados no território nacional ou fora 
dele, nos moldes dos princípios da territorialidade e da 
extraterritorialidade, positivados, respectivamente, 
nos arts. 5° e no do Código Penal. 
16. Especialidade. O tipo penal ora comentado configura 
especialidade em relação ao delito de apropriação 
indébita, previsto no art. 168 do Código Penal. O 
elemento especializante reside no objeto material, ou 
seja, os documentos mencionados no art. 1 o da lei. 
17. Diferença em relação ao crime de furto. O tipo penal 
em comento não tem nenhuma relação com o delito de 
furto. Conforme dito anteriormente, a contravenção de 
retenção de documento configura especialidade do 
delito de 
18. Apropriação indébita, previsto no art. 168 do Código 
Penal. Com efeito, no delito de furto, o agente, por não 
ter a posse ou detenção anterior da coisa, a subtrai; na 
contravenção ora analisada, o agente não subtrai o 
documento, mas o retém, aproveitando-se da sua 
posse ou detenção anterior. 
19. Retenção devida. Muito embora o tipo penal não faça 
menção expressa à retenção indevida, nada obsta que 
possa haver por parte do agente uma retenção devida 
do documento. POLICIAL SUSPEITA DO DOCUMENTO. 
20. Pena. O legislador estabeleceu como pena a prisão 
simples de um a três meses ou multa de NCR$ 0,50 
(cinquenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros 
novos). Note-se que as sanções penais são alternativas 
e não cumulativas. Assim, não pode haver a aplicação 
conjunta de ambas. Quanto à pena de multa prevista 
em cruzeiros novos, deve ser aplicada nos moldes do 
art. 49 e seguintes do Código Penal. 
21. Consumação. No momento da retenção do documento 
não o restituindo ao proprietário. 
22. Classificação. Contravenção comum; material; dolosa; 
comissiva ou omissiva própria; instantânea; não admite 
tentativa 
23. Pena. O legislador estabeleceu como pena a prisão 
simples de um a três meses ou multa de NCR$ 0,50 
(cinquenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros 
novos). Assim, não pode haver a aplicação conjunta de 
ambas. Quanto à pena de multa prevista em cruzeiros 
novos, deve ser aplicada nos moldes do art. 49 e 
seguintes do Código Penal. 
24. Consumação. No momento da retenção do 
documento não o restituindo ao proprietário. 
25. Classificação. Contravenção comum; material; dolosa; 
comissiva ou omissiva própria; instantânea; não admite 
tentativa 
 
 
 
Referência bibliográfica: 
HABIB, Gabriel, Leis Especiais Penais, 8. ed. rev., 
atual. e ampliada. -Salvador: Juspodivm, 2016 
 
RASCUNHO 
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