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Direito Constitucional - Resumo de Competências, Intervenção Federal, Poder Executivo, Impeachment e Processo Legislativo

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Direito Constitucional 
COMPETÊNCIAS 
• Competência: Aptidão legal que a pessoa (jurídica ou 
natural) tem, para praticar os atos a ele inerente, de decidir 
sobre os assuntos de sua alçada. 
• Formas de repartição: Privativa, exclusiva, expressa, 
residual, concorrente, comum. 
• Formas de competência: Legislativa própria e imprópria 
(material/execução/administrativa). 
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO 
Competências materiais/administrativas: 
• Competência Exclusiva: é indelegável (intransferível 
para os Estados-membros e municípios). Art. 21, CF. 
• Competência Comum: Todos os entes da Federação 
(União, Estados-membros e Municípios) a possuem. Art. 
23, CF. 
Competências legislativas: 
• Competência Privativa: pode-se delegar aos 
Estados-membros por meio de lei complementar (os 
municípios não recebem esta delegação; a delegação 
deve ser temporária e sobre matéria específica). Art. 22 
• Competência Concorrente: Cabe-se apenas aos 
Estados-membros, Distrito Federal e União; a União é 
responsável por criar as normas gerais, enquanto os 
Estados e DF criam normas específicas. Na falta de 
norma geral, os Estados têm competência plena para 
legislar. 
INTERVENÇÃO FEDERAL 
• Fase Inicial: por provocação ou solicitação, quando 
não for espontânea. 
• Fase Política: fase de decretação pelo Presidente da 
República (excl.) 
- O decreto deve conter as condições da intervenção, 
amplitude, prazo e, se for o caso, a nomeação de um interventor. 
- Na intervenção espontânea, o Presidente deve ouvir o 
Conselho de Defesa e Conselho da República previamente. 
• Fase de Controle Político: fase de aprovação pelo 
CN. 
 - O CN vota nas 2 Casas por decreto legislativo e 
maioria absoluta, num prazo de 24h para decisão de aprovar ou 
não. Se não aprovado, o Executivo deve fazer cessar a IF 
imediatamente, sob pena de crime de responsabilidade. 
 - Não se submete ao controle político: requisição do P. 
Judiciário, ADI Interventiva e Ação de Executoriedade. 
• Fase Judicial: esta fase é realizada quando há 
processo nas hipóteses de assegurar observância de Lei 
Federal e Violação de Princípio Constitucional. Art. 34 
PODER EXECUTIVO 
• Atividades típicas: execução de chefia 
governamental e administração e execução de políticas 
públicas 
• Atividades Atípicas: medidas provisórias (formas de 
legislar a partir do P. Executivo) e julgamento interno 
de recursos humanos. 
• Organização do Estado: 
- Elementos de Estado: população, 
território e soberania 
- Formas de Estado: Unitário, 
Confederação e Federação (Brasil) 
- Formas de Governo: República (Brasil) e 
Monarquia 
- Sistema de Governo: Presidencialismo 
(Brasil [unipessoal]) e Parlamentarismo 
(bipessoal) 
• Condições para ser eleito como Presidente: pleno 
gozo dos direitos políticos, ser brasileiro nato, filiação 
partidária, domicílio eleitoral, idade mínima de 35 anos, 
não ser inalistável (militar/conscritos/estrangeiros), ser 
elegível (não ser condenado 2ª instância, analfabetos). 
PROCESSO DE IMPEACHMENT 
• Lei do Impeachment: 1.079/1950 
• Ocorre quando um Presidente é deposto por ter 
cometido um crime de responsabilidade (Art. 85). 
Havendo suspeita de que o presidente cometeu um 
desses crimes, qualquer brasileiro pode entrar com 
pedido de impeachment. Esse pedido deve ser 
encaminhado à Câmara dos Deputados. Se o Presidente 
verificar que a queixa procede, ele aprova o pedido e 
solicita a formação de uma comissão especial para 
analisar a denúncia. Esse pedido deve ser encaminhado 
à Câmara. A comissão é eleita por um sistema de chapa 
única: ela tem que ter 65 deputados para representar 
todos os partidos da casa. Após formada a comissão, a 
Câmara notifica o Presidente e a partir daí ele tem um 
prazo de 10 sessões para se defender das acusações. 
Com a defesa e o pedido em mãos, a comissão especial 
tem um prazo de 5 sessões para emitir um parecer se 
recomenda ou não que o processo continue. Esse 
parecer tem mais 48 horas para ser votado pela Câmara 
e, para levar esse processo adiante, são necessários 
2/3 dos deputados, ou seja, 342 votos (342 de 513). 
Se esse número não for atingido, o processo é 
arquivado e o presidente segue governando. Se 
aprovado, o processo é instaurado e segue para o 
Senado. Os trâmites no Senado são parecidos: é 
formada uma comissão que tem 10 dias para emitir um 
parecer, e esse parecer também precisa ser votado e 
para ser aprovado, basta a maioria simples do Senado 
(41 dos 81 senadores). Se a maioria votar contra o 
processo é arquivado e se for a favor, o processo vai a 
julgamento. Nesse caso, o Presidente é afastado por 
180 dias e o vice assume o posto. 
O julgamento é conduzido pelo presidente do STF que 
ouve testemunhas e elabora um relatório de denúncia. 
Finalmente, é realizada nova votação no Senado. Para 
aprovação do Impeachment é preciso aprovação de 2/3 
dos parlamentares (54 Senadores). Não havendo esta 
maioria, o Presidente é absolvido e retorna ao cargo. 
Se votarem a favor, ele é destituído e fica 8 anos sem 
exercer cargo público e o vice assume o cargo 
definitivamente. Caso o vice também esteja impedido, 
a solução depende da data de seu afastamento: se for 
afastado nos 2 primeiros anos de seu mandato, são 
convocadas novas eleições com voto direto, se for 
afastado nos 2 últimos anos, há eleições por voto dos 
parlamentares. Enquanto novas eleições não ocorrem, 
quem comanda é o Presidente da Câmara dos 
Deputados, sob o período de mandato tampão. 
IMPEDIMENTO E VACÂNCIA 
• Impedimento: Impossibilidade transitória para 
assunção do cargo, como por exemplo, férias. 
• Vacância: Impossibilidade definitiva para assunção do 
cargo, como por exemplo, cassação, renúncia ou morte. 
• Substitutos eventuais ou legais: 
- Em âmbito Federal: Presidente, vice-
presidente, presidente da CD, presidente do 
SF e presidente do STF. 
- Em âmbito Estadual: Governador, vice-
governador, presidente da assembleia 
legislativa, presidente do tribunal de justiça 
local. 
- Em âmbito Municipal: prefeito, vice-
prefeito, presidente da câmara municipal. 
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Direito Constitucional 
PROCESSO LEGISLATIVO 
Que compreende a elaboração de atos normativos ou espécies 
normativas (art. 59, incisos de I a VII da CF). 
• Emendas à Constituição: Normas aprovadas que 
adquire o mesmo plano de importância das regras da 
Constituição. 
– Processo de criação: iniciativa = Presidente da 
República, Deputados Federais e Senadores. No caso 
de a iniciativa ser dos Deputados e ou dos Senadores, 
a proposta deverá conter no mínimo um terço dos 
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal. (Art. 60, I, II e III) 
– Discussão: A proposta de emenda é discutida em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos; é 
votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, três 
quintos dos votos dos membros de cada uma das 
Casas. (Art. 60 § 2º) – Promulgação: Após a votação 
e a aprovação do projeto, a fase subsequente é a 
promulgação, que deverá ser efetivada pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
• Leis Complementares: Normas que completam ou 
complementam o texto constitucional. O próprio nome 
indica, são normas que vêm trazer uma 
complementação ao texto constitucional e tem 
características próprias (Art. 69). Leis complementares 
propriamente ditas são aquelas exigidas pelo texto 
constitucional vigente. 
 – Processo de criação: Pode
ser deflagrada: pelo 
Deputado, pelo Senador, pela Comissão da Câmara 
dos Deputados, pela Comissão do Senado Federal, 
pela Comissão do Congresso Nacional, pelo Presidente 
da República, pelo STF, pelos Tribunais Superiores, 
pelo Procurador-Geral da República, e os Cidadãos 
através da Iniciativa Popular, conforme art. 61 “caput”. 
– Discussão: Acontece na Câmara dos Deputados e 
no Senado Federal (arts. 64 e 65); a aprovação se dá 
por maioria absoluta; promulgação e sanção são do 
Presidente da República (Art. 69). 
• Leis Ordinárias: Normas elaboradas pelo Poder 
Legislativo em sua atividade normal. A lei ordinária é 
um ato normativo primário e contém, em regra, 
normas gerais e abstratas. Embora as leis sejam 
definidas, normalmente, pela generalidade e abstração 
(“lei matéria”), estas contêm, não raramente, normas 
singulares (“lei formal”). 
• Leis Delegadas: A forma da Lei Delegada e a 
estrutura é a mesma aplicada quando da elaboração 
de uma lei, ou seja, a necessidade da existência dos 
dois elementos básicos: a ordem legislativa e a matéria 
legislada. A ordem legislativa compreende o 
preâmbulo e o fecho da lei. A matéria legislada diz 
respeito ao texto ou corpo da lei. Normas elaboradas 
pelo Presidente da República mediante delegação (tem 
forma de resolução) expressa do CN. A CF define o 
objeto de delegação (art. 68 e §). 
- Processo de criação: Por solicitação do Presidente 
da República deflagra-se o processo de criação da Lei 
Delegada mediante expedição de resolução 
autorizadora por parte do Congresso Nacional; geral = 
Dependendo do estabelecido na resolução 
autorizadora, que especificará seu conteúdo e os 
termos de seu exercício, haverá ou não apreciação do 
projeto pelo Congresso Nacional. Se a resolução não 
determinar essa apreciação, dispensa-se a sanção, 
passando-se à promulgação. Não se veta, em 
consequência, projeto de Lei Delegada. É ilógico 
pensar-se que o Presidente da República vetaria aquilo 
que ele próprio elaborou. 
• Medidas Provisórias: Normas que, havendo 
relevância e urgência, podem ser editadas pelo 
Presidente da República, possuindo força de lei. 
Devem ser submetidas de imediato à apreciação do 
Congresso Nacional. A MP, uma vez editada, 
permanecerá em vigor pelo prazo de 60 dias e será 
submetido, de imediato, ao Poder Legislativo. A 
Comissão mista composta de Deputados e Senadores 
receberá do Congresso Nacional, a medida provisória, 
que apresentará parecer favorável ou contrário à sua 
aprovação. Examinada pela Comissão formada pelas 
duas Casas (chamada de mista), a MP será 
encaminhada à Câmara dos Deputados, que realizará 
a deliberação principal nesse processo legislativo e a 
primeira votação, devendo estar presente, mesmo 
antes da análise do mérito, os requisitos da relevância 
e da urgência (não havendo relevância ou urgência 
não é constitucional). Aprovada a MP será convertida 
em lei, devendo o Presidente do Senado Federal 
promulgá-la, uma vez que se consagrou na esfera 
legislativa essa atribuição ao próprio Poder Legislativo, 
remetendo ao Presidente da República, que mandará 
publicar a lei de conversão. A rejeição tácita da medida 
provisória pelo Congresso Nacional, a partir da EC nº 
32 de 2001, permite uma única prorrogação de sua 
vigência pelo prazo de 60 dias. Se, porém, após esse 
novo prazo, igualmente o Poder Legislativo 
permanecer inerte, a rejeição tácita se tornará 
definitiva, impedindo a reedição da medida provisória 
na mesma sessão legislativa. 
• Decretos Legislativos: Normas aprovadas pelo 
Congresso Nacional sobre matéria de sua competência 
exclusiva. Não requer o texto constitucional a remessa 
ao Presidente da República para sanção (art. 49 e seus 
incisos). 
- Processo de criação: Pode ser deflagrada pelo 
Presidente da República ou da iniciativa de membro ou 
comissão do Congresso Nacional. 
- Discussão: acontece no Congresso Nacional, 
aprovação se dá por maioria simples. 
- Promulgação e publicação: Ambos os atos é da 
competência do Presidente do Senado Federal. Por 
trata-se de competência exclusiva, do Congresso 
Nacional, não é necessário obter a sanção do 
Presidente da República. 
• Resoluções: Normas que expressam deliberações do 
Poder Legislativo e que obedecem a procedimento 
diverso do previsto para a elaboração das leis. O 
Legislador Constituinte não definiu quais os atos que 
serão veiculados por resoluções. Art. 68 § 2º da CF. 
- Processo de criação: É feita pelo Congresso 
Nacional na forma estabelecida regimentalmente. 
- Discussão = Acontece na Casa Legislativa (Câmara 
ou Senado) que irá expedi-las. Para a aprovação 
deverá obter manifestação (dos parlamentares) da 
maioria simples. 
- Promulgação: É efetivada pela Mesa da Casa 
Legislativa que a expedir ou, quando se tratar de 
resolução do Congresso Nacional (conjunto), pela 
Mesa do Senado Federal. 
- Publicação: Deverá ser publicada pela Casa 
Legislativa de onde emanou. Por trata-se de matéria 
privativa, do Senado ou do Congresso, não é 
necessário obter a sanção do Presidente da República.

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