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Resumo constitucional I av1

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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL É um ramo do Direito Público que regula a Lei de Organização Geral do Estado, com o fim de resguardar a soberania social e econômica dos órgãos e das pessoas que constituem um Estado Organizado. (Estuda os principios indispensaveis á organização do Estado, a distribuição dos poderes, os órgãos publicos e os direitos individuais e coletivos)
Brasil, país soberano, nome oficial republica federativa do Brasil. Não é um Estado unitário ou centralizado, mas é um Estado federal, descentralizado, porque são divididos em estados-membros, pois o Brasil é um Estado muito grande de dificil administração.
	Forma de Estado= Federado
	Forma de governo= Republica
	sistema de governo= Presidencialista
	Regime de governo= Democrático
Nos regimes politicos baseados na federação as leis se distinguem em federais, estaduais e municipais.
O Poder legislativo é incumbido de elaborar leis, se situa no congresso nacional-instituição politica que exerce o legislativo. Exerce em forma de bicameralismo federal:
	camera dos deputados=(deputados federais-são 513)-representantes do povo-casa de origem
	Senado federal=Senadores-representantes dos estados-membros(são 81)-casa revisora. 
Quorum= é o numero requerido de assistentes à uma sessão de qualquer corpo de deliberação ou parlamentar para que seja possível adaptar/votar e tornar uma decisão válida.
	Maioria simples ou relativa=depende do número de parlamentares presentes naquela sessão.
É necessário para aprovação de lei ordinária, decreto legislativo, resoluções.
	Maioria Absoluta= É o primeiro número inteiro acima da metade dos membros da casa legislativa, mas trata-se da metade dos membros, ou seja, mesmo quem não for, conta. Ex: a Câmara dos Deputados Federais tem 513 membros. Sua maioria absoluta será sempre de 257 votos, enquanto a maioria simples pode variar de acordo com os presentes.
	Maioria qualificada=É apenas utilizada para normas especiais.
Ocorre quando é necessária a aprovação por mais votos do que os da maioria simples.
Normalmente se estabelecem dois terços, ou de três quintos dos votos (a partir do número total de componentes da casa) para a aprovação do que foi proposto. 
Exemplo: Na câmara de deputado há 40 deputados. Destes só foram à sessão 22 deputados. Num projeto de aprovação por maioria simples, quantos votos precisaria? e num projeto por maioria absoluta, quantos votos eu precisaria? e num projeto de votação por maioria qualificada de 3/5, quantos votos eu precisaria?
40 total 22 presentes
maioria simples: metade + 1 dos presentes (22): 11+1 = 12 
maioria absoluta: metade + 1 do total (40): 20+1 = 21 
maioria qualificada depende de convenção. 
Na maioria qualificada em leis no Brasil, geralmente corresponde a dois terços ou três quintos dos membros da Câmara (40). 
Se na sua convenção é 3/5 * 40 = 24 , + 1 = 25
Projeto de lei sempre começa na casa de origem, se aprovado nas duas casas vai para o presidente da republica, que pode tanto sancionar(aprovar) ou vetra(proibir/suspender)
	Veto politico=é quando o chefe do executivo entende que o projeto é contrario ao interesse publico.
	Veto juridico= quando veta-se o projeto não mais por ser contrário ao interesse publico, mas por entender que o projeto é inconstitucional.
Em regra, o controle de constitucionalidade cabe ao judiciário, mas pelo sistema de freios e contrapesos também pode ser feito pelo legislativo e executivo de maneira preventiva/repressiva 
Acepções do termo constituição
	Sociológica=as leis na sociedade, garantia dos direitos fundamentais 
	Politica= uma decisão de conjunto sobre o modo de governar e a forma da unidade politica 
	Juridica=estrutura das leis no sentido lógico-juridico, positivado formal e material
Fontes do direito Constitucional: 
	Imediatas= A própria constituição politica, fonte primaria do direito constitucional, que estabelece as diretrizes politicas e organizacionais de uma sociedade; podendo ser escrita ou não.
	Mediatas=O direito natural, a doutrina, a jurisprudencia e os costumes e tradições da sociedade.
Constituição – "um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua ação. (Lei estrutural e fundamental de um Estado, que visa à organização de seus poderes políticos, suas formas de manifestação e governo. Organização estatal.)
Classificação – As constituições podem ser classificadas quanto ao conteúdo, à forma, ao modo de elaboração, à origem, à estabilidade, à extensão e à finalidade.
Quanto ao Conteúdo – As constituições podem ser
	materiais – significa a reunião de todas as regras, estejam ou não estabelecidas em um único texto(Trata dos aspectos essenciais ao Estado(forma de Estado, forma de governo, regimes políticos, poderes do Estado e direitos fundamentais) 
	formais – constituição escrita. Corresponde as normas que passaram pelo procedimento de elaboração das normas constitucionais, seja qual for o conteúdo (normas que se expressam de forma escrita e inseridas em texto constitucional).
Quanto a Forma(critério formal) – Há a constituição 
	escrita –dogmática ou codificada = é composta por um conjunto de regras codificadas em um único documento.
	não-escrita –Consuetudinária, histórica, dispersa ou não-escrita= suas regras são esparsas e se encontram em diversos textos, costumes, doutrinas e jurisprudências (que são os julgamentos reiterados sobre determinado assunto).
Quanto ao Modo de Elaboração(critério da formação) – Podem ser 
	dogmáticas – um produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte;não pode ser contextada quanto sua aplicação(surgem em determinado momento, refletindo os ideais ali
	dominantes) 
	históricas –são formadas lentamente ao longo da história, baseadas em costumes, convenções, jurisprudências e outros textos. 
Quanto à Origem (critério de origem)– 
	São promulgadas/popular ou democrática – as quais derivam de representantes diretos do povo; (vontade do povo)
	outorgadas –É redigida e imposta pelo poder governante. É aquela exteriorizada sem a participação dos cidadãos. Como exemplo marcante, podemos citar o evento ocorrido na história do Brasil, popularmente conhecida como regime militar, outorgada em 1967 e pós 1969 com o AI5. (vontade de uma minoria)
	Cesaristas- Resultam de uma elaboração autoritaria, mas são submetidas ao referendo popular, para revestí-la de aparente legitimidade. 
Quanto à Estabilidade(processo de alteração/auterabilidade/mutabilidade) – Podem ser: 
	imutáveis/ inalterável – é vedada qualquer alteração em seu texto(autoritarias); o que não existe nas constituições democráticas, pois essas mudam dentro do contexto histórico
	rígidas – são alteráveis por procedimentos complexos e solene. (dificil de ser alterada)
	flexíveis – são modificáveis pelos mesmos procedimentos previstos para alteração das leis comuns. (fácil de ser alterada)
	Super-rígida =São escritas e possuem em seu corpo, ao mesmo tempo, dispositivos que não podem ser alterados, e outros que o podem, porém com regras mais severas que as impostas às normas infraconstitucionais
	semiflexíveis ou semi-rígidas – Para alguns assuntos contêm limitações flexíveis e para outros, limitações mais rígidas.
Quanto à Extensão (tamanho)– Podem ser: 
	sintéticas (sucinta ou concisa)– tem poucos artigos, possuem apenas normas e princípios que tratam dos aspectos de ordenamento do Estado; é a Constituição contida, resumida (Constituição dos Estados Unidos da América). 
	analíticas (prolixa)– são extensas, tratam de muitos assuntos, são mais abrangentes, abordam todos os assuntos relevantes à formação e ao funcionamento do Estado. caracteriza-se por ser extensa e minuciosa (Constituição Brasileira). 
Quanto a ideologia
Constituição Eclética
– linha política indefinida, equilibra princípios ideológicos. 
Constituição Ortodoxa – linha política bem definida, traduz apenas uma ideologia.
Finalidade-função que desempenham no Estado=organizar, estruturar, limitar
	Constituição garantia=mecanismo de controle do poder estatal, limita o poder do estado para garantir liberdade aos direitos individuais.
	Contituição dirigente= é a que pretende transformar a realidade sócio econômica, tipica do Estado intervencionista; dirige politicas publicas(normas programáticas) fixa métodos e programas sociais.
	Constituição Balanço – concebida por juristas da antiga União Soviética, refletiam os estágios das lutas das classes, promulgando-se uma nova ordem constitucional a cada etapa de sua evolução. 
As constituições podem ser
	normativas= quando efetivamente conseguem disciplinar a realidade politica e social. é aquela em que os destinatários e detentores do poder efetivamente usam e obedecem corretamente.
	Nominalistas=quando pretendem disciplinar a realidade, mas não encontram ressonância. É juridicamente válida, porém não é real com o meio social não sendo portanto efetiva. 
	Semântica= é a Constituição cujas normas foram elaboradas para a legitimação de práticas autoritárias de poder; geralmente decorrem da usurpação do Poder Constituinte do povo. é usada para consolidar e perpetuar a intervenção dos detentores do poder. 
Eficácia das normas constitucionais=Capacidade das normas produzir efeitos
Classificação:
	EFICÁCIA PLENA/integral/imediata/absoluta=As normas constitucionais de eficácia plena, são aquelas que são imediatamente aplicáveis, ou seja, não dependem de uma normatividade futura que venha regulamentá-la, atribuindo-lhe eficácia. São, pois, normas que já contém em si todos os elementos necessários para sua plena aplicação, sendo despiciendo que uma lei infraconstitucional a regulamente.
	EFICÁCIA CONTIDA/restringivel=independentemente de regulamentação, podem, por expressa disposição constitucional, ter sua eficácia restringida por outras normas, constitucionais ou infraconstitucionais.
	EFICÁCIA LIMITADA/restrita=Tem eficácia minima porque ela tem uma barreira, ela precisa de uma lei que regulamente ela. (Ex. Codigo do consumidor entre outros códigos)
	EFICÁCIA EXAURIDA=jÁ cumpriu toda sua eficácia, não é mais capaz de produzir os seus efeitos, mas ainda faz parte da constituição.(Ex. ADCT)
DIFERENÇA DE NORMA PLENA E CONTIDA= Na contida há possibilidade de restrição, enquanto que na plena não há essa possibilidade pela lei infraconstitucional. 
Fenômeno de Recepção=é aquele em que, quando nasce uma Constituição, a ordem constitucional anterior é revogada, instante em que sobrevém ordem jurídica totalmente nova. Neste instante, a nova Constituição não guarda qualquer vínculo com o ordenamento infraconstitucional anterior, mas abre-se a possibilidade de se aproveitar as normas infraconstitucionais que, porventura, não sejam contrárias à nova ordem. Assim, a partir de uma análise, apura-se quais normas são e quais não são compatíveis com o novo ordenamento. As compatíveis serão recepcionadas, já as incompatíveis serão revogadas, instante em que cessarão suas eficácias. (é o instituto pelo qual a nova Constituição, independente de qualquer previsão expressa, recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia.)
	Recepção formal= diz respeito ao tipo de norma, ao quorum de aprovação e à roupagem jurídica. Aqui, a norma anterior é recepcionada levando-se em conta o novo status que quis lhe dar o novo constituinte, não se importando com o tipo e quorum anterior.
	Recepção material= em que é levado em conta a mens legis, não podendo a norma anterior contrastar em nada o novo texto Constitucional, sob pena de não operar a recepção, mas a revogação. 
	Recepção total ou parcial=É perfeitamente possível a recepção parcial de uma norma, isto é, ela pode ter uns artigos contrários à nova Constituição e outros não. Neste caso, os contrários serão revogados e os acordantes serão recepcionados.
Teoria da Recepção e Poder Constituinte Derivado=Atente-se para a observação de que a teoria da recepção, da mesma sorte que se aplica ao Poder Constituinte Originário, se aplica ao Derivado, digo, em relação às emendas e revisões, a recepção ou revogação terá como base a data da reforma. Essa dica é de suma importância para detectar se o instituto a ser aplicado deve ser o da recepção ou o de análise de constitucionalidade. Se a norma já existia na data da revisão, estaremos no campo da recepção, se posterior, no da análise da constitucionalidade.
Teoria da Recepção e Controle de Constitucionalidade=Quando falarmos sobre normas pertencentes à ordem constitucional anterior, devemos nos ater aos fenômenos da recepção ou da revogação, não devemos cogitar do fenômeno do Controle de Constitucionalidade, nem mesmo de forma superveniente, pois não há se falar em controle de constitucionalidade de norma que vigia sob a égide do ordenamento anterior.
A data a ser levada a efeito quanto a Teoria da Recepção, em relação à norma infraconstitucional e reforma constitucional será da data da reforma, ou seja, caso a norma tiver entrado em vigor anteriormente à reforma, estaremos no campo da Recepção ou revogação, caso seja posterior, tratar-se-á de controle de constitucionalidade.
O instituto da Recepção só se presta a operar em face de leis que encontravam-se em vigor na data da entrada em vigor do texto constitucional, não alcançando leis ainda não em vigor, como as em estado de vacatio etc.
Repristinação=Não importa se a norma estaria em consonância com a atual Constituição, pois, se, quando da instituição da nova Carta, uma lei já não mais vigorava, não podemos nos ater à Teoria da Recepão, porquanto este instituto somente pode ser levado a efeito em relação a lei vigente. no momento da entrada em vigor do texto constitucional. Nesse caso, em que a lei já não mais vigorava, é cediço que o tema diz respeito a repristinação.
É a volta automática de uma norma revogada anteriormente pela norma que foi revogada mais recentemente. No Brasil não existe, Salvo disposição em contrário(expressa e não tacita), a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Mesmo se a norma que serviu de parâmetro para decretar a revogação de norma infraconstitucional for retirada da Constituição, não poderá a norma revogada passar a ser recepcionada, pois a revogação é definitiva.
Leis existentes, mas ainda não em vigor na data da instituição da nova Constituição=No instante do nascimento da Constituição, pode ser que haja leis que, apesar de existentes, ainda não tenham entrado em vigor, por motivos diversos, como, por exemplo encontrar-se em período de vacatio legis ou por não haverem, ainda, sido promulgadas e publicadas. Neste caso a doutrina se diverge, entendendo Motta e Barchet que não caberia a recepção, por não encontrar-se em vigor aquela lei.
Teoria da Desconstitucionalização
Consiste no fato de, algumas normas da constituição anterior permanecer vigentes com a roupagem de lei ordinária, podendo sustentar-se as normas que, porventua não contrastassem com a nova. Todavia este fenômeno não é aceito por nosso ordenamento jurídico. Aqui não há condições de haver uma continuidade entre os dois ordenamentos constitucionais, o anterior e o novo, pois terá havido uma ruptura total da ordem jurídica anterior e nascimento de uma nova ordem. 
Desconstitucionalização ocorre qdo matérias tratadas pela Constituição anterior não hajam sido tratadas na nova e nesta nova Constituição não se encontra nada que seja obstáculo àqueles artigos existentes na anterior. Nessas condições, os artigos da Constituição substituída permaneceriam em vigência sob a forma de lei ordinária.
Apesar de haver doutrinadores que entendem que a nova Constituição poderá aproveitar dispositivos da anterior,
que não sejam incompatíveis com a posterior, este não é o entendimento do STF. O entendimento majoritário é no sentido de derrubar, em bloco, a Constituição anterior, vindo a posterior a substituí-la integralmente.(É quando se tira da norma seu lugar na constituição revogada se tornando norma infraconstitucional .
Poder Constituinte =É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado.
Titularidade do Poder Constituinte= é predominante que a titularidade do poder constituinte pertence ao povo. Logo, a vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de seus representantes.
Poder Constituinte Originário ou de 1º Grau= cria uma primeira constituição ou uma nova ordemconstitucional do Estado, é inicial, não depende de nenhuma norma do ordenamento juridico, deixa de lado qualquer ordenação existente, inclusive clausulas petreas, não tem limites, é ilimitada, não encontra nenhuma condição, não esta condicionada a nada. (Características: inicial, autônomo, incondicionado e ilimitado.)
Poder Constituinte Originário Histórico - refere-se ao poder atribuído àqueles que pela primeira vez elaboram a Constituição de um Estado, responsáveis por sua primeira forma estrutural.
Poder Constituinte Originário Revolucionário - é todo o poder responsável pela criação de constituições que se sobrepõem à primeira. É revolucionário todo o poder constituinte que rompa com um poder constituinte previamente estabelecido em uma determinada nação soberana.
Tal poder aventado pela doutrina jurídica é ainda conhecido por Poder Genuíno ou Poder de Primeiro Grau ou ainda Poder Inaugural. Assim, este poder pode ser aquele que dá o primeiro conjunto de leis de uma determinada coletividade (histórico), ou então aquele que rompe com uma determinada ordem anterior para estabelecer uma completamente nova (revolucionário). No Brasil, por exemplo, estiveram dotados do Poder Constituinte Originário Histórico os responsáveis pela elaboração da Constituição de 1824. Nesta primeira constituição, tal poder criou uma ordem constitucional para um país recentemente independente, que até o momento adotava leis de outro país, no caso Portugal, incompatíveis com sua soberania, portanto, não podendo ser consideradas como originárias da coletividade brasileira. Já a partir das outras constituições, de 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, tivemos um rompimento com a situação anterior para o estabelecimento de um novo repertório normativo, mesmo considerando que em alguns momentos a ruptura econômica, política ou social não tenha sido tão drástica que desse ensejo a uma reformulação completa nas leis fundamentais do país.
Poder constituinte Derivado= secundario, derivado pois deriva de um poder originado limitado, pois se limita a uma ordem já posta.(caracteristicas: derivado=deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder Constituinte originário; condicionado=seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF; é condicionado a regras formais do procedimento legislativo; subordinado= está subordinado a regras materiais; encontra limitações no texto constitucional. Ex. cláusula pétrea). Este poder se subdivide em:
I) poder derivado(reformador) de reforma: poder de editar emendas à Constituição. O exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador. 
II) poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as suas próprias constituições. O exercente deste poder são as Assembléias Legislativas dos Estados. Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem, desde que respeitem a constituição federal.
A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era previsto, chegando a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-organizar-se através de suas próprias Constituições Municipais que são denominadas Leis Orgânicas.
III) Poder Constituinte Derivado Revisor: Também chamado de poder anômalo de revisão ou revisão constitucional anômala ou competência de revisão. Foi estabelecida com o intuito de adequar a Constituição à realidade que a sociedade apontasse como necessária. 
O artigo 3º dos ADCT estabeleceu que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. O procedimento anômalo é mais flexível que o ordinário, pois neste segundo exige-se sessão bicameral e 3/5 dos votos.
Limitações ao Poder Constituinte Derivado Reformador
Limitações formais ou procedimentais=referem-se aos órgãos competentes e aos procedimentos a serem observados na alteração do texto constitucional.
Só pode exercer a iniciativa quem tem poder de iniciativa, pois caso contrário haverá uma inconstitucionalidade formal (art. 60 da CF). 
São as limitações representadas pelo processo mais difícil de alteração da Constituição, se comparado com o de produção de legislação ordinária. Materializa-se pelas restrições ao poder de iniciativa, pela tramitação diferenciada, pela previsão de 4 votações, pelo quorum especial, pela solenidade especial de promulgação e pela impossibilidade de a matéria constante de proposta de emenda rejeitada retornar para ser votada na mm sessão legislativa ordinária.
1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal (art. 60, I da CF): Trata-se de iniciativa coletiva, pois exige a assinatura de no mínimo 1/3 dos Deputados ou Senadores. Não há iniciativa parlamentar individual nas emendas constitucionais.
Para apresentar uma proposta de emenda constitucional é necessário 171 Deputados ou 27 Senadores, enquanto que na lei ordinária qualquer membro de qualquer uma das Casas já tem esse poder. 
Presidente da República (art. 60, II da CF): Trata-se de iniciativa unipessoal.
Mais da metade das Assembléias Legislativas da unidade da federação, manifestando intimamente pela maioria relativa de seus membros (art. 60, III da CF): Tendo em vista que há, no Brasil, 26 Estados-membros e 1 Distrito Federal, para apresentar uma proposta de emenda constitucional, é necessário que 14 Assembléias Legislativas manifestem-se por maioria relativa. 
Votação: A proposta de emenda constitucional apresentada por 1/3 do Senado tem início no Senado. A apresentada por 1/3 da Câmara dos Deputados, pelo Presidente da República e por mais da metade das Assembléias Legislativas, tem inicio na Câmara dos Deputados. 
A apreciação da proposta de emenda constitucional é realizada nas 2 casas do Congresso Nacional, separadamente, e em 2 turnos de discussão e votação (no plenário), necessitando de 3/5 dos votos em cada uma delas (art. 60 §2º CF). 
Apresentada a proposta de emenda constitucional na casa iniciadora, os parlamentares fazem a discussão e depois se segue a votação (1 turno). Depois, novamente fazem a discussão e segue-se a votação (2 turno). Se aprovada, a proposta de emenda constitucional, segue-se para a outra casa, em que também passará pelos dois turnos. 
Assim, se existe uma emenda constitucional, é porque ela foi aprovada quatro vezes, duas na Câmara e duas no Senado. São necessários 308 Deputados e 49 Senadores. O projeto de lei, diferentemente, é apreciado em um turno de discussão e votação, necessitando de maioria relativa em cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Aprovada: O projeto de emenda constitucional seguirá para a promulgação.
Rejeitada em uma das casas: o projeto de emenda constitucional estará rejeitado, pois é necessária a vontade expressa das duas casas para aprovar uma emenda constitucional. Assim, não se aplica o princípio da primazia da deliberação principal sobre a revisional, que é própria do processo legislativo ordinário. 
A emenda constitucional começa e termina no Congresso Nacional, não havendo sanção ou veto do presidente. 
Promulgação: A emenda constitucional será promulgada pelas
mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60 §3º CF).
Mesa é o órgão responsável pela condução dos trabalhos legislativos pelo período de dois anos.
Limitações circunstanciais ao poder de reforma: Circunstanciais
Não pode acontecer a reforma constitucional em certas ocasiões. Nenhuma proposta de emenda pode ser votada ou promulgada no estado de defesa, de sítio ou intervenção federal. As propostas podem ser apenas apresentadas e discutidas.
	Estado de sítio: A anormalidade esta generalizada por todo o território nacional. 
	Estado de defesa: A anormalidade ocorre em alguns pontos do território nacional. 
	Intervenção federal: A União quebra, temporária e excepcionalmente a autonomia dos Estados, por desrespeitarem as regras do artigo 34 da Constituição Federal.
Limitações materiais explicitas poder de reforma=são referentes a determinadas matérias as quais não podem ser objeto de emenda que as pretenda abolir, são as previstas no art. 60, par. 4º da CF e são ditas cláusulas pétreas, núcleo pétreo ou núcleo imodificável. Uma emenda que toque em alguma dessas matérias não para aboli-la, mas para dar-lhe novo tratamento, não será, em princípio, inconstitucional.
Limitações materiais implicitas ao poder de reforma =Impedem que sejam alterados o titular do poder constituinte (CN), as prescrições sobre a iniciativa do processo de elaboração de emenda a Constituição e o próprio processo legislativo de sua formulação. Qualquer emenda que incida sobre o art. 60, em qualquer de seus parágrafos, ofende limitação material implícita.
Limitações Temporais=Impõem que a Constituição somente poderá ser reformada depois de transcorridos certo prazo. A Constituição brasileira, em vigor, não apresenta limitações temporais ao poder de emenda, apenas prevê esse tipo de limitação ao exercício do poder constituinte revisional (após 5 anos da vigência da CF pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral); Uma proposta não pode ser apresentada 2 vezes no mesmo ano numa mesma assembleia legislativa. Para ser reapresentada é preciso que mude o tempo da sessão legislativa( o ano)

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