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Aula 12 Ancylostoma

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Ancylostoma sp.
Profa. Vera
Ciências Biológicas
Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Secernentea
Ordem: Strongylida
Superfamília Strongyloidea
Família: Ancylostomidae
 - Subfamília Ancylostominae
 - Espécie: Ancylostoma duodenale ; A. ceylanicum, A. caninum, A. braziliense 
 - Subfamília Bunostominae
 - Espécie: Necator americanus
Ancilostomídeos
Do grego ANKYLOS, curva + STOMA boca
Ancylostoma
Estágios parasitários ocorrem no homem, cães, gatos e outros vertebrados.
“Ancylostoma duodenale, Necator americanus e A. ceylanicum” (100 spp.);
Causam ancilostomose/ ancilostomíase/ necatoríase; 
“amarelão”;
Ampla distribuição geográfica - A. duodenale: regiões temperadas, N. americanus: regiões tropicais
Cerca de 1,3 bilhões pessoas no mundo estão infectadas (Centers for Disease Control and Prevention, 2002);
60 mil óbitos.
Morfologia externa - Ancylostoma sp.
Corpo cilíndrico;
Cápsula bucal profunda (ingestão de até 300μl sg./dia - hematofagia);
Dois a três pares de dentes;
Coloração róseo-avermelhada, esbranquiçada.
Ancylostominae: A. duodenale e A. ceylanicum - dentes na margem da boca;
Bunostominae: N. americanus - lâminas cortantes circundando a margem da boca;
Fases evolutivas: Ovos, Parasitos adultos (macho, fêmea), e Larvas rabditóides e filarióides.
Ancylostoma duodenale
Extremidade anterior curvada dorsalmente;
Cápsula bucal profunda com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca, e um par de lancetas ou dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula bucal
Morfologia de Ancylostoma duodenale
Cilindriformes com extremidade anterior curvada dorsalmente
Dimorfismo no tamanho corporal, e morfologia da região posterior.
Machos com de 8 a 11mm;
Machos com bolsa copulatória;
Fêmeas de 10 a 18mm;
Extremidade posterior afilada com pequeno processo espiniforme terminal (A. duodenale);
Vulva no terço posterior do corpo;
Anus final da cauda.
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Ancylostoma Ceylanicum
Semelhante a A. duodenale;
Cápsula bucal com dois pares de dentes ventrais – 1 par grande e 1 par quase inconspícuos;
Necator americanus 
Extremidade cefálica bem recurvada
Cápsula bucal profunda com duas lâminas cortantes na margem interna da boca (subventral), e duas na margem interna subdorsal;
No fundo da cápsula bucal com um dente longo;
Macho com bolsa copulatória bem desenvolvida;
Fêmea com parte posterior sem espinho terminal,
Morfologia
Ovos
Formato elipsóide
Espaço entre a casca e o conteúdo
Os ovos são ovais sem segmentação ou clivagem.
Ciclo Biológico
Monoxênicos;
Duas fases bem definidas: de vida livre e vida obrigatoriamente parasitária;
Ovos liberados no intest. delgado são eliminados nas fezes do hospedeiro;
Grande produção de ovos;
Necessidade de ambiente propício: boa oxigenação, umidade (>90%), e temperatura elevada (interior das fezes);
 Embrionia, formação da larva de primeiro estádio L1 (rabditóide) e sua eclosão.
Ciclo Biológico – via transcutânea
L1 no solo – alimenta-se de mat. orgânica e micro-organismos;
Perde a cutícula velha – L2;
Outra nova cutícula é formada internamente – L3 (2 cutículas);
L3 – filarióide – larva infectante – não se alimenta.
Movimentos serpentiformes;
30 min. para a penetração e caem na circulação sanguínea ou linfática – coração – pulmões;
Dos alvéolos – bronquíolos – traquéia – laringe – intestino delgado L4; 
15 dias após infecção L5 - D;
Adultos com 30 dias
Eliminação de ovos – 21 a 60 dias 
L3 - filarióide – LARVA INFECTANTE 
Ciclo Biológico – via oral
Alimentos ou água
L3 - perdem a cutícula no estômago;
2 a 3 dias migram para o intestino;
Penetram na mucosa do duodeno atingindo as células de Lieberkühm (L4);
Voltam ao intestino para o repasto sanguíneo (15 dias – L5);
Eliminação dos ovos.
Vias de infecção
 1) Transcutânea: circulação, cava, coração, pulmão, traqueia, faringe, laringe (ingestão), esôfago, estomago e intestino delgado;
 2) Oral: ingestão, esôfago, estomago e intestino delgado.
Larvas L3
Monoxênicos
Necessitam passar um tempo no ambiente para desenvolvimento da larva.
Infecção transcutânea
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Larva migrans cutânea (LMC)
Larva migrans visceral (LMV) 
Larva migrans ocular (LMO)
Hospedeiros definitivos: cães e gatos;
Podem infectar o homem (hospedeiro anormal)
A. brasilienses; A. caninum; Toxocara canis; Strongyloides spp. e outros;
Não atingem a maturidade sexual produzindo as síndromes da larva migrans: LMC, LMV e LMO.
Migrans cutânea = bicho geográfico
Transmissão
Ingestão de alimentos crus ou água com ovos contendo larvas infectantes - L3;
Infecção transcutânea.
Sintomatologia
Dependência da infecção;
Erupção no local da infecção;
Tosse, febre;
Anemia ferropriva;
Geofagia;
Aspecto amarelado;
Hemorragias;
Sangramento nas fezes;
Cansaço, fraqueza, 
desânimo
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Patogenia
Traumática; Irritativa-Inflamatória (larvas na pele) hiperemia, prurido e edema resultante do processo inflamatório ou dermatite urticariforme.
Amarelão;
O quadro clínico pode variar desde a inexistência de sintomas até situações de gravidade extrema.
A causa primária (fase aguda) está relacionada com 
a migração das larvas através de tecidos e a implantação dos vermes adultos no intestino delgado. 
Ação Patogênica dos Adultos – Espoliadora; 
A etiologia secundária (fase crônica) é devida à presença dos vermes presos ao I.D. levando a alterações fisiológicas, bioquímicas e hematológicas.
Diagnóstico 
Laboratorial: Exame de fezes
Técnicas imunológicas: ↓ uso
Presença de cães e gatos parasitados em áreas de recreação.
Caixas de areia em parques infantis, creches.
Crianças mais acometidas
Epidemiologia
Profilaxia
Conscientização dos proprietários;
Tratamento de animais;
Proteção de caixas de areia;
Saneamento básico;
Higiene das mãos;
Uso de calçados (evitar contato da pele com solos contaminados);
Controle de cães errantes.
Saneamento básico, Educação Sanitária, Uso de Calçados, Tratamento dos Doentes
Tratamento 
Mebendazol, 
Albendazol, 
Pamoato de Pirantel, 
Não prescritos para mulheres grávidas.
É recomendado repetir o tratamento. 
Referências 
CIMERMAN, B.; FRANCO, M. A. Parasitologia Humana: e seus fundamentos gerais São Paulo: Atheneu, 2005. 
NEVES, David P.. Parasitologia humana. 11 ed. SÃO PAULO: Atheneu, 2010.

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