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Ancylostoma sp. Profa. Vera Ciências Biológicas Taxonomia Reino: Animalia Filo: Nematoda Classe: Secernentea Ordem: Strongylida Superfamília Strongyloidea Família: Ancylostomidae - Subfamília Ancylostominae - Espécie: Ancylostoma duodenale ; A. ceylanicum, A. caninum, A. braziliense - Subfamília Bunostominae - Espécie: Necator americanus Ancilostomídeos Do grego ANKYLOS, curva + STOMA boca Ancylostoma Estágios parasitários ocorrem no homem, cães, gatos e outros vertebrados. “Ancylostoma duodenale, Necator americanus e A. ceylanicum” (100 spp.); Causam ancilostomose/ ancilostomíase/ necatoríase; “amarelão”; Ampla distribuição geográfica - A. duodenale: regiões temperadas, N. americanus: regiões tropicais Cerca de 1,3 bilhões pessoas no mundo estão infectadas (Centers for Disease Control and Prevention, 2002); 60 mil óbitos. Morfologia externa - Ancylostoma sp. Corpo cilíndrico; Cápsula bucal profunda (ingestão de até 300μl sg./dia - hematofagia); Dois a três pares de dentes; Coloração róseo-avermelhada, esbranquiçada. Ancylostominae: A. duodenale e A. ceylanicum - dentes na margem da boca; Bunostominae: N. americanus - lâminas cortantes circundando a margem da boca; Fases evolutivas: Ovos, Parasitos adultos (macho, fêmea), e Larvas rabditóides e filarióides. Ancylostoma duodenale Extremidade anterior curvada dorsalmente; Cápsula bucal profunda com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca, e um par de lancetas ou dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula bucal Morfologia de Ancylostoma duodenale Cilindriformes com extremidade anterior curvada dorsalmente Dimorfismo no tamanho corporal, e morfologia da região posterior. Machos com de 8 a 11mm; Machos com bolsa copulatória; Fêmeas de 10 a 18mm; Extremidade posterior afilada com pequeno processo espiniforme terminal (A. duodenale); Vulva no terço posterior do corpo; Anus final da cauda. 7 Ancylostoma Ceylanicum Semelhante a A. duodenale; Cápsula bucal com dois pares de dentes ventrais – 1 par grande e 1 par quase inconspícuos; Necator americanus Extremidade cefálica bem recurvada Cápsula bucal profunda com duas lâminas cortantes na margem interna da boca (subventral), e duas na margem interna subdorsal; No fundo da cápsula bucal com um dente longo; Macho com bolsa copulatória bem desenvolvida; Fêmea com parte posterior sem espinho terminal, Morfologia Ovos Formato elipsóide Espaço entre a casca e o conteúdo Os ovos são ovais sem segmentação ou clivagem. Ciclo Biológico Monoxênicos; Duas fases bem definidas: de vida livre e vida obrigatoriamente parasitária; Ovos liberados no intest. delgado são eliminados nas fezes do hospedeiro; Grande produção de ovos; Necessidade de ambiente propício: boa oxigenação, umidade (>90%), e temperatura elevada (interior das fezes); Embrionia, formação da larva de primeiro estádio L1 (rabditóide) e sua eclosão. Ciclo Biológico – via transcutânea L1 no solo – alimenta-se de mat. orgânica e micro-organismos; Perde a cutícula velha – L2; Outra nova cutícula é formada internamente – L3 (2 cutículas); L3 – filarióide – larva infectante – não se alimenta. Movimentos serpentiformes; 30 min. para a penetração e caem na circulação sanguínea ou linfática – coração – pulmões; Dos alvéolos – bronquíolos – traquéia – laringe – intestino delgado L4; 15 dias após infecção L5 - D; Adultos com 30 dias Eliminação de ovos – 21 a 60 dias L3 - filarióide – LARVA INFECTANTE Ciclo Biológico – via oral Alimentos ou água L3 - perdem a cutícula no estômago; 2 a 3 dias migram para o intestino; Penetram na mucosa do duodeno atingindo as células de Lieberkühm (L4); Voltam ao intestino para o repasto sanguíneo (15 dias – L5); Eliminação dos ovos. Vias de infecção 1) Transcutânea: circulação, cava, coração, pulmão, traqueia, faringe, laringe (ingestão), esôfago, estomago e intestino delgado; 2) Oral: ingestão, esôfago, estomago e intestino delgado. Larvas L3 Monoxênicos Necessitam passar um tempo no ambiente para desenvolvimento da larva. Infecção transcutânea 17 Larva migrans cutânea (LMC) Larva migrans visceral (LMV) Larva migrans ocular (LMO) Hospedeiros definitivos: cães e gatos; Podem infectar o homem (hospedeiro anormal) A. brasilienses; A. caninum; Toxocara canis; Strongyloides spp. e outros; Não atingem a maturidade sexual produzindo as síndromes da larva migrans: LMC, LMV e LMO. Migrans cutânea = bicho geográfico Transmissão Ingestão de alimentos crus ou água com ovos contendo larvas infectantes - L3; Infecção transcutânea. Sintomatologia Dependência da infecção; Erupção no local da infecção; Tosse, febre; Anemia ferropriva; Geofagia; Aspecto amarelado; Hemorragias; Sangramento nas fezes; Cansaço, fraqueza, desânimo 19 Patogenia Traumática; Irritativa-Inflamatória (larvas na pele) hiperemia, prurido e edema resultante do processo inflamatório ou dermatite urticariforme. Amarelão; O quadro clínico pode variar desde a inexistência de sintomas até situações de gravidade extrema. A causa primária (fase aguda) está relacionada com a migração das larvas através de tecidos e a implantação dos vermes adultos no intestino delgado. Ação Patogênica dos Adultos – Espoliadora; A etiologia secundária (fase crônica) é devida à presença dos vermes presos ao I.D. levando a alterações fisiológicas, bioquímicas e hematológicas. Diagnóstico Laboratorial: Exame de fezes Técnicas imunológicas: ↓ uso Presença de cães e gatos parasitados em áreas de recreação. Caixas de areia em parques infantis, creches. Crianças mais acometidas Epidemiologia Profilaxia Conscientização dos proprietários; Tratamento de animais; Proteção de caixas de areia; Saneamento básico; Higiene das mãos; Uso de calçados (evitar contato da pele com solos contaminados); Controle de cães errantes. Saneamento básico, Educação Sanitária, Uso de Calçados, Tratamento dos Doentes Tratamento Mebendazol, Albendazol, Pamoato de Pirantel, Não prescritos para mulheres grávidas. É recomendado repetir o tratamento. Referências CIMERMAN, B.; FRANCO, M. A. Parasitologia Humana: e seus fundamentos gerais São Paulo: Atheneu, 2005. NEVES, David P.. Parasitologia humana. 11 ed. SÃO PAULO: Atheneu, 2010.
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