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PRIMEIROS SOCORROS Afogamento Professora Cláudia Denilze Andreoli TIPOS DE ACIDENTES NA ÁGUA Síndrome de Imersão - A Hidrocussão ou Síndrome de Imersão (vulgarmente conhecida como "choque térmico") - acidente desencadeado por uma súbita exposição á água mais fria que o corpo, levando a uma arritmia cardíaca que poderá levar a síncope (perda dos sentidos) ou a parada cardiorrespiratória (PCR). Hipotermia - A exposição da vítima à água fria reduz a temperatura normal do corpo humano, podendo levar a perda da consciência com afogamento secundário ou até uma arritmia cardíaca com parada cardíaca e consequente morte. MECANISMOS DA LESÃO: AFOGAMENTO No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de duas formas principais: MECANISMOS DA LESÃO: AFOGAMENTO 1. Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos casos de submersão súbita (crianças e casos de afogamento secundário) e/ou; 2. Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para não aspirar). Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da passagem do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado. Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio levará a parada respiratória que consequentemente em segundos ou poucos minutos provocará a parada cardíaca. AFOGAMENTO DEFINIÇÃO Aspiração de fluido não corporal por submersão ou imersão. Quanto ao tipo de água: Afogamento em água doce; Afogamento em água salgada. Quanto à causa: Afogamento primário; Afogamento secundário. Quanto à gravidade: DE 0 À 6° graus. AFOGAMENTO FISIOPATOLOGIA Líquido aspirado; Traquéia – brônquios – bronquíolos; Alvéolos pulmonares encharcados; Entrada de oxigênio prejudicada; Saída de gás carbônico prejudicada. AFOGAMENTO AFOGAMENTO EM ÁGUA DOCE (Rios, tanques, lagos, piscinas, etc) X AFOGAMENTO EM ÁGUA SALGADA (Mar) AFOGAMENTO EM ÁGUA DOCE Os alvéolos perdem água para os vasos, por osmose, e ficam vazios. A água dos vasos atinge os leucócitos (responsável pela imunidade), as hemácias são destruídas e as plaquetas (que fazem a coagulação) se rompem. O excesso de volume de água nos vasos atinge o coração, aumentando de tamanho. Não fazer massagem cardíaca, pois o coração poderá se romper por excesso de pressão exercida tanto pela pessoa que está fazendo massagem quanto pela água. AFOGAMENTO EM ÁGUA SALGADA (Mar) Na água salgada acontece o inverso da água doce, a água passa dos vasos para os alvéolos por osmose, as hemácias, leucócitos e plaquetas murcham e o coração diminui. A pessoa que se afoga perde água o tempo todo pelo nariz, boca e ouvido. Não é recomendável fazer massagem cardíaca nem respiração boca a boca, deve levar a vítima imediatamente ao hospital. AFOGAMENTO AFOGAMENTO PRIMÁRIO Sem fator incidental ou patológico; Mais comum. AFOGAMENTO AFOGAMENTO SECUNDÁRIO Causado por patologia ou incidente associado. Traumatismos, drogas(álcool), etc. Avaliação Inicial da Cena Segurança no local Mecanismo do Trauma ou da Lesão Número de Vítimas Bioproteção Apoio Parada Cárdio-Respiratória Complicações da RCP: Fraturas e luxações de costelas; Pneumotórax; Lesão pulmonar; Hemotórax; Fratura de esterno; Lesão de fígado e/ou baço. AFOGAMENTO GRAUS DE AFOGAMENTO Incidência de óbitos: Resgate; Grau 1; Grau 2; Grau 3; Grau 4; Grau 5; Grau 6. 0 % 0 % 0,6 % 5,2 % 19,4 % 44 % 93 % AFOGAMENTO GRAUS DE AFOGAMENTO RESGATE: Vítima LOTE; Sem tosse; Sem espuma na boca ou no nariz; Sem evidência de aspiração de água. Tratamento: Tranqüilizar a vítima; Pode ser liberada do local. AFOGAMENTO GRAU 1: Pequena quantidade de líquido aspirado; Tosse; Sem espuma na boca ou no nariz; Ausculta pulmonar normal. Tratamento: Tranqüilizar a vítima; Repouso; Aquecimento; Pode ser liberada do local. AFOGAMENTO GRAU 2: Quantidade considerável de líquido aspirado; Vítima torporosa, agitada e/ou desorientada; Ausculta pulmonar com poucos estertores; Pode apresentar pequena quantidade de espuma na boca e/ou no nariz. Tratamento: Oxigênio a 5 L/min Posição lateral de segurança sob o lado direito; Repouso e aquecimento; Necessita de atendimento médico-hospitalar. AFOGAMENTO GRAU 3: Muita quantidade de líquido aspirado; Ausculta pulmonar com muitos estertores; Edema agudo de pulmão; Apresenta grande quantidade de espuma na boca e/ou no nariz; Pulso periférico palpável. Tratamento: Oxigênio de 10 a 15 L/min; Posição lateral de segurança sob o lado direito; Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. AFOGAMENTO GRAU 4: Muita quantidade de líquido aspirado; Ausculta pulmonar com muitos estertores; Edema agudo de pulmão; Apresenta grande quantidade de espuma na boca e/ou no nariz; Pulso periférico ausente. Tratamento: Oxigênio de 10 a 15 L/min; Posição lateral de segurança sob o lado direito; Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. AFOGAMENTO GRAU 5: Parada respiratória; Pulso central palpável; Tratamento: Ventilação artificial com Oxigênio a 15 L/min; Após retorno espontâneo na respiração, tratar como GRAU 4; Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. AFOGAMENTO GRAU 6: Parada cárdio-respiratória; Pulso periférico e central ausente; Tratamento: RCP com oxigênio a 15 L/min; Após retorno de pulso palpável, tratar como GRAU 5; Necessita de atendimento médico-hospitalar urgente. Verificar a resposta do Afogado Você está me ouvindo ? Verificar tosse e espuma pela boca e nariz SIMNÃO Desobstruir vias aéreas com manobra manual Precauções com a coluna se indicadas Verificar respiração Ausente Presente Fazer 2 respirações Verificar pulso do pescoço AusenteTosse sem espuma Espuma em pequena quantidade Espuma em grande quantidade ResgateGrau 6 Grau 5 PresenteAusente Grau 1 Verificar pulso radial Grau 2Grau 4 Grau 3 PresenteAusente AFOGAMENTO AFOGAMENTO CURIOSIDADES SOBRE AFOGAMENTO: 1 a 3 mL/Kg de peso corporal de água aspirada reduzem em até 50 % da troca gasosa; Afogado seco x afogado molhado; O maior tempo registrado, em todo mundo, de submersão em água fria, sem seqüela neurológica é de 66 minutos; O CRA do Gmar (Rio de Janeiro) registrou um caso de afogamento com tempo de submersão superior a 10 minutos sem seqüela neurológica. Existem casos de reanimação de afogados com mais de 40 minutos de RCP, porém, com seqüelas neurológicas Recomendações Mantenha a calma e realize todos os procedimentos de primeiros socorros treinados Lembre-se de somente realizar o transporte até o hospital após ser feitos todos os procedimentos de primeiros socorros no local e que você tenha todos os recursos necessários para a sua realização Atenção: você pode ser a diferença entre a vida e a morte ! Tome uma decisão consciente e segura REFLEXÃO Ser SOCORRISTA não é uma diversão, mas sim uma nobre profissão onde o profissionalismo e os conhecimentos adquiridos podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Pensem nisto !!!
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