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Perguntas Constitucional - Poderes de Estado

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RESPOSTAS: 
1- EXPLIQUE A COMPOSIÇÃO DO PODER LEGISLATIVO EM NÍVEL NACIONAL, 
ESTADUAL E MUNICIPAL. 
Poder Legislativo Federal 
O exercente do Poder Legislativo é o Congresso Nacional, composto da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal. (artigo 44) 
Os senadores são representantes das unidades federativas (estados e Distrito Federal) e os 
deputados, do povo. Realmente, tanto o Congresso quanto cada uma de suas casas são os 
representantes de toda a nação. À Câmara dos Deputados compete privativamente: eleger os 
membros do Conselho da República e autorizar a abertura de processo por crime de responsabilidade 
contra o presidente da República e seus ministros. Juntamente com o Senado Federal forma o Congresso 
Nacional do Brasil, cabendo a esta instituição: a aprovação, alteração e revogação de Leis; autorização ao 
presidente para a declaração de guerra; sustar atos do Poder Executivo; julgar as contas do Presidente da 
República; dentre outras funções, enumeradas no capítulo I, título IV, da Constituição Federal de 1988 
No Brasil, o poder legislativo é composto pela câmara de deputados (que representa os 
cidadãos brasileiros) e pelo senado federal (que representa os estados e o distrito federal), 
formando o congresso nacional, que se localiza em Brasilia. 
A representação legislativa é exercida e isso se divide em períodos chamados legislaturas. A 
duração de cada legislatura é de 4 anos e tem início quando os deputados empossam, 
depois de eleitos. As legislaturas se dividem em períodos anuais, denominados sessões 
legislativas. 
O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro." (artigo 57) 
O Congresso é possivelmente reunido fora desses períodos, em sessão extraordinária, que 
se convoca: 
"I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de 
intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o 
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;[1] 
 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de 
urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação 
da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional." (artigo 57)[1] 
 
Para certos trabalhos, o funcionamento bicameral é física e matematicamente separado; 
para demais, em plenário, ou seja, em grupo.Senadores e deputados possivelmente não 
exercem atividades que prejudiquem sua função e seus interesses coletivos, vindo 
possivelmente a ter o seu mandato perdido. 
Poder Legislativo Estadual 
O órgão que exerce o poder legislativo estadual é a Assembleia Legislativa, unicameral, 
formada por representantes escolhidos por voto popular para um período quadrienal. São 
aplicadas aos deputados estaduais as mesmas normas da constituição federal a respeito 
do sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, 
etc. A remuneração dos deputados será determinada em cada legislatura para a próxima 
legislação.[12][13] 
A quantidade de deputados, na Assembleia Legislativa, é limitada à população estadual e à 
quantidade de seus deputados federais. Para deputado federal, três estaduais são eleitos, 
até que 36 membros são completados na Assembleia Legislativa. Desde então, a cada 
deputado federal equivale um estadual. 
Assim, o número mínimo de deputados na Assembleia Legislativa é 24 e o máximo 94. 
Poder Legislativo Municipal 
A Câmara de Vereadores exerce o poder legislativo municipal. O povo elege os 
vereadores, para um mandato quadrienal, acompanhando as normas generalistas das 
constituições federal e estadual.[14] 
O número de vereadores é limitado à população municipal, obedecidos os seguintes limites, 
de acordo com o artigo 29, IV da Constituição de 1988 
 
2- O QUE É LEGISLATURA E QUAL A SUA DURAÇÃO? 
A legislatura corresponde ao período do mandato de cada assembleia eleita. No Brasil se 
entende legislatura como o período de tempo que equivale à duração regular do mandato 
dos deputados (quatro anos), iniciando-se na data de posse desses parlamentares. 
O que é mandato parlamentar de um deputado? 
 
É uma atribuição concedida ao deputado, pelo voto do cidadão, para representá-lo, votar 
e agir em seu nome. O Deputado Federal tem mandato de quatro anos. 
Qual é a duração do mandato dos deputados? 
 
O mandato dos deputados tem duração de 4 anos, podendo o candidato concorrer a 
sucessivas eleições. 
 
 
3- QUAL A COMPOSIÇÃO NUMÉRICA POR ESTADO NA CÂMARA DOS 
DEPUTADOS? (QUANTOS DEPUTADOS TEM) 
De acordo com a Constituição Federal, art. 45, e com a Lei Complementar nº 78, de 1993, o 
número de deputados por Estado e pelo Distrito Federal é proporcional à população. 
Atualmente, cada unidade da Federação pode eleger de 8 (mínimo) a 70 (máximo) 
deputados. Esse número é calculado com base na atualização estatística demográfica das 
unidades da Federação fornecida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), no ano anterior às eleições. Além do número mínimo de representantes, a 
lei determina que cada Território Federal será representado por quatro Deputados Federais. 
 
4- O QUE SIGNIFICA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL NA COMPOSIÇÃO 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS? 
 São 513 deputados, que através do voto proporcional, são eleitos e exercem seus cargos 
por quatro anos. 
O número de cadeiras por estado é distribuído conforme o número de habitantes por 
Estado, de acordo com a medição oficial feita pelo IBGE, através do Censo. Entretanto,
essa proporcionalidade é limitada a um mínimo de oito deputados e a um máximo de 
setenta deputados por estado. 
Essa semiproporcionalidade faz com que Roraima seja representado por um deputado para 
cada 51 mil habitantes e, no outro extremo, São Paulo, seja representado por um deputado 
para cada 585 mil habitantes. A falta de atualização dos cálculos de número de deputados 
por unidade federativa também gera diferenças na representatividade 
(habitantes/deputados). Caso fosse atualizado, o Pará seria o estado que mais 
cresceria em bancada na Câmara dos Deputados. Já os estados da Paraíba e Piauí 
sofreriam a maior redução de bancada. Perderiam dois deputados federais cada um 
(passando a Paraíba de 12 para 10 e o Piauí, de 10 para 8) 
 
5- QUAL O NÚMERO MÍNIMO E MÁXIMO DE DEPUTADOS POR UNIDADE 
FEDERATIVA. 
Há um mínimo de oito deputados e a um máximo de setenta deputados por estado. 
6- O BRASIL POSSUI TERRITÓRIOS, OU PODERÁ POSSUIR, EXPLIQUE? 
Os Territórios Federais não são entidades federativas, são autarquias territoriais 
integrantes da União (art. 18, § 2º), sem autonomia política. Os Territórios Federais podem 
ser subdivididos em Municípios (art. 33, § 1º). 
Criação e Extinção de Territórios: 
Os Estados podem subdividir-se ou desmembrar-se para formarem Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, por plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar (art. 18, § 3º). A criação de Territórios, sua transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem são reguladas em lei complementar (art. 18, § 
2º). Quando da incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou 
Estados, devem ser ouvidas as Assembleias Legislativas dos Estados afetados (art. 48, VI). 
 
7- QUAL A COMPOSIÇÃO DO SENADO FEDERAL? 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do 
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandatode oito anos. 
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada 
de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. 
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
 
8- O QUE SIGNIFICA PRINCÍPIO MAJORITÁRIA NA COMPOSIÇÃO DO SENADO 
FEDERAL? 
 
O Sistema Eleitoral Majoritário é o adotado nas eleições para Senador da 
República, Presidente da República, Governadores da República e Prefeitos. Este 
sistema leva em conta o número de votos válidos ofertados ao candidato registrado 
por partido político. Dá-se importância ao candidato e não ao partido político pelo 
qual é registrado. 
Há duas espécies do sistema eleitoral majoritário 
1.1 Majoritário simples 
1.2 Majoritário absoluto 
O simples contenta-se com qualquer maioria de votos, já o absoluto exige no mínimo 
maioria absoluta de votos para considerar o candidato eleito, se não terá que haver 
2º turno de votação. 
O sistema majoritário simples é adotado nas eleições para Senador e Prefeito 
de Municípios com menos de 200 mil eleitores (art. 29, II, CR/88). E o sistema 
majoritário absoluto é adotado nas eleições para Presidente da República, 
Governadores e Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores. 
O Sistema Eleitoral Proporcional é o adotado nas eleições para Deputado 
Federal, Deputado Estadual e Vereadores. Aqui, dá-se importância ao número de 
votos válidos ao partido político, pois ao votar na legenda, faz-se a escolha por 
partido. O art. 109 do Código Eleitoral (Lei 4.737/65) explica como se chega ao 
número de votos válidos. 
 
9- 
COMENTE AO MENOS TRÊS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL. 
 
Ao tratar das competências do Congresso Nacional, podemos reuni-las em 
três conjuntos: 1º) o das atribuições relacionadas às funções do Poder 
Legislativo federal; 2º) o das atribuições das Casas do Congresso (Câmara e 
Senado), quando atuam separadamente; e 3º) o das atribuições relacionadas 
ao funcionamento de comissões mistas e de sessões conjuntas, nas quais 
atuam juntos os deputados federais e os senadores, embora votem 
separadamente. 
Além da função de representação mencionada, compete ao Congresso exercer 
atribuições legislativas e de fiscalização e controle. 
 
10- COMENTE TRÊS ATRIBUIÇÕES DA COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO 
CONGRESSO NACIONAL. 
O art. 48 da Constituição lista diversos assuntos que podem ser objeto de leis, que 
dependem da aprovação do Congresso e da sanção do Presidente da República. Por 
sua vez, o art. 49 da Carta Maior traz a relação das competências exclusivas do 
Congresso: 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais 
que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, 
a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele 
permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei 
complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem 
do País, quando a ausência exceder a quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado 
de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, 
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I; 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos 
Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I; 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República 
e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos 
do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da 
atribuição normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras 
de rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades 
nucleares; XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de 
recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com 
área superior a dois mil e quinhentos hectares. 
11- O CONGRESSO NACIONAL POSSUI FUNÇÃO JUDICANTE? EXPLIQUE. 
Ao Poder Legislativo, cabe elaborar leis e fiscalizar os atos do Poder Executivo, suas 
funções típicas; mas quando o Senado Federal julga um Presidente da República 
e outras autoridades por crime de responsabilidade (arts. 52 e 86 da CFB), está 
a exercer uma função judicante, atípica. 
 
12- O CONGRESSO NACIONAL POSSUI FUNÇÃO ADMINISTRATIVA? 
EXPLIQUE. 
Outrossim, quando as Casas Legislativas dispõem sobre sua organização, 
funcionamento, polícia, criação ou extinção de cargos, exercem funções 
administrativas, também atípicas. 
 
13- HÁ DIFERENÇA ENTRE REFERENDO E PLEBISCITO? EXPLIQUE. 
Plebiscito e referendo são consultas ao povo para decidir sobre matéria de relevância para 
a nação em questões de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
A principal distinção entre eles é a de que o plebiscito é convocado antes à criação do ato 
legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta, e o referendo é convocado 
posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta. 
 
14- COMENTE AO MENOS DUAS FUNÇÕES PRIVATIVAS DA CÂMARA DOS 
DEPUTADOS. 
 
Em número bem menor que as do Senado, são as seguintes as atribuições 
privativas da Câmara: autorizar a abertura de processo contra o presidente e 
o vice-presidente da República e ministros de Estado; proceder à tomada de 
contas do chefe do governo, no caso de não serem encaminhadas ao 
Congresso até 60 dias após o início da sessão legislativa ordinária; elaborar 
o regimento interno da Casa, dispondo de sua organização e funcionamento; 
e eleger os integrantes do Conselho da República (ver verbete). 
 
15- MENTE AO MENOS DUAS FUNÇÕES PRIVATIVAS DO SENADO FEDERAL. 
A tramitação das matérias de competência privativa do Senado começa e se exaure na 
própria Casa, não sendo, portanto, levadas à apreciação da Câmara. Compete 
privativamente ao Senado: 
 
1) Processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, o presidente e o vice-presidente 
da República, os ministros e os comandantes das Forças Armadas, nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles, e ainda os ministros do Supremo Tribunal 
Federal (STF), o procurador-geral da República e o advogado- geral da União; 
 
2) Aprovar previamente a indicação de ministros do STF, de tribunais superiores e do 
Tribunal de Contas da União (TCU) indicados pelo presidente da República; governador 
de território; presidente e diretores do Banco Central; procurador-geral da República; 
chefes de missão diplomática de caráter permanente; advogado-geral e defensor-geral 
da União; integrantes das agências reguladoras e titulares de entidades que a lei vier a 
determinar; 
 
3) Autorizar operações de natureza financeira de interesse da União, dos estados, 
municípios e Distrito Federal, e dispor sobre outras questões financeiras dos entes 
federativos; 4) Suspender, no todo ou em parte, a 
4. Suspender, no todo ou em parte, a execução de leideclarada inconstitucional pelo 
STF; 
 
5) Aprovar a exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término 
do seu mandato; 
 
6) Elaborar seu regimento interno e dispor sobre sua organização e funcionamento; 
 
7) Eleger componentes do Conselho da República (Ver verbete). 
 
16- O SENADO FEDERAL POSSUI FUNÇÃO JUDICANTE? EXPLIQUE. 
 
SIM: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles; 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os 
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do 
Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da 
União nos crimes de responsabilidade 
 
17- CITE OS CARGOS PÚBLICOS CUJO O PROVIMENTO DEPENDE DE 
APROVAÇÃO PRÉVIA DO SENADO FEDERAL. CONT. ART. 52 
 
a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo 
Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) presidente e diretores do Banco Central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar 
 
18- O SENADO FEDERAL PARTICIPA DO CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE? EXPLIQUE. 
Para evitar a concentração de poderes no Judiciário atribuiu-se ao Senado Federal, 
uma Casa do Poder Legislativo, competência jurídica. Com isso, somente o Senado Federal 
poderia anular, com efeitos erga omnes, atos administrativos e legislativos declarados 
inconstitucionais. O art. 52, inc. X, da Constituição Federal determina que 
“compete, privativamente ao Senado Federal: suspender a execução, no todo 
ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo 
Tribunal Federal”. Assim, quando o STF decide no caso concreto, declarando 
incidentemente a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo do Poder 
Público Federal, Estadual, Distrital ou Municipal, oficia ao Senado Federal para 
que ele suspenda, por meio de resolução, a execução da lei violadora da 
Constituição. 
 
19- OS PARLAMENTARES POSSUEM IMUNIDADE PENAL ABSOLUTA? 
EXPLIQUE ( NOS TRÊS NÍVEIS FEDERATIVOS. 
 
 A imunidade parlamentar material, prevista no art. 53, caput, da Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988, estabelece que os Deputados e Senadores 
são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões palavras e votos. 
Também conhecido como inviolabilidade, este instituto preserva o parlamentar 
quando, no exercício do seu mandato, externar opiniões, palavras e votos que, de 
alguma forma, venham a atingir a honra de terceiros. 
O STF possui entendimento consolidado no sentido de que a imunidade 
parlamentar é absoluta caso as manifestações do pensamento do congressista sejam 
externadas dentro da Casa Legislativa a qual estiver vinculado. Dito de outro modo, 
ainda que a manifestação seja totalmente dissociada do exercício do mandato, o fato 
de ter sido proferida dentro do ambiente legislativo, por si só, é capaz de fazer incidir 
a imunidade parlamentar em seu viés material. 
A imunidade parlamentar material será absoluta caso a manifestação se 
dê dentro do Parlamento; por sua vez, será relativa caso a ofensa ocorra em 
ambiente espacial diverso da Casa Legislativa, devendo guardar consonância 
com o exercício do mandato. 
 
20- OS PARLAMENTARES POSSUEM IMUNIDADE PENAL RELATIVA? 
EXPLIQUE (NOS TRÊS NÍVEIS FEDERATIVOS. 
 SIM: São referentes à prisão, processo, às prerrogativas de foro e para servir 
como testemunha. Desde a expedição do diploma o parlamentar não poderá ser 
preso em flagrante delito, salvo por crime inafiançável, quando o auto deverá ser 
lavrado pela Autoridade Policial e remetido à Câmara ou senado, conforme o caso, 
que, em votação secreta e por maioria absoluta de seus membros, poderá determinar 
a soltura. Para que seja instaurada a ação penal contra o congressista, haverá a necessidade 
de prévia licença da respectiva Casa (art. 53, §§ 1º e 3º, da CF). 
21- QUAL O ÓRGÃO COMPETENTE PARA O JULGAMENTO DE CRIMES 
PRATICADOS POR DEPUTADOS E SENADORES? 
Os parlamentares têm foro especial por prerrogativa de função, sendo submetidos a 
julgamento perante o STF (CF, art. 53, § 1.º), nas infrações comuns. Inclusive em 
crimes eleitorais, os membros do Parlamento são sempre julgados pelo STF. Nos 
seus “crimes” de responsabilidade, ou seja, nas suas infrações funcionais, falta de 
decoro etc. o parlamentar é julgado pela respectiva Casa Legislativa (CF, art. 55). A 
cassação por falta de decoro não é ato do STF, sim, do próprio Poder Legislativo. O 
foro especial por prerrogativa de função não alcança causas de natureza civil 
(protesto judicial, por exemplo, sem nenhum caráter penal). 
 
22- COMENTE AO MENOS DUAS VEDAÇÕES IMPOSTAS À DEPUTADOS E 
SENADORES. 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas 
uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os 
de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de 
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer 
função remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas 
entidades referidas no inciso I, a; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que 
se refere o inciso I, a; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
23- O DEPUTADO E O SENADOR PODERÃO PERDER O CARGO? 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte 
das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por 
esta autorizada; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta 
Constituição; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada 
em julgado. 
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no 
regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do 
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara 
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação 
da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa. 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da 
Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou 
de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar 
à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até 
as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. 
24- O QUE SIGNIFICA DECORO PARLAMENTAR. 
Decoro parlamentar é a conduta individual exemplar que se espera ser 
adotada pelos políticos, representantes eleitos de sua sociedade. O decoro 
parlamentarestá descrito no regimento interno de cada casa do Congresso 
Nacional brasileiro. 
Toda ação praticada pelos parlamentares, que não está de acordo com a conduta 
esperada, é chamada de quebra de decoro parlamentar. 
Por exemplo, quando uma figura pública que está em mandato político pratica 
corrupção, ela estará ferindo o decoro parlamentar. 
Entre outras ações que podem ferir o decoro parlamentar, estão: 
 Uso de expressões que configuram crime contra a honra ou que incentivam 
sua prática; 
 Abuso de poder; 
 Recebimento de vantagens indevidas; 
 Prática de ato irregular grave quando no desempenho de suas funções; 
 Revelação do conteúdo de debates considerados secretos pela assembleia 
legislativa; entre outros. 
Nestes casos, se o representante infringir qualquer uma das regras de conduta, ele 
deverá ser punido. Quando isso acontece, corre o risco de perder o seu mandato, 
assim como determina o inciso II, artigo 55 da Constituição Federal. 
O Congresso fica responsável por organizar as votações que servem para julgar e 
cassar o mandato do representante político que agir de modo declaradamente 
incompatível com o decoro parlamentar. 
 
25- O QUE SIGNIFICA SESSÃO LEGISLATIVA? 
A sessão legislativa ordinária é o período de atividade normal do Congresso 
a cada ano, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
Cada quatro sessões legislativas, a contar do ano seguinte ao das eleições 
parlamentares, compõem uma legislatura. Já a sessão legislativa 
extraordinária compreende o trabalho realizado durante o recesso (ver 
verbete) parlamentar, mediante convocação. Cada período de convocação 
constitui uma sessão legislativa extraordinária 
26- O QUE SIGNIFICA COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO ( CPI) 
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é uma investigação conduzida pelo Poder 
Legislativo, que transforma a própria casa parlamentar em comissão para ouvir 
depoimentos e tomar informações diretamente, quase sempre atendendo a 
reclamações do povo. Na esfera municipal seu nome correto é Comissão Especial de 
Inquérito (CEI). 
Artigo 58, parágrafo 3º: 
 
As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de 
seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo 
suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 
27- O CONGRESSO NACIONAL POSSUI COMIÇÕES PERMANTE? EXPLIQUE. 
As comissões são órgãos integrados por deputados, com composição partidária 
proporcional à da Câmara, que podem ter caráter permanente ou temporário. A 
comissão é permanente quando integra a estrutura institucional da Casa, e 
temporária quando criada para apreciar um projeto específico, para investigação ou 
para missão oficial. 
Cada comissão tem um presidente e três vice-presidentes, eleitos por seus 
pares. 
Comissões Permanentes 
A Câmara tem 25 comissões permanentes, com caráter técnico, legislativo e especializado, 
dedicadas a diferentes campos temáticos. Para 13 dessas comissões - como as de 
Constituição e Justiça e de Cidadania; e de Finanças e Tributação -, vale a regra de que o 
deputado não pode fazer parte, como membro titular, de mais de uma. Ou seja, ele só pode 
ser titular de uma comissão desse grupo. Em relação às demais, listadas no Art. 26 do 
Regimento Interno, não existe essa restrição. 
 
As comissões permanentes têm finalidade de deliberar sobre as proposições dentro de seus 
campos temáticos e de fiscalizar os atos do Poder Público. Entre suas atribuições, estão: 
discutir e votar projetos de lei; realizar audiências públicas; convocar ministros de Estado 
para prestar informações sobre suas atribuições; receber representação de qualquer pessoa 
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; e determinar a realização 
de diligências e auditorias de naturezas contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial na administração dos Três Poderes e na administração indireta, com auxílio do 
Tribunal de Contas da União. 
28- O CONGRESSO NACIONAL POSSUI COMIÇÕES TEMPORÁRIAS? 
EXPLIQUE. 
As comissões temporárias têm prazo certo de funcionamento. Podem ser 
especiais, de inquérito ou externas. 
Comissão especial 
As comissões especiais são criadas para dar parecer sobre propostas de emenda à 
Constituição, projetos de Código e proposições cujo tema seja de competência de 
mais de três comissões de análise do mérito; propor reforma do Regimento Interno; 
apreciar denúncias por crime de responsabilidade contra presidente da República, 
vice-presidente da República e ministro de Estado; e estudar determinado assunto 
definido pelo presidente da Casa. 
Comissão Parlamentar de Inquérito 
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são criadas a requerimento de pelo 
menos um terço dos integrantes da Câmara ou do Senado. Quando é mista, a CPI 
precisa ter, em cada Casa Legislativa, um terço das assinaturas dos deputados e dos 
senadores. 
O objetivo das CPIs é investigar fato determinado, de relevante interesse para a 
vida pública e para a ordem constitucional, legal, econômica ou social do país. 
Essas comissões têm poderes de investigação equiparados aos das autoridades 
judiciais. 
O prazo para conclusão dos trabalhos de uma CPI é de 120 dias, prorrogáveis por 
mais 60 dias, mediante deliberação do Plenário. Os trabalhos não precisam ser 
interrompidos durante o recesso parlamentar. 
Só podem funcionar simultaneamente na Câmara cinco CPIs criadas a partir de 
requerimento. 
Comissão externa 
As comissões externas são criadas para o cumprimento de missões temporárias 
autorizadas, nas quais os deputados representam a Câmara em atos para os quais 
a instituição tenha sido convidada ou a que tenha de assistir. A missão autorizada 
implica o afastamento do parlamentar pelo prazo máximo de oito sessões, se for 
exercida no país, e de trinta sessões, se desempenhada no exterior. 
As comissões externas podem ser instituídas pelo presidente da Câmara, de ofício 
ou a requerimento de qualquer deputado. Se houver ônus para a Casa, sua criação 
precisa de autorização do Plenário. 
 
29- OQUE COMPREENDE O PROCESSO LEGISLATIVO? 
É o conjunto de atos realizados pelos órgãos do Poder Legislativo, de acordo com 
regras previamente fixadas, para elaborar normas jurídicas (emendas à 
Constituição, leis complementares, leis ordinárias e outros tipos normativos 
dispostos no art. 59 da Constituição Federal). 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e 
consolidação das leis. 
30- QUAL A DIFERENÇA ENTRE EMENDAS À CONSTITUIÇÃO E EMENDA DE 
REVISÃO CONSTITUCIONAL? 
Emenda Constitucional 
A Emenda Constitucional é um procedimento árduo, mais dificultoso que o de 
elaboração das leis. É um procedimento permanente, podendo ser realizado a 
qualquer tempo. É uma observância obrigatória pelos estados membros. 
Pelo principio da simetria, o procedimento de emenda constitucional, previsto no art. 
60, CF/88, é de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. Segundo o STF, 
o procedimento de modificação das Constituições estaduais deve ter exatamente a 
mesma rigidezdo procedimento exigido para alteração da Carta Magna. Nesse 
sentido, considerou inconstitucionais dispositivos que exigiam aprovação de 
emendas por 4/5 dos membros da Assembleia Legislativa. 
Revisão Constitucional 
Revisão Constitucional é um procedimento mais simples que o de reforma 
constitucional. É processo único. Possui tempo certo e limitado para sua realização. 
Processos sujeitos às mesmas limitações da reforma constitucional. Inaplicabilidade 
aos estados-membros. 
Na revisão constitucional, o procedimento de alteração da Constituição era mais 
simples. As emendas constitucionais de revisão eram aprovadas em turno único de 
votação, por maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Além disso, 
para realizar a revisão constitucional, o Congresso Nacional reunia-se em sessão 
unicameral. 
O procedimento de revisão constitucional é único. A Carta Magna autorizou a 
realização de apenas um procedimento de revisão constitucional, 5 anos após a 
sua promulgação. Considerando-se que o prazo já está encerrado, qualquer 
mudança formal da Constituição pode ser dada apenas por meio de emenda 
constitucional. 
O procedimento de revisão constitucional se submete a limites impostos pela Carta 
Magna ao poder de reforma. Portanto, basta termos em mente que a revisão 
constitucional se submete aos mesmos limites que o procedimento de emenda 
constitucional. 
Por fim, o procedimento de revisão constitucional é inaplicável aos Estados- 
membros. Nesse sentido, entende o STF que “ao Poder Legislativo estadual não 
está aberta a via de introdução, no cenário jurídico, do instituto da revisão 
constitucional”. 
Revisão constitucional – Maioria absoluta, em sessão unicameral > 
Promulgação pela Mesa do Congresso Nacional; 
Emenda constitucional – Discussão e votação em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, com aprovação, em ambos, por 3/5 dos membros de 
cada Casa. Sessão bicameral. > Promulgação pelas duas Casas Legislativas, 
separadamente. 
 
31- QUEM POSSUI LEGITIMIDADE PARA PROPOR PROJETO DE EMENDA 
CONSTITUCIONAL? 
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pode ser apresentada pelo 
presidente da República, por um terço dos deputados federais ou dos senadores ou 
por mais da metade das assembleias legislativas, desde que cada uma delas se 
manifeste pela maioria relativa de seus componentes. Não podem ser apresentadas 
PECs para suprimir as chamadas cláusulas pétreas da Constituição (forma federativa 
de Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos poderes e 
direitos e garantias individuais). A PEC é discutida e votada em dois turnos, em cada 
Casa do Congresso, e será aprovada se obtiver, na Câmara e no Senado, três 
quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49). 
 
32- HÁ ALGUMA RESTRIÇÃO TEMPORAL NA PROPOSITURA DE EMENDA 
CONSTITUCIONAL? 
Art. 60, § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
 
33- QUAL O CORO NECESSÁRIO PARA A PROPOSITURA DE EMENDA 
CONSTITUCIONAL? 
 
As PECs devem observar uma tramitação especial e pode ser apresentada segundo dicção do 
artigo 60 da Constituição Federal: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade 
das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de seus membros. Seu trâmite tem início com o despacho pelo 
Presidente do Legislativo para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que tem o prazo 
de cinco sessões legislativas para a devolução da proposta à Mesa da Câmara com o respectivo 
parecer sobre a admissibilidade da mesma. 
 
A emenda constitucional (EC) é resultado de um processo legislativo especial mais laborioso 
do que o ordinário previsto para a produção das demais leis. 
O processo legislativo de aprovação de uma emenda à Constituição está estabelecido no 
artigo 60 da Constituição Federal e compreende, em síntese, as seguintes fases: 
a) apresentação de uma proposta de emenda, por iniciativa de um dos legitimados (art. 60, 
I a III); 
b) discussão e votação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros 
de cada uma delas (art. 60, § 2º), isto é, 308 deputados e 49 senadores; 
c) sendo aprovada, será promulgada pelas Mesas das Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60 parágrafo 3º); 
d) caso a proposta seja rejeitada ou havida por prejudicada, será arquivada, não podendo 
a matéria dela constante ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 
60, § 5º). 
 
34- QUAIS SÃO AS CLÁUSULAS PÉTREAS? COMETE-AS. 
Dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por Proposta de 
Emenda à Constituição (PEC). As cláusulas pétreas inseridas na Constituição do 
Brasil de 1988 estão dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas: a forma federativa 
de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos 
Poderes; e os direitos e garantias individuais. 
 
35- QUAL A DIFERENÇA ENTRE LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR? 
No direito, lei complementar é uma lei que tem, como propósito, complementar, 
explicar e adicionar algo à constituição. A lei complementar diferencia-se da lei 
ordinária desde o quorum para sua formação. A lei ordinária exige apenas 
maioria simples de votos para ser aceita; já a lei complementar exige maioria 
absoluta. 
Exemplificando, imaginemos que seja necessária a aprovação das espécies normativas no 
Senado Federal, que possui o total de 81 Senadores. A aprovação de uma lei complementar 
exigirá o mínimo de 41 votos (primeiro número inteiro superior à metade do total de 
integrantes, o que representa o conceito de maioria absoluta). Por sua vez, a aprovação de 
uma lei ordinária dependerá da maioria simples do número de Senadores presentes em 
alguma Sessão: caso estejam presentes 50 Senadores, por exemplo, a maioria simples para 
aprovar uma lei ordinária será de 26 Senadores. Caso estejam presentes 60 Senadores, a 
maioria simples será de 31 Senadores. Caso estejam presentes 75 Senadores, a maioria 
simples será de 38 Senadores, e assim sucessivamente. 
Matéria: trata-se do assunto a ser tratado por meio da lei ordinária ou da lei 
complementar. A diferença é a seguinte: 
LEI COMPLEMENTAR: exigida em matérias específicas da Constituição. 
LEI ORDINÁRIA: exigida de modo residual, nos casos em que não houver 
a expressa exigência de lei complementar. 
 
36- HÁ ALGUMA MATÉRIA VEDADA ÀS MEDIAS PROVISÓRIAS? EXPLIQUE. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a 
garantia de seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais 
e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer 
outro ativo financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os 
previstos nosarts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro 
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
37- MEDIDA PROVISÓRIA É LEI? EXPLIQUE. 
A Medida Provisória (MP) é um instrumento com força de lei, adotado pelo 
presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos 
imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação 
definitiva em lei. Seu prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez 
por igual período. Se não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua 
publicação, a MP tranca a pauta de votações da Casa em que se encontrar (Câmara 
ou Senado) até que seja votada. Neste caso, a Câmara só pode votar alguns tipos 
de proposição em sessão extraordinária. 
 
38- TODAS AS ESPÉCIES LEGISLATIVAS EXIGEM VETO OU SANÇÃO DO 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA? EXPLIQUE 
NÃO há veto ou sanção presidencial na emenda à Constituição, em decretos 
legislativos e em resoluções, nas leis delegadas e na lei resultante da conversão, 
sem alterações, de medida provisória. 
39- QUAL A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS? Art. 71. 
O Tribunal de Contas da União (TCU) é um tribunal administrativo. Julga as contas 
de administradores públicos e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos federais, bem como as contas de qualquer pessoa que der causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Tal competência 
administrativa-judicante, entre outras, está prevista no art. 71 da Constituição 
brasileira. Conhecido também como Corte de Contas, o TCU é órgão colegiado. 
Compõe-se de nove ministros. Seis deles são indicados pelo Congresso Nacional, 
um, pelo presidente da República e dois, escolhidos entre auditores e membros do 
Ministério Público que funciona junto ao Tribunal. Suas deliberações são tomadas, 
em regra, pelo Plenário – instância máxima – ou, nas hipóteses cabíveis, por uma 
das duas Câmaras. Nas sessões do Plenário e das Câmaras é obrigatória a 
presença de representante do Ministério Público junto ao Tribunal. Trata-se de órgão 
autônomo e independente cuja missão principal é a de promover a defesa da ordem 
jurídica. Compõe-se do procurador-geral, três subprocuradores-gerais e quatro 
procuradores, nomeados pelo presidente da República, entre concursados com 
título de bacharel em Direito. 
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de 
seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa 
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em 
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de 
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos 
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social 
a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município; 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de 
suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e 
inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade 
de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, 
multa proporcional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão 
à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
 
40- TODAS AS UNIDADES FEDERATIVAS POSSUEM TRIBUNAL DE CONTAS? 
EXPLIQUE 
TRIBUNAIS de Contas do Brasil são órgãos técnicos e independentes do Poder 
Legislativo cuja especialidade é fiscalizar, sob o aspecto técnico, as contas públicas 
em nome do povo. Em conjunto com o Poder Legislativo, Ministério Público, Tribunal 
Superior Eleitoral, Controladoria Geral da União e Polícia Federal compõem a rede 
de controle externo sobre a administração pública. 
O Tribunal de Contas do Estado é órgão estadual com a incumbência de análise 
de contas do respectivo estado e de todos os municípios jurisdicionados (exceto as 
capitais, nos casos de Rio de Janeiro e São Paulo). 
Atualmente, há 33 Tribunais de Contas estaduais e municipais, assim distribuídos: 
22 deles examinam as contas de cada um dos Estados e ainda dos Municípios 
destes Estados (com a exceção dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, 
como se verá abaixo); 4 Tribunais de Contas estaduais examinam apenas as 
contas estaduais, pois, nestes Estados (Bahia, Ceará, Goiás e Pará), há também 
Tribunais de Contas dos Municípios, que examinam apenas contas municipais, 
mas são instituições mantidas pelos Estados. Há ainda a situação peculiar do 
Tribunal de Contas do Distrito Federal, entidade da Federação brasileira que, 
equivalendo a um Estado e, não podendo ser subdividida em Municípios, leva seu 
Tribunal de Contas a examinar matérias comuns aos Estados e aos Municípios, 
que, no caso, são todas do Distrito Federal. Além disso, há dois Municípios (Rio 
de Janeiro e São Paulo) que têm seus próprios Tribunais de Contas, como 
instituições destas cidades (e não dos respectivos Estados), de modo que, nestes, 
os Tribunais de Contas estaduais examinam as contas do Estado e de todos os 
outros Municípios, exceto de suas próprias capitais. Esta situação peculiar reduz-
se, desde a Constituição de 1988, apenas ao Rio de Janeiro e a São Paulo, tendo 
sido vedada a criação de novos Tribunais de Contas por Municípios desde então. 
No total, são 34 Tribunais distribuídos por todo o Brasil: 27 Tribunais de Contas estaduais, 
2 Tribunais de Contas municipais, 4 Tribunais de Contas dos Municípios e o Tribunal de 
Contas da União. 
 01 Tribunal de Contas da União - (TCU), 
 26 Tribunais de Contas dos Estados - (TCE), 
 03 Tribunais de Contas dos Municipios do Estado (TCM), 
 02 Tribunais de Contas do Município - (TCM)1, 
 01 Tribunal de Contas do Distrito Federal - (TC-DF). 
 
41- COMO SÃO ESCOLHIDOS OS MINISTROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA 
UNIÃO. 
Conhecido também como Corte de Contas, o TCU é órgão colegiado. Compõe- se 
de nove ministros. Seis deles são indicados pelo Congresso Nacional, um, pelo 
presidente da Repúblicae dois, escolhidos entre auditores e membros do Ministério 
Público que funciona junto ao Tribunal. 
-----------------------------------------------/--------------------------------------/---------------- 
O Tribunal de Contas da União, com sede no Distrito Federal, é integrado por 
nove Ministros. A escolha dos membros do referido Tribunal é feita da seguinte 
forma: 
a) Um terço pelo Presidente da República , com aprovação do Senado Federal, 
sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público 
junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios 
de antigüidade e merecimento; 
b) Dois terço pelo Congresso Nacional. Dispõe a Constituição da Republica 
Federativa do Brasil de 1988: 
Art. 73 . O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede 
no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território 
nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. 
(...) 
2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: 
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, 
sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério 
Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os 
critérios de antigüidade e merecimento; 
II - dois terços pelo Congresso Nacional. (Destacamos) 
 
42- QUAL A COMPOSIÇÃO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL, ESTADUAL E 
MUNICIPAL? 
 
A administração do Estado brasileiro é dividida em três níveis de governo: federal, 
estadual e municipal. Todos os estados (incluindo o Distrito Federal) e os 
municípios são membros da Federação – estes últimos a partir da Constituição de 
1988 – e, assim, tem suas administrações com diferentes níveis de autonomia. 
Conforme definido na Constituição, os limites dessa autonomia determinam os 
assuntos que podem ser legislados e os limites de ação do Executivo. Desse modo, 
não há hierarquia entre eles e, ao contrário do que muitos imaginam, o Presidente 
da República não manda nos governadores, que também não mandam nos prefeitos. 
No Brasil, existem 26 estados-membros, um Distrito Federal e 5.570 municípios, 
cada um com um chefe do Executivo e parlamentares. 
No nível federal, estão o Presidente da República, os Deputados Federais e os 
Senadores. 
No nível estadual, estão os governadores, os deputados estaduais (ou 
distritais no caso do Distrito Federal) 
Dentro do governo do estado, o chefe do Executivo é o governador. Para que sejam 
cumpridas as funções de fazer valer as Constituições Estadual e Federal, ele deve 
ser auxiliado pelo vice-governador e pelas Secretarias de Estado 
No nível municipal, estão os prefeitos e os vereadores.
 
43- COMENTE AO MENOS DUAS FUNÇÕES 
(COMPETÊNCIA) PRIVATIVAS DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção 
superior da administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; etc. 
 
44- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODE EXTINGUIR CARGO PÚBLICO POR 
DECRETO? 
Art. 84, sobre o presidente: VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 
 
45- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODE DELEGAR ATRIBUIÇÕES DE 
CARÁTER PRIVATIVO? 
É competência privativa do presidente da República nomear, após aprovação pelo 
Senado Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal. 
 
46- QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPETÊNCIA PRIVATIVA E EXCLUSIVA? 
 Na competência privativa, cabe à União legislar sobre determinada matéria, 
contudo, PODE delegá-la a outro ente (Estado, Município). 
O mesmo não ocorre na competência exclusiva, na qual somente a União 
poderá legislar sobre determinada matéria, impedindo-a de delegar competência a 
outro ente. 
Por fim, na competência comum, todos os entes (União, Estado e Município), 
podem legislar sobre determinada matéria, desde que respeitadas as regras gerais 
impostas pela União. Um exemplo clássico é o Código Tributário. 
 
47- QUAIS SÃO OS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA? 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério 
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as 
normas de processo e julgamento. 
48- QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DECORRENTES DE UM CRIME DE 
RESPONSABILIDADE COMETIDO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA? 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da 
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos 
crimes de responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime 
pelo Supremo Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo 
Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não 
estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do 
regular prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações 
comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
49- COMENTE AO MENOS DUAS ATRIBUIÇÕES PRÓPRIAS DOS MINISTROS DE 
ESTADO. 
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e 
um anos e no exercício dos direitos políticos. 
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições 
estabelecidas nesta Constituição e na lei: 
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da 
administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos 
assinados pelo Presidente da República; 
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; 
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no 
Ministério; 
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente da República. 
50- QUAL A DIFERENÇA ENTRE CONSELHO DA REPUBLICA E CONSELHO 
DE DEFESA NACIONAL? 
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da 
República, e dele participam: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; 
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; 
VI - o Ministro da Justiça; 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, 
sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e 
dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a 
recondução.Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: 
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; 
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. 
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da 
reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo 
Ministério. 
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República. 
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República 
nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, 
e dele participam como membros natos: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - o Ministro da Justiça; 
V - o Ministro de Estado da Defesa; 
VI - o Ministro das Relações Exteriores; 
VII - o Ministro do Planejamento; 
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: 
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos 
termos desta Constituição; 
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da 
intervenção federal; 
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à 
segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa 
de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais 
de qualquer tipo; 
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a 
garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático. 
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional. 
 
51- QUAIS SÃO OS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO. 
 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
 I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A - o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais 
Superiores têm sede na Capital Federal. 
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o 
território nacional. 
 
 
52- COMO SE DÁ O INGRESSO NO PODER JUDICIÁRIO? 
O ingresso no Poder Judiciário se dá através de concursos e por 
processos de escolha e indicação. 
 
53- AS DECISÕES JUDICIAIS DEVEM SER OBRIGATORIAMENTE 
FUNDAMENTADAS? EXPLIQUE. 
O dever de fundamentar as decisões judiciais, ao mesmo tempo em que é um 
consectário de um Estado Democrático de Direito, é também uma garantia. Quando 
o jurisdicionado suspeitar que o magistrado decidiu contra a lei, desrespeitando 
direitos fundamentais ou extrapolando suas funções institucionais, deverá buscar na 
fundamentação da decisão subsídios para aferir a qualidade da atividade jurisdicional 
prestada. É a inserção dessa garantia no texto da Constituição é da maior relevância. 
PRINCIPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS COMO GARANTIA 
CONTITUCIONAL- ART. 93, INC. IX CF/88. 
 
54- O QUE SIGNIFICA O QUINTO CONSTITUCIONAL E ONDE ELE SE FAZ 
PRESENTE? 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos tribunais dos 
Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério 
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e 
de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados 
em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a 
ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes 
para nomeação. 
55- QUAIS SÃO AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS JUÍZES? 
 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a 
que o juiz estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em 
julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, 
VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
 
56- QUAIS SÃO AS VEDAÇÕES IMPOSTAS AOS JUÍZES PELA CONSTITUIÇÃO? 
 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III - dedicar-se a atividade político-partidária; 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
57- QUAL A DIFERENÇA ENTRE JUIZADOS ESPECIAIS E JUSTIÇA DE PAZ? 
O art. 98, II, da Constituição Federal de 1988, estabelece que a União, no Distrito Federal 
e nos Territórios, e os Estados criarão a Justiça de Paz, remunerada, com competência 
para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação 
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. Ela será composta por cidadãos eleitos 
pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos. 
Os Juizados Especiais objetivam prestar uma justiça acessível, gratuita e célere à 
população. 
São responsáveis pela conciliação, julgamento e execução de causas cíveis de menor 
complexidade e de delitos penais de pequeno potencial ofensivo, tratadas pela Lei 
9.099/1995. 
Causa cível de menor complexidade, ou pequena causa é aquela que tem expressão 
econômica reduzida ou que não ultrapasse na época do ajuizamento 40 (quarenta) 
vezes o salário mínimo vigente. 
Os juizados especiais são órgãos da Justiça Ordinária, criados pela União, no Distrito 
Federal e nos Territórios e pelos Estados. 
 
58- QUAL REMUNERAÇÃO DO JUIZ DE PAZ? 
Segundo a Constituição Brasileira (caput do art. 98 e inciso II), a União (no Distrito Federal e 
nos Territórios) e os estados devem criar uma justiça de paz, remunerada, composta de 
cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e 
competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de 
impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem 
caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.[28] Na prática, nunca houve tal 
eleição e tramita na Câmara dos Deputados uma proposta de emenda constitucional que propõe 
que os juízes de paz sejam admitidos por concurso público. 
RECEBE R$ 0,00 
 
59- COMENTE AO MENOS DUAS COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, 
os membros do Congresso Nacional, seus própriosMinistros e o Procurador-Geral da 
República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros 
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o 
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas 
da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; 
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas 
anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da 
República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de 
Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal 
Federal; 
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o 
Estado, o Distrito Federal ou o Território; 
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, 
ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta etc. 
 
60- QUEM POSSUI LEGITIMIDADE PARA PROPOSITURA DA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE? TAMBÉM CHAMADA DE ADIM. 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional
 
61- QUAIS OS REQUISITOS PARA SER: 
São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I – a nacionalidade brasileira; 
II – o pleno exercício dos direitos políticos; 
III – o alistamento eleitoral; 
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V – a filiação partidária; 
VI – a idade mínima de: 
 
a) trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da República e senador; 
 
b) trinta anos para governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal; 
 
c) vinte e um anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito, vice-prefeito e 
juiz de paz; 
d) dezoito anos para vereador. 
 
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre 
cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de 
notável saber jurídico e reputação ilibada. 
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo 
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal. 
 
62- QUAL A DIFERENÇA ENTRE SÚMULA DO STF E SÚMULA VINCULANTE? 
Chama-se súmula um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por 
um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos 
análogos, com a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade 
bem como de promover a uniformidade entre as decisões. 
A Súmula Vinculante é um enunciado que procura sintetizar, em frases objetivas, 
precedentes jurisprudenciais julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, possui caráter 
vinculativo, significando que expressa uma exigência de que todos os Tribunais e juízes, bem como 
a Administração Pública, sigam a orientação adotada pelo STF, sob pena de anulação da decisão 
judicial. 
A Súmula Vinculante, portanto, demanda que todos os órgãos dos Poderes Judiciário e 
Executivo sigam o mesmo entendimento do STF, estabelecendo um cenário com maior 
segurança jurídica. Casos parecidos, portanto, serão julgados de maneiras similares, 
aplicando o entendimento do Tribunal e respeitando o princípio da igualdade. 
Como consequência, temos um cenário em que a aplicação idêntica da lei ocorre em casos 
parecidos, provocando uma rapidez na tramitação dos processos e diminuindo a quantidade de 
trabalho dos juízes, que somente devem aplicar a súmula consagrada pelo STF. 
É importante salientar que tal dispositivo constitucional está presente no artigo 103-A da 
Constituição Federal brasileira 
A finalidade da súmula comum, latu sensu, é de refletir o entendimento do respectivo 
órgão que a editou, proporcionando maior uniformidade aos julgamentos que versem 
acerca da mesma matéria. Importante notar que a súmula vinculante espelha o sentido 
dado às normas constitucionais pelo STF sobre as quais recaiam atual[1] divergência e, 
a partir daí, surja indesejável insegurança jurídica. 
 
63- QUAL A FUNÇÃO DO CNJ? 
No início dos anos 2000, foi aprovada a Emenda Constitucional nº 45 de 2004, que 
instituiu o CNJ como um órgão público sediado em Brasília e ligado ao Poder 
Judiciário. Implementado em 2005, o Conselho tem como objetivo melhorar a 
atuação administrativa e financeira do judiciário brasileiro, além de controlar o 
cumprimento dos deveres por parte dos juízes. Tudo isso buscando melhorar a 
atuação desse Poder, de modo que ele possa atender melhor às necessidades dos 
cidadãos no país. 
São inúmeras as atribuições do CNJ. Todas elas instituídas pelo artigo 103B da 
Constituição Federal: 
1) Zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da 
Magistratura; 
2) Zelar pelos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência por parte da administração pública direta e indireta dos poderes da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios; 
3) Definir aspectos da gestão do Poder Judiciário, como o planejamento estratégico, 
os planos de meta e os programas de avaliação institucional; 
4) Receber reclamações contra membros ou órgãos do Judiciário; e 
5) Julgar processos disciplinares contra membros do Judiciário, incluindo os juízes, 
assegurando ampla defesa e podendo aplicar sanções administrativas. 
 
64- COMENTE AO MENOS DUAS FUNÇÕES DO STJ. 
O Poder Judiciário é o ramo do Estado responsável pela solução de conflitos da sociedade e 
garantia de direitos dos cidadãos. No Brasil, é dirigido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e 
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 
Criado pela Constituição Federal de 1988, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) é 
a corte responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil. É 
de sua responsabilidade a solução definitiva dos casos civis e criminais que não 
envolvam matéria constitucional nem a justiça especializada. 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil. 
Descreve como sua missão zelar pela uniformidade de interpretações da legislação federal 
brasileira.[1] 
O STJ também é chamado de "Tribunal da Cidadania", por sua origem na "Constituição Cidadã". 
É de responsabilidade do STJ julgar, em última instância, todas as matérias infraconstitucionais 
não especializadas, que escapem à Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar, e não tratadas na 
Constituição Federal, como o julgamento de questões que se referem à aplicação de lei federal 
ou de divergência de interpretação jurisprudencial. Na primeira hipótese, o Tribunal analisa o 
recurso caso um Tribunal inferior tenha negado aplicação de artigo de lei federal. Na segunda 
hipótese, o Superior Tribunal de Justiça atua na uniformização da interpretação das decisões dos 
Tribunais inferiores; ou seja, constatando-se que a interpretação da lei federal de um Tribunal 
inferior é divergente de outro Tribunal (incluso o próprio Superior Tribunal de Justiça), o STJ pode 
analisar da questão e unificar a interpretação. 
 
 
65- COMENTE AO MENOS DUAS FUNÇÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR DO 
TRABALHO.Com sede em Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional, é órgão de cúpula da Justiça 
do Trabalho, nos termos do artigo 111, inciso I, da Constituição da República, cuja função 
precípua consiste em uniformizar a jurisprudência trabalhista brasileira. O TST é composto de 
vinte e sete Ministros. 
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é a instância mais elevada de julgamento para temas 
envolvendo o direito do trabalho no Brasil. 
Consistindo na instância máxima da Justiça Federal especializada do Trabalho brasileiro que 
por sua vez organiza-se em Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) e que por sua vez 
coordenam as Varas do Trabalho. 
 
 
66- QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO? 
COMENTE-AS. 
Estão previstos no artigo 127, 1º, da Constituição Federal seus princípios 
institucionais que são: a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
Fala-se em unidade, pois o Ministério Público possui divisão meramente 
funcional. O princípio da independência funcional , por sua vez, relaciona-se à 
autonomia de convicção, pois promotores e procuradores podem agir da maneira 
que melhor entenderem, submetem-se apenas em caráter administrativo ao Chefe 
da Instituição. Já o princípio da indivisibilidade consubstancia-se na verdadeira 
relação de logicidade que deve haver entre os membros do Ministério Público que 
agem em nome da Instituição e não por eles mesmos, por isso a possibilidade de 
um membro substituir o outro, dentro da mesma função, sem que com isso haja 
qualquer disparidade. 
 
67- QUAL A ABRANGÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO? 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
68- QUAL É O CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DO MINISTÉRIOS 
PÚBLICOS DOS ESTADOS? 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta 
e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do 
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da 
República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios 
formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para 
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para 
mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão 
ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da 
lei complementar respectiva. 
69- QUAIS SÃO AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO? COMENTE-AS 
Dentre as garantias do Ministério Público como instituição, temos primeiramente a 
autonomia funcional, que abrange a instituição como um todo, incluindo todos os seus 
órgãos. 
Ela significa que os membros do Ministério Público, no cumprimento de seus deveres 
institucionais, não se submetem a nenhum outro poder, órgão ou autoridade pública. Eles 
devem obediência somente às leis, à Constituição Federal, e a sua própria consciência. 
Outra das garantias do Ministério Público como instituição é a autonomia administrativa. 
Ela se materializa pela capacidade da instituição de dirigir a si própria, ou seja, pelo seu 
poder de autogestão, autoadministração e autogoverno. 
Em decorrência desta garantia, o Ministério Público pode propor ao Poder Legislativo, 
dentre outras disposições acerca de sua organização e funcionamento, e observados os 
limites constitucionais, a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, sua 
política remuneratória e planos de carreira. 
Finalmente, é também garantia institucional do Ministério Público a autonomia financeira, 
materializada pela capacidade de elaborar sua proposta orcamentária, obedecidos os limites 
da Lei de Diretrizes Orçamentária (art. 127, § 3º, da Constituição). Além disso, o MP 
administra de forma autônoma os recursos a ele destinados. 
Em relação aos membros do Ministério Público, a Constituição traz como garantias a 
vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos. 
A vitaliciedade é adquirida após 2 anos de efetivo exercício no cargo. Essa garantia 
assegura que o membro do MP somente perderá seu cargo por sentença judicial transitada 
em julgado. 
Em relação à inamovibilidade, o membro do MP não poder ser removido ou promovido de 
forma unilateral, ou seja, sem sua autorização ou solicitação. Isso ocorrerá apenas 
excepcionalmente, por motivo de interesse público ou por decisão da maioria absoluta dos 
membros do órgão colegiado competente do próprio MP, assegurada a ampla defesa. 
A irredutibilidade de subsídios determina que estes não podem ser reduzidos. 
Lembrando que, conforme jurisprudência, essa irredutibilidade é nominal, ou seja, não há 
garantia perante redução 
 
70- QUAIS SÃO AS VEDAÇÕES IMPOSTAS AO MINISTÉRIO PÚBLICO? 
Além das garantias, aos membros do MP são impostas alguns impedimentos e 
vedações, relacionados no art. 128, § 5º, II, e no art. 129, IX, ambos da Constituição. 
Conforme esses dispositivos, os membros do MP não podem receber, a qualquer título e sob 
qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; exercer a advocacia; 
participar de sociedade comercial; exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra 
função pública, salvo 1 de magistério; exercer atividade político-partidária; e receber, a 
qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas 
ou privadas, ressalvadas as exceções legais. 
 
71- COMENTE AS SEGUINTES ATRIBUIÇÕES DO MP: 
PROMOVER PRIVATIVAMENTE A AÇÃO PENAL PÚBLICA. 
PROMOVER O INQUÉRITO CIVIL E A AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
Art. 129 - Dentre as funções institucionais do Ministério Público arroladas na Constituição, 
a primeira é a de promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. O MP 
detém, portanto, a titularidade e monopólio da ação penal pública. A única exceção está no 
art. 5º, LIX, da Constituição, segundo o qual será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal. 
É também função do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, 
para a proteção do patrimônio público e social, do meio-ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos. A sua legitimidade para a ação civil pública não impede a legitimidade 
de terceiros, nas mesmas hipóteses, conforme disposto na Constituição e na Lei nº 
7347/85. Referida Lei disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos 
causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico 
 
72- QUAL A DIFERENÇA ENTRE INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS? 
EXPLIQUE. 
Os direitos difusos e coletivos encontram equivalência apenas com relação à 
natureza indivisível do bem jurídico, ou seja, seu objeto. 
Isso significa que não é possível satisfazer apenas um dos titulares dos interesses 
difusos ou coletivos. A satisfação de um, implica necessariamente na satisfação de 
todos. 
A primeira diferença entre estes interesses reside na titularidade. 
Titularidade de Interesses Difusos 
Os interesses difusos têm como seus titulares pessoas indeterminadas e ligadas

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