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Eletrônica Básica Aula 02 Diodos Professor: Vladimir Homobono Soares E-mail: eng.vladhomobono@gmail.com 1 Introdução • O fato de se poder dopar diversas regiões de um mesmo material semicondutor com diferentes impurezas possibilita a fabricação de uma grande variedade de dispositivos eletrônicos. • Num semicondutor contendo uma região do tipo P e uma região do tipo N separados por uma fina camada de transição, é formada o que se chama de junção p-n. 2 Introdução • Formação dos diodos: – Um pedaço de SC, tanto tipo N quanto tipo P, não tem muito mais utilidade do que como resistor – A junção PN diodos e transistores – O nome diodo vem da contração de dois (di) eletrodos (odos) 3 Camada de depleção • No lado N os elétrons repelem-se em todas as direções, inclusive alguns elétrons são lançados através da junção PN • recombina-se com uma lacuna e deixa de ser elétron livre e passa a ser um elétron de valência • Na verdade temos a geração de um íon positivo no lado P e um íon negativo no lado N. 4 Diodos 5 O diodo é um dispositivo de 2 terminais O diodo ideal conduz somente em uma direção Características do Diodo 6 Região de Condução Região de não-condução • A tensão através do diodo é 0 V • A corrente é infinita • A resistência direta é RF = VF / IF • O diodo age como um curto-circuito • Toda tensão está no Diodo • A corrente é 0 A • A resistência reversa é RR = VR / IR • O diodo age como um circuito- aberto Materiais Semicondutores • Materiais comumente utilizados no desenvolvimento de dispositivos semicondutores – Silício (Si) – Germânio (Ge) – Arsenieto de gálio (GaAs) 7 Dopagem • As características elétricas do silício e do germânio são aprimoradas pela adição de materiais num processo chamado dopagem. • Existem dois tipos para materiais semicondutores – Tipo N (excesso de elétrons) – Tipo P (excesso de buracos) 8 Junção P-N • Um lado do cristal feito de silício ou germânio pode ser dopado como um material do tipo P e o outro lado com um material do tipo N separados por uma fina camada chamada de região de depleção para efetuar a junção. • Junção P-N 9 Junção P-N 10 Na junção p-n o excesso de elétrons na banda de condução na região do tipo N são atraídos pelo excesso de buracos na região do tipo P. Os elétrons no material do tipo N migra através da junção para o material do tipo P. (Fluxo de elétrons) A migração de elétrons resulta em uma carga negativa no lado tipo P da junção e uma carga positiva no lado tipo N da junção. O resultado é a formação de uma região de depleção na junção. Condições de Operação do Diodo • Um diodo possui três condições de operação: • Sem Polarização. • Polarização direta. • Polarização Reversa. 11 11 Condições de Operação do Diodo • Sem Polarização • Nenhuma tensão externa é aplicada: VD = 0 V. • Nenhuma corrente está fluindo: ID = 0 A. • Somente uma modest região de depleção existe. 12 Condições de Operação do Diodo • Polarização Reversa • Tensão externa é aplicada através da junção P-N em uma polaridade oposta à do material tipo P e do tipo N 13 • A tensão reversa causa um alargamento na região de depleção. • Os elétrons no material do tipo N são atraidos diretamente para o terminal positivo da fonte de tensão. • Os buracos no material tipo P são atraidos diretamente para o terminal negativo da fonte de tensão. 14 Condições de Operação do Diodo • Polarização Direta • Tensão externa é aplicada através da junção P-N a mesma polaridade do material tipo P e do tipo N • A tensão direta causa um estreitamento na região de depleção. • Os elétrons e os buracos tendem à se direcionar para a região de depleção. • Os elétrons e os buracos têm energia suficiente para atravessar toda junção P-N. Características do Diodo Real • Note as condições para regiões sem polarização, com polarização reversa e com polarização direta. • Corrente de diodo: 15 1kT DkV eII sD • Existem dois tipos de corrente através do diodo: • Por Portadores Majoritários: • Em um material do tipo N são elétrons. • Em um material do tipo P são os buracos. • Por Portadores Minoritários: • Em um material do tipo N são buracos. • Em um material do tipo P são elétrons. Portadores Majoritários e Minoritários 16 • A região zener está na região da região de polarização reversa do diodo. • A um certo ponto, a tensão de polarização reversa é tão alta que o diodo “quebra” e a corrente reversa aumenta dramaticamente. • O valor máximo da voltagem reversa que não irá levar o diodo à região zener é chamado de tensão inversa de pico ou tensão de pico reversa. Região Zener 17 • A tensão que causa a entrada do diodo a operar na região zener é chamado tensão zener (VZ). Tensão de Polarização Direta • O ponto em que o diodo muda de sem polarização para a condição de polarização direta ocorre quando os eletrôns e os buracos tem energia suficiente para atravessar a junção P-N. Essa energia é causada por uma tensão externa aplicada através do diodo. • A tensão de polarização direta requerida para um: • Diodo de Arsenieto de Gálio 1.2 V • Diodo de Silicone 0.7 V • Diodo de Germânio 0.3 V 18 • Com o aumento da temperatura adiciona energia ao diodo. – Reduz a tensão de polarização direta para condução de polarização direta. – Aumenta a quantidade da corrente reversa na condição de polarização reversa. – Aumenta a tensão de polarização reversa de avalanche. • Diodos de germânio são mais sensíveis à variações de temperatura que os diodos de silício ou arsenieto de gálio. Efeito de Temperatura 19 Níveis de Resistência • Semicondutores reagem de formas diferentes para correntes DC e AC. • Existem três tipos de resistência: – Resistência DC (estático). – Resistência AC (dynamic). – Resistência Média AC. 20 • Para uma tensão DC específica VD, o diodo tem uma corrente específica ID e uma resistência específica RD. Resistência DC (estática) D D D I V R 21 Resistência AC (dinâmica) • Na região de polarização direta: – A resistência depende da quantidade de corrente (ID) no diodo. – A tensão através do diodo praticamente constante (26 mV p/ 25C). – rB é tipicamente entre 0,1 para dispositivos de alta potência à 2 para baixa potência. Em alguns casos rB pode ser ignorado. • Na região de polarização reversa: – A resistência, idealmente, é infinita. Assim o diodo age como aberto. B D d r I r mV 26 rd 22 • A resistência AC pode ser calculada usando os valores da corrente e da voltagem para dois pontos na curva característica do diodo. pt. to pt. d d av ΔI ΔV r 23 Resistência AC (dinâmica) Circuito Equivalente do Diodo 24 • Na polarização reversa, a camada de depleção é muito grande. A forte polaridade positiva e negativa do diodo cria capacitância, CT. A quantidade de capacitância depende da tensão reversa aplicada. • Na polarização direta de armazenamento de capacitância ou capacitância de difusão (CD) existe com o aumento da tensão do diodo. Capacitância doDiodo 25 • Tempo de Recuperação Reversa é o tempo requerido para um diodo parar de conduzir e é modificado de polarização direta para polarização reversa. Tempo de Recuperação Reversa (trr) 26 • Escolher um bom diodo entre os diferentes tipos requer analisar as seguintes especificações: 1. Tensão Direta (VF) em um valor específico de corrente e temperatura. 2. Corrente direta máxima (IF) em um valor específico de temperatura. 3. Saturação de corrente reversa (IR) em um valor específico de tensão e temperatura. 4. Tensão reversa, PIV or PRV or V(BR), em um valor específico de temperatura. 5. Máxima potência de dissipação em um valor específico de temperatura. 6. Níveis de capacitância. 7. Tempo de recuperação reversa, trr 8. Faixa de operação da temperatura. Especificações dos Diodos 27 • O anodo é abreviado por A • O catodo é abreviado por K Símbolo e Encapsulamento do Diodo 28 • Checagem do Diodo. • Ohmímetro. • Traçando a Curva. Teste de um Diodo 29 • Muitos multimetros digitais tem uma função para checar o funcionamento do diodo fora de um circuito. • Um diodo normal possui tensão direta, para: – Arsenito de gálio 1,2 V – Diodo de silicone 0,7 V – Diodo de Germanio 0.3 V Diodo Checker 30 • Um ohmímetro ajusta uma baixa resistência para utilizar como teste em um diodo fora do circuito. Ohmímetro 31 • Traçar a curva caracterísitica do diodo em teste para comparar com suas específicações mostradas no data sheet. Traçando a Curva 32 • Diodo Zener. • Diodo Emissor de Luz (LED – Light-emitting diode). • Arranjo de diodos. Outros Tipos de Diodos 33 • Um diodo zener opera na polarização reversa na tensão Zener(VZ). • A tensão zener comum está entre 1,8 V e 200 V. Diodo Zener 34 • Um LED emite fotons quando existe uma polarização direta. • Geralmente a emissão é na região do infravermelho ou no espectro vísivel. • A tensão de polarização direta é, usualmente, na faixa de 2 V e 3 V. Diodo Emissor de Luz (LED) 35 • Multiplos diodos podem ser encapsulados juntos em um circuito integrado (CI). • Existe uma grande possibilidade no arranjo dependente do tipo de CI. Arranjo de Diodos Common Anode Common Cathode 36
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