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Aula 3 DIREITO EMPRESARIAL- MATERIAL DO ALUNO

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Aula 3 -Direito empresarial 
Objetivos:
Continuar o estudo sobre direito empresarial, apresentando e definindo as pessoas jurídicas de direito privado, em especial, as associações, fundações e sociedades: comparando-as e distinguindo-as.
Distinguir sociedades simples e empresárias e aprender as principais características das sociedades empresárias 
Estrutura de conteúdo:
Continuando a aula anterior, passamos ao estudo sobre o empresário coletivo.
A pessoa jurídica é formada por uma coletividade de pessoas, são entidades as quais a lei empresta personalidade jurídica própria, distinta da de seus sócios, capacitando-as, para assumir direitos e obrigações na vida civil, por isso, também pode exercer a atividade de empresa.
A natureza jurídica destas instituições é controversa, pois concorrem duas teorias: uma defendida por Savigny, para quem a pessoa jurídica é uma ficção legal ou doutrinária já que decorre da criação artificial do legislador ou dos estudiosos do direito; e, outra defendida por Ihering que via na pessoa jurídica uma forma encontrada pelo direito para reconhecer a existência de grupos que se unem na busca de determinados fins, ou seja, uma realidade técnica.
O nosso ordenamento jurídico reconhece a existência de pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, por isso é preciso verificar a espécie autorizada a exercer a atividade econômica, já que esta é característica da empresa.
Logo de início afastam-se da empresa as pessoas jurídicas de direito público, isto porque o art. 173 da Constituição Brasileira determina expressamente que a exploração direta da atividade econômica pelo Estado só é permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. Mesmo assim, quando for o caso de exploração direta esta deve ser feita através de empresas públicas ou sociedades de economia mista, que se submetem ao regime jurídico próprio das empresas privadas, conforme previsto no inciso II do parágrafo primeiro do mesmo art. 173 da carta maior. Assim, as pessoas jurídicas de direito público interno não podem ser consideradas empresárias por reserva constitucional da atividade econômica à iniciativa privada.
Por seu turno, o art. 44 do Código Civil traz o rol exemplificativo das pessoas jurídicas de direito privado, estas por integrarem a iniciativa privada são as destinatárias da reserva constitucional, contudo, a lei estipula certo tipo de atividade para cada espécie de pessoa jurídica, fato que impõe a distinção entre elas para efeito de saber qual espécie pode exercer a atividade econômica; e, assim, se qualificar como empresária.
Associações
As associações são instituições formadas por pessoas que se organizam para desenvolver fins não econômicos, tais como atividades culturais, recreativas, esportivas etc. (Art. 53 e seguintes do CC). Logo, as associações não podem ser empresárias por não estarem autorizadas a exercer a atividade econômica, característica da empresa.
4.2 - Fundações
As fundações são criadas por um instituidor que destina bens livres, para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência, mediante escritura pública. (art. 62 e p. único do CC). Tais atividades não se adéquam à empresa, uma vez que esta tem por característica a onerosidade, logo, as fundações não podem ser empresárias.
Partidos políticos e organizações religiosas
Tanto os partidos políticos que perseguem ideologias quanto as organizações religiosas que professam a fé e os cultos, não podem exercer a condição de empresário porque suas atividades precípuas não são de natureza econômica.
Sociedades
As sociedades se formam pela manifestação da vontade de duas ou mais pessoas, que se propõem através de um contrato a unir esforços e recursos para a consecução de uma atividade econômica e a partilha entre si dos resultados.
Logo se vê que por ser a única categoria de pessoa jurídica que está autorizada a perseguir atividade econômica, a sociedade é a única espécie de pessoa jurídica que pode ser empresária.
Toda sociedade depende da presença de pressupostos que fundamentam a sua existência, validade; e, regularidade de atuação, para operar no mercado. A ausência destes pressupostos desnatura a pessoa jurídica e enseja a responsabilização pessoal dos sócios pelas obrigações o contraídas em nome da sociedade, assim, é imprescindível conhecê-los para que seja verificada a legitimidade de sua atuação.
Pressupostos de existência
Para a existência de uma sociedade é preciso que concorram (i) a affectio societatis; e, (ii) a pluralidade de sócios.
Affectio societatis é a vontade firme de os sócios unirem-se, por comungarem de idênticos interesses, manterem-se coesos, motivados por propósitos comuns, e colaborarem, de forma consciente, na consecução do objeto social da sociedade.
Já a pluralidade de sócios demanda a presença de ao menos duas pessoas, naturais ou jurídicas, para a formação do contrato social. Vale ressaltar que o direito brasileiro não admite a sociedade originariamente unipessoal, salvo a hipótese da subsidiária integral prevista no art. 251 da Lei 6.404/76.
A unipessoalidade é admitida apenas de maneira superveniente nas sociedades, assim, em caso de remanescer apenas um sócio na sociedade, seja por qual motivo for, este terá o prazo certo de 180 (cento e oitenta) dias, nas sociedades disciplinadas pelo código civil; ou, o prazo de 1 (um) ano, nas sociedades anônimas62, para restabelecer a pluralidade de sócios, sob pena de dissolução de pleno direito da sociedade. 
Classificação das sociedades segundo o Código Civil
O Código Civil Brasileiro, externando características de nossa comunidade, classificou as sociedades segundo a nacionalidade, a natureza da atividade; e, quanto a personificação.
Sociedade Simples e Empresária
O Código Civil também distingue as sociedades quanto à natureza da atividade desenvolvida, daí resultam as sociedades simples e as sociedades empresárias.
A Sociedade Empresária
A sociedade empresária é aquela que persegue atividade econômica, organizada de maneira profissional, para a produção ou circulação de bens ou de serviços, ou seja, a que tem atividade própria de empresário (art. 982 CC). 
VERIFIQUE SE VOCÊ APRENDEU
- Quais são as pessoas jurídicas de direito privado?
- Como se forma a sociedade?
- Quais os seus pressupostos de existência?
- Qual a diferença entre sociedade simples e sociedade empresária?
-TRAGA PARA A SALA DE AULA UM CONTRATO SOCIAL DE UMA SOCIEDADE LIMITADA

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