Buscar

Leis Penais Especiais José Geraldo da Silva, Paulo Rogério Bonini, Wilson Lavorenti

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

'" 
". '. ..... .... '. .... ATUALIZAÇÃO ON-LINf 
o~ ç(Jm~ntários às a,tualizações legislatIvas que viereri1.a ocorrer até a publicação da próxima edição 
. . ...... ' estarãodi~póníveispara downlaad em nosso sit&. 
···www:millenniumeditQrtÍ.c()rn.br 
. . . Quaíidádeé a 
característh:a que ~os identifica 
e revela a todos. 
i, 
j' 
JOSÉ GERALDO DA SILVA 
PAULO ROGÉRIO BONINI 
WILSON LAVORENTI (COORDENADOR) 
LEIS PENAIS ESPECIAIS ANOTADAS 
Atualizadas : até Fevereiro / 2010 
1P EDIÇÃO 
CAMPINAS/SP 
2010 
Si38L 
Ficha Cata!ográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da UNICAMP 
Diretoria de Tratamento da Informação 
Bibliotecário: Helena Joana Flipsen CRB-8a /5283 
Silva, José Geraldo da. 
Leis penais especiais anotadas I José Geraldo da Silva, 
Paulo Rogério Bonini; coordenador: Wilson Lavorenti. -- 11. Ed. 
Campinas, SP : Millennium Editora, 2010. 
1. Direito penal. 2. Legislação Brasil. I. Bonini, Paulo R. 
II. Lavorenti, Wilson. III. Título. 
CDD - 345 
- 346.81 
ISBN 978.85.7625.173-6 
Índice para Catálogo SístemáticÇl: 
1. Direito penal 
2. Legislação - Brasil 
© Copyright by Millennium Editora Ltda. 
345 
346.81 
© Copyright by José Geraldo da Silva, Paulo Rogério Bonini e Wilson Lavorenti 
Supervisão de Editoração e Capa 
Eliane Ribeiro Palumbo 
Editoração 
Alice Corbet 
Revisão 
WdniaMilanez 
Fonte de Atuali;!:ação das Leis: 
httpJ.Iwww.planalto.gov.br 
Todos os direitos desta publiçaçãoreservados: 
J\iI.illennium Editora Ú<la," 
Av. SenadoI: Antônio Úlcerda l,'ranco, 1.381 
]d. do ÚlgO - .13050-030 - cam~ináS-S'p 
PABX/FAX: (19)3229-5588 
www.millenniumeditora.com.br 
E-mail: editora@millenniumcditora.com.br 
'I 
i;' 
I'" 
( 
I 
'1 
···1 
~ 
6' 
PREFÁCIO 
Com o espírito e a competência dos junscoIi.sultosque, outrora, sOb os aus-
píCios do imperador Justiniano, compendiàram no DigeSto legislaçãO esparSa e 
o direito antigo; três renomados autores· trataram de ~eunir ~ comentar; entre hÓS, 
com tara fortuna, ás mais importantes leis penais~ .. 
Obra d~ vulto e real valor foi a que, afinal, debaixO d~ títu.lo assaZ explÍcativo 
de Leis Penais Especiais Anotadas, tiraram à luz. 
Para acreditar-lhe o mérito bastara já a circunstâncíadeter passado onze .ve~ 
zes pelo prelo. 
No particular, todavia, razão de maior força e peso distingue' e Carácteriza a 
publicação, convém a saber: a qualificação intelectual de seUs autores. Ehl verda-
de, as Leis. Penais Especiais, que constituem a substância do livro,· foram diligen-
temente comentadas pór mestres abalizados na ciência do Direito: os Dril. 
GERALDO DA SUYA, PAUJ.O ROGÉRIO .BONINI e WILSON LAVORENTI. 
Esses eminentes juristas, pela contribuição que deram ao livro, fizeram dele 
um manual de consulta necessária a quantos pretendam inteirar-se do sentido 
autêntico da referida legislação. 
Aqueles que, por encontrar o espírito da lei, tiveram um dia de percorrer 
o direito escrito, nunca recusarão ao trabalho de exegese do texto legal o justo 
preito do louvor acadêmico, de que foram dignos, "verbí gratia", NÉLSON HUNGRIA 
(Comentários ao Código Penal), BENTO DE FARIA (Código de Processo.Penal), JosÉ 
DUARTE (Comentários à Lei das Contravenções 'penais), etc. IJvro do mesmo g~ne­
ro, também as Leis Penais Especiais Anotadas haverão de contar com o favor 
da crítica! 
A norma - sentenciou uma das mais lúcidas inteligências de nosso tempo -
"a norma é a sua interpretação".! 
Ao aplicador da lei cabe, com efeito, primeiro que o mais, perquirir-lhe o es-
pírito, que sOmente este a vivifica.2 
Interpretar, em suma, "é descobrira vontade da leí"~3 
Tal ofício pressupõe, além de sólida formação jurídica e filosófica, largo tiro-
cínio ou trato diuturno com a matéria que () legislador disciplinou. 
1 MIGUEL do Direito, 17a ed., p. 597. 
2 "LitteFa mim occidit, spiritus autem vivificaI". A letra mata, o espírito vivifica (SÃo PAULO, 
2"'. Epístola aos Corintios, cap. 3°, v.6). 
3 VICENTE DE AzEVEDO, Apostilas de Direitojudiciário Penal, 1952, vol. I, p. 55). 
t !. 
~ 
II, 
" 
, •• c" 
SuMÁRIo 
1. LEI DAS CONTRAVENçóESPENAIS - DECRETO,..LEINO 3.688/41 
Dec~eto-iei n~ 3.688, de 3 de outubro de 1941 ........................................ 1 
Lei das Contravenções Penais Decreto-lei nO 3.688/41 ................................ 8 
1. Considerações lrúciaÍs ...................................................... 8 
2. Parte Geral- Arts. 1° a 17 ................................................... 9 
3. Parte Especial. Contravenções Referentes à Pessoa - Arts. 18 a 23 ................... 15 
. 4. Contravenções Referentes ao Patrimônío - Arts: 24 a 27 .......................... 21 
5. Contravenções Referentes à Incolumidade Pública - Arts. 28 a 38 .................. 23: 
6. Das Contravenções Referentes à Paz Pública .,-Arts. 39 í;l42 ........ , ..... h .... .. • 31 
7. Contravenções Referentes à Fé Pública - Arts. 43 a 46 ..... , ......... " ............ 34 
8. Das Contravenções Relativas à Organização do Trabalho ;-Arts. 47 a 49 .............. 37 
9. Das Contravenções Relativas à Polícia de Costume-Arts. 50 a 65. " •............... 39 
10. Das Contravenções Referentes à Administração pública-Arts. 66 a 70 ............... 54 
2. ECONOMIA POPULAR - LEI ~ 1.521/51 
Lei nO 1.521, de 26 de dezembro de 1951. ......................................... .59 
, Economia Popular Lei nO 1.521/51 ....... , .. , , .. , , . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... 62 
3. ABuso DE AUTORIDADE - LEI NO 4.898/65 
Lei nO 4.898, de 9 de dezembro de 1965 ........................... , ................ 83 
Abuso de Autoridade - Lei nO 4.898/65 . ................ , ........................... 86 
1. Considerações lrúciais.. .. . . . . . . .. . . . . . . . .. . .. ... .. .. .. . .. . .. . . ... .. ...... 86 
2, Obediência Hierárquica, . , . , . . . . . . . . . . .. ., ... , .... :........... .., ........ 88 
3. Estrito Cumprimento do Dever Legal ......................................... 88 
4. Independência de Instâncias ............ " ..... ,. ',' ....... , .. '.' ............. 89 
5. Aplicação da Lei nO 9.099/95. . . .. . ......................................... 89 
6. PrazoPrescricional : ...................................................... 89 
7. Revogações .................................................... " ........ 90 
8. Crimes em Espécie. .. . . . . . . .. . .......................................... 90 
8.1'. Atentado à liberdade de locomoção ...................................... 90 
Atentado à inviolabilidade de domicílio ................................... 91 
8.3. Atentado ao sigilo de correspondência ............... : ................... 92 
8.4. Atentado à liberdade de consciência é crença .............................. 93 
8.5. Atentado ao livre exercício do culto reli~oso ...... ; ... ; .... > •.•..•• ; ••...... 93 
8.6. Atentado à liberdade de associação.. .. .. .. .. .. . .. . .. . . . . .. . ............ 93 
8.7. Atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto ......... 94 
8.8. Atentado ao direito de reunião .................. ; ...................... 94 
, 
~ ~: 
~' ~ ~t !~l I 
I', . ;~ ~ ~ i" ( 
{;l 
II' ;j i: 
o o 
LEIS PENAIS EsPECIAIS ANOTADAS - JOSÉ GERAl.DO DA SILVA PAULO ROGÉIUO BONINI - WILSON UVORBNTI 
8.9. Atentado à incolumidade física do indivíduo ............................. . 
8.10. Atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional ..... 95 
9. Outros Crimes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .... 95 
10. Procedimento .................................................... . .... 99 
4. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DE PREFEITOS - DECRETO-LEI ~ 201167 
'. .,.. 1 
Decreto-lei nO 201, de 27 de fevereiro de 1967 .........................
: ............ 101 
Crimes de Responsabilidade de Prefeitos Decreto-lei nO 201/67 ....................... 103 
5. CRIMES CONTRA O PARCElAMENTO 00 SOLO UimANo - LEI ~ 6.766n9 E LEI ~ 10.932/04 
Lei nO 6.766, de 19 de dezembro de 1979 ........................ ' ................... 123 
Lei nO 10.932, de 03 de agosto de 2004 ............................ : ............. , .126 
Crimes Contra o Parcelamento do Solo Urbano - Lei nO 6.766n9 eLel n<) 10.932/04 ........ 127 
1. Considerações Iniciais .............. , .............. " ..... : ' ... . ......... 127 
2. Proibições Quanto ao Parcelamento do Solo .............. '. " .. , . : .. , ........... 128 
2.1. Disposições penais .................. ~ ....•.... ~ ....... ~ ............. 128 
, . '-".,- --~ .. ~-..... 
6. CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE COR - LEI NO 7.716/89 ) 
Lei n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989 ............. : ........................... , .137 
Crimes Resultantes de Preconceitos de Raça ou de Cor -Lei nO 7.716/89' ................ 138 
1. Aspectos Constitucionais.. . ..................... : ... ' ...... , .............. 138 
2. Breve Digressão sobre a Codificação Penal .................................... 140 
2.1. Leis antiescravagistas e Lei Afonso Arinos . .. . . . . . . . . . .. . ......•.... ' ..... 141 ' 
2.2. Crime de genocídio e racismo, ................. : ............... , ...... 142 
3.' Aspectos Criminais . . . . . . . . . . . .. . ....................................... 143 
3.1. Conceitos . . . . . . . .. . ....................................... : ... 143 
3.2. Caracteres gerais .............. : ......... : ......................... 145 
3.3. Tipos penais .............................. , .... ~>",.. . .... . ....... 147 
7. ESTATUTO 1M CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - LEI NO 8.069/90 
Lei nO 8.069, de 13 de julho de 1990 ........................ , .. , ................ 157 
Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nO 8.069/90 ...... " , . , .... : ....... " ...... 162 
8. CRIMES HIlDlONDOS - LEI ~ 8.072/90 
Lei nO 8.072, de 25 de julho de 1990 ............................................. 207 
Crimes Hediondos - Lei nO 8.072/90 . . . . . . . . . . . . . . . .. . .......................... 209 
1. Caracteres Genéricos ..................................................... 209 
2. AssentoCOnstitucional ......................•.... : .... "é" .... : ••••.••••••. 210 
3.' Qualificação Legal .................... ,.. . . .... .. .: ..... , .. , ............. 210 
4. Homicídio Simples e Qualificado ............. : ........ : . >< •••• : ............ 210 
5. . L.àttocínio ., ................... ~ ............•. :. " ... ; .. , .. ','" ....•...... 211 
,6. . Extorsão, S~questro Relâmpago e Extorsão Mediantâeqlle~!ro ..• ; .. : .... '.' ....... 211 
ESh.!pro:; ,' ..................... ; ..... , .. ,'.':; ............. : ... ' ....... ',' ..... 212 
8. EstuprddeVuInerável .............. : .. , ........... : ...................... 213 
9.. Epidemia com Resultado Morte ................. , ......................... 214 f 
SuMÁRIo XVII 
10. Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração de Produtos Destinados.a 
Fins Terapêuticos ou Medicinais .................. , .................... , ., .. 214 
11: Infrações Equiparadas ...................... ; o, ............ : .............. 214 
12. Indulto .............. ' ......................... ' ..... " ........... ' ' ....... : .' ...... 215 
13. Fiança e Liberdade Provisória .. , ................... '.': ........ '.' ,. ....... . . . . .. .216 
14. Regime de Cumprimento de Pena ..... . ........................... : .......... 217 
15. 
16. 
~l~ção em L~b~rdade .............. '.' ....... ' .......... : ........... : ..... 218 
PrlsaoTemporarla ....................... ; ........ : ...... ' ......... ; ...... 219 
17. Livramento Condicional e Reincidência Específica .. : ..... : ........... : ; ........ 219 
18. Suspensão Condicional da Pena ............. ~ .. e ... '.' ......... , ... o .. , ••• : •••• 220 
19. Pena Restritiva de Direitos ... , ......................... :. : ................ ; .220 
20. Quadrilha ou Bando. .. .. . .. .. .. . . ... . ............ ; .. : .. ; ................ 221 
21. Causá de Aumento de Pena ...................................... ~ ....... ~ .221 
9. CRIMES CONTRA O CONSUMIDOR - LEI NO 8.078/90 
Lei nO 8.078, de lldesetembrode 1990: ...... : ........ :. :.: ....... : .... : ........ 223 
, Crimes Contra o Consumidor Lei nO 8.078/90 .......... ' ..... : .. :. ~ . ~ .............. 225 
1. ConsidetaçõeSlnlciais ................ ~ ..... ; ....... : ... ' . .': ....... : .. :. .225 
2. . Fundamentação ConstituCional dos Direitos dó Córisuinidor' ....... ; .............. 225 
3. AspéctOs e Cón:ceitosGerais ... : ....... ; ............ :. o •••••••••• : ••••••••• 226 
4. Das Infrações Penais ......................................... ' ............ 227 
4.1. Caracteres genéricos ............. : ......... : . , ...... : ............... 227 
4.2. Tipos penais .............. , ......................................... 227 
5. Concurso de Pessoas ............... , .................................... 235 
5.1. Circunstâncias agrav~tes ...... , .................................... 235 
6. Multa e Penas Restritivas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ................... 236 
7. Assistência de Acusação e Ação Penal Subsidiária ................... , ........... 236 
10.' CRIMES CONTRA A ORDEM TRlBUT~, ECONÓMICA E 
C()NTAA ASRELA,çÕES DE ÇONSUMO..,. LEI NO 8.137/90 
Lei n° 8.137, de 27 de dezembro de 1990 ............... '.' . .. ...... " ........... 237 
Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de COnsGmo 
-Lei nO 8.137/90 ............................. : ..... " ................... 239 
1. Competência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .239 
2. Erro de Tipo e de Proibição e Crimes Tributários.: ........................ ;; ... 240 
3. Princípio da Insignificância e Crimes Tributários ..•............................ 240 
4. Inex:igibilidáde de Conduta Diversa e Crime Tributário ........ : ....... ; .......... 241 
5. ObjetividadeJufídica .................................................... 241 
().CondiçãoObjetivadePersecução Penal ................................ : ....... 241 
7. Extinçãq da Punibilidade em Crimes Contra a Ordem Tributária , .. ' .... , ........... 267 
.. 8. . Suspensão daP~ete!lsão. Punitiva e Extinção da Punibilidade Limitada 
pelo Recebimento da Denúncia. .. .- ................... '.:.; .. : ................ 268 
9. Suspensão da Pretensão Punitiva e Extinção da Punibilidade não Limitada 
pelo Recebimento da Denúncia (Lei nO 10.684/2003) ........... : ...... ; ........ 269 
~ 
1m 
1'1' 
~ 
;i;: 
~t( 
li; 
fi 
il! 
l' 
i' 
~~i ii.: I) 
I . 
.. 
XVIII LEIS PENAIS ESPECWS ANOTADAS - JOSÉ GERALDO DA SILVA - PAULO ROGÉRIO BONINI - WILSON LAVORENTI SuMÁRIo· XIX 
11. CRIMES CONTRA A ORDEM .ECONÔMlCA - LElN° 8.176/91 E LEI NO 9.478/97 7. Dos Crimes de Concorrência Desleal .......•.... , ........................... 377 
Lei n" 8.176, de 8 de fevereiro de 1991. ........................................... 273 
Lei nO 9.478, de 6 de agosto de 1997 ...................... : ....................... 274 
Crimes Contra a Ordem Econômica - Lei nO 8.176/91 e Lei nO 9.478/97 ................. 282 
1. Considerações Iniciais ............................ ; ............. , ......... 282 
2. Disposições Penais ............................... ~ ...... , . ; .......... ; .. 283 
15. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNlcA - LEI ~ 9.296/96 .. 
Lei nO 9.296, de 24 de julho de 1996 . .. . . .. .. . . .. . .. .. .. . .. ... .. ................ 389 
Interceptação Telefônica - Lei nO 9.296196. ,..... , ........................ " ....... 390 
1. Inviolabilidade das Comunicações como Direito Fundamental,
................... 390 
2. Conceito de Interceptação ................................................. 391 
12. CRIMES DE LICITAÇÃO -LEI N°8.666/9} 3. Competência .................. ' .................•........... ', ........... 393 
Lei nO 8.666, de 21 de junho de 1993,.. .. .. .. . . . .. . .............................. 289 4. Sujeito Passivo ............. , .. , ........... " .. , ......•...... , .. , .. , ...... 393 
Crimes de Licitação - Lei nO 8.666/93 ........................................... ..300 
1. Considerações Iniciais ............................ ,. ; ..................... 300 
5. Finalidade da Interceptação .. ; ............................................. 394 
6. Interceptação que Capta Questões Envolvendo T~rceiIYs ....................... , .394 
2. Previsão Constitucional ................................. , ........ , ........ 300 7. Fatos não Previstos na Representação para Interceptação .... ',' ................... 394 
3. Das Disposições Gerais ..............................•................... .300 8. Uso da Prova Obtida pela Interceptação como Prova Emprestada .................. 394 
4. Dos Crimes em Espécie ................................................... 302 
H. CRIME ORGANIZADO:- LEI NO 9.0}4/95(ALTERADA;PELA L~I~ 10.217 DE 11/04/01) 
Lei nO 9.034, de 3 de maio de 1995 ....................... : ...................... 315 
Crime Organizado Lei nO 9.034195 (alterada pela Lei nO 1 Ó.217de 11/04/01) ............ 316 
9. Uso da Prova Ilícita como Meio de Defesa, . . . . . . ... . .. .. . . .. . . . . . . . ......... 395 
10. Requisitos .................... , .............. ~ ................ " ....... 396 
11. Determinação de Ofício pelo Juiz ........................................... 397 
12. Representação pela Interceptação ............................. , ... : ....... , .398 
13. Procedimento .......................................................... 399 
1. Considerações Preliminares eCaracterísticas 6ásiçasda Organização Criminosa .. ' .... 316 
2. Da Definição de Ação Praticada por Quadrilha ou Bando, Organiz~ções . 
14. Decisão ............................ ' ... ; ... ; ; ... ;', ..... , .................. 399 
15. Prazo da Interceptação ............ , ....... , ...... , .; .... '.' .... : ; ......... 400 
e Associações Criminosas. .. . ... . . . . . . . . . . .. . ......... : .................. 318 16. Nulidade da Prova Ocórrida na Prorrogação da Interceptação, 
3. Dos Meios Operacionais de Investigação e Prova ................................ 321 
3.1. Ação controlada .................................................... 322 
3.2. Captação e interceptação ambiental .................................... 323 
3.3. Infiltração.. .. ................................................... 324 
4. Da Preservação do Sigilo Constitucional ................ : ..................... 326 
5. Disposições Gerais ....................................................... 328 
5.1. Especialização ..................................................... 328 
5.2. Identificação criminal ............................................... 328 
5.3. Colaboração espontânea: .. .. . . ... . .................................. 330 
5.4. Liberdade provisória: ............................................... .330 
5.5. Prazo para encerramento da instrução .................................. 331 
mas Válida Originariamente ............................................... 400 
17. Cumprimento da Interceptação ........................................... .401 
18. Participação do Ministério Público na Diligência .............................. .401 
19. Gravação da Conversa Interceptada .......................................... 401 
20. Sigilo Quanto ao Réu na Interceptação .......................... , ........... .402 
21. Momento da Ciência do Investigado ......................................... 403 
22. Apensamento da Medida no Caso de Interceptação Incidental. . . . . .. .... . ...... .403 
23. Crime de Interceptação de Comunicação Telefônica,.deInformática ou Telemática .... 404 
24. Crime de Quebra do Segredo de Justiça ......... ; ... ; ........................ 406 
16. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS - LEI NO 9.4}4/97 
5.6. Apelação em liberdade ............................................. .331 
5.7. Regime inicial de cumprimento de pena ................................ 332 
Lei nO 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 ............................................ 409 
Transplante de Órgãos Lei nO 9.434197 ................................ , ......... 413 
14. CRiMES CONTRA A PROPRIEDADE INDUSTRIAL ~LEINo 9.279/96 
Lei nO 9.279, de 14 de maio del996 ........... ; .......• : .. ; .' ......... : .. : ....... 333 
CrimesContra.a Propriedade Industrial - Lei nO 9.279/96; ............. : ......•..... ; .361 
1. Considerações Iniciais ................................... ' ...•............. 361 
1. Introdução ..... '" .......... ; ...... ' ....... !"'" ••••.••••••••••••••• , ...... .413 
2. Conceitos ......... : .................................................... 413 
3. Condicionantes Genéricas ................................................ .414 
4. Aspectos Criminais ...................... : ... .' .......................... .416 
2. . Crimes Contra as Patentes; ................................................ 362 LEI DE TORTURA - LEI NO 9.455/97 
3. Dos Crimes Contra os Desenhos Industriais .;; .......... , ............. : ...... .367 
4. DosCrÚn~s Contra3$, Marcas "0 •• : •• ; •••••••• : ••• , • : ••••••••••••• ; •••••••• : .370 
5. Dos Crimes Cometidos por Meio de Marça, Título de Estabelecimento e 
Sinal de Propaganda..... . .............. , ............................... 372 
. 6. Dos Crimes Contra Indicações Geográficas e Demais Indicações ................... 373 
Lei nO 9.455, de 7 de abril de 1997 ..• , ............................ ~ •............... .423 
Lei deTortura Lei nO 9.455/97 ........... u .. . ; ... ; ............................ .424 
1. Digressão Histórica. .. . . . . .. .. .. . . . . . . • .. .. .. . .. . , .. . ... . . . . . .. . .. . ... 424 
2. Tratados Internacionais ... ' .... , ......................................... .425 
3. Posição Constitucional ........... ; ....................................... .425 
xx LF.IS PENAIS ESPECIAIS ANOTADAS - JOSÉ GERALDO DA SILVA - PAULO ROGÉRIO BONINf - WILSON UVORENTI SUMÁRIo XXI 
4. Posição no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ... : . ;'" . . . .. . .. : ....... .426 3. Aplicação da Pena ... '" ................................................ 487 
5. Posição da Lei dos Crimes Hediondos. , ............... , .... , ......... , ..... , . .426 
6. Posição Legal na Lei nO 9.455/97 . ..................... ~.:: ................. 426 
4. Dos Crimes em Espécie ............................................ : ...... 488 
4.1. Crimes contra a fauna.. .... . ................. , ....... ; ............ 488 
7. Dos Crimes em Espécie ..................... ,: ... ; .. : ....... ~ ............. 427 4.2. Crimes contra a flora ....................... ' ................. ; ...... .498 
7.1. Tipo penal blísico - Primeira figura deliiuosa ......... ,' ......... : ........ .427 4.3. Crimes de poluição e outros crimes ambientais ........................... 514 
7.2. Segunda figura delifuúsa .. : .. : ................ : ..... ;... ............ .431 
7.3. Terceira figura delituosa ....................... ,': .................... 432 
4.4. Crimes contra o ordenamento urbano e opatrimônio cultural •...... : ...... 521 
4.5. Crimes contra a administração ambiental ............................... 524 
7.4. Quartá figura delituosa .............................................. 433 
8. Circunstâncias Qualificadoras .............................. ; .: ............ 435 
9. CausáS déAumento dePena .................... " .. : ...................... 436 
10. Efeitós Específicos da Condellação .......... : : ..... : ..... :: .... ,; ...........
.438 
11. Efeitos' Processuais ou deExécução ........... : ... : ..... , ...... : ... :; ..... .438 
12. Regime Prisional. ............................ : :. ~'. : .. : ..... : ........... .439 
13. Aplicação do Princípio da Extraterritorialidade Condkionada. ; .......... , ........ .439 
14. Pris~oTemporária ........................................ : ............... 440 
15.Vac«tioLegis .................................. : ....... ... > ............. 440 
20. LAVAGEM DE DINHEIRO - LEI ~ 9.613/98 
Lei nO 9.613, de 3 de março de 1998 . . ... . ...................... ; ............... 529 
Lavagem de Dinheiro - Lei nO 9.613/98 ............................. , .....•. : : ... .531 
1. . Principiologia ....................... : .......... : ........... : ........ : ..... 531 
2. Definição. . . . . . . . . . .. .... .. ............. : ... :, ..................... : . .533 
3. Fases da Lavagem deDinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ............... : ........ .534 
4. Dos Crimes e do Procedimento .............................. : ..... : ....... .535 
21. EstnuTo DO IDOSO ---LEI ~ 10.741/03 
16. R~ogaçãoExpressa ..................... : ................ : . ; ........ : ..... .440 
18. CRIMES DE TRÂNSITO - LEI NO 9.503/97 
1):°10.741, de 1° de Qutubro de 2003 ............ 'c; ............. , ................. 559 
Estatuto do Idoso - LeinO 10.741103 ........................... :: ............... .563 
Lei nO 9.503, de 23 de setembro de 1997 .................. :,':... ...;......... ..441 22 •. CRIMES DE ARMA DE FOGO - LEI NO 10.826/03 E DECRETO Nii 5.123/04 
Crimes de Trânsito - Lei nO 9.503/97 ......... / ... '.' .............. : ... ; ............ 445 Lei nO 10.826, de 22 de dezembro de 2003.. . ............ , ..... ;; ................. .591 
. 1. Digressão Histórica ............................ , : ............•... ; ...... .445 Decreto nO 5.123, de 10 de julho de 2004 ................... : ...................... 598 
2. Considerações Iniciais. . . . . . . .. .. . . .. . . . . . . . . . . . . ." . : .................. 446 Crimes de Arma de Fogo Lei nO 10826/03 e Decreto nO 5.123/04. . ................... 613 
3. Crimes de Trânsito - Parte Geral. .............. ; ....... ; ..................... 447 1. Resenha Histórica ................................... ' ............ : ...... 613 
4. . Crimes de Trânsito Parte Especial .................. ' .. ,'; ...... : ............ 450 2. Classificação Comum das Armas ............. ; .......... : ................... 6J3 
4.1. Homicídio culposo ................... ; ,; .... ; ..... ; ............... .450 3. Classificação Jurídica das Armas .............. ; ............... ; ............. 613 
4.2. Lesão corporal culposa ............ ; ................. ,', l ••••.....•.. .454 4. Dos Crimes de Arma de Fogo em Espécie ................ ; .................... 616 
4.3. OIlUssão de socorro ........•............. : .. ' .... : .•..... ; .•.... ' .... .455 4.1. Posse irregular de arma de fogo de uso permitido ................ : ........ 616 
.4;4, Evasão do local do acidente:.· .......• ; .... ; : ..... : ..•.•.. '" .... ; ........ 457 4.2. Omissão de cautela ......................... ' ...... : . , . ; ... : ......... 620 
4.5. EmbriagUez ao volante· ............. '." .....•..•. ; ....... ; ... :.' ..... .458 4.3. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido . : ............. '; ..... ~ ...... 624 
4.6. Violaçãodasuspensão ou proibição ... : .•............................. 4.4. Disparo de arma de fogo ..................................... : ........ 629 
4.7. Participação em competição não autorizada ....... ~ .................... : 4.5. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. . . . . . . . . . . ... . ....... 632 
4.8. Dirigir sem habilitação .................... : ......................... 464 4.6. Comércio ilegal de arma de fogo ....................................... 638 
4.9. Entregar a direção de veículo a pessoa não habilitada. . . . . . . . .. . .. : ...... .467 4.7. Tráfico internacional de arma de fogo .... : .............................. 641 
4.lQ. Exct-'Sso de velocidade em locais especiais.. . .......................... .468 
4.11. Fraude processual. ..................... '" ......................... .470 
CiUMESAAulIENTAIS- LIUNo9.605/98 . .. . 
. n09'605,de12defevereirode 1998 .................... ............. : ....... ç@ 
CrimesAÍnbientals .:.: lei nO 9.605/98 ........................................... : ,484 
L C\ln$id~raçõesJ[lÍçiais ............... ' ...... ~ .. '. > ... :; .. ; ... : ............. :484 
1.1. Meio ambienteni histôríado Brasil .•.. ,. . . . . / ... :: .. :. : .. ; ......... .485 
1.2. PosiCionamento constituêionâl. . .. . . . . . . . . .. . . . .: .. ~ .... :. . . . . . ., . . . . .486 
19. 
.'1 
23. cRIMEs FÁUMENTARES ~ LEI NO 11.101/05 
Lei nO 11.10 1, de 9 de fevereiro de 2005. . . . . . . . ............................... . 
Crimes Falimentares -' Lei nO 11.101/05 ........... : ...... :; ........... : .......... 647 
L Consiâeràções Iniciais. . . . . .. ................. . ................ '. ........ 647 
2. Direito Intertemporal. .................................... :.: ............ 649 
J..Apuração de Crimes Previstos na Lei nO 11.10112005 ..•... :. ' •..•......•........... 649 
4.0 Princípio da Unicidade.... .. . . . . .. . . .. . ........... ; .' ................ .. 
5. Dos Crimes em Espécie ................................................... 653 
1.3. Posição legislativa ............................... : ................ 487 
. 2. Responsabilidade Penal das Pessoas Juridicasnos Crimes Ambientais .. , ............ 487 . I 
I 
. 5.1. Fraude a credores. . . . .. . . . . . . . . . .. . ............................... 653 
5.2. Violação de sigilo empresarial .......................................... 662 
1. 
XXlI LErs PENAIS EsPECIAIS ANOTADAS - JOSÉ GEl<Al.DO DA SILVA - PAULO ROGÉRIO BONINI- WILSON LAVOREl'ITI 
5.l Divulgação. de info.rmações falsas ......... , . , . , , , ... .. ... ', ............ 663 
5.4. Indução a erro. .............. , ......... , ................... " .. " ....... 665 
5.5. Favo.recimento. de credo.res ........................................... 667 
5.6. Desvio., o.cultação. o.u apro.priação de bens ........... ; ................... 669 
5.7. Aquisição., recebimento. o.u uso. ilegal de bens ........................... , .671 
5.8. Habilitaçãoilegalde crédito .............. , ............................ 673 
5.9. Exercício. ilegal de atividade ......... , .................. ""., ........... 674 
5.10. Vio.lação de impedimento. ... '" .................. , .. , ...... ,. , .... , .. 676 
5.11. Omissão. do.s do.cumento.s co.ntábeis o.brigatório.s ...... : ................... 678 
5.12. Açãopenal .......................... ;' ......... "., .............. · ... 681 
24. LEI MARIA DA PENHA - LEI ~ 11.340/06 
Lei nO 11.340, de7 de ago.sto. de 2006 ............................................. 691 
Lei Maria da Penha - Lei nO 11.340/06 ............................................ 698 
1. Introdução. ............ " .. " .. " ........... , .... , ............................ 698 
2. Advento. da Lei so.bre Vio.lência Contra a Mulher ..... . ........................ 699 
3. Maria da Penha ........... , .............• ,.,.: ., .. ,.:,." ," ... "" ..... ,. ," ,703 
4. Ino.vações, Avanço.s e Caracteres da Lei nO 11.340/2006 ..•... , .. , ...........• " .... 705 
4.1." Conceito., área de abrangênçia e fo.rmas de vio.lência. . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. .705 
4.2. Suj~itos e co.nstitucio.nalidade ............. , .......................... 713 
4,3.eompetência; ......... :' ........................................... 715 
4.4. Incorpo.raçãoda perspectiva de gênero: ..... ; . .. . .............. , .. , .... 716 
4.5. Inaplicabilidade da Lei dos ]uizado.s Especiais (Lei nO 9.099/95) 
e espécies de pena .... , .. , .. , ............ , . . . . . . . . . . . . . . .. .
........ 719 
4.6. Lesão. leve e representação. .......... , .. ,. .., ........................ 723 
4.7. Atendimento. po.licial e demais alterações legislativas ...................... 727 
4.8. Medidas iminentes de pro.teção. integral ................................. 732 
4.9. Prio.ridade na remo.ção. e garantia de emprego. ............................ 733 
4.1 O. Medidasprotetivas de l)rgência ........ , ............................... 734 
4.11. Prisãó preventiva ................................................... 736 
4.12. Medidas pro.tetivas de urgênciague obrigam o. agressor ..................... 738 
4.13. Medidas pro.tetivas de urgência à o.fendidá ............................... 740 
25. LEI DE DROGAS - LEI ~ 11.343/06 E DECRETO ~ 5.912/06 
Lei n° 1l.343, de 23 de ago.sto. de 2006 ..................................... , ..... 743 
Decreto. n° 5.912, de .27 de setembro de 2006 .............. , ................ , , .. , , ,754 
Lei de Dfogas :"U;i n0 1 I. 343/06e Decreto. n0 5.912/06 : ............ ; .1; •..•••.•••.. :158 
1. Resenha Histórica. . . . .. . . . . .. .. ......................................... 758 
2,ClllSSificáçãoFarmáco.lógica das Drógas ........ ; .............................. 759 
3. Con~iderações à Lei 0°11;343/06 ......................... , ..... , ... " ...... 760 
4 .. D~9imesedasP~mas, .................................................. 761 
5. .D()Procédiniento. Penal, ..... ,,', ............... ".' .... , .... ~ .............. 798 
5iD;riti\'~tigação. •..... , .. " ................ ; .. : ..................... 798 
5.2. Dainstruçãb criminal ................................. " ............ 800 
26. REFERÊNCW"BII3I.IOGRÁFICAS ..••..•......•................•....•.... " ....... 803 
" 
LÉI DAS CONTRAVENÇÕES PENAÍS"'" 
DECRETO-LEI NO 3.688/41 
DECRETO-LEI N° 3.688, DE '3 DE OUTUBRO DE 1941 
Lei das Contravenções Penais 
O Presidente da República, usando das atribuiçãesque lhe confere O artigo 180 daConstituiçã(), 
Decreta: 
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS 
PARTe GERAL 
Art, 10 • Aplic;lm-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, sempre que a presente lei 
não disponha de modo diverso. 
Art. 20 • A le; brasileira sóé aplicável à conj.raven~o pratic:;ada no território. nacionaL 
Art. 3°. Para a existência da contravenção, basta a ação ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter 
em conta o dolo ou a culpa, se alei faz depender, de um ou de outra, qualquer efeito juríoico., ' 
Art. 4°"Não é punível a tentativa de contr'!.vençã.o. 
Art. 5°. As penas principais são: 
I - prisão simples; 
11- multa, 
Art. 6°, A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento:> 
especial ou seção especial ,de prisão comllm, em regime semi-aberto ou aberto. (Redação dada pela 
Le; n° 6.416, de 24.5.1977) 
§1°. O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dQs condenados a pena de reclusão OU 
de detenção. 
§2°. O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a quinze dias. 
Art. 7°. Verifica-se a reincidência quando o." agente p.ratica uma contravenção depois de, passar em 
julgado a sentença que o tenh;l condenado, no Brasil ou no estrangeiro,:por qualquer crime, 01.1, no 
Brasil, pOr motivo de contravenção. " 
Art. 13°. No caso de ignorância ou de errada compreensâo da lei, quando,escusaveis, a pena pode 
deixar de ser aplicada. 
Art. 9". A multa converte-se em prisão simples, de acordo com o que dispõe o Código Penal sobre a 
conversão de multa em detenção. 
Parágrafo único, Se a multa é a única pena cominada, a conversão emprísão simples se faz entre os limites 
de quinze dias e três meses. 
Art.10. A duração, da pena de prisão simplli!S não pode, em caso algum, ser superiora cinco anos, 
nem a importância das multas ultrapassar cinqUenta contos. 
A.rt~"11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a 
um anq nem superior a três, a execução da pena de prisâo simple,s,bem como concederlivrarnento 
condicional. (f~edação dada pela Leln°f):4J6, ci(;).24.5.1~77) ' ............ ' '.', .. " 
. Art.12. ASpe~<IS acessóriass~o. ilPUblicaÇiô das~nten~ e as seguintes interdiçÕes ,de direitos: 
1- a incapacidade temporária para,pf9fissão ou atívidade, cujo exercício dependa de habilitação 
especial, licença ou autorização do poder público; 
II a suspensão dos direitos políticos. 
Parágrafo único. Incorrem: 
2 
lO 
LEIS PENAIS EsPECIAIS ANOTADAS - WIl.SON I.AVOlUlNTI 
a) na interdição sob n° I, por um mês a dois anos, o condenado por motivo de contravenção 
cometida com abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a ela inerente; 
b) na interdição sob nO II, o condenado a pena privativa de liberdade, enquanto dure a execu-
ção do pena ou a aplicação da medida de segurança detentiva. 
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, os medidas de segurança estabelecidas no Código 
Penal, à exceção do exílio local. 
Art. 14. Presumem-$e perigosos, alem dos indivíduos a que se referem os ns. I e II do art. 78 do 
Código Penal: 
I o c;ondenado por motivo de contravenção cometido, em estado de embriaguez pelo álcool ou 
substânCia' de efeitos análogos, quando habitual a embriaguez; 
II - o condenado por vadiagem ou mendicância; 
(Revogado pela Lei nO 6.416, de 24.5.1977) 
IV - (Revogado pela Lei nO 6.416, de 24.5.1W7) 
Art. 15. SãQ intertiados em colônia agrícola ou em instituto de trabalho, de reeducação ou de ersino 
profissional, peló prazominimo de um ano: (Regulamento) . . 
I - o condenado por vadiagem (art 59); 
/I - o condenado por mendicância (art 60 e seu parágrafo); 
III - (Revogado pela Lei nO 6.416, de 24.5.1977) 
Art.16. O prazo mínimo .de duração da internação em manicómio judiciáríoou em casa de custódia 
e tratamento é de seis meses, 
Parágrafo único. O juiz, entretanto,pode, ao invés de decretar a internação,' submeter' o indivíduo aiiber-
dade vigiada. 
Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício. 
PARTE ESPECIAL 
CAPíTULO I 
Das Contravenções Referentes à Pessoa 
Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender, sem permissão da autoridade, arma 
ou mUnição: 
Pena prisão simples, de três meses a um ano ,ou multa, de um a cinco contos de réis, ou am-
bas cumulativamente, se o fato não constitue crime contra a ordem pÓlítica ou sociàL 
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade: 
Pena prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a três contos 
de réis, ou ambas cumulativamente. 
§ 1 0. . A pena é aumentada de um terço até metade, se o agente já foi condenado, em sentença irrecorrivel, 
por violência contra pessoa. ' 
§2°. Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses; ou multa, de duzentos mil réis a'um 
conto de réis, quem, possuindo arma ou munição: 
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, quando a leio determina; 
b) pérmite que alienado menor de 18 anos ou pessoa inexperiente no maneio de arma a 
tenha consigo; 
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apodere facilmente alienado, me-
nor de 18 anos ou pessoa inexperiente em manejá-Ia. ' 
Art. 20. Anunciarprocesso,sUbstãncia ou objeto destinado a provocar aborto: (redação dada pela 
Lei n° (;j.734, de 1979) . . 
Pena"- multa: de hum mil cruteirosa dez mil cruzeiros. (Redação dada pela Lei nO 6.734, de 1979) 
Art: 21. Praticarvla$defato contra alguem: . 
, Pen'a :-j:>risãO simples, ,de quinze dias a três meses, ou 'multa. de cem mil réis a Um contcu:.1e 
'. , réis, S€!O fato não cónstittii crirrii;l, .' '. :. '. ;'.'-
ParágrafO Úl)ico.Aum~lita::seaPMade1/3(um terÇo) até a metade se a vítima é maior dé 60 (sessenta) 
anos. (lncluidQjJela Lei'n°10.741, de 2003) . '. 
Art. 22. Recflber em estabelflcimento psiquiátrico, e nele internar, sem as formalidades
legais, pes-
soa apresentada como doente mental: 
'I 
L 
1 - LEI l)A5 CoNtRAVENÇÕES PENAIS -'DECRETo-LEIN" 3.688/41 3 
Pena - multa, de· trezentos mil réis a três contos de réis. 
§1°, Aplica~se a mesma pena a quem deixa de comunicar a autoridade competente, no prazo legal, interc 
nação que tenha admitido, por motivo de urgência,: sem as formalidadeS legais: 
§2°. Incorre na pena de prisão simples, de qyinze dias a três 'meses; ou multa dê quinhentos mil réis a 
cinco contos de réis, aquele que~ sem observar as prescrições legais,'deixa retirar-se ou despede de 
estabelecimento psiquiátrico peSsoa nele, internada. . . 
Art.23.ReêelXlr e ter sobéustÓdia:dõente mental, fóra docàsóprevistonó artigo anterior, sem au-
torização de quem de direito: '.. . 
'Pena - prisao simples, de quinzedíasa três meses, ou multa: de Quinhentos'mil réis a cinco 
contos de réis. 
CAPíTULO II 
Das 'Contravençj)esReferentes aQ PatrimÔnió 
, 0'0 • • ":,_ • 
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento empregado usualmente na prática de crime 
de furto: 
Pena - prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa,detrezentos mil réisa três contos 
deréis. . 
Art. 25. Ter alguem em seu podflr, depois de condenado, por criITifl de furto ou roubo, ou enquanto 
sujflito à liberdade vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas 
ou alteradas ou instrum~nto!! empregado!! u!!ualmentfl na prática de cr.ime de furto, desde que não 
prove destinação legíti.ma: 
Pena - prisão simples, dois meses a um ano, emlJltade d.uzeI1tosmi! réis a dois contos de réis. 
Art. 26, Abrir alguem, nO,exe.rcíciÇl de profissão de serralhelroouó~cioanàlogo,a'pedid;' ou por 
incumbência de pessoa de cuja legitimidade não se tenha .certificado previamente, fechadu~ ou 
qualquer outro aparelho destinado à defesa de lugar nuobjeto: 
Pena,- prisão simples,.dE!q!Jinze dias a três meses, 0\1 multa, de. duzentos mil réis.a um,conto 
de réis, . 
Art. 27. (Revogado pela Lei nO 9.521, de 27.11.1997) 
Pena - prisão simples, de um a seis meses, e multa, de quinhentos mil réis acinco contos de réis, 
CAPíTULO III 
Das Contravenções Referentes à Incolumidade Pública 
Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pÚblica ou em 
direção a ela: 
Pena-prisãosimples, de um a seis meses, oU multa, dEl trezentoS mil reis a três contos de reis. 
Parágrafo úilico, Incorre na peria 'de prisão simples, de quinze 'dias a dois ineses, óLÍmLiita, de duzentos 
mil reis'a doiS contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública óu 
em dirEiçã6 a ela, sem 1icença dá autoridade, causa defiagraçãóPe.rlgosa, queima fogoCle artifício ou 
solta balão aceso. 
Art. 29. Provocar o desabamento de constt:'ução ou, por erro no projeto ou. na execução, dar-lhe 
causa: 
Pena - multa, um a dez contos de réis, se o fato não conslibje crime contràa if1columidade 
pública: . 
Ait30. oii1itii alguem a.Rr9vidência reclamada p~li:l Estado ruinoso de construção qúe lhe pertence 
ou cujaoonservàção Iheh'icumbe: . . '. . 
. Pena - multa, de um a cinco contos de réis. 
'. Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa Inexperiente, ou não guardar com a devida 
cautela animal perigoso: 
Pena . prisão simples, de dézdias a dois meses,'ou multa/de cem mil réis a um.conto·de réis. 
Pàr:ágrafoJinlCo; híCOÍTenà mesma pena quem: 
. a) na via pÚblica, aband~na animálde tiro, carga ou corrida, ou o confia à pessoainexperien-
te; 
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia; 
c) conduz animal, na via pública, pondO em perigo a segurança alheia, 
I~ 
:/1 
'1\ i' 
'i' J, 
III 
.. 
4 LEIS PENAIS ESPEC!A!S ANOTADAS - WILSON UVOllENTI 
Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarcação a motor em águas 
púbkaE . 
Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contt;lS de réis. 
Art. 33, Dirigir aeronave sem estar devidaméntelicenci;Jdo: 
pena - prisão simples, de quinze dias a trêl! meses, e multa, ,de duzentos mil réis ,a dois .. contos 
de' réis. 
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a sé-
gurança alheia:' .. . 
pena:- prisão simples, de quinze das a três meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos 
de réis. . .' 
Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acr()baciasou a vôos baixos, fora da zona em que a lei 
o permite, ou fazer descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse. fim: 
Pena - prisão simples,dequinzedms a três meses, ou 'multa, de quinhentos mil réis a cinco 
contos de réis. 
Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, determinado em lei ou pela autoridade 
e destinado a evitar perigo a transeuntes: 
Pena - prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos 
de réis. 
Párágrafo único. Incorre na mesma pena quem;· 
a) apaga sinal luminoso, destrói ou rerl10ve sinal de outra natureza ou obstáclJlo destinado a 
evitar perigo a transeuntes; . , 
b) remove qualquer outro sinàlde serviço público: 
Art. 37. Arremessar.ou derramar em viapllblica, ou em lugar de" U$ocolÍlum,ou do üso alheio, coisa 
que 'possa ofender, sujar ou molestar alguein: 
Pena - multa, de duzentos mil reis a dois contos de réis. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa 
coisa que, caindo em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, possa ofender, sujar 
ou molestar alguem. 
Art .. 3a. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor ou gás, que possa ofender ou molestar 
_ue~ . 
Pena - multa, de duzentos mil reis a dois contos de réis. 
CAPíTULO IV 
Das Contravenções 'Réferentes à Paz Pública 
Art. 39. Participar de associação de mais de cinco pessoas, que se reúnam periodicamente, sob 
compromisso de.ocultar à autoridade a existência, objetivo, organizaçã()ouadministraçãC) da as-
sociação: . 
Pena - prisão simples, de um a seis meses,ou multa, de trezentos.mil.rêis a .três contos de 
reis. 
§1 0 Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de prédio que o cede, no todo ou em parte, para 
reunião de associação que saiba ser de carater secreto. 
§2°, O juiz pode, tendo em vista ascircunst&ncias, deixar de aplicar a pena, quando lícito o objeto da as-
sociação. . .' .' ... .. '. 
Art .. 40. Provocar tumulto ou portar.,se 4e modoinc()nvenie!1teou~esrespeit~.o, em llIolenidade 
ou ato' Qficial.;em assembléi;iou espetâeúlo' p6blíco,' se o fato não constitue Infiação penal mais 
.- " • .; .;- '. • - -, - • . - :'',0 -: ~ '.', •. : '.-.- . . ' ,'.,- -; ~: , " 
grave;. 
Pena - prtsão simples,. de quinze dias a seis Íneses, ou multa, de duzéntosmil réisa dois contos 
~.~... .'. . '. ...... .' 
Art.41.proVocar aiarma.ânünciandode~~stre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ;ito capaz 
d.e prod!.lziq'âl,liC»QutumIJlt():· . .. .... . . '. 
'Pe~~ :":priSã~'si!11pies, deqúifjze dias a seis meses, ou multa, de duzenlósmil réis a dois contos 
de réis.· . ..... .... . .... 
Art. 42. perturbaralguem o trabalho ou os'óSsego alheios: 
I com witalia ou algazarra; 
II exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; 
LEI DAS CONTRAVENÇÓES PENAIS - DECRllTo-LE. N° 3.688/41 5 
lU - abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; 
IV - provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda: 
Pena - prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos 
de reis. 
CAPíTUlOV. 
DasContravençôes Referentes à Fé Pública 
Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor,moeda de curso legal no país: 
Peria - multa, de dllzentosmil réisa dois contos de.réis. 
Art.44. Usar,como propaganda, deiróp(esso ou objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa 
confundir
com moeda: '. 
'Pena- multa, de duzentos mil'réis êÍ dois contos de reis. 
Art. 45. Fingir'se funciolláribpúbricO: 
Pena - prisão simples, de um a três meses, oU'multa, de quinhentos mil réis à três contos de 
rê~ . 
Art 46. Usar, publicamente, de unifo/111e, ou' distintivo de função pÚblica que não exerce; usar, inde-
vidamente, de sinal, distintivo Ou denominação cujo emprêgo seja regulado por lei. (Redaçãà dada 
pelo Decreto-Lei n° 6.916, de 2.10.1944) 
Pena - multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não constitui infração penal mais grave. 
(Redação dada pelo.Decreto-Leino 6.916,-de 2.10.1944) 
.' CAP.íTUlO VI 
Das Contravenções Relativas à Organização do Trabalho 
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômlca ou anunciar que a exerce, sem preencher as con-
dições a que por lei está subordinado' o seu exercício: . 
Pena prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco 
eontosde reis. 
Art. 48. Exercer, sem observância. das prescrlçõeslegais, comércio de antiguidades,de obras'de 
arte, ou de manuscritos e livros antigos ou raros: 
Pena prisão simples de um a seis meses, ou multa, de um a dez contos de réis. 
Art.49.lnfringir determinação legal relativa à matrículaouà escrituração de Indústria, de comércio, 
ou de outra atividade: 
Peni3 - multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis. 
CAPíTULO VII 
Das Contravenções Relativas à Polícia de Costumes 
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessivehlo público; mediante 
o pagamento de entrada ou sem ele: (vide Decreto-/ei nO 4.866, de 23.10.1942) (Vide Decreto-lei n° 
9.215, de 30.4.1946) 
Pena - prisão simples, t;le três meses a um ano, e multa, de dois a quinze contos de réis, esten-
derldo-se os efeitos da condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do local. 
§ 1 o. A pena é aumentada de um terço, se existe entre os empregados ou participa do jogo pessoa menor 
de dezoito anos. 
§2°. Incorre na pena de mUlta,c;le duzentos mil (eis.a dois contos de .réis, quem é encontrado a participar 
do jogo, coroo ponteiro ou apostador. 
Consideram-se, jogos de azar; 
a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte; 
b) as apostas sobre corrida .de cavalos fora de hipódromo.ou de local onde sejam autoriza-
das; 
c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva. 
Equiparam-se,' para os efeito.s penais; a lugaracessivel' ao público: 
a) a casa particular em que se realizam jogos de àzar, quando deles hàbitualmente partici-
pam pessoas que não sejam da família de quem a 0CllPa; 
b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e moradores se proporciona jogo 
de azar; 
c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em que se realiza jogo de azar; 
11 
II 
II 
li ~ I 
!: 
li' r 
6 LEIs PENAIS ESPECIAIS ANOTADAS - WILSON LAVORENT! 
d) Cl estabelecimento destinado à. exploração de jogo de· azÇlr, ainda .que se dissimule esse 
destino. . 
Art. 51,Prpmpve.rQufazerex~rair loteria, sem autorização.legal: 
Pena prisiliosimples, de seis meses a dois anos, e multa, de cinco a dez contos de réis, 
estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos moveis existentes no local. 
§ 1 0. Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe à venda. lem sob sua guarda para o fim de 
venda, introduz ou tenta introduzir na cirçulação bilhete de loterianãoa~rizada. 
§20 • Considera-seloieriatod~ operáção que, ~Eldiante' a distdblliçãodebilhete,lista:s, .cljpôes, vales, si-
nais,s!mb()los.0u mei,os análogos, faz depender de sorteio. a.obtençãodeprêmioem dinheiro ou bens 
de outra nàtur'eza. . ... .'. . . '. 
§30 • Não se compreendem na definição dQ parágrafo anteri()f ClS sorteiÇl.s aUlpri21ldos na 'Iegislação especial. 
Art. 52. Introduzir; 'no pais, para o fim de comércio, bilhete delote.ria,:rifa OU tômbola estrangeiras: , 
Pena ",-prisãosimples, dequatro,me,ses a um ano, e mult,a.,de.um.a.cinco contos.de réis. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à venda, tem sob sua guarda. 'para o fim de 
venda,intr!jlduzou tenta, intrgduzirna circulação, bilhete de loteria.estrangeira. 
Art.· 53, Introduzir,' para o fim'de comércio, bilhete de loteria ·estadual·em território. onde não possa 
legalmente circular: . 
Pena~prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de um a três contos de réis .. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende,expõe à venda, tem sob sua guarda, para o fim de 
venda, introduz ou tonta introduzir na circulação; bilhete de loteria estadual, em território onde não 
possa legalmente circular.· . 
Art.54, Exibir PU ter sob sua.guarda lista ,de sorteio de loteria estrangeira~ 
Pena - prisão simples, de um a três meses,e multa, de duzentos mil réis a um' conto de ré is. 
Parágrafo único, Incorre .na mesma pena quem exibe ou tem sob .sua guarda lista de sorteio de loteria es-
tadual, em território onde esta não possa legalmente circular. 
Art.'55. ImprimiroiJexecutar qualquer serviço de feitura de bilhetes,lista de sorteio, 'avisos ou car-
tazes relativos a loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular: 
Pena-prisão simples, de um a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
Aite 56. Distribuir ou tran'sportar cartazes, listas de sorteio ou avis.os dei lotená, ondeelà: não possa 
legalmente circular: 
Pena - prisão simples, de um a três meses, e multa, de cem a quinhentos mil réis. 
Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de rádio, cinema, ou qualquer outra forma, 
ainda que disfarçadamente; anúncio, aviso ou resultado de extração de -loteria, onde a circulação 
dos seus billletl)s não seria legal: 
. '.:·.'Pena'.,.multa;,deum a'dez contos de réis. 
Art.58. Éxplorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho, ou praticar qualquer ato relativo à 
sua realização ou exploração: 
PSnà - prisão simples,de quatro meses a Um ano, e múlta, de dois a vinte contos de réis. 
Parágrafo único; Incorre na pena de 'multa, de duzentos mil reis a dois contos de i'éis, aquele que participa 
da loteria, visando a obtenção de prêmio, para si OU para terceiro. 
Art.59.Entregar-sêalguem habitualmente à ociosidade,seridoválido pâra o trabalho, sem ter ren-
da quelilê assegure meios bastantes de subsistência, ou proverá própria subsistência mediante 
ocupação ilicità: . . . , , '. '.' . . 
. " ; Pena'.:;.. piis13o'símpies,de quinze dias a três meses. . 
Parâgrafo únÍ(~; Aélquisiç?Q sup€)rveniente de renda, que ~segllreao condenado ,meios bastantes de 
sUbsistêriclél, extiriguea pena: '.. . . , . . . 
Art. 60. (Re)fo~;pela Lei nO 11.,983, de 2009) 
Arl. 61. InípoitlJnâr,ãlgüem; ell'! lllgarpúblicoou acessivelâC)· público; de modo ofensivo ao pudor: 
' .. ' . 'P\3i1á ':..:Ô1Jiiâ:. déí(juzéntos.mil téis a dois eqntos de réis.> _ . ., .. 
Art.62;Apresen~r::se,publicamerde em estado de embriaguez,de modo que caUSe escãndalo ou 
ponhaêin piÍ!rig6a segúrahçap~ópria ou alheia: . 
Pena - prisão simples; de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos 
de réis. . 
I 
1 - LE! DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS - DECRETo-LEI N" 3.688/41 
Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor e intemado em casa de custódia e tratamento. 
Art.63. SerVir bebidasalcoólieas:' ' 
I a menor de dezoito anos; 
II - 'a quem se acha em estado de embriaguez; 
III - a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais; 
7 
IV - a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de frflquentar lugares onde 'se ,consome 
bebida de tal natureza: ' 
. Pena prisão simples; de dois meses a um ano, ou multa, de quinhentos mil reis a cinco contos 
de réis. 
Art. 64. Tratar animal com .crueldadeou submetê-lo a trabalho excessivo: 
. f'ena - Wisãosil1JpJes,dedez dias a um mês, ou multa,de cerna quinhéntos milréis: 
§1°. Na mesma pel')à incorre aqu~íeque:éinbôra
para fins'didáticosoucíentificos, r'ealizaElinlugarpúólico 
ou expOsto ao publico; experlêliCiadolorosà ou cruel em animal vivo. . 
§2°. Aplicil:se a pena com aumento';de'metade,se oanirnal 'ésubnietido a trabalhó excessivo ou tratado 
comçrueldade, em exibição ,ouespetáculo público. 
Art. 65. Molestar alguem ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou.por motivo reprovayel: 
Pena prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos m'i! réls' à dois contos 
~~. . " . . .... 
CAPíTULO VIII 
Das Contravenções Referentes à.Administração.pública 
Art, 66, Deixar de comuJ1icarà autorid.a~e competente: , 
I - de açãopública, de qu~ teve conhecimento no exercício de função pública, des(je que a 
peoalnãodependa de representação; ...... ., . 
11- crime de ação pública, de queteveéonhedmento no exercício da mediéinaou d~~útraprofissão 
sanitária, desde que à ação penal não dep€)nda de representaçâo'e a comunicação hão exponha 
o cliente a procedimento criminal: 
Pena - multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
Art. 67. Inumar ou exumar' cadaver, com infração das. disposições legais:' 
Pena - prisão simpl~s, de um mês a Um ano, ou muita. de duzentoS mil reis a dois c,onios reis. 
Art. 68; Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou 
indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão,domicilio e residência: . 
Pena - multa, de duzentos mi! réis a dois contos de réis. 
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simpleS, de um a meses, e rnulta,de duzentos m.i! réis a 
dois contos de reis, se o fato não constitue infração penal mais grave, quem, nas mesmas Circunstãn-
cias, faz declarações inverídicas a respeito de sua identidade pessoal, estado, profissão,'domicítio,e 
residência. . 
Art. 69. (Revoga.dop'e/a Lei n° 6.ins, 0019.8.1980) 
Pena prisão simples, de três meses a um imó. 
Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do monopólio postal da União: 
Pena - prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de três a dez contos deréis, ou ambas 
cumulativamente. 
. . DI$f'OSIÇOES FINAIS 
Art. 71. Ressalvada a legis.lação especial~()bre florestas, caça e pes.ca,revogam"se as disposiçõeS 
,em col'ltrário. '..', .' , . . . . .' , 
. Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 10 de janeiro de 1942. 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.10.1941. 
Rio deJaneiro,3de Qutubro de 1941; 
120° da Indepehdencia e 58° da Rt3'pubiiéa, 
GETuL!OVARGAS 
FRANCISCO CAM~OS 
t 9 
I~ 
'] 
'I 
!I] 
Ji 
I 
" 
, 
M1 
8 
LEIS PENAlS ESPECIAIS ANOTADAS WUBON LAVORENTI 
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS -
DECRETo-LEI NO 3.688/41 
1. CONSIDERAçõES INICIAIS 
A elCposição de motivos do projeto do Código Penal de 1940 demonstra que se 
rejeitou ocritério inicialmente propostO pelo professor ALCÂNTARA MAcHADO de abolir-
se quaisquerdistinçõesentré Crimes é contrawnções. Esdareceainda·a exposição 
de motivos ·que;quando se rnistU.ratl1 coisas de menos impOrtância com outras de 
maior valor, correm estas o risco de se.vçrem :unesqu,i(lhadas. Também deixa claro 
que a diferença entre crime .e contravenção não é. ontológica e que, embora a dife-
rença seja de grau ou de quantidade, evidenciou-se como sendo de conveniência a 
exclusão das contravenções do Código Fenal. A sistemátiCa foi mantida· pela Lei nO 
7.209/84 que trouxe nova redação â. Parte Geral do Código Penal. 
A quase totalidade dos doutrirutciores nega a diferença ontológica, de essên-
cia, entre crime e contravenção. Negàma diferença qualitativa; Assim, dependen-
do da importância do bem jurídico a ser tutelado éa necessidade efetiva de sua 
guaridá acorrendo-se ao Direito penal, busca~se a proteção por meio da tipificação 
de c.rime (delito) ou da contravenção. Tanto que o que é definido como contra-
venção pode no futuro ser tÍartsformadoem delito (crime), bastando lembrar-se 
do caso específico das anuas de fogo. 
Outros doutrinadores buscam a diferença na quantidade, como mencionado 
na exposição de motivos. Para estes doutrinadores, a contravenção apresenta os 
mesmos elementos do crime, embora em menor escala. A contravenção é um mi-
nus em relação ao crime e, por isto, é chamada de "crime anão". A contravenção, 
via de regra, é uma ameaça de dano. 
Olegisladorbrasileiro, por ~u ,turno,. buscou a diferença no tipo dç pena 
cominada. 
A Lei deIntrodução do Código Penal (Decreto-Lei n° 2.848/40) e a Lei das COIl-
travenções Penais (Decreto-Lei nO 3.688/41), expressa no Decreto-Lei nO 3.914/41, 
logo nos seus artigos primeiros, buscam a diferença entre crime e contravenção 
nas san.ções. Afinnarnque o crime é punido com reclusão ou detenção, isolada, 
alternativa OU ,cumulativamente cornpmlta, ao passo que, nascontravenções,aJei 
conüna,isoladamente, pena de-·prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa 
oucurriulativ.unente.Assim, por estecriterio, a contravenção é aqueestá sujeitá a 
ser l:rtl~~Clacomprisão simples ou 'multa. 
Desta.forma,adotamos, em nosso sistema jurídico, o critério bipartido, em 
que <1: i~ção pen:!l divide-se eincrime (ou delito) e contravenção. O critério tri-
partido, não adotado nO·Brasil, divide ainfração, comO fatos distintos, em crime, 
delito e con~venção, . 
A lei de Contravençõesfe·nais, que na verdade é .Decreto-Lei, divide-se, a 
exemplo do Código Penal, em parte geral e parte especial. 
lO 
LEI Di\S CONTRAVENÇÓES PENAlS - DECRETO·LEI NO 3.688/41 9 
2. PARTE GERAL - ARTS. 10 Al7 
•. ~2~!U~~;(~~~~:~~!ai!;1~ 
(). disp~sto no art.Jo yem .ao encontr<=> doart, Ü 90 CP. A ~ei das Cof.1traven-
ções Penais é uma lei especial em relaçãp,ao .CP. . . . . 
Por consequência do artigo em estudo, aplicam~st::às contravenções,à,&uisa 
i:;ie exemplo: o princípio da legalidade; da anterioridade; da abolitío. crimit1#; 
a retroatividade da lei mais benéfica; as cegc:J.S. da contagem de prazo; aS c~usas 
excludentes da ilicitude; as descrimirumtes putativas; as causas excludeotes da inÍ~ 
putabilidade; as causa de exclusão da culpabilid:ide;a 'aberratio íctus; aaberra:tió 
criminis; as regras do concurso de pessoas; as regras do concurso mawrial, fOlmaI 
e da contravenção continuada; a obrigação de repararodailO comó efeitodvil da 
sentençà condenatória; as causaS extintivas de· punibilidade; as regraS das várias 
formas de prescrição. 
Poc outro lado, não tem aplicação àscontravençõc;"s: prisão preventiva; prisid 
temporária; lei dos crÚneshêdidndós; ainfração dequadril~aou bàndo.· .. 
',~ib~~(~I~ibras.il~!ra~ó··~.··a~I!(:'~Y~I;~;ç961rliv~nçã()'~r~fj~dil9Qt~rrit<>tio.~ildi9nªi~~·tM 
.. A Lei das ContavençõesPenaisadotou·exduSivatnente o princípiodaterrl-
torialidade. O Código Penal, por sua vez, dé forma contrária ao Decreto-Lei em 
estudo, admitiu o da territorialidade (art. 5°) e a extraterritorialidade (act, 7°). 
Aplicam-se, contudo, às contravenções a extensão do conceito de territóriO ~oriti­
do nos §§ 1° e 2° do art. 5° do Código Penal. 
I " ' .. ' .', " ,'" ", ' ",.> <"0 .' " .:- " i''', '. '" """'" ," • <, ,,';' . 
Art. 30 ; Pará aeidstência da. contravenção, I>as~a açiioQuomissão voluntária, Deve-
Se,.todavia, terem .conta Q dQloouacu.lpa, alertázd~Pend.er,çleum9I,1de outra, 
~~~Iq~ert:lf~i~q jl,lçídico,.:,· . ..,. ,;:,;", .;'i'~ ) ., , " 
. .. Na exposição de motivos da nossa Lei dáS CbnttaveoçõéS Pe hais , explidtacse 
que: 
"O elemento moral das cOQtravenções é a simples yoluntariedade daação ou 
omissão, isto é, para o reconhecimento do fato contravencional,prescirllje-se 
do dolo ou da culpa. Ql.lalquer destas formas de éulpabilidade só ét~mada em 
consideração .quanoiodé sua. eXistência depende algum efeito jurídicO, como, 
por exemplo, quando qualquer delas condicione, excepcionaImente,a própria: 
existência daconu'avenção,ou quando se trate de graduar ou de individual~ar a 
pena aplicável ao caso concreto." . 
.. Desta forma,
COflstata-se que ji Lei dasCoIltraveIlc;õés Penais data <io temPo ew. 
que·.dolQe culpa faziam. parte dá culpabilidade· ea voluntariedade;. foi tomada no 
serttÚloôe simples vontade, sem finalidade. Pru<l DAMt\sIO É. DE JESUS, adoiada a tcona 
.finalista da ação, o disposto no art. 3° está superado; e assim, a contravenção, tal qual 
. o crime, exige dolo ou culpa. Ausentes o dolo ou a culpa, o futo é atípico. A consta-
" 
10 LEIS PEN!JS ESPEC!A1S ANOTADAS WII$ON LWORENTI 
tação da culpa na Lei das Contravenções Penais, diferentemente do. que .. ocorre no 
Código Penal em que ela deve ser expressa, depreende-se da própria redaçã(). do tipo 
contravendooal que deixa entreVer.as formas em queá culpa se manifestá;ousé;ja; é 
da natureza da conduta, que leva à caracterização. do fatooontravencioill!1, ofato de 
ser praticado por negligência, imprudência ou imperici<l (ex.: omissão de cautela na 
guarda de aninlal, previsto no act. 31). Ausente o comportamentó culposo, fica evi-
denci:'ldo que a contravenção somente admlte a forma dolósà1. 
Não' há forma preterdolosa prevista na' Lei dasConttavenções' Penàis, como 
ocorre com o ari. '19 do Código Penal. Isto é assim porque a. Lei das 'Contravérições 
Penais nenhurÍlresúltado qualificador," ." . 
A tentativa é impunível naLcl das Contravençõesl~enàis, ao.contrário do CP. 
A Contravenção nafuse executória ou é infração consumada Ou constitui futo 
impune. Isto não significa que não possa, em tese, haver tentativa nac()ntJ:<lven-
ção, como,por exemplo, no caso de vias de fatoiporéIn, tal fato nãoé punível. 
- - , . ,.." 
Razõespara.a.não punição repousam em .sua peqtJena importâ,n<;iajurídica, 
em I<!Zão de seu reduzido potencial ofensivo, Outros argumentos são no sentido 
de que a contravenção. é uma infração de. perigo e que a tentativatàmbém'é um 
perigo de lesão ao bem jurídico visado pelo autor da conduta, daí que.seria incon-
cebível tentativa de perigo deinfração de perigo. . 
Por conta do que foi visto, não cabe, como regra, adesistência voluntária e o 
arrependimento eficaz nas contravenções. Assim ocorre porque, para se fular em 
desistência voluntária, é necessário, nos termos do art. 15 do Código Penal, que 
se inicie a execução e, no caso de contravenção, conforme já mencionamos, já se 
consumou ainfraçãoe :nãose pode falar em desistência. 
Por outro lado,'paraque se fale em arrependiment(), é necessário>quea exe-
cução, em consonância com o act. 15 do Código Penal, já terihaté:rminàdoese 
evite oresuItadoiPorém C011lo. o evento resultad() inexi;ste nap:1aiqriadas ;c;ontra-
venções, é inviável a sua constatação, De forma excepcional, entretanto, dianJ:e ,de 
contravenção material, em que temos conduta e resultado, como. por exemplo no 
caso de desabamento de construção (art. 29 da LCP), pode-se falar fl,a aplicação 
dos ins.titutos menClonados2• '. . . 
A pena privativa de liberdade divide-se em rechJsã(), detenção e prisão sim-
ples.:ALétdàsCÓntravençóesPenais adota s6 a prisão simples, aO· paSso que o. 
Códi~o.pena1 somente aredtisão e a detençãO. Não há difurença de essêllcia, de 
JESUS. Damásio E, de. Lei da .... Contravenções penais Anotadas. Ed. 20t)4, 
Z Idem. 
'I 
1- LEl DAS Corrn!AVIINçõES PENAIS -·DEcRETO-l.EI NO 3.688/41 11 
naturç:za, entre elas .. A-. diferença está na quantida,de, dado que a reprimenda é 
maior .na reclusão e ,detenç:i0ie no regime de .cumprimento. ' 
NafixaçãodaprisãosiJ:nples; observam-se os acts. 5ge 68 do Código Penal, e, 
para as penas de muita, os arts' 49 e 60 do Código Penal. 
A aplicação das penas res~tivas de direitos (arts. 43 e 44) e da multa substitu-
ti.va (ari:60§2°), previstas n6Código Penal, também ocofTe'por fórçâ dosaJ:ts:12 
do Código Penal e art.·1 o da Lei das Contravenções' Pé:nais,às contnlveriçél~:Nao 
podemos olVidar, entretanto, que, por força da Lei nO ?099195, reformulada pela 
Lei nOlO.259/oi, CQnsiqeram~se irifrações de menor potencial Dfensifo.~ coptra-
vençÕes, estejam elas previs.tlis na Lei das Contravenções. perlàisou em legislação 
especial; e, por consegtiênba, incidem todos os consectarios derivados das a1údi~ 
das legislações com ampla possibilidade. Uma vez satisfeitos os requisitos legais, 
é de se afastar a aplicação de prisão simples, evitando-se o cárcere e buscarido-se 
sempre a conciliação. e.a transaçíj.o; 
A,~<~:~A,~eii~~e:pr'~~~.:~i.hl~~~;~~y~~;;-çtJ:~fl~~cla, .. ~~fu;v9~fperi!(~~<:!fori~;·.'f 
bé.lecimentO esp~ciarb(.i:'S'eçã9:especialdeprisão.com'Uín;~m regime'sen1i~beL a~e~~jRedaçãodadá'p~!Í{L~{h~6:416; de 24_5:1'977; i.',\ ~: ('/.' .c·' ';,'"' '(,,;:,; 
.:l.§'fl>,;O ;toíi~padO·ã·í5~n~.&!J~SãO simples fica. sempré $t:ipar;à'dQ .dQ~cblidehàdâs:~Jpeni.f 
';("d~reç!~~oou :d~'d~.tt39~~;t' :..... . .. ' . '.' '. .... :: :;q~!,;:-e,..:;. 
, §ZO (O·trabalho é ·fácÜltati'iio • .s!'l.a pená aplicada •. não exé::t3de!;l q\linZE), diás~.. ....:~;.,' I;;:!: r', ~, 
O regime fechado não é aplicado as contravenções. Somente o semiaberto e 
aberto. . ' 
No caso de concurso entre crime e contravenção, deve ser lembrndoque, nos 
termos 'do are 76 do Cp, a pena mais grave, reclusão ou detenção, deve sereXecu-
t,ada antes da prisão simples. 
Aitt·7o .• Verifiç8.~~~ .. r~~p~g~~J:i."'ifnJ~n~~9age~~. PI1l~lf,a l:!~i.': AAn~~~!i'.ri·~9;#!OOi~I~~i 
$ar~mJúlgadoa ~étiíeÍ'lçá'queo tênha condenado, .no BrasiJ aúnó e;?~rangéi~;fj'or, 
I~~éftitím'é; ôu;'no:Brâs.l/poJiInÓti~o' dEd:óntravençãd:' , " :;{:, '~t," . 
Conciliando este dispositivo com o art. 63 do C:ódigo Penal,. temos reincidêfl-
cià.n31jseguintes hipóteses: 
.. , 1)' Crime + Trânsito em Julgado de Sentença Condenatória. + Crime = 
J{e!ncidêhci~ (art: ,63, CP) . . .' ' 
'2)Crirne + Trânsito(':ffi Jlllgado de Sentença Condenatória :t- Contraxen-
.. çao ReiÓci<i:ê[lCia (act. 70 , LCP) .. 
3) 
.; 
C09travençiio t 1'$lsito em Julgado de SentenÇl.Copdenatón.a. + Qon-
o:avençãQ;:.R~iri.ciêlência(art. 7<:J, tép) .... ' . . . .' 
riá6hàverá reIncidência: , ... 
Contravenção. + Trânsito em Julgado de Sentença Condenatória +- Crime 
Não há reincidência, 
II 
l ~ 
~ . 
i' 
í 
'lI 
:Ir 
Ilt ir 
!il 
[Iii 
III li 
li 
" 
12 LEIs PENAIS ESPECtAlS ANOTADAS - WilSON LAVORENTI 
A observação fica por conta do local da prática dainfração anterior; Se for: cri-
me, a condenação pode ter oC'or,rido.nó Bcasil 0U no éxteriorj porém, tratando-se 
de contravenção; só a condenação ocorrida noBrttsil gera a reinCidência. 
Aplica-se à Lei das Contravenções Penais aS regraS do an. 64 do CP. 
Atuallllente não se fala em erro de direito e ~rro de !ato,massiIn em erro de 
tipoe erro de proibiçãq, eambpsrulo &Uardatn exata éorrelação de igualdade com 
os, erros de direito e de fato, embQrase possaafrrmar q\,1e9 erro de direito é urna 
espécie deerro de proibição. 
O art. 8° prevê um caso de perdão judicial, que é uma causa ex:tintíva de pu-
nibilidade. Basicamente temos duas correntes sobre a natureza jurídica do perdão 
judicial~ quais sejam: a) Declaratória da extinção da punibilidade, que é a posição 
de DIlI1>fANTo,FI1AGoso, eda Síím~la 18 <i~,. STJ; b )COi1.deÓ~i:Ória,po.sição <ie DAMÁs~o, 
. . . .' ,,"- _. . .. ..:'. "".' ",' ", ""-.. " 
MIRABETE, OIAVO 'DE O. NETO e v AillIR SZ!'HCK. 
Se fossemos conciliar o Có<iigo Pt:nal e a LI':!I das Contravenções Pçnais, tería-
mos: a) O erro de tipo pode levar.à exclusão do fato típico; b) O erro de proibição 
pode excluir a culpabilidadejc) O, erro de direito pode levar ao perdão judicial. 
Entretanto, entende-seque o tratamento dispensado ao erro de proibição pelo 
Código Penal estende-se às contravenções penais, ou, seja, o art. 21 do Código 
Penal revoga o art. 80 da Lei das Contravenções Penáis. Isto equivale a dizer que 
o contraventor pode ser absolvido, desde que invencível o erro, e não se aplica a 
sanção por exclusão da culpabilidade, diferentemente dq que aconteceria se pre-
valecesse
o art. 8°, quando então se aplicariá operdã:ójudicial que, para determi-
nada corrente dÓUtrinária ejurisPrudendal, é sentençacondenatoria3: , 
Jã para ()IAVO DE OLIVEIRA, N!iI'o4,a Lei das Contrave(lções, pen~~ .trata ma-
téria específica e, como tal, vigora o erro de direito e, frente a ele, pode caber o 
perdão judicial. Para GUILHERME DE SOUZA Nuccl o art. 8° foi apenas derrogado, dado 
que continua em vigência no que concerne à ignorância ou desconhecimerito da 
lei, PQjs, nestF aspecto'é mais benefico que ôc;ó<iigopenal que; p~ a mesma 
Si~~Ç~o,,~~lica sÓlIlent,e, uma atenllante (a,rtc(J5,Ii CP). Assim,pap. este autor, 
qu<!nóose'tI<ltai de d~sConbecim.entoda leiapíicá~se operdãoj~didal' (art. 8° da 
Lep) equan'dôf~r erro de proibição (art. 21 doep) exclui~se,em sendo o caso, a 
cuJpa~ilidad~. ' , , 
'. '. ""~". - -. ' 
3 ' JESus,b3tnásiO E: de. Lei das ContravehfõesP~ Nwtadas.Ed.Sar:im, 2004; NINNO,WÚSOn; Lei,s 
PenaiS ESpeciais e sualnterpretaçãoJ';risprudencial. Ed. Revista dos Tribunais, 1995. 
4 C()inentários à LfJi das Contravençàe;'Penais. Ed. Revista dos Tri!:lUnais, i994c . 
5 Leis P?nais e Processuais Penais Comentadas. 2a ed. Editora RT. 2007. p. 144. 
1 - LEI DAS CONTRAVENÇÔES PENAIS DEcRETo-LE1 NO 3.688/41 13 
A legislação anterior do CP permitia a conversão da multa em prisão; porém, 
já não é mais possível por força da Lei na 9.268/96. O art. 9° da Lei das Contraven-
çõesPénaisestárevogado. 
, " 
~~!~~~:;~.s~r,~ó;p~rir"~~ 
Não pode ser superior a cinco anos, mesmo que haja concurso de contraven-
ções. 
O sistema de dia-mt,lltaé, aplicável às,contravençõesj ,portanto" a referência 
em multa flX::j. foi alterado pelo CP. ' 
Não ~e trata de limite q~ilnto~ flxaçãodapeoa,"lll<issim quanto ao, cum-
primento,ouseja, o juiz ,pode fIxar pena 11laiQr que cinco anos, pprém só serão 
cum.pridos cinco. 
A,rt. ,11. Desde que reunidas as condições legais~ o juiz pode suspender, por tempo não 
inferior a um ano nem superior a três, a exe,cuçã() da pena de pri~ão simples, bem como 
conceder livramento condicional. (Redação dada pela Lei nO 6.416, de 24.5.1977) 
A Lei das Contravenções Penais neste artigo fuz referências ao preenchimento 
de' condições legais que são encontradas nos arts.77 a 82 do Código Penal, bem 
como nos arts. 83 a 90 do Código Penal e, 'aindia,' no Código de Processo Penal e 
na Lei de Execução Penal. Todas as regras são aplicáveis, exceção ao lapso tem-
poral do período de prova, que será a da Lei das Contravenções Penais. Todavia, 
deyemos nos lémbrar da Lei nO 9.099/95, que, conforme já mencionamos, prevê 
a'possibilidade de suspensão processual, inch.lsive Para, as contravenções,etn que 
peseaof;J,tode o art. 89daleifalarem "crJmes" .. Sepodepara o crime, queé mais 
grave, com maioé razão é p~ssí~el para 'as ~Q~ltci~eQçÕes, q~e representam poten-
dal ofensivo diminuto. 
AI1.12.As.penasa~ess.órias's~Q,.a,ppbUcaçãQdasentenÇà·Qá$:séguirlÍ:esintel'd!~$. 
~d~ilir~ito~" " ' ',>',:<:>/;:y" ·i,>::.f'".:" '.. i; 
"I ",,?,incapaci<!~deterrn:>?r~.~~,p.f1,?,~~?~~~~9~V.~~~fJrfff}C;> eXElrcicio qepend~ ele, h~~ 
,b\lita~9.espe9ial. Ij(:€J!1~})!1,ªy!Qr~~~q:~QP9~~I:PÚR!ico; 
, II':" '; a'susp~n~ão doli!'~i;:~lto~·p~ií·tiCo;.'·' :""',' ,"'" • ',': ' 
Parã!JrafÓú~ico.ln~rrerri( 
, ,,'. ~)na,;nt~rdii;ão,Sobn~l.c 
.~:bitr1',;,;[.:;~ryQ~g"q~ri}ê~d.~~.~~ 
" ;,,'elainerente;" " 
b) na interdir;:ão soo hOlrOcOrídenad?ãpenâ.pliv;:ítiY<l1,elí~rdªde, enqUânfo dure 'a 
execução çlo peniilçÍu a aplicaÇãodaml?cJ!cia d~,~~ur;:'inça d.etentivª~ , , 
14 LEIS PENAIS EsPECIAIS ANOTADAS - WILSON UVOREN11 
Estãorevog~paspt;la refonna dqCódigoPenalde1984. Fugindo ao énten-
dimentoprevalente; GUILHERME DE SOUZA NUCCI pugnaqiJe O dispositivo·permanece 
em Yig~nd~ ~jaI?Qrforçadosarts. IOda LCP eart.12do Cp, seja porque. as penas 
acessórias rcl:o deixam deter co~re1ação com os.efeitof da. condenação (arts.91 e 
92 do DCP) e, neste sentido, houve alteração sOinente na designação porém não 
no efeito do si. 6 ' 
DevemserQbserv~d()sQsarts,% a dq CpdigoJ>en~e a LddeExecl:lção Penal. ,'o . •• - .' •.• 
Não m~is existe eXíiio local. 
~iii~l,iir~Jii:f;=;~~;;;;'~~~ãi~iJr~~l~~ 
'.f:I'Jf~;~~~:~~~~~ÉL~,ia~;;~j9L ." 
A~. :t~;;si~i;t~rn.~!il9semCOIÔniaagríCOla ou eminstitutodeJrabalho, de ree~lIcaÇão 
~,uq~lt?~i,;~t~::t~s~;,~:'t::::~j1:rt~~;~~o de um a~ó:c.. . .. ....." . 
·;t .. JIs;.?º.g)fl~El~~~CJ.:porcrnr.~d.L~flCia(art; ·60 e seupar~~~?f9); .'i 
',>m;2i!(R,~yógªaqpelª Lain" .6A16, de 24/5/1977). 
~BSi~i~~~~18:~::~~~~~~~;i~~~O~g~;~~ 
.·Pâiâ~rafo\~niCO,OjUiz, entretanto, pode, ao invés de decre~ra íiiternaça~','~';b~~M( o 
"';i/:.),.:\g~Mgli~!3,í.i~~~dª~~i~j~í~g~",:::.· ,. .... . . 
,Jt:I!l~~id,aqe~e~r.ülça g<irihou disdplinaespedfipLno Cp, (arts.96 ao 99) e 
dé:Ye~ceNir:eePá1:âwcetropira~coQtfavençãO,respeitàclo,pórçiIl, •.. ollrnite.mínimo 
~!!fz~!5':~~~~~~7~!~~~r~ 
Aação penal serás~mpre públt<:aincondkion~da,. '/ 
··OC;SS~~isPendiSC()mentadas.2a ed: Editora R1:2007. p, 147. 
O' 
1 -j,E! DAS CoNTRAVENÇÕES PENAIS - DECRETo·LE. N° 3.688/41 
3. PARTE ESPECIAL; CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA'-AATS. 18 A 23 
· Objetividade Jurídica: UItelar a paz pública, bem como all},<';U1Ulfiloaqe 
. ca e a saúde das. pessoas.' . . 
· Sujeito Ativo:qualquer pessoa" 
Sujeito Passivo: coletividade. 
15 
Tipo Objetivo: o artigo fOI derrogado pehiLeino lO.826Jo3.Amend6hada 
lei cuida da annadefogo e da munição. Assim,tratartdo-se dearmabtan~ 
éa, ápliéa-seó clisposítivoemestudo. 
As annas,' quanto aos modos de açãO: podem ser divididaS em>al'rn~ i:)tan,ças 
e armas de fogo. As <irmas brancas também po(kmainda ser própriasouílllpró~ 
priaS. As primeiras sã~àquelils q~e têm finalidade esp~cífiça ele' servir de~a, 
como forma de ataque oudeksa (canivetes de. combate, punhais; espada!~tc.). 
Al"masimpróprias sãoaque1asque não foram feitas para.talfinalidade de. ataqtie ou 
defesa, mas que podem ser utilizadas para este fim (faca de cozinha; foice, facão, 
machado, estilete, etc.). O tipo em estudo cuida somente daannas próprias, até 
porque as impróprias não são objetos de "permissão da autoridade". 
Se a venda for para cri'l-nça ou adolescente, aplica-se o art. 242 do Estatuto da 
Criança e do adolescente .. 
Há divergência sobre a necessidade de habitualidade para caracterização da 
venda. Alguns ooutrinadores pugnam pelo argumento de que a venda de arma, 
como formade comércio,exigeh;lbitualidade. Por outro ladQ, também J;tíienten-
dimento de que o que interessa é a naturez.a. das coisas, e não o nome queselhe 
(lá e; assim, umaÚnidvendajâcarácterizaria a infração7. 
Úelemento normativo do tipo" encontra-se na expressão ':sem' permissão :da 
autoridade". Com a autorização, o fato é atípico. Todavia, vide comentáriosaoart; 
. 19, da 'lei em comento, sobre a inaplicabilidade deste aí:tigo,não obstante oS'to~ 
men~os já tealizados,dádo aiheXistênda concreta depennissãoda autoridade 
para este tipo de arma, nos tennosatuais. 
A sanção eVidencia umcasodesübsidiarledade expressá. 
. O collfisço da faca,com supedã~~o no art, 91, II, a, do CódigoI:'en~,apre.­
serita~se como inviável, dado que a redação. do artigo, pertinente aos efeitOs da 
condenàção,refere-se a "crime' énãba contravenção." . . 
TIpo Subjetivó; dolo .. 
· . 
7 . NETO, Olavo de Oliveira. Comentários à Lei das Contt"avençõeS Pénats. Bd. Revistados Tribunais, 
1994. 
'II 
II 
16 LeIs PENAIS EspeclAls ANOTADAS - WILSON UVORENTI 
Consumação e Tentativa. Consuma-se com a realização de uma das .condu-
tas descritas no tipo conttavencional. A tentativa é impunível (art. 4° da 
LCP). 
Ação Penal: pública incondicionada (art.17 da LCP) 
Objetividade Jurídica: tutelar a paz pública, bem como a incolumidade fisi-
ca e a saúde das pessoas. 
Sujeito Ativo: qualquer pessoa: 
Sujeito Passivo: coletividade. 
TIpo Objetivo: o artigo foi derrogado pela Lei nO 10.826/03, que

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando