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Teologia da Libertação é uma corrente teológica que engloba diversas teologias cristãs

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Teologia da Libertação é uma corrente teológica que engloba diversas teologias cristãs[1] desenvolvidas no Terceiro Mundo ou nas periferias pobres do Primeiro Mundo a partir dos anos 70 do século XX, baseadas na opção preferencial pelos pobres contra a pobreza e pela sua libertação. Desenvolveu-se inicialmente na América Latina.
Estas teologias utilizam como ponto de partida de sua reflexão a situação de pobreza e exclusão social à luz da fé cristã. Esta situação é interpretada como produto de estruturas econômicas e sociais injustas, influenciada pela visão das ciências sociais, sobretudo a teoria da dependência na América Latina, que possui inspiração marxista.
A situação de pobreza é denunciada como pecado estrutural e estas teologias propõem o engajamento político dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa e solidária, cujo projeto identifica-se com ideais da esquerda. Uma característica da Teologia da Libertação é considerar o pobre, não um objeto de caridade, mas sujeito de sua própria libertação. Assim, seus teólogos propõem uma pastoral baseada nas comunidades eclesiais de base, nas quais os cristãos das classes populares se reúnem para articular fé e vida, e juntos se organizam em busca de melhorias de suas condições sociais, através da militância no movimento social ou através da política, tornando-se protagonistas do processo de libertação. Além disto, apresentam as Comunidades Eclesiais de Base como uma nova forma de ser igreja, com forte vivência comunitária, solidária e participativa.
Por seu método e opções políticas, trata-se de uma teologia extremamente controversa, tanto pelas suas implicações nas igrejas quanto na sociedade. A partir dos anos 1980, com a redemocratização das sociedades latino-americanas e a queda do muro de Berlim com consequente crise das esquerdas e as transformações sociais e econômicas provocadas pela globalização e o avanço do neoliberalismo esta teologia perdeu parte de sua combatividade política e social.
Índice
[esconder]
	1 América Latina 
	1.1 Contextualização histórica
	1.2 Nascimento
	2 Polêmica e críticas 
	2.1 Posição oficial da Igreja Católica
	3 No mundo 
	3.1 Teologia da libertação africana
	3.2 Teologia da libertação sul-africana
	3.3 Teologia da libertação negra nos Estados Unidos
	3.4 Teologia da libertação na Ásia
	3.5 Diálogo com o Islã
	4 Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo
	5 Fórum Mundial de Teologia e Libertação
	6 Teólogos da libertação
	7 Ver também
	8 Referências
	9 Bibliografia 
	9.1 Em português
	9.2 Em inglês
	10 Ligações externas 
	10.1 Associações teológicas
	10.2 Geral
	10.3 Posição do Vaticano
[editar] América Latina
[editar] Contextualização histórica
Segundo Gonçalves,[2] o nascimento e o desenvolvimento da Teologia da Libertação na América Latina e no Caribe se deve basicamente a três fatores:
	Situação política, econômica e social do continente: A Teologia da Libertação foi gestada durante os regimes militares que governavam países do continente.
	O desenvolvimento do marxismo como instrumento de análise social: as ciências sociais, entre elas a análise marxista eram utilizados para compreender a origem das contradições da sociedade, embora, segundo Gonçalves, o marxismo não fosse utilizado como ferramenta para construção do projeto social alternativo.
	Mudanças no âmbito da Igreja Católica. Do ponto de vista católico, algumas mudanças na Igreja possibilitaram o surgimento da Teologia da Libertação: 
	A experiência da Ação Católica e seu método VER-JULGAR-AGIR. Esta pedagogia ajudou na busca de uma compreensão crítica da realidade e impulsionou uma ação transformadora.
	A realização do Concílio Vaticano II, entre 1962-1965 e a busca de diálogo da Igreja com o mundo moderno.
	A Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, Colômbia, ocorrida na vigência dos regimes militares.
	O florescimento das Comunidades Eclesiais de Base, que impulsionadas pela Conferência de Medellín e pela pedagogia da Ação Católica através do método VER-JULGAR-AGIR, lutavam pela transformação social.
	O enfrentamento dos regimes militares por parte dos bispos, quer através das conferências episcopais nacionais, quer por bispos isolados, como Dom Hélder Câmara, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Oscar Romero, entre outros.
Foi a partir do engajamento de grupos cristãos na política que surgiu a Teologia da Libertação, como uma reflexão teórica destas experiências, retro alimentando este movimento de busca da mudança para uma sociedade com viés esquerdista.
Ao final dos anos 70 e início dos 80, a redemocratização das sociedades latino-americanas e caribenhas faz com que a Teologia da Libertação perdesse parte de sua combatividade política e social. Aliado a este fator, a queda do socialismo real e a crise da esquerda política fazem com que estes movimentos repensem sua identidade. Fatores no interior da Igreja Católica também tiveram seu impacto: a eleição de João Paulo II. A experiência do novo papa, vindo de um regime comunista hostil à Igreja , fez com que ele visse com suspeita os movimentos de libertação latino-americanos. Muitos teólogos da libertação foram acusados de fomentar a formação de células comunistas dentro da Igreja através das comunidades eclesiais de base.
As mudanças ocorridas na sociedade desde então apresentam novos desafios ao que atualmente se chama de Cristianismo de Libertação: o neoliberalismo econômico e a exclusão social, a globalização, o pluralismo cultural e religioso,[3] a crise das igrejas cristãs históricas ante o fenômeno da pós-modernidade.
Uma visão mais ampla da libertação passa a ser almejada, não apenas focada em uma visão economicista, mas baseada também em dados antropológicos, psicológicos e religiosos. Além disto, temas como a igualdade entre homem e mulher, a discriminação racial, o diálogo inter-religioso, as minorias e a ecologia vão sendo progressivamente incorporados ao engajamento dos cristãos e à reflexão teológica sobre a libertação.
[editar] Nascimento
A Teologia da Libertação nasceu da influência de três frentes de pensamento: o Evangelho Social das igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos Estados Unidos.
Há uma série de eventos que precederam o nascimento da Teologia da Libertação:
	1945: O bispo católico Dom Carlos Duarte Costa é excomungado pelo Papa Pio XII, por adotar uma ação pastoral engajada ao lado dos pobres nas lutas políticas e sociais da época, e também por utilizar as ciências sociais, inclusive as categorias marxistas para a compreensão da realidade.
	1952: O missionário presbiteriano Richard Shaull chega ao Brasil trazendo o Evangelho Social e cria uma estreita relação com os pastores presbiterianos Rubem Alves e Jaime Wright;
	1964: O teólogo reformado Jürgen Moltmann publica sua obra Teologia da Esperança;
	1965: O teólogo batista Harvey Cox publica A Cidade Secular;
	1967: O teólogo católico Johann Baptist Metz pronuncia a conferência Sobre a Teologia do Mundo;
O marco do nascedouro da Teologia da Libertação está na publicação da obra Da Esperança, de Rubem Alves, que tinha o título de Teologia da Libertação, criticando a teologia metafísica de uma forma geral e propondo o nascimento de novas comunidades de cristãos animados por uma visão e por uma paixão pela libertação humana e cuja linguagem teológica se tornava histórica.
A primeira participação católica no lançamento da Teologia da Libertação foi a publicação da Teologia da Revolução, em 1970, pelo teólogo belga radicado no Brasil José Comblin. Em 1971, Gustavo Gutiérrez publicou Teologia da Libertação. Somente em 1972, Leonardo Boff surge no cenário teológico com a publicação de Jesus Cristo Libertador. Como Rubem Alves estava asiladonos EUA neste período, Boff passou a ser o mais conhecido representante desta corrente teológica que vivia no Brasil, devido à proteção recebida pela ordem dos franciscanos, à qual ele pertencia [carece de fontes].
O método destas teologias é indutivo:[1] não parte da Revelação e da Tradição eclesial para fazer interpretações teológicas e aplicá-las à realidade, mas partem da interpretação da realidade da pobreza e exclusão e do compromisso com a libertação para fazer a reflexão teológica e convidar à ação transformadora desta mesma realidade. Ocorre também uma crítica à teologia moderna e sua pretensão de universalidade. Consideram esta teologia eurocêntrica e desconectada da realidade dos países periféricos.
[editar] Polêmica e críticas
Acusa-se tal movimento de ser condescendente com a culpabilidade da Igreja, que segundos estudiosos, é bem menor do que julgam os promotores, e de deturpar o caminho divino, colocando-o em segundo plano diante da missão terrena de ajudar os pobres.[4]
Integrantes do movimento afirmam que este movimento sempre foi baseado em ideais de amor e libertação de todas as formas de opressão (especialmente opressão econômica). Também afirmam que ele teria uma forte base nas escrituras sacras. Por outro lado, alguns aspectos da teologia da libertação têm sido fortemente criticados pela Santa Sé e por várias igrejas protestantes (embora a Igreja Luterana a tenha adotado), como por exemplo o fato dos adeptos da Teologia da Libertação defenderem um papel político significativo para as igrejas e pela utilização do Marxismo como base ideológica e metodológica do movimento.[5][6] [7]
[editar] Posição oficial da Igreja Católica
Na Igreja Católica, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou dois documentos sobre esta teologia: Libertatis Nuntius (1984) e Libertatis conscientia (1986). Para os que combatem esta teologia, estes documentos, apesar de defender a importância do seu compromisso radical para com os pobres, considerou-a herética porque ela faz uma releitura marxista (materialista e atéia) dos acontecimentos espirituais. E também porque a Igreja acha que a disposição da teologia da libertação em aceitar postulados do marxismo ou de outras ideologias políticas era incompatível com a doutrina católica, especialmente ao afirmar que "só seria possível alcançar a redenção cristã com um compromisso político".
Outros afirmam que o que ocorreu não foi uma crítica ou repressão ao movimento em si, mas sim correção de certos exageros de alguns de seus representantes (como sacerdotes mais tendentes à política). Outros, ainda, afirmam que houve uma deliberada sanção à Igreja Latino-Americana na repressão à sua forma mais pungente de ação e crítica social. Entretanto, o próprio Papa João Paulo II dirigiu uma carta à CNBB, datada de 9 de abril de 1986, pedindo o compromisso com o verdadeiro desenvolvimento desta teologia: "...estamos convencidos, nós e os senhores, de que a Teologia da Libertação é não só oportuna, mas útil e necessária. Ela deve constituir uma nova etapa - em estreita conexão com as anteriores - daquela reflexão teológica iniciada com a tradição apostólica e continuada com os grandes padres e doutores, com o magistério ordinário e extraordinário e, na época mais recente, com o rico patrimônio da Doutrina Social da Igreja expressa em documentos que vão da Rerum Novarum a Laborem Exercens". "Os pobres deste país, que tem nos senhores os seus pastores, os pobres deste continente são os primeiros a sentir urgente necessidade deste evangelho da libertação radical e integral. Sonegá-lo seria defraudá-los e desiludi-los". Para concluir, o Papa incita ao seu verdadeiro desenvolvimento "de modo homogêneo e não heterogêneo com relação à teologia de todos os tempos, em plena fidelidade à doutrina da Igreja, atenta a um amor preferencial e não excludente nem exclusivo para com os pobres".[8]
Porém, João Paulo II depois a condenou[carece de fontes]. O Cardeal Ratzinger, no retiro espiritual que pregou ao Papa João Paulo II e aos Cardeais em 1986, escreveu:
"Sem resposta para a fome da verdade, sem cura das doenças da alma ferida por causa da mentira ou, numa palavra, sem a verdade e sem Deus, o homem não se pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na sua visão do mundo como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo ele, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago" (Cardeal Joseph Ratzinger, O Caminho Pascal,-- Curso de Exercícios Espirituais realizado no Vaticano na presença de S.S. João Paulo II, Loyola, São Paulo, 1986, p. 14-15).
E perguntou o Cardeal Ratzinger, falando aos Cardeais: "Porventura não existe uma tendência, também entre nós, de adiar o anúncio da verdade de Deus, para antes fazer as coisas "mais necessárias"? Vemos, porém, que um desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o mundo" [9].
[editar] No mundo
Segundo Tamayo,[10] a Teologia da Libertação surgiu na América Latina como sistematização de um novo método teológico. Entretanto, nas últimas décadas, desenvolveu-se no Terceiro Mundo e nos ambientes marginalizados dos países desenvolvidos reflexões teológicas que também podem ser classificadas como teologia da libertação.
[editar] Teologia da libertação africana
A reflexão teológica sobre a libertação trabalha com categorias antropológicas: a aculturação e consequente perda da identidade coletiva dos povos, além de sua pobreza estrutural e seu sistema de dominação. Defende-se uma verdadeira inculturação do cristianismo. Os teólogos africanos associaram-se na Associação Ecumênica de Teólogos Africanos.
[editar] Teologia da libertação sul-africana
Esta teologia distingue-se da teologia africana por tratar do tema do apartheid. Trabalha intensamente a questão da raça, da negritude.
[editar] Teologia da libertação negra nos Estados Unidos
Esta teologia surgiu e se desenvolveu a partir da luta pelos direitos civis dos negros, liderados por Martin Luther King e a busca do poder negro de Malcolm Little. Busca dois meios de libertação: a consciência negra e o poder negro. Posteriormente, ampliou seus horizontes para a busca de libertação dos pobres e minorias da sociedade americana, como os hispânicos, os asiáticos.
Esta teologia brotou inicialmente nas igrejas negras e seminários protestantes. O marco dessa teologia negra a publicação em 1969 da obra Black Theology and Black Power (Teologia negra e poder negro) pelo Rev. James Cone.[11] Esta teologia vem ganhando destaque devido à sua influência sobre Barack Obama, eleito Presidente dos Estados Unidos da América.
[editar] Teologia da libertação na Ásia
Tomando como base o desenvolvimento da Teologia da Libertação na América Latina, os teólogos asiáticos refletem basicamente sobre dois aspectos: a interação entre filosofia (como uma cosmovisão religiosa) e religião (como filosofia vivida) e a interação entre religiosidade e pobreza na Ásia. Um dos baluartes desta teologia é o diálogo inter-religioso, dada a situação não-cristã dos pobres da Ásia.
[editar] Diálogo com o Islã
Em agosto de 1988, um pequeno grupo de teólogos xiitas liderados pelo Ayatullah Yafhar Subhanni, enviados do Ayatullah Ruhollah Khomeini, chegou à Argentina buscando contatos com a Teologia da Libertação através do Prêmio Nobel da Paz e ativista dos Direitos Humanos Adolfo Pérez Esquivel. Iniciou-se então um diálogo singelo porém duradouro e crescente. Ocorreram vários encontros na cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. Do lado cristão participaram Leonardo Boff, Clodovis Boff, Rosalvo Salgueiro, Adolfo Pérez Esquivel, Dom Paulo Evaristo Arns, Pedro Ribeiro de Oliveira, Paulo de Andrade entre outros, e do lado islâmico participaram principalmente professores da Universidade da Cidade Santa iraniana de Qom, como o Ayatullah Yafhar Subhanni, o Ayatullah Mohammad Taqi Misbah Yazdi, o Huyatolislam Mohsen Rabanni, o Sheik Abdul Karin Paz, o embaixador do Irã no Vaticano MaseyamiY, o historiador Shamsudin Helia, e a teóloga Lili Kashanni.
O diálogo se esmaeceu e a última reunião ocorreu há mais de dez anos, em setembro de 1997. Outras tentativas de diálogos foram e estão sendo tentadas mas os principais momentos de encontro acabam ocorrendo por ocasião do Fórum Social Mundial.
[editar] Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo
A Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo reúne diversos teólogos da América Latina, Ásia e África e das minorias dos Estados Unidos em torno de encontros e reflexões. Publica a revista semestral Voices of the Third World, editada na Índia.
[editar] Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Os teólogos da libertação atualmente reúnem-se no Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Este fórum surgiu de um encontro de teólogos durante o III Fórum Social Mundial, em 2003.[12] O primeiro Fórum Mundial ocorreu em Porto Alegre, em janeiro de 2005. O II Fórum ocorreu em janeiro de 2007 em Nairóbi, capital do Quênia, com o tema “Espiritualidade para outro mundo possível”. Estes Fóruns antecedem o Fórum Social Mundial (FSM). O último fórum ocorreu em Belém (Pará) de 21 a 25 de janeiro de 2009. Seu tema geral foi Água, Terra, Teologia - para outro mundo possível. A proposta do fórum é reunir teólogos e teólogas cristãs dos diversos continentes que trabalhem com o tema da libertação, em todas as suas dimensões, tornando-se "um espaço de encontro para reflexão teológica de alternativas e possibilidades de mundo, tendo em vista contribuir para a construção e uma rede mundial de teologias contextuais marcadas por perspectivas de libertação".[13]
O IV Fórum Mundial de Teologia e Libertação foi realizada de 5 a 11 de fevereiro de 2011, em Dakar, Senegal, junto ao 10º Fórum Social Mundial.[14]. No evento estiveram presentes cerca de 110 teólogos e teólogas de diversas tradições religiosas e de diferentes partes do mundo, com o objetivo de promover o diálogo entre as religiões e as práticas sociais.
[editar] Teólogos da libertação
Rubem Alves, Pedagogo, poeta, filósofo de todas as horas, cronista do cotidiano, contador de estórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, psicanalista, educador, autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis
Nasceu em Boa Esperança, Minas Gerais no dia 15 de Setembro 1933.
É membro da Academia Campinense de Letras, professor emérito da Unicamp e cidadão honorário de Campinas,onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de Contribuição à cultura.
Durante sua infância, enfrentou os problemas comuns ocasionados pelas freqüentes mudanças de estados e de escolas. Tais mudanças influenciaram sua atitude de introspecção que o levou à companhia dos livros e ao apoio da religião, base de sua educação.
Presbiteriano, tornou-se pastor. Teve três filhos, e entrou numa crise de fé decorrente de um problema de saúde na família, tendo assim de abandonar o pastorado. Apóstata do cristianismo, tornou-se crítico da religião organizada. É considerado persona non grata na Igreja Presbiteriana, pelas suas posições liberais e anticlericais. De volta ao mundo secular, tornou-se escritor e acadêmico, de onde vem sua fama.
Bacharel e Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Seminário Teológico de Princeton (EUA) e psicanalista. Lecionou no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP, onde recebeu o título de Professor Emérito. Tem um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, Dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno.
Com formação eclética, transita pelas áreas de teologia, psicanálise, sociologia, filosofia e educação. Após ter lecionado em universidades, hoje tem um restaurante (a culinária é uma de suas paixões e tema de alguns de seus textos), vive em Campinas, onde mantém um grupo que encontra-se semanalmente para leitura de poesias; o grupo chama-se Canoeiros.
Sua mensagem é direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. 
"Ensinar" é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum: rindo, dizer coisas sérias[1] Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.
Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas, figura comum nos textos bíblicos. No site A Casa de Rubem Alves encontram-se releituras e discussões de suas obras.
Autor do livro Da Esperança (Teologia da Esperança Humana), Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro; o fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação. Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia.
Foi dessa experiência que surgiu o livro Protestantismo e Repressão, que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em Inglês que falava do futuro da humanidade, Filhos do Amanhã, onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado.
Lançou ainda um livro chamado Variações sobre a vida e a morte, onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real. Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Passagens tiradas do livro de Rubem Alves - O VELHO QUE ACORDOU MENINO (Infância):
" Um dia subi até o alto da Serra. Lá de cima se vê o vale lá embaixo. Boa Esperança diminuída na distância, deitada entre o verde dos campos e o azul do rio Grande, imenso, que Furnas transformou em mar. Lá de cima, olhando para baixo, a gente pergunta: ' O que estarão fazendo?' 
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rubem_alves
Newton Freire-Maia, professor e geneticista
Nasceu em Boa Esperança no dia 29 de junho de 1918 e morreu em Curitiba no dia 10 de maio de 2003.
Seus estudos sobre casamentos consanguíneos levaram a importantes descobertas sobre os efeitos de alelos de genes prejudiciais em diferentes populações, do Brasil e do exterior.
 
Dr. Newton Freire-Maia nasceu em 29 de junho de 1918, em Boa Esperança, filho do farmaceutico Belini Augusto Maia e Dona Maria Castovina Freire Maia. Professor Titular Emérito Sênior da Universidade Federal do Paraná, onde criou o centro de Estudos de Genética; Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências; Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Genética; Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; ex-Cientista da Organização Mundial de Saúde, na Suíça; ex-bolsista da Fundação Rockefeller nos Estados Unidos; agraciado, entres outras instituições, pela Academia Nacional de Medicina, do Brasil, pela National Foudation for Ectodermal Dysplasias dos Estados Unidos e pela Prefeitura de Boa Esperança. Sua tuação no campo da genética, dedicando sua vida ineira a pesquisa e a publicação de livros didáticos, é uma contribuição como poucas, para o progresso da ciIencia e bem estar da humanidade.
"Neste dia em que minha querida terra BOA ESPERANÇA comemora mais um aniversário, só lhe posso dizer o que, há tantos decênios, venho lhe dizendo dentro de meu coração: nunca a deixei longe de mim pelo simples fato de que, aí ou em outro lugar, eu sempre a tive comigo. E mais: não há melhor lugar do mundo para se viver, por isto, viver longe de você é ter uma saudadeperene e dorida".
Fonte: Revista Histórica de Boa Esperança-Edição Especial de Aniversário - 15/10/1997 
OSE MESQUITA NEVES –
Nasceu em Boa Esperança no dia 1º de dezembro de 1903
Dr. José Mesquita Neves exerceu vários cargos públicos em nossa cidade, inclusive e especialmente em nossa Santa Casa, onde desempenhou, com o máximo de eficiência e dedicação, essa nobre missão de curar os enfermos. Dr. Gigico, como era conhecido, foi uma pessoa que sempre deu tudo de si em prol dos menos favorecidos e dos sofredores, como sua esposa, Dona Marinha.
Dr. Mesquita nasceu em Boa Esperança no dia 1º de dezembro de 1903, diplomou-se pela Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, Rio de Janeiro. Enquanto estudava na antiga capital federal, foi interno da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital de Pronto Socorro, da “Pro-Matre”, da Policlínica Geral, da Policlínica de Botafogo e do Serviço de Crianças de São Cristóvão.
Logo após sua formatura, prestou concurso para médico da Marinha de Guerra, sendo aprovado. Vindo passar férias em sua terra natal, preferiu a paz, ao lado de sua Marinha, com quem se casou em 1931. Com o correr dos anos, o nome de Dr. Mesquita tornou-se uma legenda em Boa Esperança, Guapé, Ilicínea, Coqueiral, Campo do Meio e Cristais, locais que percorreu no lombo do cavalo ou a bordo de sua “baratinha” Ford 1929. Médico dos pobres, recebeu em vida, com merecimento, os títulos de sócio benemérito da Sociedade São Vicente de Paulo e do S.O.S – Serviço de Obras Sociais de Boa Esperança. Como bom mineiro, tinha seu “gostinho” pela política, tendo sido vereador, presidente da Câmara e vice-prefeito de Boa Esperança e membro destacado da UDN – União Democrática Nacional. Era amigo íntimo de Milton Campos, com quem mantinha correspondência freqüente e a quem sempre visitava quando ia a Belo Horizonte.
Até os 79 anos de idade, Dr. Gigico, como era conhecido, continuou atendendo a seus clientes no consultório na rua Direita, na Santa Casa, da qual foi provedor por muitos anos, em casebres humildes ou à beira da estrada da sua fazendinha.
No dia 24 de dezembro de 1988, aos 85 anos de idade, recebeu das mãos do prefeito José Lourenço e do vereador Antônio Maia a medalha “José Alves de Figueiredo”, comenda mais alta do município de Boa Esperança. Ao morrer, em 9 de março de 1989, deixou um grande vazio em sua família, na sociedade local. A Prefeitura Municipal de Boa Esperança, após sua morte, prestou-lhe justa homenagem, dando seu nome à praça onde se localiza o Fórum da Comarca. 
Fonte: Ricardo A. Malheiros Fiúza, in trechos do texto ‘Dr.José Mesquita Neves – O centenário de um grande médico’, publicado no Jornal local – A Vanguarda, 07/12/2003, p. 02.
Vida
Durante sua infância, enfrentou os problemas comuns ocasionados pelas frequentes mudanças de estados e de escolas. Tais mudanças influenciaram sua atitude de introspecção que o levou à companhia dos livros e ao apoio da religião, base de sua educação.
Presbiteriano, tornou-se pastor. Teve três filhos, e entrou numa crise de fé decorrente de um problema de saúde na família, tendo assim de abandonar o pastorado. Apóstata do cristianismo, tornou-se crítico da religião organizada. De volta ao mundo secular, tornou-se escritor e acadêmico.
[editar] Carreira
Bacharel e Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Seminário Teológico de Princeton (EUA) e psicanalista. Lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, Minas Gerais, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP, onde recebeu o título de Professor Emérito. Tem um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno.
Com formação eclética, transita pelas áreas de teologia, psicanálise, sociologia, filosofia e educação. Após ter lecionado em universidades, hoje tem um restaurante (a culinária é uma de suas paixões e tema de alguns de seus textos), vive em Campinas, onde mantém um grupo, chamado Canoeiros, que encontra-se semanalmente para leitura de poesias.
Sua mensagem é direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. É algo como um contraponto à visão atual de homo globalizadus que busca satisfazer desejos, muitas vezes além de suas reais necessidades.
"Ensinar" é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum: rindo, dizer coisas sérias[2] Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.
Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas. No site A Casa de Rubem Alves encontram-se releituras e discussões de suas obras.
É cidadão honorário de Campinas onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.
[editar] Psicanálise
Rubem Alves tem desenvolvido sua teoria e prática psicanalítica em torno da idéia de que o inconsciente é a fonte da arte e da beleza, rompendo com a tradição psicanalítica que descreve o inconsciente como um sub-universo, com um repertório de traumas, repressões e negações, juntamente com impulsos animais destrutivos. Alves defende uma atuação focada na visão de beleza da pessoa por ela mesma, a impulsionando a lutar contra o que a oprime e subjuga. Afirma ainda que a psicanálise deve se libertar de dogmatismos cientifizados e que "parte de nossa neurose é o desejo onipotente de ter os nossos bolsos cheios de verdades e certezas".
[editar] Teologia
Autor do livro Da Esperança (Teologia da Esperança Humana), Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro; o fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação. Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia.
Sua posição liberal logo lhe trouxe graves problemas em seu relacionamento com o protestantismo histórico e especificamente presbiteriano. Foi questionado desde cedo por suas ideias e teve de abandonar o pastorado, tendo antes abandonado suas convicções doutrinárias ortodoxas.
Foi dessa experiência que surgiu o livro Protestantismo e Repressão, que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em Inglês que falava do futuro da humanidade, Filhos do Amanhã, onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado.
Lançou ainda um livro chamado Variações sobre a vida e a morte, onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real.
Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que não o impediu de ser convidado para pregar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 2003, por ocasião das comemorações pela Reforma.
[editar] Referências recorrentes na obra de Rubem Alves
Adélia Prado
	Nietzsche
	Escrituras Sagradas
	Fernando Pessoa

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