PI 4 FINAL

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FATEC
LETÍCIA SALGADO CÉSAR
TEREZINHA DE FÁTIMA SIQUEIRA WATAYA
DESAFIOS DA GESTÃO EM CONTEXTOS DE CRISE ECONÔMICA
JACAREÍ
2018
INTRODUÇÃO
A crise econômica brasileira é fruto de uma somatória de produtos e medidas político-econômicas, bem como uma consequência da crise mundial de 2008, a qual se estendeu por diversos países, além do nosso.
	A crise que iniciou nos Estados Unidos em 2008 e voltou em 2011, teve seu alicerce em: endividamento público, fragilidade dos mercados financeiros de diversos países e um crescente desaceleramento mundial da economia. 
	Segundo especialistas o início dos problemas foram dadas por tomada de empréstimos não pagas às devidas instituições financeiras. Com isso, bancos foram caminhando à falência e na tentativa do governo dos EUA em frear uma crise ainda maior, injetou dinheiro nas mesmas. Porém tudo isso levou a um aumento de gastos, paralelo a uma diminuição contínua da economia e consequente aumento do déficit público, o qual já era bem alto em outros países. 
	Sabe-se também que o crescimento desenfreado da economia já estava com seus dias contados, não sendo possível manter o ritmo constante e acelerado da economia global, por isso acredita-se que a mesma esteja desacelerando e até estagnando.
	No Brasil, a crise além de ser reflexiva, mundialmente falando, há também fatores de decisões políticas e econômicas, as quais contribuíram para o cenário atual. Como exemplo os especialistas citam a redução da produtividade da economia, ou melhor, produto potencial, a crise da sustentabilidade da dívida pública doméstica de 2015 e a correção do populismo tarifário que demandou uma política monetária contracionista para o controle inflacionário após a perda de credibilidade do Banco Central (FILHO, 2017).
	Por estarmos passando por um momento difícil, sociedade e empresas têm enfrentado dificuldades em suas atividades. Por um lado temos os trabalhadores procurando oportunidades de trabalho ou até mesmo manutenção do seu, e do outro, empresas tentando minimizar seus recursos e melhores resultados positivos (COSTA, 2015). 
	Esse momento econômico exige uma maior flexibilidade e estratégia por parte dos gestores, para alcançar a continuidade das atividades econômicas da empresa (COSTA, 2015).
	Faz-se necessário uma análise mais detalhada da situação financeira da empresa, para que seja analisada a situação da mesma frente à crise econômica, bem como para auxiliar nas tomadas de decisões, éticas e morais, e aumentar e ou manter sua credibilidade financeira em casos de tomadas de créditos de terceiros (LEITE, 2009).
	Este presente trabalho baseou-se em revisões bibliográficas, filmes e vivências de mercado.
DESENVOLVIMENTO
Crise Mundial
	A crise de 2008 teve seu ápice em 15 de Setembro, quando o banco Lehman Brothers, o quarto maior banco dos Estados Unidos, decretou falência. Nenhum de seus colaboradores poderiam imaginar esse cenário. Após a onda ou bolha da informática, onde todos os investidores procuravam as ações de informática e internet, iniciou-se a bolha do mercado imobiliário, incentivado por políticas públicas do então Presidente George Bush, à investimentos e aquisições de imóveis. 
	O maior problema foram os empréstimos de bancos a clientes que já tinham dívidas ou que não teriam condições de pagar suas dívidas, os clientes Subprime. As hipotecas elevaram-se tanto que já se especulavam uma crise. Porém bancos como o Lehman pareciam não se preocupar e usaram de inovações financeiras para realizar os empréstimos em títulos altamente rentáveis, e com isso imóveis iam valorizando a cada dia mais. O estouro dessa bolha iniciou com a inadimplência de clientes de alto risco, e com a alta dos juros, foram se tornando cada vez mais inviáveis de quitar-se a dívida. 
	Com a falência do banco Lehman, o Presidente Bush faz um empréstimo de US$ 700 bilhões às instituições financeiras, a fim de segurar a crise e evitar mais falências. 
Crise Brasileira
	A economia brasileira encontra-se em um período extenso de recessão segundo o comitê de Datação do Ciclo Econômico (Codace) da Fundação Getúlio Vargas. Essa crise é resultado de um conjunto de choques de oferta e demanda somada aos reflexos da crise mundial. 
	Em 2011, quando a presidente Dilma assume o poder, o contexto internacional já estava alterado pela crise global. Os problemas da crise eram evidentes em países colaborativos como EUA e China. Porém as políticas continuaram em incentivo ao consumo vindo de contramão com a queda de demanda dos principais produtos de exportação do Brasil. 
Desafios da Gestão na Crise
	Com a queda da economia as empresas enfrentam problemas como a redução do consumo e aumento da competitividade. Mas são nesses momentos que surgem as oportunidades de otimização dos processos e recursos utilizados. É de extrema importância o engajamento do gestor, afinal haverá tomadas de decisões importantes para motivar a equipe. 
	Outro desafio é conhecer e dominar a concorrência através de uma vantagem competitiva nas decisões certas, conhecimento dos fornecedores, do mercado, das ameaças e da sociedade em geral.
	Porém faz-se necessário mais do que conhecer o cenário econômico, saber utilizar as ferramentas de gestão adequadas. Este momento exige do gestor foco e postura diferenciada além de flexível.
	Com essas transformações do mercado econômico há uma necessidade de se implantar um adequado Plano de Negócio, planejamento estratégico e empresarial. 
Com o reflexo da crise mundial, através da diminuição da exportação de produtos brasileiros a parceiros como China e EUA, somado a uma série de erros cometidos na política pública do nosso país, colaboraram para a redução do crescimento econômico e a atual crise.
	Isso levou a um mercado largamente competitivo, sendo de extrema importância que os gestores conheçam seu negócio, levantando os pontos fortes e fracos, bem como as ameaças e as oportunidades advindas da crise. 
	O maior de todos os desafios dos gestores são transformar a visão de ameaça da crise para um patamar de oportunidades de melhorias, aproveitamento, inovação e investimentos futuros.
CONCLUSÃO
	A crise mundial trouxe alguns reflexos para o Brasil como a diminuição da exportação de produtos a parceiros como China e EUA. Se não bastasse fomos acometidos por uma sucessão de erros cometidos na política pública do nosso país. Tudo isso colaborou para a redução do crescimento econômico e a atual crise.
	Como consequência passamos por um período recessivo, com um mercado largamente competitivo, globalizado e em uma velocidade tecnológica devastadora. Esse cenário macroeconômico gera um clima de incertezas futuras, forçando as empresas buscarem constantemente adequações presentes.
Períodos como este que vivemos traz uma necessidade de identificação quanto às alternativas e soluções criativas para que o ajuste seja o mais rápido possível. Torna-se de extrema importância que os gestores conheçam seu negócio, levantando os pontos fortes e fracos, bem como as ameaças e as oportunidades advindas da crise. 
Porém a crise faz-se permitir a necessidade de repensar e rearranjar novos rumos e caminhos em busca de resultados satisfatórios. Por parte dos gestores esperam-se decisões firmes, pois são nesses momentos que observa-se a capacidade de sobrevivência de uma organização.
	O maior de todos os desafios dos gestores são transformar a visão de ameaça da crise para um patamar de oportunidades de melhorias, aproveitamento, inovação e investimentos futuros, reinventando seus processos e estratégias. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COSTA, Elenito Elias da. Gestão Empresarial em momento de crise econômica. 15/09/2015. http://contadores.cnt.br/noticias/artigos/2015/09/15/gestao-empresarial-em-momento-de-crise-economica.html acesso em: 06/11/2018.
CUNHA, Joaci de S., et al. Crise Mundial e a trajetória do Brasil, entre 2008 e 2015. 2015, n. 234. Caderno do Seas, e Salvador;
FILHO, Fernandode Holanda B., A crise econômica de 2014/2017. Vol. 31, n. 89. São Paulo. Jan/Abril 2017. Instituto Brasileiro de Economia, Fundação Getúlio Vargas.
LEITE, Elias Junior A. A importância da Gestão Financeira em tempos de Crise. 2009. http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-importância-da-gestão-financeira-em-tempos-de-crise/34270/ acesso em: 05/11/2018.
PINHEIRO, Carliana Mendes da Costa. Gestão Estratégica em momentos de crise: Um estudo de caso em uma micro-empresa de Araçuaí-MG. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. 2017. Anais do VI SINGEP, São Paulo – 13 e 14/11/2017.