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* * * INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA Sistemas Prediais I Raquel Maldaner Paranhos * * * OBJETIVOS Fornecer água aos usuários de forma contínua e em quantidade suficiente; Manter pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças, aparelhos, etc... Preservar a qualidade da água. * * * Sistemas de abastecimento de água Público : quando existe uma rede de abastecimento na cidade; Privado: poço artesiano. * * * * * * * * * Sistemas de distribuição Sistema misto: parte dos aparelhos e torneiras são alimentados diretamente pela rede pública e parte pelo reservatório superior * * * Sistema direto Vantagens: água de melhor qualidade, maior pressão disponível e menor custo de instalação. Desvantagens: falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento, grandes variações de pressão durante o dia, pressões elevadas em prédios situados em pontos baixos da rede, limitação de vazão, possíveis golpes de aríete. * * * Sistema indireto Vantagens: fornecimento de água de forma contínua, pouca variação de pressão, permite instalação de válvulas de descarga, golpe de aríete desprezível, menor custo de água em relação ao sistema direto; Desvantagens: possível contaminação da água reservada, menores pressões em casos de impossibilidade de elevação do reservatório e maior custo de instalação. * * * Sistema misto Vantagens: água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto nas torneiras das cozinhas e bebedouros, fornecimento de água contínua em caso de interrupção no sistema de abastecimento e permite instalação de válvulas de descarga. * * * Materiais Empregados Geralmente são empregados tubos de aço galvanizado com ou sem costura, de cobre, de ferro fundido * * * Materiais Empregados Ou PVC rígido com juntas rosqueadas ou soldadas (mais usados atualmente). * * * Materiais Empregados Para instalações não sujeitas a golpe de ariete, os tubos de PVC com juntas soldadas são os preferidos devido sua facilidade de manuseio e também porque o seu diâmetro se mantêm praticamente inalterado ao longo do tempo. Nas tubulações de recalque, sujeitas à maiores pressões é preferível usar tubo de f°g° com juntas de roscas ou flangeadas, pois subpressões causadas pelo golpe de aríete provocam danos nos tubos de PVC. * * * GOLPE DE ARIETE Quando a água ao descer com velocidade elevada pela tubulação, é bruscamente interrompida, os equipamentos da instalação ficam sujeitos a golpes de grande intensidade (elevação de pressão). Denominados de golpe de aríete à variação da pressão acima e abaixo do valor de funcionamento normal dos condutos forçados, em conseqüência das mudanças de velocidade da água, decorrentes de manobras dos registros de regulagem de vazões. Além do ruído desagradável, o golpe de aríete pode romper tubulações e danificar aparelhos . * * * Partes constituintes de uma instalação – fonte NBR 5626 Alimentador predial: tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula de flutuador do reservatório; Automático de bóia: dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcinamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos; Ramal predial: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial; Barrilete conjunto de tubulações, que se origina do reservatório, do qual se derivam as colunas de distribuição; * * * * * * * * * * * * * * * * * * Partes constituintes de uma instalação – fonte NBR 5636 Coluna de distribuição: tubulação derivado do barrilete, destinada a alimentar ramais; Extravazor/ladrão: tubulação destinada a escoar eventuais excessos de água dos reservatórios e das caixas de descarga; Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição, destinada a alimentar os subramais; Instalação elevatória: conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água para o reservatório de distribuição; Ligação ao aparelho sanitário: tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o dispositivo de entrada no aparelho sanitário; * * * * * * * * * Partes constituintes de uma instalação – fonte NBR 5636 Peça de utilização: dispositivo ligado a um subramal para permitir a utilização da água. Rede predial de distribuição: conjunto de tubulações constituído de barrilete, colunas de distribuição, ramais e subramais; Reservatório inferior: reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, destinado a reservar água e funcionar como poço de sucção da instalação elevatória; Reservatório superior: reservatório ligado ao alimentador predial o a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição; * * * Partes constituintes de uma instalação – fonte NBR 5636 Subramal: tubulação que liga o ramal a peça de utilização ou ligação do aparelho sanitário; Trecho: comprimento de tubulação entre 2 derivações ou entre 1 derivação e a última conexão da coluna de distribuição; Tubulação de recalque: tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descarga no reservatório de distribuição; Tubulação de sucção: tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o orifício de de entrada da bomba; * * * * * * Roteiro para elaboração do projeto de instalações prediais de água fria 1. Serviços preliminares: Solicitar ao cliente: projeto arquitetônico, descrição sucinta da utilização do prédio e dos lugares especiais onde poderá haver necessidade de água; Verificar qual o sistema de abastecimento do prédio e qual a pressão disponível na rede de alimentação na entrada do prédio. Escolher o sistema de distribuição * * * Roteiro para elaboração do projeto de instalações prediais de água fria 2. Cálculo do consumo diário (Cd): o consumo diário é obtido multiplicando-se o número de habitantes estimado para o prédio, em função de sua ocupação multiplicado pelo consumo diário per capita. * * * Roteiro para elaboração do projeto de instalações prediais de água fria 3. Traçado da instalação: Localizar em planta o ramal predial com conexões, registros, hidrômetros e limitador de consumo(se houver); Localizar em planta o alimentador predial e suas peças especiais; Localizar em planta o reservatório superior, com as respectivas tubulações e acessórios; Localizar em cada compartimento sanitário os respectivos aparelhos ou verificar sua posições, caso estejam localizados no projeto arquitetônico; * * * Roteiro para elaboração do projeto de instalações prediais de água fria 3. Traçado da instalação: Traçar em planta e em esquema vertical as colunas de alimentação, indicando no esquema vertical os pontos onde serão ligados os ramais de distribuição, dividindo assim, as colunas em trechos; Traçar o barrilete de distribuição; * * * Roteiro para elaboração do projeto de instalações prediais de água fria 4. Dimensionamento da tubulação Dimensionamento dos subramais: subramal é a canalização que liga o ramal a peça de utilização ou aparelho sanitário. A NBR 5626 apresenta uma tabela c/ os diâmetros mínimos recomendados; Dimensionamento dos ramais de alimentação: é a tubulação que deriva da coluna de distribuição e destina a alimentar os subramais. Os diâmetros das colunas são dimensionados em função das vazões nos trechos e dos limites de velocidade. Os diâmetros devem ser decrescentes de montante para jusante. * * * Roteiro para elaboração do projeto de instalações prediais de água fria 5. Documentos que devem compor o projeto: memorial descritivo e justificativo, cálculos, normas de execução, especificações técnicas dos materiais e equipamentos a serem utilizados; plantas, esquemas hidráulicos e desenhos isométricos e todos os detalhes necessários ao entendimento dos elementos projetados; escalas; plantas baixas(1:50); esquema vertical(1:50);detalhes construtivos e perspectivas isométricas (1:20). Canalizações devem ter seus diâmetros indicados, exceto as tubulações de ¾” (25mm). Quando cotados em milímetros devem ser indicados os diâmetros externos. Registros e válvulas devem ser cotados em polegadas * * * CONSUMO DIÁRIO Para se estimar o consumo diário de água é necessário que se conheça a quantidade de pessoas que ocupará a edificação. Para o setor residencial, Creder (1995) recomenda que se considere cada quarto social ocupado por duas pessoas e cada quarto de serviço, por uma pessoa. Conhecida a população da edificação, pode-se calcular o consumo de água. * * * * * * VOLUME DOS RESERVATÓRIOD A NBR 5626:1998 estabelece que o volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para atender 24 horas de consumo normal. Creder (1995) recomenda, para edifícios, que se armazene no reservatório inferior 60% e no superior 40% do consumo. * * * * * * * * * * * * * * *
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