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DELEGADO DE POLICIA 240 QUESTÕES

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ÍNDICE 
 Direito Administrativo-4  Direito Civil-11  Direito Constitucional-15  Direito do Consumidor-23  Direito Empresarial-23  Direito Penal-23  Direito Processual Civil-45  Direito Processual Penal-46  Direito Tributário-66  Medicina Legal-66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Delegado de Polícia - Concurso: PCMA - Ano: 2012 - 
Banca: FGV - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Administração Direta e Indireta - A agência reguladora de 
serviços públicos concedidos do Estado X outorgou, em 
concessão, determinado serviço público para a pessoa 
jurídica de direito privado ABCD, tendo como área de 
abrangência quatro municípios: A, B, C e D. O referido 
contrato de concessão estabelecia uma meta de 
universalização do serviço de modo que a concessionária 
deveria aumentar em 10% o atendimento do serviço 
público para cada um dos 4 primeiros anos de concessão, 
de modo que, ao final, o atendimento fosse majorado em 
40%. Sabendo que os municípios possuem números 
praticamente iguais de usuários, a concessionária ABCD 
decidiu que atenderia ao contrato de concessão da 
seguinte forma: no primeiro ano aumentaria em 40% o 
atendimento só no município A, no segundo faria o 
mesmo em B, no terceiro ano em C e no último ano em D. 
Desta forma, a meta seria atingida e a concessionária não 
teria que ampliar a sua rede ao mesmo tempo nos vários 
municípios. Confiante em tal proposta, já que o Diretor 
Técnico da Agência é profissional experimentado da área 
e que propostas idênticas já haviam aprovadas em outras 
concessões iguais realizadas pela agência, apenas por 
regra contratual, submeteu o plano à agência, que o 
aprovou, por unanimidade de sua Diretoria. Ocorre que 
uma associação de moradores do município D, 
inconformada com a forma como iria ser prestado o 
serviço por entender ser desrespeitoso com os moradores 
do município D, pediu a reavaliação da situação à agência 
reguladora que acabou, após nova análise técnica e 
financeira, por ceder aos apelos e determinou a mudança 
no cronograma antes estabelecido, determinando o 
cumprimento das metas de forma proporcional e ao 
mesmo tempo em todos os municípios. Assim, sem 
modificação quantitativa nem qualitativa no contrato de 
concessão, determinou que a concessionária atendesse 
conjuntamente a todos os municípios a razão de 10% casa 
ano. Sabendo que a referida Agência Reguladora possui 
todas as características apontadas pela doutrina como 
necessárias a essa qualificação, responda aos itens a 
seguir: 1- Como a concessionária ABCD estava mobilizada 
para atuar em apenas um município a cada ano, ela 
pretende recorrer administrativamente ao Secretário de 
Estado ao qual está vinculada a referida agência e até 
propor medida judicial sobre a questão. Diante desse fato, 
analise os argumentos favoráveis a desfavoráveis a 
atuação pretendida. 2- Sabendo que o Chefe do Poder 
Executivo está insatisfeito com a Diretoria da Agência, 
poderia ele exonerar os diretores? Justifique, citando a 
evolução da jurisprudência do STF sobre o assunto. 3- 
Considerando que o Diretor Técnico está no final de seu 
ŵaŶdato e o ƌisĐo de ͞Đaptuƌa͟ Ġ uŵ dos pƌiŶĐipais 
problemas que aflige as Agências, explique quais as 
medidas que podem ser adotadas para minimizá-lo. 
- Resposta: Organização Administrativa: centralização, 
descentralização, concentração e desconcentração; 
organização administrativa: administração direta e 
indireta. 6. Ato administrativo: conceito; requisitos; 
validade; eficácia; atributos; extinção; classificação, 
espécies e exteriorização; vinculação e 
discricionariedade. 9. Serviços públicos: conceito, 
classificação, regulamentação e controle; forma, meios e 
requisitos; delegação: concessão, permissão, 
autorização. 10. Controle da administração: 
administrativo; legislativo e judiciário.). Item I 
Pontuação - Apesar do Parecer Normativo nº AC-51 da 
AGU, permitindo recurso hierárquico impróprio no 
âmbito federal. A doutrina de forma majoritária afirma 
que inexistindo previsão legal de sua existência a 
concessionária ABCD não poderá interpor recurso ao 
Secretário de Estado. Quanto ao mérito, o candidato 
deve abordar que o ato administrativo, quando 
discricionário, apresenta uma área a qual o Judiciário 
não pode se imiscuir, vez que representa o juízo de 
conveniência e oportunidade do Administrador Público. 
Apesar disso, no caso narrado, poderia o Judiciário 
amparar a pretensão da ABCD se entender que a 
mudança do que havia sido anteriormente, e em outras 
oportunidades, aprovado pela própria agência, violaria o 
princípio da segurança jurídica (nemopotestvenire contra 
factumproprium). Item II - A jurisprudência do STF se 
consolidou no sentido de que é constitucional a lei da 
agência fixar mandato a prazo fixo para os diretores, 
vedando o chefe do Poder executivo de exonerar ad 
nutum os diretores. Alterando o entendimento primeiro 
do E. STF consubstanciado no Enunciado nº 25 de sua 
Súmula em sentido contrário. Item III - Devem ser criadas 
normas que inibam os dirigentes de agências 
reguladoras de atuar em favor do interesse de grupos 
econômicos nos quais tenham trabalhado, como é 
exemplo a regra da quarentena. Devem ser incentivados 
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os controles sociais realizados pelos consumidores e 
usuários interessados, por meio, por exemplo, de 
consultas e audiências públicas. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Ato Administrativo - Acerca das prerrogativas 
doutrinariamente reconhecidas como próprias dos atos 
administrativos: a) enumere e explique cada uma delas; b) 
aponte no que se diferenciam das características próprias 
dos atos praticados por particulares; c) esclareça se todo 
e qualquer ato administrativo reveste-se das 
prerrogativas antes enumeradas, indicando, se for o caso, 
exemplo de ato que não possua uma daquelas 
características. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRS - Ano: 2009 - Banca: 
IBDH - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato 
Administrativo - Pode haver anulação de revogação de ato 
administrativo? Responda fundamentadamente, 
explicando os conceitos pertinentes ao caso. 
Delegado de Polícia - Concurso: Polícia Federal - Ano: 
2013 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Atos Administrativos - A fim de proporcionar 
maior conforto a seus clientes, o dono de determinado 
restaurante realizouuma ampliação em seu 
estabelecimento, tendo a construção avançado sobre 
área pública, razão por que o órgão responsável pela 
fiscalização urbana da prefeitura autuou o comerciante, 
fixando prazo para que a situação fosse regularizada. Sob 
a alegação de que a área pública invadida estava 
abandonada e suja e de que ele havia realizado melhorias 
no espaço, o comerciante recusou-se a cumprir a 
determinação da prefeitura para que desfizesse a obra. 
Dada a recalcitrância do comerciante, os fiscais, com base 
no disposto no código municipal de edificações, 
demoliram a área irregular e multaram-no. O dono do 
restaurante, então, ajuizou ação judicial contra a 
prefeitura, sob a alegação de que o ato praticado pela 
prefeitura foi ilegal, dada a ausência de ação demolitória 
anterior, e causou-lhe danos materiais e morais. Com 
base na situação hipotética acima apresentada, discorra 
sobre a legalidade dos atos praticados pela prefeitura 
[valor: 1,00], abordando os poderes administrativos 
[valor: 1,00] e o atributo do ato administrativo. 
- Resposta: 1 Apresentação e estrutura textual 
(legibilidade, respeito às margens e indicação de 
parágrafos) - 0,00 a 0,40 - 2 Desenvolvimento do tema - 
2.1 Poderes administrativos / Aplicação do poder de 
polícia administrativa 0,00 a 1,00 - 2.2 Atributo do ato 
administrativo: autoexecutoriedade 0,00 a 1,00 - 2.3 
Legalidade dos atos do órgão municipal - 0,00 a 1,60. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Atos 
Administrativos - De acordo com a doutrina, o ato 
administrativo possui atributos próprios, que são 
qualidades que, via de regra, inexistem no ato jurídico 
particular. Registre-os, com os respectivos significados. 
 - Resposta: a) Presunção de legitimidade: Decorre do 
princípio dalegalidade. Todo e qualquer ato 
administrativo deve ser tido como verdadeiro e 
conforme o Direito. Essa presunção admite prova em 
contrário. b) Imperatividade: É a qualidade que certos 
administrativos têm para constituir situações de 
observância obrigatória em relação aos seus 
destinatários, independentemente da respectiva 
concordância ou aquiescência. c) Exigibilidade: É a 
característica do ato administrativo que impele o 
destinatário à obediência das obrigações por ele 
impostas, sem necessidade de qualquer apoio judicial. 
Em razão disso, o Estado pode exigir e obter dos 
destinatários do ato administrativo o cumprimento da 
obrigação ou do dever imposto, sem auxílio de ordem 
judicial. d) Autoexecutoriedade: A autoexecutoriedade, 
ou simplesmente executoriedade, é o atributo do ato 
administrativo que dá ensejo à Administração Pública 
de, direta e imediatamente, executá-lo. Para a execução 
da decisão administrativa o Poder Público não necessita 
recorrer ao Poder Judiciário. e) Tipicidade: É o atributo 
pelo qual o ato administrativo deve corresponder a 
figuras definidas previamente pela lei como aptas a 
produzir determinados resultados. Para cada finalidade 
que a Administração pretende alcançar existe um ato 
definido em lei. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2009 - Banca: 
CEPERJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Atos Administrativos - Ressalvada a competência da 
União, é a Polícia Civil responsável pelas questões, 
envolvendo a habilitação do condutor de veículos. Nessa 
circunstância, foi apresentado a Vossa Senhoria, na 
condição de Delegado de Trânsito, requerimento, no qual 
João, motorista, pretende que seja renovada sua CNH, 
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pela 3ª vez, perante sua Circunscrição. Ocorre que, desta 
feita, o Sistema Nacional informa a inserção de bloqueio, 
lançado pelo DETRAN originário, sob a motivação de que 
o número do PGU 0000000AB1, noticiado no prontuário 
do requerente, pertence a outro condutor, devidamente 
cadastrado naquela CIRETRAN. Aduz, em sua defesa, que 
o prontuário fora transferido da cidade de Praia Boa, em 
Estado Vizinho, há mais de 15 anos, e as duas renovações 
efetuadas anteriormente ocorreram sem incidentes. Os 
exames exigidos pela lei estão em ordem, bem assim os 
demais requisitos. Assim, requer que seja autorizada a 
expedição da CNH, necessária para seu ofício de taxista, 
fonte se deu sustento. Com base nas informações acima, 
delibere e decida, segundo o regramento administrativo 
apropriado, fundamentadamente. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Concurso 
Público - A Secretaria de Saúde do Estado realizou 
concurso para provimento de 10 (dez) cargos de 
odontólogos, tendo sido aprovados exatamente 10 (dez) 
candidatos. Passados vários meses do término do 
concurso, a Administração não se manifestou quanto ao 
ato de nomeação. Aprovados no mencionado concurso 
descobriram que existem 15 (quinze) odontólogos 
executando serviços de odontologia, os quais ocupam 
cargos comissionados há mais de 05 (cinco) anos. a) A 
Administração alega que os aprovados possuem mera 
expectativa de direito e que, dentro do juízo de 
conveniência e oportunidade, nomeará os candidatos. A 
opção da Administração é válida? Fundamente.b) A 
permanência dos 15 (quinze) odontólogos nas atividades 
encontra amparo jurídico? Fundamente. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Contratos Públicos - A Empresa B. de Freitas Informática 
Ltda. sagrou-se vencedora da licitação promovida pelo 
TRF da 101ª Região para o fornecimento, instalação e 
configuração de softwares de proteção para acesso 
externo desse Tribunal. Homologado o certame e 
celebrado o contrato administrativo, foi emitida nota de 
empenho em 08.12.1998, que previa o prazo de 30 dias 
para a entrega do serviço e pagamento à contratada no 
quinto dia útil após as instalações. Mediante ofício e com 
base no §1º do art. 57 da Lei n° 8.666/93, solicitou o TRF o 
adiamento dos trabalhos, pelo menos até fevereiro de 
1999, alegando a falta de instalação de linha privada de 
comunicação de dados. Tão logo notificada a dar início 
aos trabalhos, a empresa pleiteou ao Tribunal a revisão do 
preço inicialmente contratado, tendoemvista a brusca e 
inesperada mudança na política cambial brasileira, 
ocorrida em janeiro de 1999, responsável pela 
desvalorização do Real, cujo preço do produto licitado 
havia aumentado excessivamente, tendo em vista tratar-
se de material importado dos Estados Unidos, como de 
fato restou comprovado. Em parecer datado de 
15.03.1999, embora tivesse reconhecido que a 
responsabilidade pela mora no cumprimento da 
obrigação fosse do próprio TRF, restou concluído pela 
impossibilidade de revisão do preço, uma vez que a 
variação cambial estaria incluída no risco da atividade 
comercial. Em 22.03.1999, o Presidente do TRF indeferiu 
o pedido de recomposição do preço (equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato), determinando que a 
empresa implantasse os softwares firewall, sob pena de 
instaurar-se procedimento administrativo para apuração 
de multas incidentes e suspensão do direito de licitar. Em 
29.03.1999, a B. de Freitas Informática Ltda. Informou 
que, não sendo deferida a recomposição do preço, não 
iria fornecer o objeto licitado em face do aumento do 
dólar, que gerou excessivo desequilíbrio contratual, 
inclusive com um aumento de mais de 40% no custo dos 
equipamentos contratados. Como consequência, foi 
instaurado o respectivo procedimento administrativo,com as garantias da ampla defesa e do contraditório, 
restando multada a Empresa e proibida de licitar com o 
serviço público pelo prazo de 06 (seis) meses. Irresignada, 
a Empresa buscou a tutela judicial a fim de rescindir o 
contrato administrativo e anular as sanções 
administrativas impostas. Opine, fundamentadamente, 
apontando os dispositivos legais pertinentes. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Contratos Públicos - Diferencie cessão de crédito de 
cessão de contrato. A assunção à Chefia do Executivo, do 
Prefeito de certa municipalidade, operou-se há cerca de 
três meses, sendo coincidente com o conhecimento de 
processo em que se deverá apresentar recurso a Tribunal 
Superior e em que se discute questão de grande valor 
patrimonial para a Administração, herança de gestão 
pretérita. Muito embora disponha o Município de uma 
Procuradoria, o Prefeito pretende contratar, sem licitação 
, um grande escritório de advocacia de notória 
especialização e de sua inteira confiança, pois está 
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receoso de sucumbir na liça forense e ver sua 
administração entravada financeiramente. Teme, 
contudo, que a oposição levante contra ele a pecha da 
imoralidade administrativa por contratar advogados, 
quando o Município tem seu quadro de Procuradores, 
ainda mais sem licitação. Considerando a situação 
hipotética apresentada, responda fundamentadamente: 
Estaria o Prefeito obrigado a deflagrar o competente 
procedimento licitatório? O que indicam os precedentes 
dos Tribunais Superiores sobre a matéria? 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Contratos Públicos - Lei nova pode reger os efeitos 
futuros gerados por contratos a ela anteriormente 
celebrados? 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Controle Administrativo - Esclarecer, de forma 
fundamentada, como se opera o controle parlamentar da 
atividade administrativa do Estado, sua amplitude e 
condições. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Desapropriação - O município X, sem processo regular de 
desapropriação, ocupou um bem pertencente a 
particular. Não foi atribuída ao bem nenhuma destinação 
pública. Que providência o proprietário do bem poderá 
adotar contra o município? 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Improbidade Administrativa - Aponte as sanções de 
natureza político-administrativa a que estão sujeitos os 
agentes públicos quando sua conduta puder ser 
caracterizada como violadora de princípios regentes da 
administração pública ou causadora de lesão ao Erário, 
esclarecendo, ainda, o(s) mecanismo(s) legalmente 
previsto(s) para a imposição de tais sanções e definindo 
se mesmo os agentes com investidura transitória e não 
remunerada estão sujeitos a esta disciplina legal. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2009 - Banca: 
CEPERJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Intervenção do Estado na Propriedade - Foi editada lei 
estadual determinando que, nos casos de requisição de 
bens particulares, a indenização deverá ser 
necessariamente prévia. Opine acerca da 
constitucionalidade da norma. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Intervenção do Estado na Propriedade - Indique e 
estabeleça distinção, quanto às hipóteses de cabimento e 
quanto ao modo de formalização, 03 (três) espécies de 
instrumentos que permitem a utilização regular privativa 
de bens públicos por particulares, no ordenamento 
jurídico vigente. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Licitação -
Distinga, com inclusão de exemplos, a licitação 
dispensável da licitação dispensada. 
 - Resposta: A licitação dispensável tem previsão no 
artigo 24 da Lei de Licitações e indica as hipóteses em 
que a licitação seria juridicamente viável, embora a lei 
dispense o administrador derealizá-la. A licitação 
dispensada, a seu turno, se refere às hipóteses em que o 
próprio Estatuto ordena que não se realize o 
procedimento licitatório conforme artigo 17, incisos I e II. 
Podem ser indicados os seguintes os exemplos, 
respectivamente: casosde emergência ou de calamidade 
pública, quando caracterizada urgência de atendimento 
de situação que possa ocasionar prejuízo ou 
comprometer a segurança das pessoas e permuta, 
permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Licitação - A empresa X saiu vencedora do certame 
licitatório referente à prestação de serviços de locação de 
equipamentos de informática. O procedimento licitatório 
transcorreu dentro dos ditames legais. Após a adjudicação 
do objeto, mas antes da assinatura do contrato, a 
autoridade competente decide revogar a licitação em 
razão de o preço adjudicado ser superior ao praticado no 
mercado. Na situação hipotética, responda 
fundamentadamente: a) A empresa X, vencedora da 
licitação, é titular do direito subjetivo à aludida 
contratação? b) No procedimento de revogação ficam 
assegurados o contraditório e a ampla defesa à empresa 
interessada? 
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Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Licitação - 
Quanto à contratação direta por inexigibilidade, responda 
ao que se pede. a) A Lei de Licitações prevê de forma 
taxativa os casos que autorizam a contratação? Explique. 
b) Os serviços técnicos especificados na Lei de Licitações 
podem ser contratados independentemente de processo 
de licitação. Indique e comente as exigências legais que 
devem restar satisfeitas para que a contratação direta de 
serviços técnicos por inexigibilidade seja lícita. 
Delegado - Concurso: PCPR - Ano: 2013 - Banca: COPS-
UEL - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Poderes Administrativos - No âmbito do Direito 
Administrativo, em que se diferenciam Poder de Polícia e 
Serviço Público? 
 - Resposta: Enquanto Poder de Polícia consiste na 
atribuição da Administração de interferir nos bens e 
direitos dos particulares, restringindo-os e 
condicionando-os aos interesses coletivos, Serviço 
Público geralmente compreende atividade estatal de 
caráter prestacional, por meio da qual o Estado supre 
diretamente necessidades coletivas. Serviço público, no 
entanto, contrapõe-se à noção privatista de 
deseŶvolviŵeŶto de ͞atividade eĐoŶƀŵiĐa eŵ seŶtido 
estƌito͟, Ƌue Ġ ƌealizada teŶdo poƌ paƌąŵetƌo as ƌegƌas 
do mercado e o eventual controle efetivado no âmbito 
do Poder de Polícia, que objetiva restringir interesses 
privados em prol do benefício público. Podem ser citados 
como principais fatores diferenciais entre eles o fato de o 
exercício do Poder de Polícia, em regra, não poder ser 
delegado a particulares e ser remunerado mediante a 
cobrança de taxa; já o Serviço Público pode ter sua 
execução transferida a particulares (mediante 
concessão, permissão ou autorização)e é remunerado 
também mediante a cobrança de tarifa ou preço público. 
Delegado - Concurso: PCPR - Ano: 2013 - Banca: COPS-
UEL - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Poderes Administrativos - No que diferem as concepções 
de Poder de Polícia no Estado de Direito, de tipo liberal, e 
no Estado Social de Direito? 
- Resposta: Enquanto ao Estado Liberal, surgido a partir 
do século XVIII, com as Revoluções Burguesas Americana 
e Francesa, foi atribuído um papel mínimo (não 
intervencionista), a atividade da polícia administrativa 
era limitada, restringindo-se à proteção da segurança 
pública, da ordem e da garantia dos direitos e garantias 
individuais. Contudo, à medida que o Estado passa a ser 
garantidor de direitos sociais e promotor de 
desenvolvimento econômico (Estado Social, surgido a 
partir da segunda metade do século XX), a concepção de 
poder de polícia também se modificou, pois o espectro 
de atividades privadas que passam a ser controladas 
pelo poder de polícia é ampliado. Assim, a polícia 
administrativa passa a compreender não apenas a 
segurança, mas também a regulamentar e intervir na 
garantia dos direitos (sobretudo os sociais) e na 
promoção do desenvolvimento econômico, o que gerou a 
necessidade de criação de polícias especializadas, tais 
como as de: segurança, saúde, meio ambiente, defesa do 
consumidor, patrimônio cultural, aérea, marítima, 
aeroportuária, sanitária, defesa civil etc. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRO - Ano: 2014 - 
Banca: FUNCAB - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Poderes Administrativos - Tendo em vista a 
aproximação de epidemia de dengue hemorrágica, que 
ameaça espalhar-se por todo o estado, o Governador 
desse estado expede decreto autorizando, mediante 
utilização dos meios estritamente necessários, agentes 
públicos a entrarem à força em imóveis sob forte suspeita 
de existência de criadouros de larvas de mosquitos 
transmissores da doença e cujos proprietários se 
encontrem ausentes ou resistentes à imprescindível 
atividade administrativa de combate epidêmico. Emita 
parecer sobre o caso descrito, analisando, juridicamente, 
a legalidade ou não do decreto do Governador, bem como 
se poderá ocorrer a responsabilização da Administração. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Poderes Administrativos - São várias as áreas de atuação 
do Estado, entre elas o exercício do poder de polícia. 
Nesse sentido, aponte as diferenças entre a polícia 
administrativa e a polícia judiciária. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Princípios Administrativos - AĐeƌĐa do ͞PƌiŶĐípio da 
‘azoaďilidade͟, ƌespoŶda: aͿ está consagrado em alguma 
norma de direito positivo como mecanismo e como 
critério de controle de atos administrativos? b) em caso 
afirmativo, qual(is) dispositivo(s) legal(is) o consagra(m) 
expressamente? c) em que aspectos desdobra-se o 
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 9 
princípio? d) formule exemplo de um ato administrativo 
desprovido de razoabilidade. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Processo Administrativo - A Administração Pública 
instaurou processo administrativo disciplinar contra 
servidor público em razão da prática de infração 
disciplinar considerada grave. O servidor, em sua defesa, 
alegou que já havia sido proposta ação penal para apurar 
a prática de crime relacionado com o mesmo fato. 
Sustenta que o processo disciplinar deverá ser suspenso, 
pois a decisão proferida no processo penal pode ter 
influência na esfera administrativa. Após analisar os 
diversos tipos de responsabilidade do servidor, esclareça 
se o requerimento formulado no processo administrativo 
deve ser atendido. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCMG - Ano: 2008 - 
Banca: ACADEPOL - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Processo Administrativo - Fundamentado no 
acervo legislativo brasileiro e na jurisprudência mais 
prestigiada, investido na condição de Autoridade Policial, 
ESTRUTURE e FORMALIZE decisão administrativa 
apreciadora de recurso apresentado pela parte 
interessada via do qual alega: Que é proprietária de um 
veículo honda CBX 250 twisster, placa WWW-0000, ano 
2004 e de um fiat pálio, placa YYY-0000, ano 2001, 
constando no site do DETRAN/MG multas aplicadas pelo 
agente público, sendo que a relativa à motocicleta foi alvo 
de recurso, cujo resultado ainda não foi comunicado ao 
recorrente; que a multa inerente ao fiat não lhe fora 
enviada e que a notificação para o recolhimento 
encaminhada é irregular. E que, comparecendo ao setor 
próprio para receber o CRLV dos referidos veículos, o 
chefe do setor se negou a entregá-los, até que houvesse 
quitação das penalidades, o que motivou a interposição 
do recurso ora em apreciação por Vossa Senhoria 
investido na específica função de Delegado de Polícia 
responsável pela área. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2009 - 
Banca: FUNIVERSA - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Processo Administrativo - Um servidor público 
apresentou pedido de licença para tratar de interesses 
particulares, que foi denegado mediante a aplicação de 
um parecer-padrão relacionado a licença maternidade, 
cujos argumentos são completamente dissociados do caso 
do servidor. O servidor recorreu da decisão, mas somente 
uma semana depois de findo o prazo de recurso. O 
recurso foi dirigido à autoridade que tomou a decisão 
recorrida e que o julgou mediante a seguinte decisão: 1. 
Pelo princípio da fungibilidade dos recursos, acolho o 
͚pedido de ƌeĐuƌso͛ Đoŵo uŵ ͚pedido de ƌeĐoŶsideƌação͛. 
2. Embora admita que os argumentos do recorrente são 
corretos, dada a dissociação entre a argumentação e o 
caso, devo reconhecer também que a intempestividade 
do pedido de reconsideração impede que ele seja 
provido. Portanto, rejeito o pedido de reconsideração, 
mantendo a validade da decisão impugnada. 3. E, na 
medida em que o respeito à coisa julgada administrativa 
me impede de alterar exofficio a referida decisão, sugiro 
que o servidor ingresse com novo pedido de licença, para 
que ele possa ser devidamente apreciado. Com base 
nessa situação hipotética, avalie a decisão da referida 
autoridade e redija um texto dissertativo, respondendo e 
justificando, necessariamente, os tópicos a seguir: (a) se 
está correta a decisão da autoridade de acolher o recurso 
como pedido de reconsideração; (b) se a 
intempestividade do pedido do servidor impede que a ele 
se dê procedência; e (c) se é correto o posicionamento 
defendido pela autoridade no item 3 de sua decisão, bem 
como se é correta a sugestão que ela faz ao servidor. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCMG - Ano: 2008 - 
Banca: ACADEPOL - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Processo Administrativo - Vossa Senhoria, na 
condição de Delegado Regional de Polícia, recebeu 
expediente assinado pelo policial civil Fulano, lotado na 
delegacia de Novo Mundo, requerendo sua remoção para 
a delegacia de Polícia de Outra Terra. Explicou que nesta 
anteriormente fora lotado por quase 4 (quatro) anos. 
Ficou constatado que o requerente responde a 
sindicância interna em face de denúncias sobre seu 
procedimento na função de vistoriador de veículos na 
localidade de sua atual lotação, instaurada pelo Delegado 
de Polícia, bem como a processo criminal perante aqueleJuízo, ainda não julgado. Verificou-se também que 
diversas outras reclamações foram enviadas diretamente 
para aquela Regional quando estava ele em exercício na 
Depol para a qual pretende sua remoção. A Autoridade 
determinou, então, sua remoção. Porém, para a cidade 
sede da Regional. Determinada esta, o Requerente 
removido solicitou reconsideração da decisão ao 
argumento de ausência do devido processo legal, 
inobservância de seu direito de defesa e excesso de 
exercício de poder. FORMATE a decisão administrativa, 
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 10 
inclusive com menção a dispositivos, que melhor coaduna 
com os princípios de direito apropriados e atinentes ao 
fato, fundamentando-a e motivando-a, especialmente 
com vistas à função da referida Autoridade Policial 
Regional prevista em lei e nos aspectos gerais do direito 
administrativo. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRS - Ano: 2009 - 
Banca: IBDH - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Processo Administrativo Disciplinar (PAD) - Na 
esfera penal, um policial civil foi processado e condenado 
criminalmente pela pratica de crime contra administração 
publica, tendo esta sentença transitada em julgado. No 
âmbito administrativo-disciplinar ainda esta em 
andamento um processo administrativo disciplinar PAD 
exclusivamente pelo mesmo fato. Pergunta-se: essa 
decisão judicial gera efeitos para o processo disciplinar? 
Explique. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2009 - Banca: 
CEPERJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Processo Administrativo Disciplinar (PAD) - Um Inspetor 
de Polícia e um Investigador Policial, ambos sem efetivo 
exercício, são imediatamente afastados de suas funções 
após terem cometido uma transgressão disciplinar na qual 
utilizaram indevidamente bens do Estado sob a sua 
respectiva guarda, razão pela qual o Inspetor de Polícia foi 
sancionado em sede administrativa com pena de 
demissão e ao Investigador Policial foi aplicada pena de 
suspensão, com base na legislação aplicável à espécie. 
Em seguida, o Inspetor de Polícia e o Investigador Policial, 
ambos inconformados com a decisão, ingressaram, após a 
devida ciência, com pedido de reconsideração da decisão 
prolatada, que foi protocolado oito (8) dias após a edição 
do ato, diretamente à autoridade que proferiu o ato 
punitivo. Tendo em vista o indeferimento do pedido em 
questão, os servidores policiais ingressaram com recursos 
hierárquicos endereçados à autoridade administrativa 
superior, que manteve integralmente a decisão em 
relação ao Inspetor de Polícia e, no que pertine ao 
Investigador Policial, entendeu por aplicar igualmente a 
pena de demissão. Concomitantemente, havia sido 
ajuizada ação penal correlata à transgressão disciplinar 
praticada pelos policiais e, passados seus (6) meses da 
decisão em sede administrativa, ambos os servidores 
foram condenados na seara judicial, porém sem previsão 
da pena de perda de cargo. Quatro (4) anos depois, 
ambos os ex-servidores policiais requereram, por meio de 
simples petição, a anulação das punições disciplinares, 
com fulcro no princípio da razoabilidade e autotutela da 
Administração, como também na independência das 
instâncias e a inexistência de trânsito em julgado da 
sentença condenatória. Emita, dispensado o relatório, 
parecer fundamentado sobre a questão, opinando se 
assiste razão ao pleito dos ex-servidores. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Responsabilidade Civil - Incide a responsabilidade 
objetiva do Estado nos casos de danos a terceiros 
decorrentes de atos de multidões? Fundamente. 
- Resposta: A regra, aceita no direito moderno, é a de 
que os danos causados aos indivíduos em decorrência 
exclusivamente de tais atos não acarreta a 
responsabilidade civil do Estado, já que, na verdade, são 
tidos como atos praticados por terceiros. Sequer existem 
os pressupostos da responsabilidade objetiva do Estado, 
seja pela ausência da conduta administrativa, seja por 
falta de nexo causal entre atos estatais e o dano. Pelo 
inusitado ou pela rapidez com que os fatos ocorrem, não 
se pode atribuir os seus efeitos a qualquer ação ou 
omissão do Poder Público. Ocorre, porém, que em certas 
situações, se torna notória a omissão do Poder Público, 
porque teria ele a possibilidade de garantir o patrimônio 
das pessoas e evitar os danos provocados pela multidão. 
Assim, ocorre uma conduta omissiva do Estado. Trata-se 
de uma omissão culposa. Aqui incide a responsabilidade 
civil do Estado. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Responsabilidade Civil - João da Silva ajuizou ação 
indenizatória contra o Estado da federação onde reside, 
alegando que seu filho foi assassinado durante um roubo. 
Fundamenta o seu pedido na falha do serviço de 
segurança que deve ser prestado pelo Estado. 
Considerando que ficou comprovado no processo que o 
filho do autor foi assassinado durante um roubo, o 
candidato deverá esclarecer se o Estado responde 
patrimonialmente por danos resultantes dos crimes 
praticados por particulares. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: 
Responsabilidade Civil - Prevê o artigo 37, § 6º, da 
CoŶstituição Fedeƌal: ͞As pessoas juƌídiĐas de diƌeito 
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público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiro, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou Đulpa͟. aͿ IdeŶtifiƋue o;sͿ tipo;sͿ de 
responsabilidade(s) abrangida(s) pelo dispositivo 
constitucional e discorra acerca da teoria adotada pelo 
direito positivo brasileiro para a responsabilidade civil do 
Estado, incluindo o tema das excludentes de 
responsabilidade. b) Nas ações de responsabilidade civil 
ajuizadas contra o Poder Público abre-se a este o direito 
de regresso em desfavor do seu agente causador do dano. 
Indique as opções que se abrem ao Poder Público para o 
exercício desse direito, discorrendo acerca do ponto de 
discussão na jurisprudência quanto ao momento do 
exercício do direito de regresso. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRS - Ano: 2009 - 
Banca: IBDH - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Serviços Públicos - Prefeito de Município, com a 
finalidade de atender necessidade emergencial 
demonstrada, encaminhou para a Câmara de Vereadores, 
em regime de urgência, projeto de lei autorizando a 
contratação emergencial de agentes públicos. A lei foi 
aprovada. De acordo com o texto legal, a Administração 
Municipal foi autorizada a contratar, pelo período de um 
ano, sem concurso publico, 20 agentes, a serem 
selecionados com base em critérios estabelecidos na lei. 
Foi contratado o número de servidores autorizado. 
Decorridos três meses, e saneado o problema que gerou a 
necessidade emergencial, 12 dos servidores selecionados 
foram transferidos para outras atividades na Prefeitura 
Municipal, tendo em vista necessidades surgidas neste 
período de tempo. Analise os atos administrativos em 
questão, sob o prisma da sua legalidade ou nulidade, de 
forma fundamentada. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Administrativo- Assunto: 
Servidor Público - Acerca do provimento de servidor em 
cargo efetivo, responda: a) qual(is) é(são) o(s) requisito(s) 
essencial(is) para o provimento; b) quais os atos que 
compõem o processo de investidura; c) quais são as 
hipóteses de perda do cargo pelo servidor provido em 
cargo efetivo previstas em sede constitucional; d) 
diferencie provimento originário e provimento derivado. 
Delegado - Concurso: PCMS - Ano: 2013 - Banca: 
MSCONCURSOS - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Servidores Públicos - Analise as 2 (duas) 
asseƌçƁes aďaixo, ĐlassifiĐaŶdo Đada uŵa eŵ ͞veƌídiĐa͟ ou 
͞iŶveƌídiĐa͟ – Fundamente sua opção. A) um delegado de 
polícia devidamente nomeado que não tomar posse ou 
que tomar posse e não entrar em exercício no prazo 
estabelecido será demitido. B) Já em exercício e durante o 
período de estágio probatório poderá exercer quaisquer 
cargos de provimento em comissão ou função de direção, 
chefia ou assessoramento em qualquer órgão ou 
entidade. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCSP - Ano: 2014 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Servidores Públicos - Servidor Público do Estado 
de São Paulo que pede exoneração para tomar posse em 
cargo policial civil de provimento efetivo, no mesmo 
Estado, e que durante estágio probatório não preenche os 
requisitos mínimos exigidos para a confirmação na 
carreira, pode ser reconduzido ao cargo anterior ? 
Explique e justifique. 
DIREITO CIVIL 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos - Disserte sobre os vícios do consentimento da 
lesão e do estado de perigo, apontando seus elementos e 
diferenças. Explique e fundamente com artigos do Código 
Civil. 
 - Resposta: O estado de perigo constitui uma forma 
especial de coação, art. 156 do CC. Esse mesmo artigo 
dispõe ainda que ocorre estado de perigo toda vez que o 
próprio negociante, pessoa de sua família ou amigo 
próximo estiver em perigo (elemento subjetivo), 
conhecido da outra parte, sendo este a única causa para 
a celebração do negócio e ficando caracterizada a 
onerosidade excessiva (elemento objetivo). Tratando-se 
de pessoa não pertencente à família, segundo a doutrina 
atual majoritária (Flávio TARTUCE, p. 369; Nelson 
ROSENVALD e Cristiano CHAVES, p. 484; Pablo STOLZE). 
Exemplo: vultosos depósitos em dinheiro ou prestação de 
garantia exigidos por instituições hospitalares e clínicas 
em geral, a título de caução, para que o paciente possa 
ser atendido em situação emergencial (demais exemplos 
que envolvam a concorrência entre a ordem subjetiva e a 
natureza objetiva). São requisitos do estado de perigo: 
existência de grave dano, que o dano seja atual ou 
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iminente; que o perigo seja causa determinante da 
declaração; o conhecimento do perigo pela outra parte; 
existência de obrigação onerosa excessivamente e a 
intenção do declarante de salvar a si ou a pessoa de sua 
família ou a terceiro. O vício de consentimento lesão, 
presente no artigo 157 CC, ocorre quando uma pessoa, 
sob premente necessidade, ou por inexperiência, se 
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao 
valor da prestação oposta, ou seja, na lesão o elemento 
subjetivo caracteriza-se com a premente necessidade ou 
inesperiência e o elemento objetivo com a onerosidade 
excessiva; de acordo com o princípio da operabilidade ou 
simplicidade, cabendo ao juiz, diante do caso concreto, 
averiguar a desproporção, partindo do pressuposto do 
acentuado desnível entre as prestações. Para a doutrina 
(já citada), o instituto da lesão visa proteger o 
contratante que se encontra em posição de 
inferioridade, ante o prejuízo por ele sofrido na 
conclusão do contrato, devido à desproporção existente 
entre as prestações das duas partes. Sendo que no 
estudo dos requisitos da lesão, diferentemente dos 
requisitos do estado de perigo, temos que apreciar a 
manifesta desproporção entre as prestações 
estabelecidas nas cláusulas do contrato (ordem 
objetiva). No parágrafo primeiro do art. 157, 
recomenda-se que a desproporção seja apreciada de 
acordo com os valores vigentes ao tempo em que foi 
celebrado o negócio jurídico, o que vai ao encontro da 
ontognoseologia jurídica de Reale, eis que existe, na 
espécie, uma apreciação valorativa, hoje primaz para o 
Direito Privado, e o segundo requisito, de índole 
subjetiva, caracterizado pela inexperiência do 
contratante, sua situação cultural ou educacional ou 
premente necessidade do lesado no momento da 
contratação, mas diferente do estado de perigo, aqui o 
que se visa é a um lucro exagerado, da parte contratante 
que conhece a situação de inferioridade da parte 
contratada, sendo desnecessário o dolo, ou a intenção, o 
que é de plena importância no estado de perigo o dolo 
do contratante em relação ao contratado, dolo, vontade 
de prejudicar com maldade. Ambas as situações, 
segundo a doutrina atual, viabilizadas pela analogia do 
parágrafo segundo do art 157, própria da lesão, mais o 
art. 178, inciso II do CC e o enunciado nº. 149 do CJF/STJ, 
tornam anuláveis tanto a lesão como a analogicamente 
o estado de perigo, ocorrendo uma integração, não uma 
subsunção, visando a conservação negocial. Assim, 
diante das diferenças entre lesão e estado de perigo, no 
que concerne ao estudo dos elementos subjetivos e 
objetivos, temos este último ponto como o de igualdade, 
ou integração destes dois vícios do consentimento 
atuais. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Atos, 
Fatos e Negócios Jurídicos - O vício da lesão no negócio 
jurídico produz sempre a anulabilidade do ato? Explique 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - De acordo 
com o estudo dos bens e da validade dos contratos, 
responda e fundamente: a) Qual a diferença entre bens 
legalmente inalienáveis e bens alienáveis. b) Tratando-se 
de bens fora de comércio, estes provocam nulidade ou 
anulabilidade nos elementos do contrato. Explique 
citando quais dos elementos (do contrato) tornam-se 
prejudicados. 
- Resposta: Bens legalmente inalienáveis e bens 
alienáveis figuram na classificação dos bens no comércio 
e fora do comércio. De modo genérico todos os bens 
podem ser apropriados e alienados, a título oneroso ou 
gratuito. Há, entrementes, exceções à regra geral, 
constituindo o que se convencionou denominar bens fora 
do comércio ou inalienáveis, pela impossibilidade de 
serem negociados, ou seja, bens que não podem ser 
transferidos de um patrimônio para outro e 
insusceptíveis de apropriação, sendo que o Código Civil 
não dedicou capítulo aos bens que estão fora do 
comércio, nada obstando que se invoque o 
entendimento doutrinário (Nelson ROSENVALD e 
Cristiano CHAVES, página 370; Washington de Barros 
MONTEIRO; Pablo STOLZE). Assim, temos como bens 
alienáveis aqueles dirimidos por lei com o significado de 
serem passíveis de compra e venda, troca, doação, 
empréstimo...; enquanto os bens legalmente 
inalienáveis, contrario sensu, são identificados como 
aqueles que não podem ser objeto de relações jurídicas 
de alienação ou por sua própria natureza, englobando os 
bens de uso inexaurível (água corrente, ar atmosférico, 
luz solar) e os legalmente fora do comércio, com 
referência àqueles bens que, apesar de suscetíveis de 
apropriação pela sua natureza, têmsua comercialização 
vedada por lei para atender a interesses econômico-
sociais, à defesa social ou mesmo à proteção de 
determinadas pessoas (inalienabilidade relativa), 
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 13 
exemplo: bens públicos, art. 100 CC; bens de menores, 
art. 1691 do CC; bem de família, art. 1711 CC; herança de 
pessoa viva, art. 426 CC; os bens pertencentes a 
fundações, art. 62 a 69 CC; as terras ocupadas pelos 
índios, por estarem caracterizadas como bem público. 
Admite-se somente a alienação desses bens por força de 
lei ou de decisão judicial. De acordo com o estudo da 
teoria do negócio jurídico, art. 104 e seguintes do CC, 
temos que o contrato é um negócio jurídico dirigido a um 
fim determinado (Título V CC, Dos Contratos em geral, 
art. 421 e seguintes), sendo os contratos formados pelos 
elementos do Negócio Jurídico: partes ou agentes; 
vontade; objeto e forma, no quesito da escada ponteana 
(Pontes de Miranda) o plano da existência, completado 
pelo plano da validade e plano da eficácia, art 2.035 CC. 
Para a resposta da questão, interessante é o elemento 
do contrato no que dispõe ao objeto, que no plano da 
validade deve ser lícito, possível, determinado e 
determinável e, no plano da eficácia, cumprir os efeitos 
do contrato quanto ao seu fim. Somente será 
considerado válido o negócio jurídico que tenha como 
conteúdo um objeto lícito, nos limites impostos pela lei, 
não sendo contrário aos bons costumes, à ordem 
pública, à boa-fé e à função social ou econômica do 
contrato específico compra e venda, locação...), art 166 e 
187 ambos do CC. Além disso, em se tratando de bens 
fora do comércio, ou segundo a doutrina atual acerca 
dos bens legalmente inalienáveis, o objeto não é possível 
no plano fático, impossibilidade ora física, ora jurídica. A 
impossibilidade física, conforme apresentado na letra a, 
desta questão, está presente quando o objeto não pode 
ser apropriado por alguém, ou quando a prestação não 
puder ser cumprida por via jurídica, ou seja quando a lei 
vedar o seu conteúdo. Neste caso o negócio implica em 
prestações impossíveis e deverá ser declarado nulo. Mas 
tem-se que, segundo o já citado art 106, a 
impossibilidade inicial do objeto não gera nulidade do 
negócio se for relativa, ou se cessar antes de realizada a 
condição a que ele estiver subordinado. Em suma 
somente a impossibilidade absoluta é que tem o condão 
de nulificar o negócio. Nas típicas situações de negócios 
jurídicos de alienação de coisa, caso dos contratos de 
compra e venda e de doação, o objeto deve ser ainda 
consumível do ponto de vista jurídico, legal art. 86 CC, 
em outras palavras o objeto deve ser alienável, ao passo 
que a venda ou a doação devem inalienável é nula por 
ilicitude do objeto ou fraude à lei, art. 166, II e IV do CC. 
Delegado - Concurso: PCMS - Ano: 2013 - Banca: 
MSCONCURSOS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Contratos - Discorra de maneira fundamentada, sobre a 
teoria do adimplemento substancial, abordando seu 
conceito, fundamento, requisitos e efeitos. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Contratos - É 
válida a celebração, pelo representante, de contrato em 
que ele figure também como contraparte? 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos da 
Personalidade - A dignidade é um atributo do ser humano 
e uma questão central no direito geral de personalidade 
na Constituição Federal com repercussões no âmbito do 
Direito Civil. Explique essa assertiva e os efeitos dessa 
orientação, abordando seus diferentes desdobramentos 
principiológicos nas relações jurídicas, seus fundamentos 
legais e teóricos, suas várias concepções doutrinárias, os 
possíveis reflexos na ordem jurídica e sua aplicação na 
tutela jurisdicional. (10,0 pontos) 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Estabeleça diferença entre casamento 
inexistente, nulo, anulável e irregular. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2009 - Banca: 
CEPERJ - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos de 
Família - Sérgio casou-se com Maria em 1980 no regime 
legal, não tendo filhos. Sérgio faleceu em maio de 2002, 
deixando bens. Maria resolve abrir inventário somente no 
ano de 2004, ocasião em que recebe a informação de seu 
cunhado Célio, de que havia um testamento lavrado no 
ano de 2000, através do qual Sérgio havia deixado todos 
os seus bens para os pobres e que indicou a ele, Célio, 
como testador. Maria consultou um advogado, que lhe 
disse que não se preocupasse com a disposição 
testamentária, porque ela era herdeira necessária e não 
poderia ter sido afastada por testamento e porque não 
foram identificados os beneficiários da herança, de modo 
que se aplicaria a regra da sucessão legítima, 
considerando que o testamento não produziria qualquer 
efeito. Analise todos os aspectos, esclarecendo se as 
informações do advogado para Maria estão corretas. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
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 14 
Reais - A posse injusta enseja proteção pelos interditos 
possessórios ou pela autodefesa da posse? Explique 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Direitos 
Reais - Após viajar durante dois anos pela Europa, 
Eduardo retorna ao Brasil, encontrando sua casa ocupada 
por invasores. Considerando que Eduardo não tinha 
conhecimento da invasão, a qual já havia ocorrido há um 
ano e sete meses, configurou-se a perda da posse? 
Explique. 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Pessoa Natural - De 
acordo com o estudo da personalidade civil e da 
capacidade civil, responda e fundamente: a) Qual a 
relação existente entre o estudo da personalidade civil e 
da capacidade civil e, neste sentido, o que vem a ser 
capacidade civil considerada plena? b) Quais são as 
hipóteses presentes em lei de restrição da plena 
capacidade? Dentre estas hipóteses, explique a relação da 
teoria das incapacidades com o estudo dos atos nulos e 
dos atos anulados. Fundamente. 
- Resposta:Conceito de capacidade civil plena (Mª 
Helena Diniz e Flávio Tartuce) é a medida jurídica da 
personalidade. A capacidade divide-se em capacidade de 
direito ou de aquisição ou de gozo e capacidade de fato 
ou de exercício. Quem tem as duas espécies de 
capacidade tem a capacidade plena. E o surgimento 
desta capacidade plena em relação à pessoa física. Outro 
conceito (Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald): a plena 
capacidade jurídica corresponde à efetiva possibilidade 
concedida pela ordem jurídica de que o titular de um 
direito atue no plano concreto, sozinho, sem qualquer 
auxílio de terceiros, ou seja, a capacidade plena mede a 
projeção do valor da personalidade. O art. 3º e o art. 4º, 
ambos do Código Civil (CC) limitam a aptidão genérica 
para praticar atos da vida civil pessoalmente indicando 
algumas hipóteses de restrição da plena capacidade, 
esclarecendo ser excepcional a limitação ao exercício dos 
atos civis e originando uma gradação ao exercício da 
capacidade de fato. Neste sentido, temos no art. 3º, 
incisos I a III, os absolutamenteincapazes, para os quais 
a lei veda o exercício das situações jurídicas 
pessoalmente pelo titular, ou seja, estes possuem 
direitos, porém não podem exercê-los pessoalmente, 
devendo ser representados, sendo que de acordo com o 
CC, os atos praticados pelos absolutamente incapazes 
são nulos de pleno direito, deles não decorrendo 
qualquer efeito jurídico, como proclama o art. 166, I do 
CC. Já no art. 4º do CC, incisos I a IV, do CC, estes 
dispõem acerca dos relativamente incapazes, que 
constituem categoria de pessoas igualmente 
necessitadas de proteção jurídica, porém em grau 
inferior aos absolutamente incapazes, sendo que os atos 
jurídicos praticados pelos relativamente incapazes são 
passíveis de anulação, art. 171 do CC, inc. I, produzindo 
efeitos até que lhes sobrevenha decisão judicial, art. 171 
e 172, diferentemente dos atos praticados pelos 
absolutamente incapazes que são nulos de pleno direito. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: Prescrição 
e Decadência - Há decurso do prazo prescricional entre 
conviventes em relação de união estável? Explique 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2009 - Banca: 
CEPERJ - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Responsabilidade Civil - Adriano, policial civil, com dois 
anos de carreira e designado para realizar diligência em 
área de risco, dirige-se ao local em viatura caracterizada, 
com o resto da equipe. Em lá chegando, já encontra 
resistência armada por parte dos criminosos homiziados 
naquele logradouro. Na tentativa de evitar os disparos, o 
motorista da viatura realiza manobra defensiva sem 
observar, minimamente, a técnica necessária para evitar 
que o carro colidisse gravemente contra um 
transformador da concessionária de energia elétrica, 
causando uma pequena explosão que atinge o veículo. Em 
decorrência de tal acidente, Adriano sofre séria 
queimadura no pé, reduzindo sua capacidade motora e 
dando ensejo à sua aposentadoria por invalidez. A perícia 
posteriormente realizada no veículo constatou que a 
manobra também foi prejudicada por falha da 
manutenção dos freios da viatura. Analise, 
justificadamente, a viabilidade de pretensão 
indenizatória, por danos morais e materiais, formulada 
por Adriano em face do Estado do Rio de Janeiro. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Responsabilidade Civil - Haverá responsabilidade civil do 
proprietário de um veículo que, apesar de conduzi-lo com 
o devido cuidado e de mantê-lo em perfeitas condições 
de conservação, perde o controle do carro em virtude de 
uma falha no sistema de freio, vindo a atropelar uma 
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 15 
pessoa que caminhava normalmente pela calçada de 
pedestres? Explique 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Civil - Assunto: Responsabilidade Civil 
- Jean adquiriu de Simone, mediante contrato de compra 
e venda, um veículo ano 2009 e regularizou a 
transferência do bem ao DETRAN local. Passados dez (10) 
dias, o veículo foi apreendido por autoridade policial, sob 
o argumento de que era objeto de furto. Constatou-se 
que no número de identificação do chassi do veículo 
existia uma adulteração quase imperceptível. Diante da 
situação hipotética, redija um texto dissertativo que 
contemple: a análise da possibilidade de haver ocorrido 
evicção; identifique o responsável pela indenização a ser 
paga a Jean e qual modalidade de responsabilidade civil, 
das adotadas pelo Código Civil pátrio, deve ser aplicada ao 
caso. Fundamente. 
 - Resposta: No caso fictício acima, temos uma das 
modalidades de inadimplemento trazidas pelo direito 
civil, parte especial obrigações, na qual a obrigação de 
dar coisa certa ficou inadimplida por causa da ilicitude 
do objeto em questão, sabe-se que nos contratos de 
compra e venda de móveis (veículo acima citado), de 
acordo com o artigo 1267 do CC, a propriedade de bem 
móvel se transfere pela simples tradição e segundo 
artigo 237 do mesmo diploma legal até a tradição, o 
objeto pertence ao devedor, ou seja, este agiu de má-fé 
(Simone), ao entregar bem indevido ao credor (Jean), 
neste caso a inadimplente, Simone, agiu com culpa, 
responderá pelo equivalente do que recebeu para a 
entrega do bem) acrescido de perdas e danos, artigo 234 
CC; acrescidos dos conceitos que o Código Civil e a 
doutrina trás sobre responsabilidade civil, neste caso 
subjetiva, artigo 186 e 187 do CC. Sendo que as teorias 
do vício redibitório e da evicção asseguram ao 
adquirente (comprador - Jean),tutela processual em face 
ao alienante, mesmo diante da perda ou deterioração da 
coisa na fase posterior à tradição (como no caso em 
análise, pós entrega da coisa móvel), respectivamente 
em virtude da constatação de vícios ocultos da coisa já 
existentes ao tempo da tradição, mas que só se 
manifestaram mais tarde ( art. 441 do CC), ou no caso 
específico, por vício jurídico do bem adquirido por Jean, 
que na verdade não pertencia ao alienante Simone, pois 
possuía adulteração do nº do chassi, não existindo este 
bem jurídico como propriedade móvel do alienante, 
artigo 447 CC, observando que não cabe a análise do 
teor do artigo 166, inc. II do CC, que dispõe sobre a perda 
por impossibilidade objetiva de natureza originária, 
fática ou jurídica, pois a relação obrigacional foi 
construída com base em uma simulação, art. 167 do CC ( 
segundo Pablo Stolse, 2010, invalidade do negócio 
jurídico, causa de nulidade do negócio jurídico, questão 
de venda aparente), quanto ao número de identificação 
do chassi do carro em questão, ou seja fato culposo 
superveniente à constituição da relação obrigacional – 
contratual, qual não desconsider o inadimplemento 
absoluto de Simone. Caracterizando assim a presença de 
evicção, que, nada mais é do que a perda parcial ou 
total, que sofre o adquirente da coisa, como 
conseqüência de sentença judicial, em virtude de ação 
promovida pelo verdadeiro dono ou possuidor, no caso 
de Jean, este é o possuidor lícito, pois adquiriu objeto 
ilícito de boa-fé. Logo havendo evicção, o solvens 
(Simone – devedor) perderá, renascendo a obrigação 
anteriormente extinta, contrato de compra e venda nulo, 
pois o objeto é inexistente para o mundo jurídico, 
nulidade absoluta. Responsabilidade civil subjetiva, 
teoria da culpa, art.186, art. 389 e art. 927 todos do CC e 
servindo como fatores de indenização por 
descumprimento de deveres da devedora Simone. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Responsabilidade Civil - Sérgio saiu com seu cão da raça 
pitbull, utilizando, por segurança, uma coleira do tipo 
enforcador e uma guia extremamente forte, além de uma 
focinheira especial. Entretanto, apesar de todo zelo de 
Sérgio, o cão, provocado pelos latidos de um outro cão de 
pequeno porte, o qual também era conduzido por meio 
de uma coleira, logrou romper a guia e, após rasgar a 
focinheira, matou o outro cão e feriu gravemente três 
pessoas. Há responsabilidade de Sérgio pelos danos 
causados? Explique 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Aplicabilidade e Interpretação - Norma internacional 
pode ter hierarquia de norma constitucional no Direito 
brasileiro? Em caso afirmativo, especifique qual o 
procedimento a ser adotado. (10,0 pontos) 
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 16 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRS - Ano: 2009 - 
Banca: IBDH - Disciplina: Direito Constitucional - 
Assunto: Aplicabilidade, Integração e Interpretação - 
Normas constitucionais: discorra sobre os conceitos de 
vigência, validade e eficácia. Apresente ao menos um 
exemplo de normas constitucionais de eficácia plena, de 
eficácia contida e de eficácia limitada. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2009 - Banca: 
CEPERJ - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) - Em relação às 
Comissões Parlamentares de Inquérito, aborde as 
seguintes questões: a) direito de minorias 
parlamentares;b)garantia das pessoas intimadas para 
prestarem depoimento; c) órgão judicial competente para 
julgamento de MS e HC ajuizados em face do ato de CPI 
constituída por quaisquer das Casas do Congresso 
Nacional; d) imunidade parlamentar material; e) poderes 
instrutórios e cautelares; 
Delegado de Polícia - Concurso: PCRJ - Ano: 2012 - Banca: 
FUMARC - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Controle de Constitucionalidade - ͞O ĐoŶtƌole de 
constitucionalidade configura-se, portanto, como garantia 
de supremacia dos direitos e garantias fundamentais 
previstos na constituição que, além de configurarem 
limites ao poder do Estado, são também uma parte da 
legitimação do próprio Estado, determinando seus 
deveres e tornando possível o processo democrático em 
uŵ Estado de Diƌeito͟. aͿ O Ƌue se eŶteŶde pela 
modulação temporal dos efeitos no controle de 
constitucionalidade? b) Qual o posicionamento do STF 
sobre a possibilidade de sua aplicação no âmbito do 
controle difuso? 
Delegado - Concurso: PCPR - Ano: 2013 - Banca: COPS-
UEL - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Controle de Constitucionalidade - Analise o caso de uma 
pessoa que tem um direito constitucional individual 
assegurado na Constituição Federal por norma de eficácia 
plena, autoaplicável. Considere que esse direito veio a 
sofrer restrições por norma infraconstitucional posterior à 
Constituição Federal de 1988. Considere, então, o caso de 
uma lei que veio restringir o direito de liberdade do 
cidadão e autorizar a prisão em afronta à Constituição 
Federal Brasileira. Considere, também, que esse indivíduo 
deve observar essa lei, uma vez que ela possui a 
presunção de constitucionalidade. Considere, além disso, 
que, estando esse indivíduo sofrendo ou na iminência de 
sofrer violação de direito seu assegurado 
constitucionalmente, ele pode se socorrer do Poder 
Judiciário para evitar a incidência dessa norma violadora 
de seu direito. Diante da problemática apresentada e 
tendo em vista o controle de constitucionalidade, 
considere os itens a seguir. a) Explique as diferenças entre 
a ação judicial proposta pelo cidadão, permitindo-lhe o 
controle de constitucionalidade, e o controle de 
constitucionalidade realizado pela instituição denominada 
Ordem dos Advogados do Brasil, considerando que esta, 
no caso, não é lesada. b) O órgão judicial competente 
para a ação será o mesmo para a ação que envolve o 
cidadão e para a ação promovida pela Ordem dos 
Advogados do Brasil? Justifique sua resposta. c) O objeto 
principal das duas ações (do cidadão e da Ordem dos 
Advogados do Brasil) será o pedido de declaração de 
inconstitucionalidade da lei? Se houver diferença entre as 
ações, nesse quesito, explique cada uma delas. 
- Resposta: a) O controle de constitucionalidade 
realizado pelo próprio lesado segue a via difusa, como 
defesa de direito assegurado constitucionalmente, e a 
ação judicial a ser proposta será a ação adequada para 
exigir, em juízo, o direito constitucionalmente 
assegurado. E o controle de constitucionalidade 
realizado pela OAB segue a via concentrada, cabendo a 
ação direta de inconstitucionalidade. b) O órgão 
competente para a ação do cidadão será determinado 
em função da autoridade apontada como coatora, 
podendo ser qualquer juiz ou tribunal (juiz natural). O 
órgão competente para a ação direta de 
inconstitucionalidade proposta pela OAB é o Supremo 
Tribunal Federal. c) A declaração de 
inconstitucionalidade é o pedido específico da ação 
direta de inconstitucionalidade promovida pela OAB. No 
caso do controle difuso, o pedido é a proteção do direito 
assegurado constitucionalmente e violado pela lei 
infraconstitucional; conforme Alexandre de Moraes, 
tƌataŶdo de ĐoŶtƌole difuso, ͞o Podeƌ JudiĐiĄƌio deveƌĄ 
solucioná-lo [o litígio] e para tanto, incidentalmente, 
deverá analisar a constitucionalidade ou não da lei ou do 
ato normativo. A declaração de inconstitucionalidade é 
necessária para o deslinde do caso concreto, não sendo 
pois oďjeto pƌiŶĐipal da açĆo͟ ;Diƌeito CoŶstituĐioŶal, 
28.ed., São Paulo: Atlas, 2012, p.747.). O requerimento 
de inconstitucionalidade não é o pedido principal da 
ação do cidadão; é apenas um incidente no caso. 
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 17 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Controle de Constitucionalidade - É admissível que um 
Juízo de Direito, ao declarar, incidenter tantum, a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em 
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, restrinja os efeitos daquela declaração ou 
decida que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito 
em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado, 
à luz do art. 27 da Lei n° 9.868/99? Resposta 
objetivamente justificada. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Controle de Constitucionalidade - João da Silva, na 
qualidade de parte de relação jurídica processual em que 
há controvérsia constitucional acerca de lei municipal, 
propõe argüição de descumprimento de preceito 
fundamental incidental ou indireta, de sorte a viabilizar o 
pronunciamento do Supremo Tribunal Federal sobre o 
tema. À luz do caso concreto, responda aos seguintes 
quesitos: a) É admissível a promoção de argüição de 
descumprimento de preceito fundamental autônoma ou 
direta para a fiscalização da constitucionalidade de lei ou 
ato normativo municipal? b) É admissível a propositura de 
argüição de descumprimento de preceito fundamental 
incidental ou indireta por parte de sujeito de relação 
jurídica processual em que haja controvérsia 
constitucional? c) É constitucional a norma veiculada pelo 
art. 1°, parágrafo único, inc. I da Lei n° 9.882/99? 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: Controle de 
Constitucionalidade - O art. 52, X, da Constituição 
Federal, dispõe que compete privativamente ao Senado 
Federal suspender a execução no todo ou em parte de lei 
declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal. Assim, em que forma de 
controle se exerce a atribuição de controle de 
constitucionalidade do Senado e qual o alcance dos 
efeitos da decisão do STF neste caso? Tem o Senado 
discricionariedade no cumprimento do disposto no art 52, 
X, da Constituição Federal, segundo entendimento 
doutrinário e jurisprudencial? 
- Resposta: Há dois entendimentos doutrinários e 
jurisprudenciais predominantes. Para o primeiro deles, o 
controle de constitucionalidade no Brasil, nos termos do 
art. 52, X, da Constituição Federal,se dá por declaração 
do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao Senado 
proferir juízo político a respeito da decisão no controle 
concreto, para atribuir-lhe eficácia erga omnes. O 
controle de constitucionalidade pela via direta é exercido 
de forma concentrada pelo Supremo Tribunal Federal. 
Entende-se, segundo essa corrente, que a prerrogativa 
conferida ao Senado, pelo artigo 52, X, está afeta ao 
controle concreto, ou seja, restringe-se à via de exceção 
ou de defesa, em caso de arguição incidental da 
inconstitucionalidade da lei em caso concreto. Nesse 
sentido, em algumas decisões, o Supremo Tribunal 
Federal reconheceu a liberdade do Senado, proferindo o 
entendimento de que cabe o exame político da 
oportunidade e conveniência da suspensão da execução 
da lei, atribuindo-lhe efeitos erga omnes, a ser realizado 
por aquela Casa. No entanto, há também entendimento 
doutrinário e jurisprudencial no sentido contrário, de que 
a atribuição do Senado é para conferir mera publicidade 
à decisão do Supremo Tribunal Federal, a quem compete 
determinar, no controle concreto a eficácia erga omnes. 
Quanto à produção de efeitos, tem-se entendido que 
somente depois da manifestação do Senado, portadora 
da eficácia erga omnes, é que o texto normativo 
perderia sua aptidão de criar direitos e impor 
obrigações. Ex nunc, portanto. Por outro lado, para 
outros, os efeitos provém da decisão do Supremo 
Tribunal Federal. Quanto à retroatividade dos efeitos, 
ela prevalece para a corrente que defende a nulidade do 
texto normativo inconstitucional. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Controle de Constitucionalidade - O Presidente da 
República vetou, sob o argumento de 
inconstitucionalidade, determinado dispositivo de projeto 
de lei ordinária submetido à sua apreciação. Voltando o 
projeto de lei ao Congresso Nacional, não foi alcançado o 
quorum de maioria absoluta necessário para a derrubada 
do veto. Há algum instrumento que, ao menos em tese, 
possa ser utilizado pelos congressistas que aprovaram por 
maioria simples a lei ordinária na sua versão original para 
levar a questão à apreciação do Poder Judiciário, quando 
entendam que não há a inconstitucionalidade alegada 
como motivo para o veto? E se a motivação do veto 
estivesse relacionada com a contrariedade ao interesse 
público, haveria alguma diferença? Há algum caso de 
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 18 
controle de constitucionalidade preventivo judicial na 
jurisprudência do STF? Justifique a resposta 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2013 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: CPI - Dentre 
as funções do Poder Legislativo, as Comissões 
Parlamentares de Inquérito são concebidas como 
instrumento do poder de fiscalizar e decidir. A 
Constituição Federal, no art. 58, § 3°, prevê que elas terão 
͞podeƌes de iŶvestigação pƌſpƌios das autoƌidades 
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
ƌespeĐtivas Casas͟. A Ƌueŵ Ġ ĐoŶfeƌida ĐoŵpetġŶĐia paƌa 
instauração de Comissões Parlamentares de Inquérito? Na 
esfera do controle judicial dos atos das Comissões 
Parlamentares de Inquérito, como se define a 
competência jurisdicional para apreciar os seus atos? No 
âmbito do Congresso Nacional, como se dá essa 
competência e quais os instrumentos de controle judicial 
de seus atos? 
 - Resposta: As Comissões Parlamentares de Inquérito, no 
plano federal, podem ser instauradas por qualquer das 
Casas do Congresso ou, no sistema bicameral pela 
Câmara dos Deputados e pelo Senado. Também as 
Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores 
podem criar essas Comissões, conforme entendimento 
doutrinário e jurisprudencial. Na esfera do controle 
judicial dos atos das Comissões Parlamentares de 
Inquérito, a competência define-se pela vinculação à 
Casa Legislativa. Os atos da Comissão são imputáveis à 
Casa que a instaurou, definindo-se assim a competência 
jurisdicional para apreciar os seus atos. No âmbito do 
Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar de 
Inquérito sujeita-se ao controle judicial por meio de 
habeas corpus ou de mandado de segurança, como 
controle jurisdicional originário do Supremo Tribunal 
Federal ;CF, aƌt.ϭϬϮ, I, ͞d͟ e ͞i͟Ϳ, Ŷuŵa iŶteƌpƌetaçĆo 
dilaƌgada do disposto Ŷo aƌt. ϭϬϮ, I, ͞d͟ da CoŶstituiçĆo 
Federal. Consagra-se o entendimento de que as 
Comissões Parlamentares de Inquérito não são órgãos 
distintos, mas emanações do Congresso, competindo ao 
Supremo Tribunal Federal o controle de seus atos. 
Delegado de Polícia - Concurso: PCSP - Ano: 2014 - 
Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Constitucional - 
Assunto: Direitos Individuais e Coletivos - Tendo em vista 
o disposto no art. 1º do Decreto No. 4.388/2002, como se 
ƌesolve o ĐoŶflito eŶtƌe o disposto Ŷo aƌt. ϳϳ, No. ϭ, ͞ď͟, 
do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional e a 
vedação pƌevista Ŷo aƌt. ϱº, XLVII, ͞ď͟, da CoŶstituição 
Federal, sobretudo diante do disposto no art. 5º, 
parágrafo 4º, da Constituição Federal ? 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: Direitos 
Individuais e Coletivos - O direito de propriedade é uma 
garantia constitucional. Isso norteia sua regulamentação 
no Direito Civil. Essa garantia vem sofrendo limitações em 
razão de princípio de ordem constitucional e 
infraconstitucional sobretudo dos que informam a ordem 
econômica. Nesse sentido, como se dá o exercício do 
direito real de propriedade no Brasil atualmente e quais 
os princípios que o norteiam? Explique apresentando 
fundamentação jurídica. (10,0 pontos) 
Delegado - Concurso: PCGO - Ano: 2008 - Banca: UEG - 
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: Direitos 
Individuais e Coletivos - O emprego de algemas ofende os 
direitos constitucionais do preso, segundo a 
jurisprudência nacional recentemente formada? 
Justifique. (10,0 pontos) 
Delegado de Polícia - Concurso: PCDF - Ano: 2007 - 
Banca: NCE - Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: 
Direitos Individuais e Coletivos - Uma lei estadual 
regulamentou o sistema de cotas para acesso à 
Universidade daquele Estado. Um dos grupos criados, 
para o qual foram destinadas 10% das vagas, deverá ser 
preenchido por alunos provenientes de escolas públicas 
cuja renda global familiar não ultrapasse dois salários 
mínimos. A mencionada lei estadual indica que somente 
poderão concorrer às vagas desse grupo os alunos que 
tenham cursado todo o ensino fundamental naquele 
mesmo Estado. Diante desse cenário, responda de modo 
justificado: 1) Considerando que se trata de lei em tese, 
há algum instrumento judicial e sob quais argumentos, à 
disposição das pessoas que gostariam de concorrer às 
mencionadas vagas, mas que tenham cursado parcial ou 
totalmente o ensino fundamental em escolas públicas de 
outra unidade da federação? 2) No mesmo contexto, uma 
determinada associação que tenha, em seus quadros, 
alguns alunos de escolas públicas que cursaram o ensino 
fundamental em mais de um estado poderá fazer uso de 
algum instrumento judicial para defender os interesses 
destes, ainda que o assunto não esteja relacionado com 
as finalidades da associação nem diga respeito à 
totalidade dos associados? 
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Delegado de Polícia - Concurso: PCMG - Ano: 2008 - 
Banca: ACADEPOL - Disciplina:

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