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ASPECTOS E FASES DO DESENVOLVIMENTO
Disciplina: 
Psicologia da Educação – Desenvolvimento
Prof. Me. Marcos Eduardo dos Santos
1 - INTRODUÇÃO
 À medida que a criança se desenvolve, modificam-se também seu organismo, suas proporções físicas, suas capacidades mentais, seus interesses, seu comportamento motor, emocional, social, etc...
 Conceito de Educando antigo e atual
 Os progressos da Biologia e da Psicologia experimentais trouxeram um fundamento científico à concepção atual da criança.
 A criança é considerada hoje, não como simples redução do adulto, mas como um ser que apresenta, em cada fase de sua evolução, caracteres próprios e reações específicas que lhes dão uma fisionomia psicológica particular. 
2 - PERIÓDOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
 Os tratados tanto de Biologia como de Psicologia têm dividido a evolução do ser humano nas seguintes fases:
 Período pré-natal
 Período do recém-nascido
 Primeira Infância
 Segunda Infância
 Meninice
 Puberdade
 Adolescência
 Maturidade ( Vida adulta )
 Senilidade ou velhice
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
INTRODUÇÃO
 Uma área da Psicologia
 O desenvolvimento Humano
 A importância do estudo do desenvolvimento Humano
 O fatores que influenciam o desenvolvimento Humano:
 Hereditariedade
 Crescimento orgânico
 Maturação neurofisiológica
 Meio
 Aspectos do desenvolvimento Humano:
 Aspecto físico-motor
 Aspecto intelectual
 Aspecto afetivo-emocional
 Aspecto social
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO:
DESENVOLVIMENTO 
Prof. Me. Marcos Eduardo dos Santos
 PSICOLOGIA: CONCEITO
 A palavra psicologia é formada de duas palavras gregas: psique, que significa alma, e logos, que significa estudo, ciência. 
Portanto, etimologicamente, Psicologia significa estudo da alma, da mente e/ ou comportamento.
Atualmente, a psicologia é entendida como ciência do comportamento humano e animal.
 Passou a ser considerada ciência no fim do século XIX, quando os estudiosos empregaram métodos de observação cuidadosos e sistemáticos.
 MÉTODOS:
 Introspecção ou Método de observação Interna
 Extrospecção ou Método de observação Externa
 Introspecção ( ou método subjetivo) quer dizer observação interior: A pessoa observa suas próprias experiências e as relata ( a pessoa relata suas emoções, percepções, interesses, recordações, etc...)
 Extrospecção ( ou método objetivo) quer dizer observação externa. O psicólogo procura conhecer as reações externas dos organismos. Ao observar uma pessoa, procura conhecer seu modo de agir, seus gestos, suas expressões fisionômicas, suas realizações, etc... 
 A Psicologia
 O papel da Psicologia é investigar as modificações que ocorrem nos processos envolvidos na relação do individuo com o mundo (cognitivo, emocionais, afetivos, etc...), analisando os seus mecanismos básicos.
Para realizar sua proposta, a psicologia interage com outras ciências, tais como a medicina, a biologia, a filosofia, a genética, a antropologia, a sociologia, além da pedagogia.
Visa contribuir para melhoria qualitativa do processo ensino e aprendizagem, através de conhecimentos da teoria e da pesquisa psicológica. 
Ao tratar os principais temas da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem de forma integrada, objetiva auxiliar os professores na compreensão global do processo de desenvolvimento de crianças e adolescentes no processo de escolarização tornando assim mais rico e mais eficaz o seu trabalho na sala de aula.
 A democratização do ensino determina não só um crescimento quantitativo das matrículas, mas igualmente, a diversificação sociocultural do aluno. Em decorrência, agravam-se os problemas a serem enfrentados pelas escolas, principalmente quando se trata de garantir a todos os alunos a aquisição de um conjunto básico comum de conhecimentos e habilidades indispensáveis ao cidadão. 
 A escola que se quer democrática deve atender à diversificação da sua clientela.
 Deve considerar em seu trabalho as experiências de vida e as características psicológicas e socioculturais dos alunos que atende, buscando uma adequação pedagógico-didática à sua clientela, tornando possível um processo de aprendizagem realmente significativo.
 Quanto mais informações os educadores tiverem sobre o processo de aprendizagem dos conteúdos escolares, maiores serão as chances de melhoria das práticas pedagógicas. Compreende-se, assim, a relevância teórica dos estudos psicológicos para a área da educação. 
 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
 Desenvolvimento é o processo pelo qual o indivíduo constrói ativamente, nas relações que estabelece com o ambiente físico e social, suas características.
 Ao contrário de outras espécies, as características humanas não são biologicamente herdadas, mas historicamente formadas. De geração em geração, o grau de desenvolvimento alcançado por uma sociedade vai sendo acumulado e transmitido, indo influir, já desde o nascimento, na percepção que o individuo vai construindo sobre a realidade, inclusive no que se refere às explicações dos eventos e fenômenos do mundo natural.
 Para que a apropriação das características humanas se dê, é preciso que ocorra atividade por parte do sujeito: é necessário que sejam formadas ações e operações motoras e mentais, como por exemplo, empilhar, puxar, comparar, ordenar, etc...
 A formação dessas habilidades se dá ao longo da interação do indivíduo com o meio social. Ele deve dominar o uso de um número cada vez maior de objetos e aprender a agir em situações cada vez mais complexas, buscando identificar os significados desses objetos e situações. 
 A Psicologia do desenvolvimento pretende estudar como nascem e como se desenvolvem as funções psicológicas que distinguem o homem de outras espécies. 
 Estuda a evolução da capacidade perceptual e motora, das funções intelectuais, da sociabilidade e da afetividade do ser humano.
 Descreve como essas capacidades se modificam e busca explicar tais modificações.
 Importância para o educador: subsidiar a organização das condições para a aprendizagem infantil, de modo que se possa ativar, na criança, processos internos de desenvolvimento, os quais, por sua vez, serão transformados em aquisições individuais.
 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
 A aprendizagem é o processo por meio do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece. Para que a criança aprenda, ela necessita interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes.
 Nas inúmeras interações em que se envolva desde o nascimento, a criança vai gradativamente ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para suas ações e para as experiências que vive. 
 Com o uso da linguagem, esses significados ganham maior abrangência, dando origem a conceitos, ou seja, significados partilhados por grande parte do grupo social.
 A linguagem, além disso, irá integrar-se ao pensamento, formando uma importante base sobre a qual se desenvolverá o funcionamento intelectual. O pensamento pode ser entendido, desta forma, como um diálogo interiorizado.
 Objetos e conceitos existem, inicialmente, sob a forma de eventos externos ao indivíduo. Para se apropriar desses objetos e conceitos é preciso que a criança identifique as características, propriedades e finalidades dos mesmos. 
 Através desse processo, é possível aprender o significado da própria atividade humana, que se encontra sintetizada em objetos e conceitos.
 A psicologia da aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes em uma sociedade são apropriados pela criança.
 Para que se possa entender esse processo é necessário reconhecer a natureza social da aprendizagem, ou seja, as operações cognitivas 
( aquelas envolvidas no processo de conhecer) são sempre ativamente construídas na interação com outros indivíduos.
 Na interação
adulto-criança, gradativamente, a fala social trazida pelo adulto vai sendo incorporada pela criança e seu comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala interna, que planeja a sua ação.
Nesse momento, a fala está fundida com o pensamento da criança, está integrada às suas operações intelectuais.
 Reconhece-se, dessa maneira, que as pessoas, em especial as crianças, aprendem através de ações partilhadas mediadas pela linguagem e pela instrução.
 A interação entre adultos e crianças, e entre crianças, portanto, é fundamental na aprendizagem. 
Discussão em grupo
Qual o papel do professor neste processo?
TEORIA DE JEAN PIAGET
Conceitos fundamentais
 Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o: 
Desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos.
 As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos.
 Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos. 
 Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência mas, experimentalmente, comprovou suas teses. 
 A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. 
 Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. 
 O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades.
 Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é 
inato, nem resultado de condicionamentos. 
 Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo.
 Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista.
 A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. 
 Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo.
 
 As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.
 “Não existe estrutura sem gênese, nem gênese sem estrutura” (Piaget). Ou seja, a estrutura de maturação do indivíduo sofre um processo genético e a gênese depende de uma estrutura de maturação. 
 Sua teoria nos mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Ou seja, se puder agir sobre o objeto de conhecimento para inseri-lo num sistema de relações. 
Não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha já um conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. 
 O que implica os dois pólos da atividade inteligente: assimilação e acomodação.
 É assimilação na medida em que incorpora a seus quadros todo o dado da experiência ou estruturação por incorporação da realidade exterior a formas devidas à atividade do sujeito (Piaget, 1982). 
 É acomodação na medida em que a estrutura se modifica em função do meio, de suas variações.
 A adaptação intelectual constitui-se então em um "equilíbrio progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar" (Piaget, 1982). 
 Piaget situa o problema epistemológico, o do conhecimento, ao nível de uma interação entre o sujeito e o objeto. 
 E "essa dialética resolve todos os conflitos nascidos das teorias, e permite seguir fases sucessivas da construção progressiva do conhecimento" (1974, p. 52). 
 O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos.
 Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. 
 A construção da inteligência dá-se portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras.
 A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial”. 
 A seguir os períodos em que se dá este desenvolvimento:
 motor
 verbal 
 mental
Período Sensório-Motor 
(do nascimento aos 2 anos, aproximadamente)
 A ausência da função semiótica é a principal característica deste período.
 A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo.
 É uma inteligência iminentemente prática. 
Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele). 
Os Períodos Simbólico e Intuitivo são também comumente apresentados como:
 Período Pré-Operatório
 Período Simbólico 
 (dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente)
 Período Intuitivo 
(dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente
(dos 2 anos aos 7 anos, aproximadamente)
Período Simbólico 
 (dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente)
 
 Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico.
 Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo).
 É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem").
 A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. 
 Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo.
 
 Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. 
 Não há liderança e os pares são constantemente trocados. 
 Existem outras características do pensamento simbólico: como por exemplo o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”), etc.
Período Intuitivo 
(dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente)
 Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. 
 Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. 
Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo).
 
 Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro. 
Período Operatório Concreto 
 (dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente)
 É o período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substância, volume e peso. 
 Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória.
 
 Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. 
 A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.
Período Operatório Abstrato 
 (dos 11 anos em diante)
 É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se
do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. 
 É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade. 
 A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. 
 A compreensão deste processo é fundamental para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando. 
 A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. 
 O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo. 
“Aceitar o ponto de vista de Piaget,
portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de ator no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola piagetiana!” (Lima, 1980, p. 131).
O lema 
“o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender”, do Método Psicogenético, criado por Lauro de Oliveira Lima, tem suas bases nestas teorias epistemológicas de Jean Piaget.
Existem outras escolas, espalhadas pelo Brasil, que também procuram criar metodologias específicas embasadas nas teorias de Piaget. Estas iniciativas passam tanto pelo campo do ensino particular como pelo público.
 
Alguns governos municipais, inclusive, já tentam adotá-las como preceito político-legal. 
 Todavia, ainda se desconhece as teorias de Piaget no Brasil.
 
 Pode-se afirmar que ainda é limitado o número daqueles que buscam conhecer melhor a Epistemologia Genética e tentam aplicá-la na sua vida profissional, na sua prática pedagógica.

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