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AMOSTRAS EM BIOQUÍMICA CLÍNICA Prof. Ronaldo Costa DEFINIÇÃO Material ou parte de um fluído corpóreo ou tecido coletado para exame, estudo ou análise. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa PROCEDIMENTOS RECEBIMENTO E LEITURA DA SOLICITAÇÃO MÉDICA; ORIENTAÇÕES AO PACIENTE: Necessidade de jejum? Por quanto tempo? Restrição alimentar? Tipo de amostra Fornecimento de frasco, orientações de coleta; Quantidade de amostra que deve ser coletada; Horário da coleta x horário entrega ao laboratório; Cuidados com a manipulação da amostra, armazenamento, tempo. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa COLETA DA AMOSTRA: Quantidade adequada; Identificação do paciente e da amostra; Confidencialidade do paciente; Informações sobre o caso clínico; Registro do paciente e da amostra; Tipo de tubo para coleta; Viabilidade da amostra; Tipos de amostras Sangue: sangue total, soro e plasma Urina Fezes LCR Outros líquidos: pleural, sinovial, ascítico, amniótico, pericárdico, peritoneal. Suor Saliva Cálculos (pedras) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa SANGUE Sangue Total : é uma amostra de sangue arterial, capilar ou venosa na qual as concentrações e propriedades intra e extra-celulares dos constituintes permanecem relativamente inalteradas quando comparado com o seu estado in vivo. É obtida com anticoagulante in vitro para estabilizar os constituintes por um certo período de tempo. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa SORO É o fluído que resta após a coagulação do sangue obtido in vitro sem anticoagulante, Espontaneamente ou por centrifugação, que deve ser removido. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa PLASMA É o fluído sobrenadante obtido in vitro com anticoagulante,espontâneo ou centrifugado. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Plasma Sangue Total 9 ESCOLHA DA AMOSTRA SORO OU PLASMA? PLASMA VANTAGENS : Economia de tempo – pode ser centrifugado imediatamente. O soro após 30 min. Produção maior: 15 a 20% a mais de volume na mesma amostra. Prevenção de interferentes de coagulação induzida: pode ocorrer bloqueamento das bombas de sucção dos analisadores com tubos que utilizaram soro. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Prevenção de coagulação – mudanças induzidas: Aumento da concentração de por conta de plaquetas no soro ( potássio, fosfato, magnésio, TGO, DLH). Diminuição da concentração dos constituintes do soro como resultado do metabolismo e coagulação (glicose, proteínas totais). Ativação da lise das hemácias e leucócitos do sangue não coagulado (hemoglobina livre) Certos analitos só podem ser medidos no plasma (amônia). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa DESVANTAGENS DO PLASMA Contaminação com cátions: NH4+ , Li+ , Na+ , K+ Interferências dos ensaios por complexos metálicos com EDTA e Citrato: inibição da atividade da fosfatase alcalina pela ligação com o zinco, ligação do cálcio (ionizado) pela heparina. Interferência do fibrinogênio nos imunoensaios heterogenos 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Inibição das reações metabólicas ou catalíticas pela heparina: taq-polimerase na reação de PCR. Interferência na distribuição dos íons entre o espaço intra e extracelular pelo EDTA e Citrato (Cl- ,NH4+) Eletroforese do soro, só pode ser realizada após pré-tratamento de coagulação do plasma. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa ANTICOAGULANTES São aditivos que inibem o sangue e o plasma evitando a coagulação, e os constituintes que serão analisados não terão as concentrações mudadas por processos analíticos. A anticoagulação ocorre pela ligação dos íons de cálcio (EDTA, citrato) ou pela inibição da atividade de trombina (heparina). Podem ser sólidos ou líquidos ao serem misturados imediatamente após a amostra colhida. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa São utilizados diretamente os tubos de coleta distinguidos por cores nas tampas. Os códigos de cores são: EDTA = roxa/lilás Citrato 9+1 = azul/verde Citrato 4+1 = preto/cinza Heparina = verde/laranja Sem aditivos (soro) = vermelho/branco 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa EDTA Sal de ácido etileno diamino tetracetico: é um agente quelante, liga-se aos cátions bivalentes como Ca++ e Mg++; Concentração: 1,2 a 2,0 mg/mL de sangue; (K2)EDTA: Sal de ácido etileno diamino tetracetico dipotássico (K3)EDTA: Sal de ácido etileno diamino tetracetico tripotássico (Na2)EDTA: Sal de ácido etileno diamino tetracetico dissódico. Inibe a CPK , fosfatase alcalina, e aumenta a piruvatoquinase. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa CITRATO São utilizados para estudo de coagulação (protrombina) Concentrações: Citrato trissódico com 0,1 a 0,13 mol/L de ácido citrico. Citrato tamponado com pH 5.5 a 5.6: 84 mol/L citrato trissódico com 21 mmol/L de ácido citrico. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Diferenças foram notificadas entre Citrato 3,2% e 3,8% (v/v) nos resultados apresentados no INR. A WHO e NCCLS recomendaram 0.109 mol/L (3,2%) de ácido citrico e a Sociedade Internacional para Tromboses e Homeostasia (ISTH) recomendaram o uso de citrato tamponado para investigação de funções hemostáticas. Uma mistura de 1 parte de citrato com 9 partes de sangue é recomendado para testes de coagulação – tampa azul Uma parte de citrato com 4 partes de sangue é recomendado para determinar razão de sedimentação de eritrócitos – tampa preta. Devido á saída de água das hemácias são pouco usados na bioquímica. Inibem fosfatase alcalina e amilase. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Em bancos de sangue é muito usado na mistura ACD ( ácido citrico, citrato e dextrose). Solução ACD-A (Na3 ) citrato, 22g/L; ácido citrico 8,0 g/L; dextrose 24,5 g/L – tampa amarelo brilhante Solução ACD-A (Na3 ) citrato, 13,2g/L; ácido citrico ,48 g/L; dextrose 14,7 g/L – tampa amarelo brilhante 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa HEPARINA Existe normalmente no sangue mas, em condição inferior para se evitar coagulação do sangue recém colhido. É disponível como sais de sódio, potássio, lítio, e amônia, 12 para 30 IU/mL não fracionada com massa molecular de 3 a 30 KD foi recomendado para se obter plasma heparinizado. Inibe a fosfatase ácida e interfere na ligação do cálcio com o EDTA em métodos para mensuração do cálcio. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Muito útil quando se quer evitar hemólise mesmo em concentrações mais altas. As preparações comerciais que podem estar contaminadas por fosfatos, não servem para dosagem de fosfato. Não pode ser esterilizado por autoclavação, pois se inativa mesmo em temperatura ambiente o resíduo pode ficar insolúvel. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa OUTROS ANTICOAGULANTES Fluoreto de Sódio – tampa cinza É um anticoagulante fraco adicionado como um conservante da glicose no sangue junto com outro anticoagulante (ex. oxalato de potássio na concentração de 2,0 g/mL de sangue). Preserva a glicose no sangue total por 8 a 12 h a temperatura ambiente, e por 48h na geladeira. Usado sozinho para evitar coagulação necessita de 3 a 5 vezes maior. Interfere em exames comuns para uréia nitrogenada. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Iodoacetato de Sódio – tampa verde claro É um agente anticoagulante efetivo na concentração de 2,0 g/L, e um substituto do fluoreto de sódio. Não inibe a urease podendo ser utilizado nas dosagens de glicose e uréia da mesma amostra. Tem pouco efeito na maioria dos testes. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa SEQUÊNCIA DE TUBOS NA COLETA COM OU SEM ANTICOAGULANTE 1º - Sangue para cultura de sangue 2º - Soro (evitar o tubo de soro como primeiro quando eletrólitos devem ser mensurados) 3º - Citrato 4º - Heparina 5º - EDTA 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa PROCESSAMENTO DA AMOSTRA Espécimes de sangue devem ser centrifugadas dentro de 1h após a coleta e, soro e plasma devem ser removidos do contato com hemácias. Caso não se possa separar dentro de h a amostra deve ser deixada em temperatura ambiente, em vez de 4ºC para evitar hemólise. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Analitos lábeis (hormônios), plasma e soro devem ser congelados imediatamente após a centrifugação. Os tubos devem ser centrifugados com tampa afim de: reduzir a evaporação de substâncias voláteis; evitar espalhamento de partículas infecciosas; manter condições anaeróbicas (cálcio ionizado e CO2 ) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Centrifugação 10 min. Utilizando uma força relativa de centrifugação (RCF) e rotações por minuto (RPM) RCF e RPM são calculados usando raio de rotação R (distância entre o eixo de rotação e a base do rotor em cm). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa RCF = 11,18 x r (rpm/1000)2 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Temperatura entre 20 e 25ºC. Centrifugação refrigerada deve ser utilizada apenas quando o analito requer Após a centrifugação remover soro ou plasma de tubos que não contém gel dentro de 1h, tubos com gel separador podem ser mantidos a amostra por até 48h. Tubos com gel separador – vantagens: Não precisam ser abertos previamente; Processamento curto; Evita aerossol; Previne evaporação Cria uma barreira entre soro e células. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Plasma Centrifugação de sangue com anticoagulante (Citratado, EDTA ou Heparinizado) pelo menos 15 minutos a 2000 - 3000 g para se obter plasma. Soro Quando a coagulação está completa a amostra deve ser centrifugada pelo menos 10 minutos a velocidade de 1500g. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 31 ARMAZENAMENTO Depende do analito (glicose, DLH, potássio, bicarbonato); Se não for processada dentro de 5h após a separação, refrigerar (2 a 8ºC)/24h; Alguns analitos requerem congelamento (-20ºC) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa NÃO CONGELAR SANGUE TOTAL OTIMIZAÇÃO DO VOLUME DE SANGUE 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa ESTABILIDADE E INSTABILIDADE Estabilidade: capacidade da amostra de manter as concentrações dos constituintes dentro de um tempo definido enquanto esta estiver dentro de uma condição ideal de armazenamento. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Instabilidade: uma diferença absoluta com um quociente ou desvio de percentagem dos resultados obtidos de medidas de um tempo 0 e, após um dado período de tempo. Desvio: 1/12 do intervalo de referência biológica. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Sangue total medição de K+ Tempo: 3 4 horas Resultado: 4.2 mmol/L para 4.6 mmol/L Diferença absoluta: 0.4 mmol/L Quociente: 1.095 Percentual de desvio: + 9.5 % TEMPO MÁXIMO PERMITIDO DE ARMAZENAMENTO Tempo de armazenamento é a condição de unidade de tempo adequada (dias, horas, minutos). Armazenamento de amostras primárias (sangue, urina, LCR) Armazenamento de amostras analíticas ( soro, plasma, sangue lipêmico) Tempos: Amostra Primárias – T.A (20 to 25 °C) Amostras Analíticas – T.A (20 to 25 °C), Refrigeração -(4 to 8 °C) e Congelamento (-20 °C). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa TEMPOS Amostra Primárias T.A (20 to 25 °C) Amostras Analíticas T.A (20 to 25 °C) Refrigeração -(4 to 8 °C) Congelamento (-20 °C). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Estabilidade do analito na amostra matriz QUALIDADE DE SEGURANÇA DO TEMPO DE DEMORA DURANTE A FASE PRÉ-ANALITICA Tempo de Transporte Diferença entre tempo de coleta do sangue e tempo de registro do pedido e/ou chegada da amostra no laboratório. Deve ser documentado para cada amostra. Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa TEMPO MÁXIMO PERMITIDO DE ARMAZENAMENTO Tempo de armazenamento é a condição de unidade de tempo adequada (dias, horas, minutos). Armazenamento de amostras primárias (sangue, urina, LCR) Armazenamento de amostras analíticas ( soro, plasma, sangue lipêmico) Tempos: Amostra Primárias – T.A (20 to 25 °C) Amostras Analíticas – T.A (20 to 25 °C), Refrigeração -(4 to 8 °C) e Congelamento (-20 °C). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Tempo Pré-analitico no Laboratório Diferença entre o tempo da analise e o tempo de registro da amostra. Documentação É recomendado relatar o tempo da coleta e o tempo de chegada da amostra no laboratório no relatório para a documentação do tempo de transporte. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa AMOSTRAS HEMOLÍTICAS, ICTERÍCAS E LIPÊMICAS Os testes laboratoriais podem ser afetados por fatores endógenos e exógenos na amostra. Fatores → aparência da amostra →informações adicionais e/ou análise diretas (drogas). É difícil predizer os efeitos de hemólises, lipemia e icterícia quando reagentes e sistemas analíticos sofrem mudanças. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa INTERFERÊNCIA DE RELEVÂNCIA CLÍNICA 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa DOCUMENTAÇÃO DE INTERFERÊNCIA Cada laboratório clínico deve especificar no manual da qualidade quais constituintes são afetados por alguma das seguintes propriedades da amostra. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa ÁCIDO ÚRICO-PAP Método Colorimetrico Enzimático Interferência: • Hemoglobina > 2g/L e Bilirrubina > 340 μmol/L RECOMENDAÇÕES Observar as amostras antes e depois da centrifugação. Relatar se há interferentes visíveis ou não. Identificação de analitos que podem ser ou não afetados Pré-tratamento para eliminação de interferentes. Não medição quando ultrapassar os desvios de relevância clínica. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa HEMÓLISE É a liberação de componentes intracelulares das hemácias e outros componentes dentro do espaço extracelular do sangue. Aparência da cor é devida à liberação de hemoglobina. Causas: Bioquímicas (reação de transfusão) Imunológicas (antígeno - anticorpo) Físicas (hipotonia) Químicas (resíduos) Mecânicas (centrifugação) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Detecção e medida de Hb no soro e plasma Detecção Visual Hb>300mg/L(18,8mmol/L) há coloração vermelha visível. Medida analítica Pode ser medida de concentrações que estão abaixo das concentrações visíveis para o olho humano. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Diferença de in-vivo e in-vitro 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Procedimento para recepção de amostras hemolíticas Documentar o procedimento num manual, inclusive a rejeição da amostra. Comunicar ao clínico sobre a hemólise. E se todas as amostras forem hemolisadas pode ser que seja hemólise in-vivo. Se possível tratar a amostra de acordo com o grau de interferência. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Reportar as medidas da seguinte forma: ➢Hemólise não atrapalha a metodologia: Amostra não hemolisada. ➢Hemólise atrapalha a metodologia: mas eliminada após pré-tratamento. ➢Hemólise é relevante para a metodologia. Não é recomendado corrigir a medida do resultado para hemólise aritmeticamente usando a concentração de Hemoglobina como indicador. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa AMOSTRAS LIPÊMICAS Lipemia é a turbidez do soro ou plasma a qual é causada pela elevação da concentração de lipoproteínas que é e visível ao olho. Uma transparência suficiente da amostra é um pré-requesito para detectar lipemia 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Triglicérides Alimentação Desordem metabólica 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa CAUSAS DA LIPEMIA (TURVAÇÃO) Turbidez (paciente – heparinizado) IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DA LIPEMIA Método óptico e fotométrico Sangue Total -Triglicérides >1300mg/dL- Visível Aumento no soro ou plasma Triglicérides> 300 mg/dL . A extensão pode ser medida nas amostras nos comprimentos de onda acima de 600 nm(ex: 660/700 nm) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Detecção no sangue com EDTA Testes hematológicos são influenciados pela lipemia . Hemoglobina é parentemente aumentada. É possível por análise espectrofotométrica. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Mecanismos de interferência pela lipemia nos métodos analíticos Análises Espectrofotométricas Interfere praticamente com todas medidas fotométricas por luz dispersa e absorção. Com aumento ou redução dependendo do branco. Efeito Depleção de Volume Lipoproteínas aparentemente dimunem a concentração do analito por redução do volume avaliável de água da amostra.(Na ) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa + Mecanismos Físico-Químicos Um constituinte que é extraído pelas lipoproteínas pode não ser acessível para os reagentes, tal como um anticorpo para para detecção. Procedimentos de eletroforese e cromatografia pode ser afetados por lipoproteínas presente na matriz. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Meios para achar lipemia e interferências causada por turbidez Para uma interferência de lipoproteínas nas medições após alimentação oral de gorduras, o paciente deve alimentar-se pelo menos 12 horas antes da coleta do sangue. Pacientes recebendo infusão parenteal de lipídios um período de 8 horas de interrupção do tratamento é necessário para evitar interferência de turbidez. Vários métodos têm sido recomendado para remover lipídios do soro ou plasma. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa PROCEDIMENTOS PARA REMOÇÃO Centrifugação. Extração de lipídios com solventes orgânicos. A precipitação de triglicérides (rico em lipoproteínas) pelo poliânion e -ciclodextrina. Glóbulo magnético. Sistema de clareamento óptico. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa CENTRIFUGAÇÃO Centrifugação de 1000 rpm é efetiva quando quilomícrons causa turbidez. Em contraste, pelo menos 10 min de centrifugação a 12000 rpm separa os lipídios por flotação do soro ou plasma. A separação do plasma lipêmico de amostra de sangue com EDTA usado em hematologia por centrifugação e mistura das células livres do sobrenadante com o mesmo volume de solução isotônica de NaCl. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Teste de interferência por lipemia 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Amostra de pacientes com altas concentrações de lipídios não devem ser congeladas. Lipemia pode ser simulada usando 10 ou 20 % de emulsão de gordura vegetal como é aplicada na nutrição parenteral Aparência de diversas formas de bilirrubina A Bilirrubina ocorre no plasma como uma molécula livre e ligada a Albumina. Sobre certas condições moléculas de bilirrubina diferem qualitativa e quantivamente em seus efeitos de interferência. Bilirrubina conjugada aparece na urina quando apresenta aumento de concentrações no sangue. Nos pacientes com proteinúria, a bilirrubina ligada a albumina pode aparecer também. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Após hemorragias intra-cerebral, a bilirrubina não conjugada (livre), causa xantocroma, do CSF. Pela permeabilidade aumentada da barreira sangue-cérebro, bilirrubina ligada a albumina pode aparecer também. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Detecção e documentação do aumento das concentrações de bilirrubina nas amostras clínicas. Inspeção visual não é sensitiva. Outros pigmentos interferem (ex. Hb e seus derivados). Pode ser melhor detectada quando as amostras estão adequadamente diluídas e medidas em 450 e 575 nm. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa AMOSTRA ICTERÍCA – método de seleção na Prevenção de interferência da bilirrubina Hiperbilirrubinemia em pacientes de: Cuidado Intensivo Gastroenterológicos Cirúrgicos Pediátricos Processo de branqueamento –parte frequente de um processo analítico para eliminação de interfrentes no espectro da bilirrubina. Método cinético para creatinina- sistema automatizado. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa A interferência química na bilirrubina numa reação analítica pode não ser eliminada pelo processo de branqueamento. K4[Fe(CN)6] – elimina interferência de bilirrubina no peróxido formado nos métodos enzimáticos baseado na reação de Trinder Uma mistura não-iônica tensa pode reduzir as interferências da bilirrubina na determinação espectrofotométrica do fosfato inorgânico usando fosfomolibdato. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa URINA Preservação das amostras Examinar o mais rapidamente possível, mesmo no EAS tipo I para determinação de bilirrubina ou de urobilinogênio (pigmentos instáveis se expostos à luz); Contaminação por bactérias interfere na maioria das dosagens; Se o exame for feito após 2 horas, refrigerar a amostra; 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Para preservação mais garantida além da refrigeração é necessária adição de preservativos Não existem preservativos que não apresentem algum efeito adverso ás amostras de urina para exames bioquímicos; Geralmente são usados: Formalina – usada na sua forma comercial concentrada (40%), formaldeído na proporção de 1 gota para cada 5 a 10 mL de urina ou de 1mL por litro de urina. Principal aplicação: preservação dos elementos figurados, sendo recomendada para a preservação de urina destinada à contagem de Addis. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Se a proporção de formalina for maior do que a indicada (por erro técnico ou por volume insuficiente de urina), podem surgir falsas reações positivas para glicose quando usadas fitas para glicose-oxidase (pois há desnaturação das enzimas) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Acido bórico – muito usado, sempre na proporção de 0,8 g por litro de urina. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Exemplo: ácido delta-aminolevulínico (urina refrigerada e conservada ao abrigo da luz) aldosterona estrógenos Ácido clorídrico Ácido clorídrico concentrado – na quantidade de 15mL por litro, é usado na determinação da adrenalina, da noradrenalina e da epinefrina. Para hidroxiprolina usa-se 2mL por litro. Ácido clorídrico 6N - na quantidade de 10 mL por litro, é usado na determinação do ácido vanilmandélico (VMA). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Fluoreto de sódio – na quantidade de 10 mg por litro, é acrescentado na urina para preservação de açúcares; Bicarbonato de sódio – na quantidade de 5 g por coleta de 24h, é usado na determinação de coproporfirinas e uroporfirinas. Timol – na proporção de 6 mL por litro de urina para algumas determinações como, por exemplo, de mucopolissacarídeos. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa URINAS MINUTADAS Urina de 12h esvaziar a bexiga completamente no início da coleta e descartar essa 1ª urina, daí em diante colher todas as urinas em um ou mais frascos durante o tempo de 12h, sendo que a última urina é também adicionada ao frasco; conservá-la em frascos limpos e de preferência plásticos de água mineral, sob refrigeração e ao abrigo da luz (em folhas de alumínio), e levá-la após a coleta imediatamente ao laboratório 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Urina de 24h esvaziar a bexiga completamente no inicio da coleta e descartar essa 1ª urina, daí em diante colher todas as urinas em um ou mais frascos durante o tempo de 24h, sendo que a última urina é também adicionada ao frasco; conservá-la em frascos limpos e de preferência plásticos de água mineral, sob refrigeração e ao abrigo da luz (em folhas de alumínio), e levá-la após a coleta imediatamente ao laboratório 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Conservantes Concentrações por volume ÁcidoClorídrico 6mmol/L;30mL por coleta ÁcidoAcético 50%;25mL por coleta Carbonatode Sódio 5 g por coleta ÁcidoNitríco 6mmol/L; 15mL por coleta Ácido Bórico 10 g por coleta LÍQUIDOS Líquor e líquidos cavitários devem ser mantidos à temperatura ambiente e encaminhados com urgência ao laboratório para processamento imediato. As cavidades pleural, pericárdica e peritoneal mantém uma pequena quantidade de líquido seroso que lubrifica a superfície das membranas parietal e visceral. O procedimento da coleta é chamado de Paracentese. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Líquido Pleural Toracocentese: utilizar seringa heparinizada Volume recomendado: 50 a 60 mL Anticoagulante: 0,5 mL de heparina para uma seringa de 20 mL Envio : imediato ao laboratório Conservação: refrigeração (4 - 8ºC) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Análises Laboratoriais O volume total do líquido coletado deve ser distribuído em alíquotas e encaminhado às diversas seções do laboratório para as dosagens solicitadas. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Distribuição laboratorial das alíquotas de líquido pleural. Determinações bioquímicas como: glicose, proteínas (totais e frações), desidrogenase lática, colesterol, triglicérides e amilase Recomenda-se a coleta de: 7 a 10 ml de líquido, utilizando-se seringa heparinizada (conforme orientação anterior). Imediatamente após a coleta, a amostra deve ser transferida para um tubo seco siliconizado estéril, sem adição de anticoagulante, com ou sem gel. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Marcadores tumorais, de outras proteínas como ceruloplasmina, imunoglobulinas e beta-2 microglobulina, ou ainda a realização de eletroforese das proteínas, há necessidade de um volume maior de líquido (tubos adicionais), que deve ser colhido nas mesmas condições descritas anteriormente. Para a avaliação do fibrinogênio e dos produtos de degradação do fibrinogênio, o líquido deve ser colhido em um tubo próprio para exames de coagulação (tubos com citrato de sódio - tampa azul). 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Para a caracterização dos derrames pleurais como transudatos ou exsudatos, recomenda-se que a amostra de sangue seja colhida simultaneamente à coleta do líquido para que a interpretação da relação pleural-sérica de proteínas e desidrogenase lática seja confiável. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Outros exames laboratoriais realizados no líquido pleural, como marcadores tumorais, perfil reumatológico (fator antinúcleo, proteína C-reativa, prova do látex, complemento) e perfil de coagulação (fibrinogênio, produtos de degradação do fibrinogênio) também levam em consideração os valores séricos na interpretação dos resultados Para a determinação do pH no líquido pleural, utilizável no diagnóstico diferencial dos exsudatos, os mesmos cuidados dispensados para a análise do pH arterial devem ser tomados. A amostra deve ser colhida anaerobicamente em seringa heparinizada e mantida em condição anaeróbica até o encaminhamento ao laboratório. O transporte deve ser em recipiente com gelo e o exame deve ser processado dentro de 1hora desde a coleta. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Para a dosagem de adenosina deaminase, o líquido pleural pode ser encaminhado em tubo seco estéril (sem adição de anticoagulante) ou em tubo anticoagulado (EDTA). As amostras também devem ser encaminhadas acondicionadas em recipiente com gelo, ou imediatamente após a coleta. No caso de o laboratório não realizar o exame nas primeiras quatro horas desde a coleta, recomenda-se centrifugar o material e congelar alíquotas do sobrenadante para posterior determinação. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Líquido Ascítico A ascite é o acúmulo de líquido no interior do abdome, conhecida como “barriga d’agua”. É uma das principais manifestações da cirrose hepática. Múltiplos fatores contribuem para a formação da ascite: hipertensão sinusal, hipoalbuminemia, capacidade fixa de reabsorção da ascite, maior reabsorção de sódio pelos rins e a vasodilatação arteriolar esplênica. O maior fator responsável pela formação da ascite é a hipertensão portal, que ocorre quando a pressão venosa portal excede a pressão existente nas veias abdominais não-portais em pelo menos 5 mmHg, gerando a formação de vasos colaterais portosistêmicos em um esforço para igualar as pressões entre os dois sistemas venosos 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Parecentese – é o tratamento médico de retirada de líquido ascítico do abdome, através de um agulha de grande calíbre. As parecenteses de grande volume (4 a 20 litros por sessão) devem ser realizadas com simultânea adequada reexpansão do volume intravascular, através da infusão de soluções colóides como albumina humana, dextrana 70 e poligelina. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Liquido sinovial Artocentrese – técnica utilizada para obter o liquido sinovial. Retirado das articulações, para auxiliar na caracterização dos tipos de artrites e diferenciar efusões não inflamatórias de fluídos inflamatórios. Mensurações bioquímicas de glicose e proteínas, utilizar tubos com EDTA. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Liquido amniótico Amniocentese - Realizada para diagnóstico pré-natal de doenças congênitas, avaliar a maturidade fetal ou procurar por isoimunização Rh ou infecciosa intrta-uterina. Volume: 10ml em uma seringa conectada a uma agulha espinhal. Utilizar coletores estéreis, tipo tubos de propileno ou coletores de urina. Para determinação bioquímica a amostra deve ser transferida para um tubo escuro.(fotodegradação) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Liquido cefalo-raquidiano (LCR) Material: LCR, amostra recente. O volume mínimo para o exame básico é de 5 mL. Colheita, conservação: A colheita é sempre realizada por especialista, em condições de assepsia. A punção é realizada em local determinado pelo Médico Assistente, ou de acordo com as condições clínicas do paciente, podendo ser suboccipital, lombar, ventricular ou cervical. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa V.R.: proteína total - varia com o local da punção e com a idade glicose:45 a 85 mg/dL; cloretos: 670 a 740 mg/dL (NaCl); cloro: 115 a 127 mEq/L; uréia: até 35 mg/dL; TGO: 4 a 15 U/L; DHL: 5 a 35 U/L; CK: O a 6 U/L; Globulinas: reações negativas; Eletroforese de proteínas: Imunoglobulinas: IgG - 0,90 a 4,90 mg/dL, lgA - 0,02 a 0,40 mg/dL, IgM - O a 0,12 mg/dL. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa SUOR Geralmente é utilizado para determinações de íons em RN e crianças pequenas. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Sua utilização: Coleta: Sudorese natural, aplicação de calor ou iontoforese. Coleta Normalmente induzida: Lavar membro superior do paciente com água destilada e deixar secar. Embrulhar o membro superior ou a criança num saco plástico previamente lavado com água deionizada e seco. Fechar hermeticamente o saco para que não haja perda de suor. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Embrulhar o saco plástico num cobertor. Submeter a área a uma fonte de calor, por2h. Retirar o cobertor e o saco plástico com cuidado para não perder o suor acumulado. Colher o suor em pipeta ou seringa 2-8mL de suor de RN 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Utiliza eletrodos positivo (saturado em pilocarpina) e negativo (saturado em solução fisiológica) que são fixados em papel de filtro e são postos em contato com a pele. Iontoforese 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Liga-se o aparelho, e faz-se passar uma corrente de 2mA, durante 5 minutos. Logo em seguida remove-se o papel de filtro, lava-se a área do pólo positivo e seca-se. Pesa-se um papel de filtro que é transferido para a área e coberto com um plástico e fixado na pele. Após 30 minutos a 1h retira-se o papel e transfere para um recipiente estéril e enviado ao laboratório. Adesivos: especiais que, aderidos à pele, absorvem o suor liberado pelo corpo. SALIVA Limitado o uso em determinações laboratoriais. A amostra é obtida após enxague da boca com água e mascado um produto inerte (borracha ou cera de parafina). A primeira saliva é descartada e depois e coletada as amostras num frasco de vidro 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa ESPERMA Paciente entra em orgasmo por manipulação auto-erótica e segura a ejaculação, apertando o pênis com a mão, mantendo o prepúcio distendido, de modo a ficar com o meato completamente livre. Com a outra mão abre a placa de Petri (obrig. estéril no caso de cultura) e, solta os dedos que apertam o pênis. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Despejar o esperma diretamente na placa e entregar ao funcionário do laboratório, que além da identificação do paciente e do número do exame, marca a hora exata da coleta. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa TESTE COMPLEMENTARES Ácido cítrico (equilíbrio osmótico do esperma) Fosfatase ácida (indica abuso sexual) Zinco (infecções prostáticas) Frutose ( síndrome andrológica, prostatovesiculites, ejaculações incompletas) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Outras variáveis pré-analiticas NÃO CONTROLÁVEIS: Biológicas: sexo, raça, idade. Ambientais: altitude, temperatura, localização. Condições médicas de base: obesidade, gravidez, cegueira, estresse, febre, choque e trauma, transfusões e infusões. 102 Além das diferenças hormonais específicas e características de cada sexo, outros parâmetros sangüíneos e urinários se apresentam em concentrações distintas entre homens e mulheres em decorrência das diferenças metabólicas. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa SEXO 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Analito Homem Mulher Albumina maior menor Cálcio maior menor Hemoglobina maior menor Magnésio maior menor Creatinina maior menor Apo-A1 menor maior HDL menor maior IDADE Muitos parâmetros possuem concentração ou atividade distintas em relação à idade do indivíduo, na dependência de diversos fatores, tais como maturidade funcional dos órgãos e sistemas metabólicos e massa corporal, e pode depender do método analítico utilizado. Em situações específicas, os intervalos de referência devem considerar essas diferenças. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Récem- Nascido 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Hemoglobina Bilirrubina Potássio Cálcio AST CK Glicose Uréia ALT INFÂNCIA E PUBERDADE 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa ALT ALP LDL Creatinina Proteínas Ácido Úrico ALP ADULTO ATÉ A MEIA IDADE 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Fosfato(M e H) Uréia Creatinina(M) ALP(M) Colesterol Triglicérides Cálcio, Fosfato(M e H) Proteína Albumina ADULTO IDOSOS 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Fosfato (M) Ácido úrico(M) ALT(M) ALP(M) Lipídios(M) Creatinina PTH Testosterona Estrógenos T3 e T4 RAÇA 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Negros Albumina Metabolismo de carboidratos Negros Proteínas Totais, CK, LD, ALP. Brancos Colesterol Triglicérides Hemoglobina Amilase,(imigrantes das Indias ocidentais no UK) 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Altitude: hemoglobina por cauda da PO2 atmosférica reduzida transferrina, PCR, beta-globulina. Fatores Ambientais TEMPERATURA Exposição ao calor diminui em até 10% proteínas plasmáticas. Sudorese excessiva pode ocorrer hemoconcentração. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Regiões de água dura: aumenta lipídios e magnésio Áreas de fusão de minério: aumenta concentração de elementos – traço Áreas urbanas intensas: aumento da carboxihemoglobina Recintos fechados: aumento do cálcio pela menor quantidade de 25-hidroxivitamina D 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa LOCALIZAÇÃO 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Obesidade Colesterol Triglicérides LDL Glicose AST Creatinina Prot. Totais(M), Cálcio (F) Fosfato, Ferro Transferrina. CONDIÇÕES MÉDICAS DE BASE 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Cegueira Creatinina Uréia Colesterol Bilirrubina Glicose Ácido Úrico Proteínas há um aumento do volume do sangue de 2,6 L (ínicio) para 3,5 L (final), causando uma hemodiluição e reduzindo a concentração de algumas proteínas. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa GRAVIDEZ estresse Influencia nas concentrações de vários constituintes como, a estimulação da secreção de hormônios. Colesterol Glicose Lactato 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa FEBRE Provoca muitas respostas hormonais causando modificações em alguns constituintes Fosfatos Glicose Eletrólitos Ác. Úrico Ferro Creatinina Zionco pH 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Após injúria a filtração glomerular pode estar diminuída levando a um acúmulo de uréia e outros produtos do metabolismo da proteína. Diminui proteínas plasmáticas. O dano associado ao trauma cirúrgico aumenta a atividade sérica de enzimas (CK, CK-MB) Maior catabolismo tecidual leva á produção de metabólitos ácidos, como o aumento do lactato. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa CHOQ EU E TRAUMA Transfusões e Infusões Transfusão de sangue ou plasma, dependendo da quantidade administrada pode elevar a quantidade de proteínas plasmáticas, potássio, ferro sérico. Ruptura de eritrócitos eleva a atividade LD, e bilirrubina. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Infusões de glicose reduz concentração de fosfato e potássio. infusão de soluções de albumina aumenta a atividade de ALP, se a albumina tiver sido preparada a partir de placenta. Devido à influência dos componentes infundidos da concentração dos constituintes circulantes. Coletar sangue 8h após uma infusão de uma emulsão de gordura, pois os resultados podem não ser confiáveis. Coletar sangue 1h após a infusão de carboidratos, aminoácidos, proteínas hidrolisadas ou eletrólitos. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Controláveis – fatores fisiológicos: Postura Da posição supina para a ereta ocorre afluxo de água e substâncias filtráveis do espaço intravascular para o intersticial. Substâncias não filtráveis terão sua concentração relativa elevada. Albumina, colesterol, triglicerídeos, hematócrito, hemoglobina, drogas que se ligam às proteínas e o número de leucócitos podem ser superestimados de 8 a 10% da concentração inicial. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Outras variáveis pré-analiticas Em posição supina, um adulto possui 600 a 700 mL a menos de volume intravascular do que quando em decúbito. Tempo para equilíbrio De pé deitado : 30 minutos Deitado em pé : 10 minutos 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Em 4 dias o hematócrito se eleva em até 10% O PSA pode reduzir até 50% após dois dias de permanência no leito Permanência prolongada no leito Hemodiluição Redução de: proteína e albumina (0,5 e 0,3 g/dL), potássio sérico, íons de hidrogênio. Aumenta cálcio ionizado, Prolongado repouso ao leito: As alterações nas concentrações dos analitos se devem a: Trocas de fluídos entre os compartimentos intravascular e intersticial Alteração na concentração de hormônios estimulados pela troca da atividade; Perda de fluído devido ao suor EXERCICIOS FISÍCOS 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Exercício Analito Não treinado Leve Moderado vigoroso Glicose Normal Normal Aumento Diminui Lactato Normal Aumento Aumento Aumento pH e PCO2 Normal Diminui Diminui Diminui Colesterol Normal Diminui Diminui Diminui Triglicérides Normal Diminui Diminui Diminui Uréia Normal Aumento Aumento Aumento Ácido úrico Normal Aumento Aumento Aumento Creatinina Normal Aumento Aumento Aumento Se refere ao padrão de produção, excreção e concentração de analitos a cada 24h. São influenciados por condições biológicas (postura, atividade, luz, sono etc) Os hormônios têm efeitos sobre os analitos e também estão sujeitos às variações cicardianas. Ex.: insulina mais elevada pela manhã RITMO CIRCADIANO variação (%) entre 08:00 e 14:00h 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa ALT, 56 U/L Ferro, 37 mg/dL AST, 25 U/L Uréia, 22mg/dL F. alcalina, 20 U/L DHL, 16 U/ L Colesterol, 15mg/dL 15 Creatinina, 14,5 mg/dL Ác. Úrico,11,5mg/dL Fósforo, 10,7 mg/dL Potássio, 7,1 mEq/L Proteínas, 4,8 g/dL Cloro, 3,8 mEq/L F. Ácida, 3,0 U/L Cálcio, 3,2 mg/dL 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Devido a perda de fluído e alterações hormonais, vários analitos são afetados pelo ciclo menstrual. CICLO MENSTRUAL Analito Ciclo Concentração Colesterol Meio Aumentada Triglicérides Meio Aumentada Proteínas totais Ovulação Diminuída Albumina Ovulação Diminuída Fosfato Menstruação Diminuída Ferro Menstruação Diminuída Magnésio Menstruação Diminuída Creatinina Menstruação Aumentada dieta 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Rica em proteínas aumenta: uréia, colesterol, fosfato, ácido úrico, amônia. Rica em gordura aumenta: triglicérides e reduz ácido úrico. Rica em carboidratos :como a sacarose e amido, aumentam LD e ALP. Diminui a VLDL, colesterol, triglicérides e proteína Dieta vegetariana diminui LDL e VLDL. Ingestão de alimentos O tempo entre a alimetação e a coleta de sangue afeta alguns analitos. Após uma refeição aumenta: Glicose, Ferro. Refeição rica à noite a base de proteínas aumenta uréia, fosfato e urato e colesterol. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa nutrição Mal nutrição diminui proteíns totais e frações, transferrina, colesterol, triglicérides, uréia, creatinina e a maioria das enzimas. Jejum e Inanição de 24 horas até 3 dias reduz glicose, pH, bicarbonato e PCO2 e PO2. Jejum por até 6 dias aumenta o colesterol, triglicérides e diminui o HDL. Com o prolongamento diminurá o Colesterol e Triglicérides. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Estilo de Vida Tabagismo Fumar promove aumento da concentração de Hb, Glicose, lactato,colesterol,triglicérides, LDL.,cortisol,aldosterona, adrenalina. Reduz a concentração de HDL-colesterol. Álcool Consumo esporádico de etanol provoca aumento na concentração plasmática de glicose e de ácido láctico, ácido úrico, triglicérides,HDL, γGT Há diminuição do bicaarbonato pelo ácumulo de lactato, colesterol LDL. 04/03/2012 Bioquímica Clínica - Prof. Ronaldo Costa Drogas Efeitos fisiológicos Indução enzimática Inibição enzimática Competição metabólica Ação farmacológica Efeitos analíticos Ligação às proteínas Reação cruzada Drogas – efeitos fisiológicos Indução enzimática Fenitoína Gama-GT Eleva Inibição enzimática Alopurinol Ácido úrico Reduz Inibição enzimática Ciclofosfamida Colinesterase Reduz Competição Novobiocina Bilirrubina indireta Eleva Aumenta transportador Anticoncep. Oral Ceruloplasmina- Cobre Eleva Drogas – efeito analítico Reação cruzada Espirolactona Digoxina Elevação aparente Reação química Cefalotina Creatinina Elevação aparente Hemoglobina atípica Salicilato Glico hemoglobina Elevação aparente Metabolismo 4-OH propranolol Bilirrubina Elevação aparente Drogas Anticoncepcionais orais Aumentam enzimas hepáticas (fisiológico) Opiáceos Aumentam enzimas pancreáticas (fisiológico) Diuréticos tiazídico Aumentam glicose e ácido úrico (fisiológico) Propanolol aumenta bilirrubinas (analítico) Fenitoína Reduz bilirrubina indireta e eleva enzimas hepáticas (fisiológico) Administração via muscular aumenta CK e LD Morfina aumenta ALT,AST, ALP, Amilase, Lipase, bilirrubina Heroína, aumenta colesterol, potássio, PCO2 e dimiui PO2 e albumina Maconha aumenta , NA+, K+, Cl-, Uréia e diminui glicose, creatinina e urato.
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