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Caderno Resumo Criminologia

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CRIMINOLOGIA
1 - Crime pode ser visto sob o aspecto “legal”;
2 - Pode ser visto sob o aspecto da “segurança pública” (ordem pública): crime é aquilo que causa desordem pública, perturbação social;
3 – Crome sob o aspecto “social” (Niklas Luhmann): descumprimento de expectativas sociais. Gera um “desequilíbrio social” dentro do sistema, que é chamado de “autopoiese” (ex.: escola, direito, igreja, etc., devem viver em equilíbrio, de forma harmônica). Para o restabelecimento desse sistema, Gunther Jakobs defendeu o Direito Penal do Inimigo, já Claux Roxin sustentou a tese de proteção ao “bem jurídico”.
	Direito Penal do Inimigo de Gunther Jakobs: supressão de garantias de pessoas que não reconhecem a ordem social. Ex.: terrorista. No Brasil: RDD (para quem integra ou haja indícios que integre organização criminosa).
	Direito Penal do Autor de Mezger: pune-se a pessoa pelo o que ela é. Ex.: pobre.
	Direito Penal e suas velocidades de Silva Sanches:
	1ª velocidade (pena privativa de liberdade = mais garantias)
	2ª velocidade (pena restritiva de direitos = menos garantias)
	3ª velocidade (direito penal do inimigo de Jakobs) = supressão de garantias para aplicação de pena.
Conceito de Criminologia
Edwin Sutherland: Ciência que estuda o fenômeno e as causas da criminalidade.
* É uma ciência autônoma, com métodos e objetos próprios.
- Método empírico/pragmático/indutivo = experimental.
Diferente do sistema lógico-abstrato (dedutivo) do Direito Penal.
Na criminologia se analisa o caso concreto do ponto de vista social.
Exemplos: art. 59, caput, do CP (comportamento da vítima); art. 16 do CP (reparação do dano).
*Hoje não existe mais o “duplo-binário” (pena de reclusão e também de medida de segurança)
- Objetos próprios: crime e as suas expectativas sociais, crime como causa de dor/aflição.
* Controles sociais: conjunto de instituições que visam promover a submissão de um indivíduo aos seus dogmas.
	Informais: ex.: escola -> bullying; família -> pais (espelhos); igreja;
	Formais: órgãos estatais (polícia, MP, judiciário);
* A atuação desses órgãos acaba por estigmatizar as pessoas
Funções da criminologia:
- Informar: informar a sociedade/poder público acerca do crime, acerca do criminoso, e do combate à criminalidade.
- Prevenir: 
Prevenção no Direito Penal:
Especial (envolve o criminoso)
- Positiva (ressocializadora)
- Negativa (neutralizadora): aplicação de pena
	Geral (envolve a sociedade)
		- Positiva (integradora)
		- Negativa (exemplificadora)
**Prevenção na Criminologia:
	- Primária (mais eficaz) -> políticas públicas
	- Secundária -> focos de criminalidade (ir até o local)
	- Terciária -> criminoso (condenado, ressocialização)
Política criminal = conjunto de ideias sistematizadas, que por meio da técnica legislativa, serão filtradas e aplicadas pelos legisladores.
*Escolas de Criminologia
Marcos teóricos:
	1 – Escola clássica:
		- Lei -> Código Penal para estudar o crime/criminoso.
		- Paradigma: Princípio da Legalidade
		- Método dedutivo/lógico-abstrato
		- Cesare Becharia (“Dos delitos e das penas”)
- Livre arbítrio (homem é livre para atuar). Contraria o “determinismo social”, onde o meio influencia na conduta.
	2 – Positivista
		- Paradigma etiológico: estuda causa/origem do crime/criminoso, de forma empírica/conforme o caso concreto;
		- Método próprio;
		- Autonomia;
		- Objetos próprios;
		- Estudiosos:
Cesare Lombroso (aspectos biológicos) --> “Direito Penal do Autor” (Mezger) # “Direito Penal de Ato” (hoje)
		Enrico Ferri dizia que o criminoso era um “ser anormal” e deveria ser tratado por meio de “medidas de segurança” (deveriam ser aplicadas de forma indeterminada). No Brasil, hoje, a medida de segurança não deve ultrapassar o máximo da pena em abstrato. Enrico Ferri também contribuiu para considerar o aspecto social que envolve a criminalidade e formulou o “determinismo social”, ou seja, o meio leva as pessoas à criminalidade. *Primeira análise de “vulnerabilidade” (# livre- arbítrio).
		Rafael Garofalo ->criminoso tem um “déficit moral” e deve receber pena de morte. O que Rafael Garofalo defende é uma “prevenção especial negativa” do Direito Penal.
	3 – Interacionista/Etiquetamento/Label Approach
		- Paradigma: social (determinismo social é o único e exclusivo fator do surgimento do crime);
		- Vulnerabilidade em razão do meio em que ela nasce;
		- “Teoria da coculpabilidade” (Zaffaroni) 
			Fundamenta-se no art. 6º da CF: direitos sociais.
Como o Estado não dá esses direitos, o Estado-juiz deve aplicar o art. 66 do CP (atenuante inominada)
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
			Quanto maior a vulnerabilidade do agente, menor a culpabilidade!
		- “Coculpabilidade às avessas” (crimes de colarinho branco)
			QUANTO MENOR A VULNERABILIDADE, MAIOR A PENA!
			Tinham tudo e ainda praticaram crime!
		- Teoria do “Etiquetamento”
			Controles sociais como forma de rotular as pessoas;
			Rótulos devem ser evitados;
			Culpabilidade de ato # autor;
		
		- Escola de Chicago
			Teorias sociológicas (aspectos ecológico/urbanístico);
Periferia é o foco criminoso (“subcultura delinquente” = Estado paralelo) e, portanto, o Estado deveria se fazer presente;
			1. Teoria das janelas quebradas (George Kelling)
Quando mais degradado o lugar, maior a probabilidade de crime, pois demonstra a falta de presença estatal.
Por menor que seja o crime, ele tem que ser punido.
	
			2. Tolerância zero (Nova York)
	
	4 – Radical/reação social/crítica
		- Luta de classes;
		- Direito Penal é instrumento de dominação;
	5 – Minimalista
- Direito Penal deve se importar apenas com os bens mais caros, de forma subsidiária, ou seja, quando os demais ramos forem insuficientes, e de forma fragmentária, onde será feita a tutela de apenas alguns bens.
	6 – Escola abolicionista (Zaffaroni)
		- O Direito Penal deve ser extinto (o sistema está falido);
		- Cifras negras/ocultas: Justiça pega só 10% dos crimes;
- Administrativização do Direito Penal: substituir por medidas administrativas, mais céleres;
		- “Justiça restaurativa”: resolução dos conflitos por meio da reparação do dano;
	7 – Vitimização
		Espécies:
		1. Primária -> ofensa a um bem jurídico (ex.: estupro -> dignidade sexual)
		2. Secundária -> sistema não acolhe a vítima. É ofendida novamente.
		3. Terciária -> “Cifras Negras/Ocultas”
Modelos de reação ao delito
1. Clássico/Dissuasório: visa a retribuição (Hegel) do mal causado pelo crime.
	- Art. 59, caput, do CP = reprovação
	- Participantes: Estado/criminoso (exclui a vítima)
2. Ressocializador: prevenção
	Art. 59, caput, do CP: retribuição e PREVENÇÃO (ambos adotados pelo sistema brasileiro)
	- A vítima irá ter participação na ressocialização do criminoso. O criminoso, após cumprir a pena, irá conviver com a vítima novamente;
3. Reparação do dano (“3ª via do Direito Penal”) = transação penal (Lei 9099/95)
	Participantes: vítima/criminoso (“privatização dos conflitos”)

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