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Funcionamento psíquico - noções básicas

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ITPAC - Porto Nacional
Noções básicas sobre o funcionamento psíquico
 O funcionamento psíquico é baseado em uma complexa interação de elementos biológicos, psicológicos e sociais. 3 fenômenos devem ser considerados ao avaliar o estado psicológico e o comportamento de uma pessoa. o primeiro é que o comportamento ou estado emocional variam enormemente com a idade. O segundo fenômeno é que o desenvolvimento psicológico não prossegue de modo uniforme. o terceiro trata do ambiente ou à cultura em que cada pessoa vive, com suas peculiaridade, tradições e costumes.
 A normalidade tem um conceito ambíguo. Depende das normas culturais, dos valores e da época dentro do contexto social. Para a saúde é quando não há nenhuma psicopatologia presente. A normalidade como utopia é quando há equilibrio harmonico de diversos elementos do aparelho mental que estimulam um otimo funcionamento. Há também a normalidade com média, baseada na curva de Gauss. E normalidade como processo, derivada de sistemas que interagem ao longo do tempo. O conceito de normalidade não deve ser usado como um juízo de valor, também é importante ressaltar que o conceito de normalidade ou patologia pode ser usado em situações de regimes ditatoriais para perseguir dissidentes. 
 O desenvolvimento do cérebro e do embrião humano tem semelhança com o curso da evolução de formas mais simples até as mais sofisticadas de vida, levando a antiga noção de que a ontogênese reproduz a filogênese. Há 3 teorias que procuram explicar o desenvolvimento neural. A teoria do crescimento trófico diz que o desenvolvimento neural se dar por gradientes químicos de certas substâncias, que estimulam o crescimento do axônio em uma dada direção e no sentido de determinado grupo de células-alvo. A teoria da competição das células diz que, certas conexões axonais acabam por se desenvolve às custas de outra, que se retraem e desaparecem, levando a modelagem final da organização anatômica do cérebro do embrião. E a teoria do movimento dirigido em que, cada neurônio em desenvolvimento emitiria prolongamentos, porem no momento em que encontra um obstáculo não pode mais crescer. 
 A unidade funcional do cérebro é o neurônio. a conexão funcional entre o terminal axonal de um neurônio seguinte é conhecido como sinapse, na qual, a informação é transmitida de um neurônio a outro. Um neurônio pode receber milhares de conexões sináptica de outros neurônios. uma característica do sistema nervoso é a plasticidade, na qual, é a capacidade neural para adaptar-se ou moldar-se de acordo com a necessidade cerebral ao longo do desenvolvimento, dependendo de experiências repetidas ou, ainda, após um dado neural. Os detalhes da organização cerebral diferente no pagamento de uma pessoa para outra devido a fatores genéticos do desenvolvimento, com as experiências de cada indivíduo ao longo da vida.
 Qualquer mudança física ou psicológica que altera a homeostase é conhecido como estresse. A sobrecarga frequente do sistema alostático é apontada como um fator para o surgimento ou a manutenção de quadros psiquiátrico com depressão, transtornos de ansiedade e esquizofrenia. Mudanças físicas e comportamentais são respostas clássicas ao estresse, envolvendo o sistema nervoso simpático e eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA).
 A capacidade de conexão do sistema límbico com áreas superiores como o córtex frontal tem relação direta com a capacidade de modular esses afetos e as reações comportamentais decorrentes, sendo que o processo de mudança ocorrido na psicoterapia e análise estaria juntamente relacionado à modulaçãode padrões emocionais em nível do sistema limbico por centros corticais superiores. A palavra psicanálise designa uma teoria do funcionamento mental, ela é baseada em dois postulados fundamentais: o determinismo psíquico, ou princípio da causualidade, e a existência do inconsciente.
 Freud propôs a primeira teoria psicanalítica do desenvolvimento, descreveu dois modelos de organização da mente. O primeiro, primeira tópica, ou teoria topografica, divide a mente em consciente, pré consciente e inconsciente. A segunda tópica, ou modelo estrutural, passa a considerar a existência de três instâncias ou estruturas psíquicas na mente: ego, id e superego. O ego era entendido como uma espécie de moderador entre as demandas pulsionais e a realidade externa, tendo aspectos concientes e inconcientes. O id é a parte psíquica totalmente inconsciente, que inclui as pulsões, tendo como objetivo descarregar a tensão provocada pela operação dessas forças. O superego é formado das identificações inconscientes com a figura dos pais e de outras pessoas significativas.
 Na luta entre poderosas forças inconscientes que buscam a expressão e forças opostas que impedem o seu surgimento causam o conflito psíquico. Na neurose, o conflito ocorre entre o ego e o id; na psicose, se da entre o ego e a realidade externa; na perversão, é entre o ego e o superego.
 Melanie Klein e colaboradores criaram um modelo que privilegia as relações de objeto primitivas e duas posições evolutivas, que são a esquizofrenia e depressiva, bem como postula que o conflito psíquico ocorre desde o início do desenvolvimento, considerando que o sadismo atua como um fator determinante no conflito mental. Brian sugeriu que todo o desenvolvimento psíquico ocorre a partir das experiências emocionais vividas nos vínculos humanos, para ele a mente ocila entre dois estados básicos, Ps e D, tal oscilação é que dá flexibilidade à mente e permite que novas experiências sejam assimiladas. 
 O papel da "mãe suficientemente boa" no equilíbrio entre o verdadeiro e o falso self, permitindo que o primeiro se expresse em situações socialmente aceitáveis foi enfatizado por Winnicott. Para Erikson, a pessoa evolui durante toda a vida, interagindo constantemente com o meio ambiente, sua teoria é voltada para o desenvolvimento do ego ao longo do ciclo vital, ele define como básico o princípio epigenetico, no qual cada estágio psicossocial serve como base para o subsequente. John Bowlby estabeleceu a teoria do apego, em que considera a existência de um comportamento inato da criança de buscar o cuidador, principalmente em situações de medo e perigo.
 O mecanismo de defesa utilizado por uma pessoa para lidar com a ansiedade, em situações de estresse, fornece uma contribuição decisiva para a formação de sua personalidade. Esse mecanismo pode ser classificado em despesas narcisistas, imaturas, neuróticas e maduras. O mecanismo de defesa é definido pela sublimação, humor, antecipação, supressão, racionalização, anulação, pseudoaltruísmo, idealização, formação reativa, projeção, agressão passiva, atuação (acting out), isolamento, desvalorização, fantasia autística, negação, deslocamento, dissociação, cisão e somatização.
 Vários modelos de estudos comportamentais têm uma relação terapêutica que se baseia em um conflito inconsciente entre terapeuta e paciente e entre médico e paciente. Dois conceitos básicos nesse sentido são os de transferência e contra transferência. Para que haja uma melhor ação terapêutica, é necessário que o terapeuta se coloque em uma posição de certa neutralidade possível em relação ao paciente, em que possa ser ao mesmo tempo natural e espontâneo e preservar a assimetria da relação.

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