CCII_1 Rev Class e métodos custeio

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Contabilidade de Custos II 
Revisão Custos 
Classificação e Métodos de Custeio 
 
Profa. Yara Cintra 
 
Graduação Ciências Contábeis 
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ 
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis – FACC 
Departamento de Contabilidade 
1 
Terminologia 
 
• Gasto – sacrifício econômico (reconhecimento  
competência) que a entidade arca para a aquisição 
de um produto ou serviço qualquer. 
 
 
 
• Desembolso – sacrifício financeiro (pagamento). 
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Terminologia 
• Custo: 
 – gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de 
produtos ou serviços. 
 
• Despesa: 
 – gasto com bem ou serviço consumidos direta ou 
indiretamente para a obtenção das receitas, administração da 
empresa, remuneração do capital de terceiros. 
 
• Investimento: 
 – gasto “ativado” em função dos benefícios atribuíveis a ele 
no futuro. 
 
• Perda: 
 – anormal, inesperado, sem beneficio futuro. 
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Terminologia 
 
“São custos de produção os gastos incorridos no 
processo de obtenção de bens e serviços destinados à 
venda, e somente eles. 
 
Não se incluem nesse grupo as despesas financeiras, as 
de administração e as de vendas; e é bastante difícil em 
algumas situações a perfeita distinção entre elas. 
 
Não são incluídos também os fatores de produção 
eventualmente utilizados para outras finalidades que 
não a de fabricação de bens destinados à venda. “ 
 
(Martins, 2010, p. 43) 
 
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Terminologia 
 
• A divisão entre custos e despesas pode causar 
dúvidas. 
 
• É fácil ver onde começam os custos, mas não onde 
terminam. É comum confundir-se custos com 
despesas de vendas. 
 
• “A regra é simples, bastando definir-se o momento 
em que o produto está pronto para a venda. Até aí, 
todos os gastos são custos. A partir desse momento, 
despesas.” (Martins, 2010, p. 41). 
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Terminologia 
Exemplo: Gastos com embalagens podem ser 
considerados custos ou despesas, dependendo do 
caso. 
• Quando podemos entender como sendo custos? 
 Comum – produto vendido com embalagem, faz 
parte e, portanto, consta daquele objeto de custeio 
(produto). 
• Exemplo de quando devem ser considerados 
despesas? 
 Produtos vendidos a granel, ou seja, se a embalagem 
só é aplicada após as vendas se constitui em 
despesa. 
 
 
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Objeto de custeio 
 
• É o item para o qual desejamos determinar: 
 custos  receita  resultado 
 
• Mais usual: Produto (ou Serviço) 
 
• Outros: 
– Linha de produtos 
– Cliente 
– Projeto 
– Outros 
 
 
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Ligação com Produto: 
 custos diretos e indiretos 
 
• Diretos – Podem ser facilmente e diretamente 
identificados com os produtos (ou outros objetos de 
custeio). 
 
• Não precisam de rateio, que é um critério arbitrário 
de alocação de custos aos objetos de custeio. 
 
• Os custos diretos podem ser apropriados 
diretamente aos produtos, havendo uma medida de 
consumo (Kg de matéria-prima, horas de mão de 
obra utilizada, Kw de força consumidos). 
 
 
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Ligação com produto: 
custos diretos e indiretos 
 
• Indiretos – Sua identificação com o produto ou outro 
objeto de custeio não acontece de forma direta. 
 
• São comuns a mais de um objeto de custeio. 
 
• Essa classificação também é usada para despesas. 
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Ligação com produto: 
custos diretos e indiretos 
 
• Os custos indiretos não oferecem condição de uma 
medida objetiva e qualquer tentativa de alocação é 
feita de forma estimada e muitas vezes arbitrária. 
 Ex: aluguel, supervisão e chefias, depreciação (em 
caso de produção de mais de um produto) 
 
• Alguns custos poderiam ser tratados como diretos, 
mas o seu valor não compensa o custo do controle. 
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Ligação com Produto: 
Custos Diretos 
São aqueles identificáveis com cada produto 
de maneira clara, direta e objetiva; a 
associação e a apropriação se processa através 
de mensuração direta. 
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Ligação com Produto: 
Custos Indiretos 
São aqueles alocados a cada produto através 
de estimativas e aproximações; a associação 
pode conter subjetividades e o grau de 
precisão da mensuração é baixo. 
Ligação com Produto: 
Custos Diretos e Indiretos 
• Imagine uma fábrica de bolas de futebol e de vôlei... 
• O custo do pedaço de couro utilizado para fabricar a bola de 
futebol é um custo direto a este objeto de custeio, ao passo 
que o couro utilizado para fabricar a bola de vôlei é um custo 
direto à bola de vôlei. É possível dizer isso porque a 
quantidade de couro utilizada na fabricação de cada bola é 
facilmente identificada com a bola. 
• Já o custo da iluminação da fábrica onde as bolas são 
produzidas é um custo indireto a cada tipo de bola. Embora a 
iluminação ajude na fabricação das bolas de futebol e de 
vôlei, não é viável tentarmos determinar, exatamente, o 
quanto deste custo foi utilizado na fabricação de cada bola 
especificamente. Sabemos que está lá, em cada bola, mas não 
exatamente quanto. 
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Outra classificação: 
Fixos e Variáveis 
 
 
 Há semelhanças entre 
diretos x indiretos e 
fixo x variáveis? 
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• Fixo – Aquele recurso que não pode ser 
correlacionado com a unidade do produto fabricado. 
 
• Aumento ou diminuição desse custo é indiferente em 
relação ao aumento ou diminuição do volume de 
produção. 
 
Ligação com Volume: 
Custos Fixos e Variáveis 
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Ligação com Volume: 
Custos Fixos e Variáveis 
 
• Variável – Aquele recurso que pode ser 
correlacionado com a unidade do produto fabricado 
 
• Aumentam se o volume de produção ou vendas do 
produto aumenta 
 
• Diminuem se o volume de produção ou vendas do 
produto diminui 
 
 
 
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Ligação com Volume: 
Custos Fixos 
São aqueles cujo montante independe do 
volume, dentro de determinado período. 
18 
Ligação com Volume: 
Custos Fixos 
CF 
Custo 
$ 
Volume de Atividade 
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Ligação com Volume: 
Custos Fixos 
CF 
Custo 
$ 
Volume de Atividade 
UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
20 
Ligação com Volume: 
Custos Variáveis 
São aqueles cujo montante acompanha o 
volume de atividade, dentro de certo período. 
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Ligação com Volume: 
Custos Variáveis 
CV 
Custo 
$ 
Volume de Atividade 
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22 
Ligação com Volume: 
Custos Variáveis 
CV 
Custo 
$ 
Volume de Atividade 
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23 
Ligação com Volume: 
Custos Variáveis 
CV 
Custo 
$ 
Volume de Atividade 
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Esquema Básico da 
Contabilidade de Custos 
 
• Os custos de produção são a soma da matéria-prima 
(MP), mão de obra direta (MOD) e custos indiretos 
de fabricação (CIF). 
 
• Os custos de produção vão compor os estoques.• Mediante a venda, os produtos vendidos são 
retirados do estoque (física e monetariamente), 
dando origem ao custo do produto vendido (CPV). 
 
 
 
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CUSTOS 
Materiais e 
utilidades 
consumidos na 
produção 
Mão-de-obra 
industrial 
Gastos gerais 
de fabricação 
Depreciação 
ESTOQUES 
DE 
MATERIAIS 
ESTOQUES 
DE PROD. 
PROCESSO 
ESTOQUES 
DE PROD. 
ACABADOS 
 
RECEITAS 
Balanço Patrimonial Demonstração de Resultado 
Custos dos Produtos 
Vendidos 
Gastos Ativados 
Investimentos ou outros ativos 
(não estoques) 
Despesas 
provenientes dos 
investimentos 
 
 
Despesas incorridas Gastos não Ativados 
Deduz-se 
= Margem Bruta 
Deduz-se 
FLUXO – RELAÇÃO DOS GASTOS ATIVADOS E NÃO ATIVADOS 
= Resultado Operacional 
Fluxo dos custos* 
(*) custos no sentido lato sensu, ou seja, em um sentido geral 26 
Custeio por Absorção 
FONTE: GUERREIRO (2006) 
F 
27 
Métodos de Custeio 
• Custeio significa Apropriação de Custos 
• Principais Métodos de custeio: Custeio por Absorção e 
Custeio Variável. 
• Outros: Custeio RKW (todos os custos e despesas fixos e variáveis 
são apropriados aos produtos, um tipo de full-cost accounting); 
Custeio-padrão (Martins entende que é um método de controle, 
não de custeio), 
• Na década de 80 com as críticas à contabilidade de custos 
(principal: Relevance Lost –Johnson e Kaplan), surgiram ainda 
novos modelos gerenciais: Activity Based Costing, Custo Meta 
(Teoria das Restrições), dentre outros. 
 
 
28 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
Métodos de Custeio 
• Na prática, a maioria das empresas continua a 
empregar o método de custeio por absorção para 
análise de rentabilidade dos produtos, ou seja, 
mesmo para finalidades gerenciais (Guerreiro, 2006). 
 
29 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
Custeio por Absorção 
• No Custeio por Absorção os produtos absorvem todos 
os custos. 
 
• Apropriação de todos os custos de produção aos bens 
fabricados. 
 
• Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são 
atribuídos a todos os produtos produzidos. 
 
• Método de custeamento aceito pela fiscalização. 
 
30 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
Custeio por Absorção 
Empresas industriais (livro pg. 37) 
CUSTOS 
ESTOQUE 
DE 
PRODUTOS 
DESPESAS 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 
 
RECEITA 
 CPV 
LUCRO BRUTO 
 DESPESAS 
LUCRO OPERACIONAL 
31 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
Custeio por Absorção 
Empresas prestadoras de serviços (livro pg. 38) 
 
CUSTOS 
PRESTAÇÃO 
DE 
 SERVIÇOS 
DESPESAS 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 
 
RECEITA 
 Custo Serviços Prestados 
LUCRO BRUTO 
 DESPESAS 
LUCRO OPERACIONAL 
32 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
Esquema Básico da 
Contabilidade de Custos 
(Livro-texto pgs. 53 a 57) 
 
1º. Passo: Separação entre Custos e Despesas 
 
2º. Passo: Apropriação dos Custos Diretos 
 
3º. Passo: Apropriação dos Custos Indiretos (rateio) 
 
 
 
 
33 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
CUSTOS 
INDIRETOS DIRETOS 
PRODUTO B 
PRODUTO A 
ESTOQUE 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 
 
RECEITA 
 CPV 
LUCRO BRUTO 
 DESPESAS 
LUCRO OPERACIONAL 
RATEIO 
Custeio por Absorção 
com Indiretos 
 
34 UFRJ - Ciências Contábeis - Profa. Yara Cintra 
Esquema Básico: departamentos 
CUSTOS 
DIRETOS 
DEPARTAMENTO 
Serviço B 
DEPARTAMENTO 
Serviço A 
Alocáveis 
 Diretamente aos 
Departamentos 
INDIRETOS 
COMUNS 
PRODUTO X 
DEPARTAMENTO 
Produção D 
DEPARTAMENTO 
Produção C 
ESTOQUE 
R 
R 
R 
R 
R 
 
Demonstração de Resultados 
 
 RECEITA 
 CPV 
 LUCRO BRUTO 
 DESPESAS 
 LUCRO OPERACIONAL 
PRODUTO Y 35 
 CUSTEIO VARIÁVEL 
FONTE: GUERREIRO (2006) 
F 
 
 
FIM 
 
Contato: 
yaracintra@facc.ufrj.br 
 
37