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normal e anormal

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0202--0101--20072007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
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Normal 
Anormal
0202--0101--20072007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
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Normal e Patológico
9 Análise etimológica 9 A questão cultural9 Lógica da norma 9 Observatório do anormal 9 Universo das Polaridades do Normal 9 Observatório da Saúde/Doença 9 Observatório dos discursos9 Racionalidade da Normalidade/Anormalidade9 Evolução do Conceito de Normalidade9 Analisador epistémico 9 Racionalidade do Patológico 9 Análise significante9 Alucinação: fenómeno normal ou anormal? 9 Normal, Anormal e Patológico nas linhas dos tempos e dos espaços 
Sumário
0202--0101--20072007 Psicopatologia Geral e Especial
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Normal e Patológico
• Norma Tipo ideal ou regra, em relação à qual são 
formulados juízos de valor.
• Normal Conforme à norma. Regular, ordinário.
• Anormal O que se afasta da norma, anómalo.
• Patológico Estuda a origem dos sintomas e a 
natureza das doenças (Gr: Páthos+logos).
Etimologicamente a norma latina corresponde ao esquadro: aquilo que 
se mantém num justo meio termo.
Análise etimológica
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Normal e Patológico
•A questão cultural
•A norma e o valor
•A utopia destina-se a combater o 
desvio
•A norma não é apenas uma 
regularidade estatística, é também 
um modelo cultural
•A crise das normas caracteriza o 
mundo moderno
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Normal e Patológico
Rigor no conceito 
de Normaliodade e 
Anormalidade
Psiquiatria
Antropologia
Sociologia
Filosofia
Neurologia
Medicina Geral
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Normal e Patológico
Espaço
Utopia
TempoUtopia 
Lógica da norma Exclusão do anormal
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Normal e Patológico
Norma e cultura
•• A norma não A norma não éé apenas uma regularidade apenas uma regularidade 
estatestatíística; stica; éé tambtambéém um modelo cultural. m um modelo cultural. 
•• O ocidente vive a crise das normas. O ocidente vive a crise das normas. 
•• Na modernidade não hNa modernidade não háá ausência de ausência de 
regras; simplesmente elas circulam cada regras; simplesmente elas circulam cada 
vez mais depressa, não dando sequer vez mais depressa, não dando sequer 
tempo tempo ààs sociedades para as absorver.s sociedades para as absorver.
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Normal e Patológico
Lagache
• Diferencia, tal como Jaspers, estados nos quais 
existe uma ruptura com o passado dos estados em 
que a personalidade do paciente se apresenta como 
um prolongamento compreensível da personalidade 
anterior. 
Ribot
• Tem uma visão oposta. A doença apenas refracta as 
funções psíquicas, respeitando a ordem dos 
elementos naturais.
Observatório do anormal
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Normal e Patológico
Minkowski
• Existe uma hierarquia do adoecer. Na afecção somática não há
ruptura do discurso com o seu semelhante. Na doença mental 
autêntica rompe-se este discurso. A alienação ultrapassa o 
conceito de doença. No adoecer somático e psíquico descobre-
se uma espécie de superação que emerge da intimidade do ser.
Leriche
• Tem uma visão diferente. Só há consciência (substantiva) da 
vida através da janela da doença. O normal biológico só se 
revela por infracções à norma (como acontece na doença).
Observatório do anormal
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Normal e Patológico
Goldstein
• Em matéria de doença a norma é uma regra 
individual. Uma média estatística não pode 
determinar se um sujeito concreto é normal ou 
anormal. 
Henri Ey
• A vida corresponde a um movimentos potencial de 
superação (não distinguindo neste capítulo a 
anomalia psíquica da somática). O normal é um 
julgamento de valor – é uma noção limite.
Observatório do anormal
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Normal e Patológico
Karl Jaspers
• Desloca a noção de “normalidade” para o pólo do 
doente. A apreciação que o doente faz do seu estado, 
conjugada com as ideias que prevalecem no seu meio 
social é que determinam a doença.
Kurt Scnheider
• Distingue o “anormal” psíquico em mórbido e não 
mórbido. O conceito de doença (mórbido) é
“estritamente médico”. A enfermidade, propriamente 
dita, só existe no somático.
“...designar, sem este fundamento, como mórbidos traços psíquicos ou sociais invulgares, não 
possuem senão o significado de uma imagem, e, portanto, carece de valor com respeito ao 
conhecimento”. 
Observatório do anormal
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Normal e Patológico
•• LagacheLagache –– a consciência anormala consciência anormal
•• JaspersJaspers –– a questão da compreensibilidadea questão da compreensibilidade
•• KurtKurt ShneiderShneider –– o normal matemo normal matemááticotico
•• RibotRibot –– a ausência de rupturasa ausência de rupturas
•• MinkowskiMinkowski –– a alienaa alienaçção captaão capta--se mais pela intuise mais pela intuiçção doão do que pelo saberque pelo saber
•• GoldsteinGoldstein –– a norma a norma éé uma regra individual, não uma regra individual, não éé estatestatíísticastica
•• EnriEnri EyEy –– a norma não a norma não éé um julgamento de realidade, mas sim de valorum julgamento de realidade, mas sim de valor
•• LericheLeriche –– a saa saúúde corresponde de corresponde “à“à vida no silêncio dos vida no silêncio dos óórgãosrgãos””
Observatório do 
Normal/Anormal
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Normal e Patológico
Bem Estar
Subjectividade
Não São
São
Biologia
Vida
Meio
Organismo
Mal Estar
Valor
Consciência
Afastado -
Norma
Afastado +
Normatividade 
Biológica
O M S
Matemática Circunstâncias 
Existenciais
Homem
Objectividade
Universo das Polaridades do 
Normal
Polaridade
Dinâmica
Sistema
Sentido
Palavra
Ficção
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Normal e Patológico
“A doença é indissociável da vida e da morte”
“É ao mesmo tempo a morte vivente e a vida agonizante” (Agra)
Observatório da Saúde/Doença
Racionalidade 
da vida
Viver
Morrer
Racionalidade 
da doença
Morte 
Vivente
Vida 
Agonizante
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Normal e Patológico
• A vida é então composta por individualidades 
viventes e integradas (biológica, psíquica e 
social), ordenadas por e para a morte. (Agra)
Observatório do anormal
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Normal e Patológico
• Moral Juízo centrado na conduta normativa do dever e do bem
• Ético Juízo de apreciação centrado na questão do bem e do mal
• Estético Juízo de apreciação centrada na questão entre o belo e o feio
• Clínico Juízo centrado na integridade fisiológica e anátomo-patológica
• Psíquico Juízo centrado na experiência do sofrimento, prazer e desprazer
• Sistémico Juízo centrado no equilíbrio dinâmico bioantroposocial
• Matemático juízo centrado na normatividade estatística
• Sociológico juízo centrado na adaptação do indivíduo ao meio social
• Forense juízo centrado nas questões: imputabilidade e responsabilidade
• Existencial juízo centrado nas questões do sentido da vida
Observatório dos discursos
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Normal e PatológicoRacionalidade da Normalidade/Anormalidade
O Homem 
Total
Sistemas 
Bioantroposociais
T
e
m
p
o
s
Racional 
Biológico
Racional 
Sofrimento
Racional 
Bem-estar
Racional 
Vida
Clínica
Médica
Clínica
Psicologia
O M S Antrop. 
Existencial
Pessoa
Família
Sociedade
E
s
p
a
ç
o
s
Gerações
Antrop
Sistémica
Racional 
Sentido
Séc.. XX – impõem-se os 
critérios sistémicos e 
comunicacionais
Séc. XX Ocidente: 
discomunicação
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Normal e PatológicoEvolução do Conceito de Normalidade
Analisador epistémico
Medicina Clínica Medicina Mental
Racionalidade 
Biológica
Racionalidade 
Biológica da 
Alienação 
Mental
Concepção 
Mágica
Concepção 
Sistémica
Racionalidade 
Biológica da 
Patologia 
Social
Medicina Social
Concepção 
Sistémica
Época 
Medieval
Época 
Clássica
Época 
Actual
Séc XIX
TEMPO
Concepção 
Ontológica
Concepção 
Mítica
Concepção 
Ontológica
Concepção 
Religiosa
Concepção 
Mística
Concepção 
Sistémica
O HOMEM TOTAL
SISTEMAS BIOANTROPOSOCIAIS
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Normal e Patológico
Racionalidade do Patológico
Espédie
Hereditariedade
Génese
Evolução
Meio
Patológico: Na modernidade a lógica sistemática deslocou-se de 1 para 2
Sistema 1
Indivíduo
Meio
Criação 
Mudança
Sistema 2
“A doença toma corpo e espírito com o corpo e o espírito do indivíduo, toma forma 
com as formas desenhadas para a temporalidade criativa da vida social” (Agra)
Os dispositivos de controlo da doença em geral e da doença mental em particular, 
orientam-se muito mais para a saúde do que para o binómio normal – patológico.
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Normal e Patológico
• O “normal” tem 2 sentidos: aquilo que é
como deve ser e aquilo que constitui a 
média de uma característica observada.
• Ambiguidade: designa ao mesmo tempo 
um facto e um valor.
Análise significante
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Normal e Patológico
Saúde
Anormal
Doença
Normal
Tempos Espaços
Normal, Anormal e Patológico nas linhas dos 
tempos e dos espaços
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Normal e Patológico
Normal Anormal
Privação sensorial
Hipnose
Desgostos
Efeitos de substância
Psicoses Orgânicas
Psicoses sintomáticas
Psicoses tóxicas
Psicoses funcionais
Alucinação: fenómeno normal ou anormal?
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Normal e Patológico
Normal Anormal
Positivo (génio) Negativo (Comportamento Desviante)
São
Não doente Doente (em sentido lato)
Doente (em sentido médico)
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Normal e Patológico
F I MF I M
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico
	Normal e Patológico

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