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Breves notas destinadas aos iniciantes no estudo do Direito.
I - INTRODUÇÃO
Diante da nova realidade do Curso de Direito desta Instituição de Ensino Superior e tendo verificado as dificuldades dos alunos iniciantes, resolvi elaborar uma fonte de consulta que permitisse aos mesmos uma visão integral, mas sucinta do assunto.
Os alunos que iniciam o estudo do Direito, não estão habituados com o palavreado jurídico, encontrando problemas para alcançar seu teor. Assim, a ideia deste trabalho é cingir o conhecimento jurídico inicial necessário e despertar a vontade de aprofundar seus conhecimentos sobre o Direito, auxiliando o aprendizado.
II – A ORIGEM HISTÓRICA DO DIREITO (Sociedade, Direito e Lide).
Sem sombra de dúvidas podemos dizer que o Direito é tão antigo quanto o surgimento dos seres humanos, já que desde os primórdios da civilização humana já existiam regras de condutas a serem seguidas.
É de fácil compreensão e demonstração que o ser humano possui a necessidade de conviver em sociedade, por isso é imprescindível manter o corpo social em harmonia, mesmo havendo uma gama imensa de ideias e costumes divergentes.
No princípio cada família possuía suas próprias regras de convivência social, aceitando o que achava justo e rejeitando o errado. Cada membro desses pequenos grupos sociais obedecia às regras estabelecidas, muitas de cunho religioso. 
Com o passar dos anos e o natural crescimento da população e a ocupação de outros territórios, tornou-se difícil controlar a todos com tais “regras familiares” sendo necessária a elaboração de “regras de caráter geral”, oponíveis a todos que vivessem em comunidade. Daí a origem do que hoje podemos entender como DIREITO.
Sociedade, Direito e Lide: O ser humano vive em sociedade e, para garantir a coexistência harmoniosa de seus membros, teve que criar o Direito, cujas regras são oponíveis a todos através do “Estado”, para a solução das Lides oriundas das diversidades existentes.
Deve ser ressaltado que a Sociedade humana está em constante transformação e assim o Direito deverá acompanhar tais mutações, adequando-se ao que for necessário.
III – Qual a definição de Direito?
Num sentido literal, poderíamos entender a palavra direito como o que é correto. Mas ao longo da existência humana podemos verificar que em diversos locais e momentos a existência de conflitos entre grupos humanos, sempre em nome de seus direitos – O conceito de correto para um é diferente do de outro. 
Assim, o Direito pode ter diversos significados e interpretações, mas devemos sempre ter em mente que ele se destina a paz social e a harmonia da sociedade. Segundo Dante Alighieri: “O Direito é uma proporção real e pessoal, de homem para homem que, conservada, conserva a sociedade; corrompida, corrompe-a”.
Maria Helena Diniz define o Direito “como uma ordenação heterônoma das relações sociais baseada numa integração normativa de fatos e valores”.
Moral X Direito
A moral é o que está na alma do indivíduo, é o que ele pensa, acredita como certo. É uma conduta natural dele e que se torna o motivo do seu existir. Não pode ser um ato imperativo, mas livre, despojado de coercitividade.
A conduta considerada moral por uma determinada sociedade pode ser imoral por outra. As diversas regiões do planeta não possuem condutas morais idênticas. A conduta moral de hoje pode ter sido considerada imoral no passado ou o será no futuro.
Já o Direito se desenvolveu de acordo com a moral e os costumes de cada momento histórico de cada sociedade. Caminha em paralelo com a moral, mas o Direito, ao contrário da moral, se impõe ao ser humano, a sociedade, devendo ser obedecido ou o infrator será punido.
“Tudo que é jurídico é moral, mas nem tudo o que é moral e jurídico”.
IV – Direito Natural X Direito Positivo
O Direito Natural não faz distinção entre pessoas e visa a fazer com que o ser humano saiba abalizar o certo do errado e pratique apenas o que é certo, recusando tudo o que é errado. O princípio do Direito Natural é que o bem deve ser feito e o mal, impedido. 
O Direito Natural é a própria índole humana, a ordem natural das coisas, é o ordenamento ideal apropriado a uma justiça superior.
De outra forma, o Direito Positivo possui como alicerce o ordenamento jurídico e produz o Direito como um fato e não como um valor e busca dar a ele propriedades científicas que o revelam tal como é e não como deveria ser, diversamente do Direito Natural que apoia o Direito ideal e não o real.
Segundo Maria Helena Diniz: “Direito Positivo é o conjunto de normas estabelecidas pelo poder político que se impõem e regulam a vida social de um dado povo em determinada época”.
O Direito Positivo é um conjunto de regras instituídas pelo ser humano e postas pelo Estado para auxiliar a existência social. Mira à serenidade social, tendo como alicerce o Direito Natural, uma vez que busca estar de acordo com os ideais do ser humano.
Direito Objetivo – O conceito de Direito Positivo se embaraça com o de Direito Objetivo, sendo que para muitos juristas não há distinção entre eles.
O Direito Positivo abarca apenas as normas jurídicas oriundas do próprio Estado, já o Direito Objetivo compreende todas as normas jurídicas vigentes no Estado.
O Direito Objetivo é aquele que deve ser adotado e acatado por todas as pessoas que convivem em uma determinada sociedade. É o Direito em vigor, e seu descumprimento gera uma sanção.
Direito Subjetivo – O ser humano busca atuar de acordo com seus interesses, assim, quando algo lhe interessa ele procura o seu alvo, porém quando alguma coisa não é de seu interesse, ele a repudia. A pessoa é livre para fazer ou deixar de fazer aquilo que lhe convém, porém essa maneira deve estar de acordo com o Direito Objetivo.
O Direito Subjetivo é a autorização que a pessoa tem para atuar de acordo com o que está fundado no Direito Objetivo. O Direito Subjetivo não é norma, mas sim o consentimento jurídico de aplicar a norma jurídica apropriada, em que o sujeito está juridicamente permitido a fazer ou deixa de fazer alguma coisa.
Coação X Sanção
Coação – Constitui violência física ou psíquica que um indivíduo ou grupo de pessoas venha a suportar. Acontece quando alguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo que esteja em discordância com a sua pretensão.
Sanção – Sendo os seres humanos desiguais em seu modo de pensar, existe a possibilidade de alguém deixar de obedecer a uma regra infligida a todos. Assim, quem deixa de obedecer à definida norma, poderá receber uma punição, ou seja, uma sanção pelo descumprimento da norma.
A sanção é a segurança de que uma norma será cumprida. Existem sanções jurídicas, morais e religiosas, por exemplo.
V – A Divisão do Direito
Direito Público – Regula as relações em que o Poder Público ou o Estado figura como sujeito em um dos polos da relação jurídica, por meio de normas interligadas que regulam as atividades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em prol dos interesses gerais da coletividade. Divide-se em Direito Público Interno (tem vigência apenas no país) e Externo (normas jurídicas que regulam as relações privadas no âmbito internacional, produzindo efeitos em território estrangeiro caso ele esteja de acordo).
Direito Público Interno: Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito Tributário; Direito Processual; Direito Penal; Direito Eleitoral; Direito Militar.
Direito Público Externo: Versa sobre as relações internacionais entre os países, é composto por regras, tratados e convenções que disciplinam as relações entre as nações, onde o Brasil figura como país soberano, pessoa jurídica de direito público.
Direito Privado – Num sentido amplo, é o conjunto de normas que disciplina e organiza as relações entre os particulares. Divide-se em Interno e Externo.
Direito Privado Interno: Direito Civil e Direito Empresarial.
Direito Privado Externo: Trata de normas jurídicas que regulam as relações privadas no âmbito internacional, produzindo efeito em território estrangeiro caso ele esteja de acordo.Direito Difuso – Gere as relações indeterminadas pela titularidade, indivisíveis com relação ao objeto, cujos titulares são pessoas indeterminadas ligadas por circunstâncias de fato e que estão posicionadas entre os interesses públicos e os privados. Trata das relações da sociedade e protege interesses gerais, trazendo benefícios a toda coletividade – É o Direito da Coletividade: Direito do Trabalho; Direito Previdenciário; Direito Econômico; Direito do Consumidor e Direito Ambiental. 
VI – Fontes do Direito (De onde se origina?)
Partindo da premissa que o Direito Positivo é composto das normas jurídicas em vigor num país, podemos entender que a fonte do direito é o nascimento de tais normas jurídicas relacionadas a uma época, a um país, a uma comunidade, sendo diferente de um para outro local.
Devemos lembrar que a norma jurídica não é válida porque é eficaz, mas sim porque uma sociedade a entende como certa, como correta, como o melhor procedimento a ser seguido. Assim, o surgimento de uma norma jurídica pode estar relacionado a vários fatores. (Fatores não estatais: Costumes e Doutrina e Fatores estatais: Jurisprudência e Legislação).
Costume: Prática repetida de determinado ato, uma conduta social, a tal ponto de se tornar uma prática obrigatória (como exemplo o cheque pré-datado).
Doutrina: É o pensamento de juristas, filósofos e professores de Direito. É o fruto do trabalho intelectual de juristas com relação a determinado tema jurídico, com imposição do seu ponto de vista.
Legislação: É o conjunto de normas jurídicas preparadas pelo Estado.
Jurisprudência: Conjunto de decisões constantes dos tribunais com relação a assuntos semelhantes.
Com relação à legislação, devemos ressaltar que a Lei é uma norma ou conjunto de normas jurídicas certas e predeterminadas, criadas por meio de processos próprios estabelecidos pela autoridade competente e tem como finalidade orientar de forma obrigatória a conduta de cada indivíduo do corpo social – O DEVER SER.
Podemos classificar as leis da seguinte forma:
Quanto à origem as leis podem ser federais, estaduais e municipais;
Quanto a sua duração, as leis podem ser temporárias ou permanentes;
Com relação ao alcance, as leis podem ser gerais, especiais e excepcionais;
Observação: Com respeito a sua vigência, de acordo com o artigo 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada”. [A vacatio legis significa vacância da lei e compreende o período em que a lei já existe, porém ainda não vigente]. 
	VII – Algumas considerações sobre a Teoria Geral do Estado
	Os estudos sobre o desenvolvimento sobre a raça humana indicam que o ser humano sempre viveu em grupo. Existem teorias que procuram explicar tal necessidade humana (Teoria da Sociedade Natural: Aristóteles afirma que o homem é fruto de sua própria natureza, é um animal político; Teoria Contratualista: prega que a sociedade resulta de um acordo de vontades, um contrato social hipotético).
	Em 1513, no livro O Príncipe, Maquiavel cita o nome “Estado”, a tal termo passou a ser empregado para se referir a um “estado independente”, posteriormente o termo “Estado” foi adotado como uma sociedade política.
	Podemos concluir que o Estado sempre existiu, embora sem essa designação, uma vez que o homem desde seu aparecimento vive interligado a algum tipo de sociedade dotada de poder, com regras e condutas a serem seguidas pelo grupo. O aparecimento do Estado se deu de forma gradativa, com formação de grupos sociais em diferentes regiões e de acordo com as necessidades e as condições concretas de cada local - O Estado só é Estado quando devidamente organizado como uma sociedade política dotada de características definidas quanto ao seu poder e soberania.
	A formação dos Estados pode ser: Formação Originária ou Formação Derivada.
	Os elementos constitutivos do Estado são: Povo (população e nação), Território e Governo.
	Os regimes políticos são: Democracia e Ditadura.
	Já as formas de governo são: República e Monarquia.
	Podemos ainda ter os seguintes sistemas de governo: Parlamentarismo e Presidencialismo.
‘	O artigo 1º da Constituição Federal dispõe: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios. 
E do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
A soberania; 
A cidadania;
A dignidade da pessoa humana;
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
O pluralismo político.
Já em seu artigo 18, a CRFB estatui: A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
	O poder político brasileiro é único, mas é chamado de tripartido, uma vez que suas funções básicas estatais são divididas entre órgãos independentes e especializados. Esta divisão se faz necessária para impedir a concentração do poder em um único órgão ou pessoa, evitando-se assim o abuso de poder.
	As funções básicas do Estado são: a) Função Legislativa: elaboração de leis; b) Função Executiva: administração do Estado de acordo com as leis e, c) Função Judiciária: aplicação da lei ao caso concreto.
	VIII – Direito Penal
	Como já foi dito, para viver em sociedade é preciso seguir normas disciplinadoras de condutas que visam ao estabelecimento de regras para garantir a convivência dos indivíduos e da própria sociedade. 
O Direito Penal tem como objetivo tutelar os bens mais preciosos da sociedade, tais como a vida, a integridade física, a honra e a propriedade. 
Com a aplicação de sanções mais rigorosas, o Estado procura proteger, prevenir e reprimir a prática de atos lesivos aos bens jurídicos fundamentais dos indivíduos (vide artigo 5º da CRFB).
O principal estatuto Penal no Brasil é o Código Penal brasileiro, que é dividido em Parte Geral (constam regras gerais do código) e Parte Especial (onde são definidos os crimes e as respectivas sanções penais). Além do Código Penal, encontramos diversas Leis Especiais (Leis Extravagantes ou Extraordinárias).
A Lei Penal define as condutas proibidas e determina as penas (sanções) aplicáveis no caso de violação. Deve ser lembrado que a competência exclusiva para legislar (criar leis) sobre Direito Penal é do legislador federal.

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