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2013 utfpr cien pdp angela gurski faot

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 
Título: Estudo dos solos no Ensino Fundamental: relação entre teoria e prática 
Autor: Ângela Gurski Faot 
Disciplina/Área Ciências 
Escola de Implementação do 
Projeto e sua localização 
Colégio Estadual do Campo Dr. Adhelmar 
Sicuro – EFM. Rua Pe. José Lopacinski s/n. 
Município da escola Contenda 
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul 
Professor Orientador Prof. Dr. Nilson Bueno Kominek 
Instituição de Ensino Superior UTFPR 
Relação Interdisciplinar Geografia e Artes 
Resumo Este projeto tem como objetivo principal 
promover a integração entre teoria e prática no 
ensino de solos no 6º ano do Ensino 
Fundamental em escola do campo. Para 
conseguir tal objetivo parte de experiências 
concretas sobre o ensino de solos e da 
implantação de horta orgânica no ambiente 
escolar. Justifica-se pela necessidade de 
valorização do estudo do solo, na preservação, 
conservação e manutenção desse recurso 
natural como meio de sobrevivência do homem 
do campo e serve como ferramenta para o 
desenvolvimento cognitivo dos alunos em 
relação a práticas sustentáveis. Tal proposta 
vem ao encontro dos pressupostos teóricos e 
práticos do sócio-construtivismo e da pedagogia 
crítico social/libertadora ao despertar o interesse 
dos estudantes e criar situações para a 
formação de novos conceitos de forma 
interativa. Para dar conta do processo, a 
pesquisa será de cunho exploratório e 
qualitativo por meio da pesquisa-ação, que visa 
superar a lacuna entre teoria e prática ao dar 
condições de investigar sua própria ação de 
forma crítica e reflexiva em toda sua 
complexidade, a fim de produzir conhecimentos 
comprometidos com a educação crítica e 
transformadora. Espera-se que ao final do 
processo de implementação do projeto haja 
maior reflexão sobre o uso e adequação do solo 
e que os materiais produzidos enfatizem a 
proposta da pesquisa, a inter-relação do 
conteúdo científico com a utilização de práticas 
de manutenção, conservação e preservação do 
ambiente que propicia a sobrevivência do 
homem do campo. 
Palavras-chave Estudo dos solos, horta orgânica, agricultura 
Formato do Material Didático Unidade Didática 
Público Alvo Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Este material didático apresenta sugestões de atividades referentes ao 
conteúdo solos, que podem ser utilizadas como ferramentas de apoio aos 
professores do Ensino Fundamental. 
O solo é conteúdo básico da disciplina de ciências no 6º ano, mas muitas 
vezes, o seu ensino encontra-se desvinculado da realidade da comunidade, é 
bastante teórico, superficial e apresenta pouca relação com as práticas reais 
executadas no dia-a-dia das comunidades agrícolas. Sabemos que ele é garantia 
de vida para as populações, pois a partir dele, obtém-se a produção de alimentos 
e a forma de sustento de muitas famílias que vivem no campo e cultivam a terra, 
porém, cada vez mais esse recurso natural tem sofrido agressões e como 
conseqüências, ocorrem sua degradação e poluição. 
Esta produção didático-pedagógica produzida para o Programa de 
Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná, como parte das atividades 
de formação continuada, apresenta o estudo dos solos no Ensino Fundamental: 
relação entre teoria e prática como tema de estudo, a ser desenvolvida com 
alunos do 6º ano do Colégio Estadual do Campo Dr. Adhelmar Sicuro – Ensino 
Fundamental e Médio, no município de Contenda – Paraná. 
O referido projeto visa inter-relacionar o conhecimento científico com 
práticas de manutenção e conservação dos solos, através da investigação dos 
cuidados com o solo, das formas de produção de alimentos da comunidade 
escolar e da proposição de estratégias que despertem para o uso e manejo do 
solo e a produção de alimentos saudáveis. 
O estudo do solo de forma contextualizada e ligada à realidade dos 
estudantes, integrado a construção de uma horta orgânica escolar, integra 
conteúdos teóricos e práticos, possibilita um confronto de idéias e a 
conscientização sobre adoção de técnicas agrícolas mais eficientes para a 
manutenção e conservação dos solos. 
O formato do material didático constitui uma unidade didática que aborda 
a fundamentação teórica do ensino de solos com respectivas práticas de 
observação e apreensão do conhecimento. 
A primeira etapa da intervenção consistirá em aplicar o pré-teste para 
realizar um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos alunos, conforme anexo 
1, na turma acima referida. Junto ao pré-teste será solicitado que os alunos 
desenhem o solo, conforme sua visão do mesmo. Esses desenhos serão 
analisados em sala de aula, avaliados nas semelhanças e diferenças e feitos os 
devidos apontamentos. 
Na sequência, os conteúdos desta produção didático-pedagógica serão 
problematizados e discutidos, em sala de aula ou em ambientes específicos 
(laboratório de ciências, aula de campo, pátio da escola, horta escolar), 
envolvendo apresentação de vídeos, confecção de materiais educativos, como 
cartazes, recortes, colagens, desenhos, textos, aulas práticas e palestras. 
Durante todo o processo será elaborado um portfólio individual que será 
utilizado como instrumento avaliativo ao final do trabalho. 
Como etapa final, os alunos responderão o questionário de pós-teste, 
cujo objetivo será avaliar se houve ou não mudanças em relação à apropriação 
dos conhecimentos. 
 
 
 
 
 
POR QUE ESTUDAR SOLOS?
 
O SOLO: 
 
 Atua como substrato para 
produção de alimentos e para 
obras civis. 
 É matéria-prima para artesanatos, 
utensílios e construções. 
 É o habitat natural de macro e 
microorganismos. 
 É responsável pela filtragem, 
armazenamento e transformação 
de água, nutrientes e poluentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotos 1. Usos do solo 
Fonte: FAOT, 2013 
 
 
 
 
 
Professor/a: 
 Solicite que seus 
alunos desenhem um 
solo para testar o 
conhecimento prévio. 
Após, analisem esses 
desenhos em sala de 
aula e apontem 
semelhanças e 
diferenças na 
percepção. Esclareça a 
importância do solo 
para o sustento da vida 
na Terra. 
1. FORMAÇÃO DO SOLO 
O planeta Terra é recoberto por 
uma fina camada, denominada solo. 
Segundo Lima & Lima (2007), os 
organismos terrestres dependem do solo, 
que é considerado o sustentáculo da vida. O 
solo é um corpo natural resultante da ação 
do clima e organismos que atuam sobre 
uma rocha, geralmente, por um tempo em 
determinado relevo. 
A maioria dos solos origina-se de 
rochas, que são classificadas em três tipos: ígneas ou 
magmáticas, sedimentares e metamórficas. 
Rochas magmáticas são formadas a partir da 
cristalização do magma. Os minerais resultantes do 
resfriamento do magma podem ter diferentes texturas devido ao tempo de 
formação e apresentam colorações claras (quartzo, feldspato) ou escuras (biotita, 
piroxênio). O granito, a pedra pome e o basalto são exemplos desse tipo de rocha 
(MINEROPAR, 2005). 
As rochas metamórficas surgem de rochas pré-existentes quando estas 
são submetidas a condições mais elevadas de pressão e temperatura, a ação de 
fluidos e do tempo. Nesse processo os minerais originais transformam-se em 
outros, de diferentes texturas. Representam esse tipo de rocha a ardósia, o 
mármore, o xisto e o gnaisse (IDEN). 
As rochas sedimentares são formadas por sedimentos resultantes da 
desintegração das rochas da superfície terrestre. As alteraçõesnessas rochas 
são provocadas pela água, pelos seres vivos, por variações de temperatura e pela 
ação dos gases da atmosfera, num processo denominado intemperismo. A 
maioria das paisagens do nosso planeta é formada por rochas sedimentares, 
cujos sedimentos são constituintes dos solos. São exemplos desse tipo de rocha: 
cascalho, areia, argila, silte, arenito, carvão mineral, hidrocarbonetos, gesso, 
calcário, estalactites (IBIDEN). 
Professor/a: 
Leve, lupas e amostras de solo 
(com os horizontes A e O) para sua 
sala de aula. Peça que seus alunos 
identifiquem se o solo é vivo ou 
morto e que anotem suas 
observações. 
Faça um comparativo com o 
desenho que eles fizeram no teste 
de conhecimento prévio em 
relação aos componentes que eles 
desenharam e os que encontraram 
nas amostras. 
Rocha é um agregado 
natural composto por 
uma ou mais espécies 
minerais distintas. 
(MINEROPAR, 2005) 
 
Os solos podem ser mais ou 
menos desenvolvidos devido às variações 
climáticas e tornam-se diferentes da rocha-
mãe porque são constituídos de camadas. 
Assim, vários tipos de solos formam-se ao 
mesmo tempo em diferentes ambientes. 
As camadas do solo, resultantes de um 
conjunto de fenômenos, são objetos de 
estudo da ciência do solo, também denominada pedologia. 
“Os solos podem ser arenosos, argilosos, férteis ou pobres” (LIMA & 
LIMA, 2007, p.3). O que os diferencia é o material de origem, de natureza mineral 
ou orgânica e o grau de variação que estão sofrendo devido ao clima, relevo, 
tempo e organismos. 
 
ATIVIDADES 
Atividade prática: Solos e rochas (Adaptada de UFPR, 2007). 
Objetivos: Demonstrar que os solos são formados a partir da intemperização 
das rochas e que diferentes rochas originam solos diferentes. 
O encaminhamento dar-se-á através de aula expositiva apoiada no texto, em 
imagens de livros didáticos e através de análise de granulometria, cor, dureza e 
peso de solos e rochas de amostras pré-determinadas derivadas de basalto e 
arenito. 
A princípio será feita uma análise de rochas não alteradas em relação a cor, 
Professor/a: 
Assista com seus alunos a 
animação sobre formação e os 
tipos de solo disponível em: 
www.ciencias.seed.pr.gov.br – 
Simuladores e Animações – 
Recursos Didáticos – Tipo de solo 
A animação ilustra as rochas e o 
processo de formação do solo. 
Professor/a: 
Os sites abaixo apresentam atividades que podem ser utilizadas no desenvolvimento 
de suas aulas sobre solos: 
 Site da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, atividades para professores e 
alunos – http://sbsc.solos.ufv.br/solo/visao/verMaterial.php?tipo=S 
 Site do Projeto Solos na Escola da Universidade Federal do Paraná (UFPR), 
PR – http://www.escola.agrarias.ufpr.br 
 Site da Embrapa Solos, link Mundo mirim – Solos para Gente Miúda – 
http://cnps.embrapa.br/mirim/mirim.html 
 Site do Museu de Solos do Rio Grande do Sul – Universidade Federal de Santa 
Maria (UFSM), RS – http://w3.ufsm.br/msrs 
 
dureza, textura e peso. Em seguida, serão comparadas as amostras de rochas 
alteradas com as não alteradas, procurando diferenciá-las. 
Na sequência, umedecer as amostras de solo e pedir que os alunos as 
esfreguem entre os dedos e relatem as diferenças em relação à cor e a 
quantidade de areia e argila. 
Problematizar: 
a) Quais as semelhanças e diferenças percebidas entre os solos através de seu 
manuseio? 
b) Qual dos dois solos - solo derivado de basalto e solo derivado de arenito – tem 
maior capacidade de retenção de água? Por quê? 
c) A água retida no solo é importante para o desenvolvimento de plantas? 
d) Cite alguns elementos que podem estar presentes no solo. 
e) Estes elementos estão na mesma quantidade? 
f) Que tipo de solo tem sido utilizado nas estradas rurais? Julgue se esse tipo de 
solo é o melhor indicado. 
Finalizar com uma discussão em sala de aula sobre o conceito de solo e sua 
importância, registrando os resultados. 
 
Atividade Teórica: Cruzada 
Objetivo: Fixar conceitos sobre formação do solo e das rochas 
 1. P 
 2. E 
 3. D 
 4. O 
 5. L 
 6. O 
 7. G 
8. I 
 9. A 
 
1. Exemplo de rocha magmática. 
2. Exemplo de rocha metamórfica 
3. Rochas formadas por sedimentos resultantes da desintegração das rochas da 
superfície terrestre. 
4. A ação do clima e organismos sobre uma rocha origina um corpo natural 
denominado? 
5. Exemplo de rocha sedimentar. 
6. Rochas formadas pela ação de fluidos, do tempo e de condições mais 
elevadas de pressão e temperatura. 
7. Rochas formadas a partir da cristalização do magma. 
8. Processo que altera as rochas e seus minerais tendo como principais fatores o 
clima e o tempo. 
9. A união de uma ou mais espécies de minerais distintas forma um agregado 
natural denominado? 
 
 
2. PERFIL DO SOLO 
 Se cortarmos o solo verticalmente, teremos um perfil do solo que inicia na 
superfície e termina na rocha. O perfil pode ser constituído de diferentes camadas 
que vão se formando à medida que o solo vai se desenvolvendo, diferenciáveis 
pela cor, composição, permeabilidade, entre outros. Essas camadas recebem o 
nome de horizontes do solo e são representadas por letras maiúsculas O, A, B e 
C. 
Segundo Raij (1981), os horizontes do solo podem ser assim descritos: 
Horizonte O: encontra-se presente em apenas alguns solos, como sob a mata 
por exemplo, com espessura variável. É uma camada fina de restos orgânicos 
(frutos, galhos, dejetos de animais, etc.) em decomposição. 
Horizonte A: camada mineral próxima a superfície a qual encontra-se 
incorporada matéria orgânica decomposta. Geralmente sua coloração é escura e 
sua espessura variada. 
Horizonte B: Apresenta cores mais claras que o horizonte A, variando entre 
vermelho e amarelo. Pode apresentar variação quanto à espessura e 
desenvolvimento da estrutura. 
Horizonte C: camada com características mais próximas do material que deu 
origem ao solo e pouco influenciada pela ação dos seres vivos. 
 Abaixo do horizonte C encontra-se a rocha que deu origem ao solo e que 
ainda não sofreu transformações. 
Observe abaixo um perfil de solo com os respectivos horizontes 
identificados. 
 
Foto 2. Perfil de solo 
Fonte: Portal Dia-a-dia Educação 
 
Principais perfis de solo do Estado do Paraná 
 Os solos diferem de região para região por causa de diferenças em 
materiais de origem, atividade biológica e de condições climáticas e de relevo. 
Isso acarreta variações na granulometria, profundidade, nutrientes, porosidade, 
composição de minerais, etc. 
As imagens abaixo representam os solos encontrados no Estado do 
Paraná. Podemos observar que eles apresentam diferentes cores, profundidade, 
evolução e horizontes. Essas diferenças se devem ao material de origem, tempo 
de evolução, relevo, clima e organismos que atuaram para a formação desses 
solos. 
 
 
Latossolo Neossolo Nitossolo 
 
 
Cambissolo Gleissolo Espodossolo Organossolo 
 
Fotos 3. Solos do Paraná 
Fonte: Portal Dia-a-dia Educação 
 
No Paraná, oito classes de solos são encontradas com maior freqüência. 
Segundo Lima, Lima e Melo (2012) é importante conhecer as qualidades, 
limitações e os possíveis comportamentos do solo para se identificar o seu uso 
mais adequado. Veja abaixo as descrições, segundo a visão dos referidos 
autores, para cada tipo de solo: 
Latossolos: é a classe de solos mais encontrada no Paraná. São solos 
profundos, muito porosos, permeáveis, de baixa fertilidade, com boadrenagem, 
não apresentam pedras, baixo risco de erosão e relevo quase plano. São os mais 
utilizados na agricultura e tem grande 
capacidade para suportar estradas e 
construções. 
Neossolos: ocorrem em todas as regiões 
do Paraná. São solos em estádio inicial de 
evolução, pouco ou bastante férteis, 
apresentam relevo acidentado, pedras e são pouco permeáveis o que favorece a 
erosão. 
Argissolos: solos que acumulam argila no horizonte B, retêm poucos nutrientes 
para as plantas, ocupam relevos declivosos e podem ser férteis ou pobres, 
depende da rocha de origem. 
Nitossolos: apresentam brilho característico no horizonte B, são de boa 
fertilidade e de relevo bastante acidentado o que provoca alto índice de erosão. 
Cambissolos: são predominantes no sul e leste do Estado, pouco espessos, com 
horizonte B ainda em formação e bastante sujeitos à erosão. Podem ser de baixa 
ou alta produtividade e na agricultura normalmente demandam de utilização de 
adubos e corretivos. 
Gleissolos: são solos de cor acinzentada de regiões planas e várzeas que retêm 
muita água. Normalmente localizam-se próximos aos rios e lagos e devem ser 
protegidos como áreas de preservação ambiental. 
Espodossolos: solos arenosos da superfície litorânea, de baixa adsorção de 
nutrientes. Se utilizados na agricultura podem facilmente contaminar lençóis 
freáticos com agroquímicos, devido sua baixa retenção de água. 
Organossolos: solos de cor escura, ricos em material orgânico em lenta 
decomposição, de baixa fertilidade natural, presentes em várzeas e banhados. 
São facilmente contaminados por produtos químicos e lixos. 
 As imagens a seguir representam perfis de solos encontrados no município 
de Contenda. A fotografia 4 é de um latossolo da localidade Catanduvas do Sul. 
Pode-se identificar os horizontes O, A e B. A fotografia 5 é de um solo arenoso da 
localidade São Pedro. Este perfil tem altura média de 25 metros e nele é possível 
identificar todos os horizontes e a rocha mãe. 
 
Professor/a: 
Consulte com seus alunos o mapa 
de solos no portal educacional. 
Amplie a imagem e identifique a 
classe de solo mais comum do seu 
município. 
 
 Foto 4. Latossolo Foto 5. Solo Arenoso 
 Fonte: FAOT, 2013 Fonte: FAOT, 2013 
 
ATIVIDADES 
Atividade prática 1: Horizontes do solo (Adaptada de UFPR, 2007). 
Objetivo: Perceber que o solo é formado por camadas (horizontes). 
Após a exposição do conteúdo e de debates e questionamentos em sala, levar 
os alunos para observar os perfis de solo representados nas imagens 3 e 4. 
Pedir para que identifiquem os horizontes desse perfil e que façam, em equipes, 
montagem dos perfis observados utilizando cartolina, cola, pincel atômico e 
amostras do solo por horizonte. 
Após a montagem dos perfis, identificar cada horizonte descrevendo suas 
principais características e a classificação desse solo. Ao final da atividade, expor 
os trabalhos no mural da escola. 
 
Atividade prática 2: Horizontes do solo x Nutrientes 
Objetivo: Observar em qual dos horizontes uma plantinha se desenvolve melhor. 
Parte do solo coletado por horizonte deverá ser destorroado e colocado em 
vasos etiquetados com o nome do horizonte. A seguir, plante uma quantidade 
definida de sementes em cada vaso, regue diariamente e observe o 
desenvolvimento das plantinhas em cada horizonte. 
Problematizar: 
a) O desenvolvimento das plantinhas é igual em todos os horizontes? Justifique. 
b) Que fatores podem tornar esse desenvolvimento diferenciado? 
 
Atividade teórica: Relacione os solos às suas características. 
Objetivo: Classificar solos com base nas características de cada um. 
(A) Latossolos 
(B) Neosssolos 
(C) Argilossolos 
(D) Nitossolos 
(E) Cambiossolos 
(F) Gleissolos 
(G) espodossolos 
(H) Organossolos 
( ) Solos de baixa retenção de água e adsorção de nutrientes presentes na 
superfície litorânea. 
( ) Solos que retêm muita água, de cor acinzentada, localizados próximos aos 
rios e lagos. 
( ) Solos presentes em várzeas e banhados, ricos em material orgânico em 
lenta decomposição. 
( ) Solos muito porosos, permeáveis, profundos, de baixa fertilidade, mais 
abundantes no Paraná. 
( ) Solos de relevo acidentado, pouco permeáveis, contém pedras, em estádio 
inicial de evolução. 
( ) Solos que apresentam horizonte B em formação e na agricultura exigem 
adubos e corretivos. 
( ) Solos de relevo acidentado que apresentam brilho característico no 
horizonte B. 
( ) Solos ricos em argila, de relevos declivosos, retém poucos nutrientes. 
 
 
 
3. QUAL A APARÊNCIA DO SOLO? 
 Como vimos no capítulo anterior, podemos classificar os solos baseando-
se em seus constituintes e na proporção que eles aparecem. Assim podemos ter 
solos de várias cores, secos ou que retém muita água, profundos ou em estádio 
inicial de evolução, pedregosos ou livres de pedras, e assim por diante. 
 A porosidade, a permeabilidade, a consistência, a estrutura, a cor e a 
textura são características relacionadas à morfologia, ou seja, a aparência dos 
solos, e podem ser percebidas pelos sentidos do tato e visão, principalmente. 
(LIMA, 2007). 
 
Cor do solo 
 De acordo com Lima (2007), a cor do solo identifica os horizontes do perfil 
e auxilia na sua classificação. Solos mais escuros apresentam uma quantidade 
maior de material orgânico, solos avermelhados ou amarelados apresentam 
diferentes óxidos de ferro, solos de coloração vermelho-escura apresentam 
basalto na sua constituição, solos claros quartzo na fração mineral e solos 
acinzentados excesso de água, o que ocasiona perda de ferro para o lençol 
freático. 
 
Textura do solo 
Professor/a: 
Solicite que seus alunos coletem amostras de solos de diferentes cores. De posse das 
amostras, produza tintas. Para produzir a tinta, seque as amostras de solo ao sol, 
com secador ou no forno. Coloque as amostras de solo em copos e acrescente água e 
cola, na seguinte proporção: 
2 partes de solo peneirado 
2 partes de água 
1 parte de cola 
Então, num trabalho integrado com a disciplina de Artes, peça que seus alunos 
produzam obras de arte com a tinta produzida. 
Fonte: CAPECHE, 2010. 
 
 
 A textura do solo pode ser argilosa, siltosa ou arenosa. É determinada pela 
proporção entre areia, silte e argila presentes no solo. Ela influi diretamente no 
crescimento e desenvolvimento das diferentes espécies vegetais na agricultura. 
 Pelo tato, segundo Lima (2007), podemos identificar as diferentes texturas 
do solo. O solo de textura arenosa apresenta partículas maiores e é áspero, o de 
textura siltosa apresenta sensação semelhante ao talco e o argiloso é bem fino e 
pegajoso. 
 
Consistência do solo 
 Ainda de acordo com Lima (2007), a consistência do solo refere-se as 
forças de coesão e adesão que atuam no solo, segundo os diversos níveis de 
umidade. A dificuldade em romper torrões está relacionada à dureza, quando o 
solo está seco. A facilidade de modelar o solo relaciona-se à plasticidade e a 
aderência a outros objetos à sua pegajosidade, quando umedecido. Essas 
características são bastante observadas na construção civil, na agricultura e nas 
artes plásticas. 
 
Porosidade do solo 
 Denominamos poros, a 
presença de espaços entre as 
partículas sólidas que compõem o 
solo. Eles determinam a 
capacidade de armazenamento de 
água e ar. A proporção dos poros 
ao volume total do solo relaciona-se à sua porosidade. 
 Segundo Raij (1981) podem ser reconhecidos dois tipos de poros nos 
solos. Os macroporos,nos quais o ar se move livremente e a água drena 
facilmente e os microporos, responsáveis pela retenção da água. Os vegetais 
utilizam a água armazenada nos microporos para seu desenvolvimento. 
 De acordo com Lima (2007), o movimento de soluções líquidas no solo, as 
trocas gasosas realizadas pelas raízes e microorganismos, bem como, o 
desenvolvimento das raízes, só é possível graças à porosidade. 
Professor/a: 
Teste a presença de ar no solo. Acrescente 
água a uma amostra de solo. Você notará 
que bolhas de ar vão se desprendendo e 
saindo do copo. Esse ar estava nos poros do 
solo. Mais informações em: 
http://solonaescola.blogspot.com.br. 
. 
Permeabilidade do solo 
 A permeabilidade do solo está relacionada à comunicação entre os poros 
do solo. Quanto menor a comunicação entre os poros, menor é a permeabilidade, 
assim a infiltração de água nas rochas abaixo do solo é dificultada. Já uma maior 
permeabilidade do solo, favorece a infiltração de água e a formação de aquíferos. 
 A permeabilidade dos solos está relacionada também as enchentes que 
ocorrem nas cidades. Nestes ambientes, coloca-se sobre o solo, asfalto e 
calçadas feitas de materiais impermeabilizantes que não permitem a infiltração da 
água da chuva. 
 
 ATIVIDADES 
Atividade Prática 1: Modelar objetos. 
Objetivos: Testar as sensações provocadas por diferentes texturas do solo e 
avaliar a plasticidade dessas amostras. 
Iniciar a aula indagando sobre a aparência dos solos. Em seguida expor o 
conteúdo e discutir sobre as características apresentadas. Pedir que manuseiem 
amostras de solo argiloso, arenoso e siltoso, umedecendo-as. Por fim, pedir que 
modelem algum objeto com as amostras e avaliem a plasticidade de cada uma. 
Problematizar: 
a) Que sensações teve ao manusear as amostras de solo? 
b) Pode-se modelar objetos com todos os solos amostrados? Justifique. 
 
Atividade prática 2: Infiltração e retenção de água no solo (Adaptada de: 
htpp://wp.ufpel.edu.br, com contribuição dos professores Cleonice Aparecida 
Ribeiro, Dinancor Cunha Filho, Elciana Goedert e Giselle Marquette Nicaretta). 
Professor/a: 
Você pode provar a existência dos macro e microporos do solo fazendo uma analogia 
com uma esponja. Mergulhe a esponja numa vasilha com água. Ao elevar a esponja 
parte da água, presente nos poros maiores, escore. Se você apertar a esponja sai a 
água dos poros menores e fica retida a água que é perdida por evaporação. Mais 
informações em: http://wp.ufpel.edu.br 
Objetivos: Perceber que o solo funciona como um filtro; Visualizar que a 
impermeabilização do solo prejudica a função de filtragem do solo. 
Para realizar essa atividade você precisa de três garrafas PET, solo arenoso, solo 
argiloso, solo com pavimentação (calçada, concreto), três copos com água e 
canudinho para fazer o bueiro. 
Procedimento: Corte as garrafas. Na parte superior (do bico) amarre um pedaço 
de pano. Monte as garrafas-funil abaixo, conforme a ilustração abaixo: 
 
 
Foto 6. Garrafas-funil 
Fonte: FAOT, 2013 
 
Coloque um copo de água em cada recipiente e anote o tempo que a água leva 
para escorrer ao fundo do recipiente. 
Problematizar: 
 a) Houve diferença no tempo de infiltração da água entre solo arenoso e o solo 
argiloso? Justifique. 
 b) A presença de concreto (asfalto, calçada) afetou a infiltração da água? 
 c) Que problemas podem surgir nas cidades quando chove bastante e a água 
demora para infiltrar no solo? Existe algum fator que pode agravar a situação? 
 
Atividade teórica: Análise descritiva 
Objetivo: Descrever a aparência de determinada amostra de solo. 
Pedir para os alunos coletarem uma amostra de solo no quintal de suas casas. 
Solicite que testem as amostras e escrevam um texto relatando a aparência, 
consistência, cor, permeabilidade e textura do mesmo. 
 
 
4. DE QUE O SOLO É COMPOSTO? 
 O solo é formado por quantidades variáveis de materiais minerais, matéria 
orgânica, água e ar. Apresenta as fases sólida, líquida e gasosa. 
 
Fase líquida e gasosa 
 As fases, líquida e gasosa do solo, são representadas pela água e pelo ar 
que ocupam os poros do solo. Ambos devem estar presentes em quantidades 
adequadas, pois são importantes para o desenvolvimento das plantas. 
 O ar fornece às plantas carbono para a nutrição e oxigênio para a 
respiração, além de facilitar a respiração dos microorganismos que vivem no solo. 
 A água é importante para manter a planta hidratada, serve para ela 
realizar diversas reações e transporta nutrientes do solo até a planta e também 
dentro dela. Os nutrientes minerais nem sempre estão próximos às raízes para 
serem absorvidos diretamente, então a planta absorve água que carrega esses 
nutrientes dissolvidos em forma de soluções aquosas. 
 
Fase sólida 
 A fase sólida do solo é representada pelo material mineral do solo e pela 
matéria orgânica. 
 
Material mineral 
Areia: material mineral do solo 
com tamanho entre 0,05 e 2 mm. 
Silte: material mineral do solo com 
tamanho entre 0,002 e 0,05 mm. 
Argila: compreende os grãos 
minerais do solo com tamanho 
menor que 0,002 mm. 
Compreende os fragmentos de rocha e 
os minerais nas frações areia, silte e argila, 
que se juntam e formam os agregados do solo. 
 Melo e Lima (2007, p.32) afirmam que 
“as frações argila e silte do solo normalmente 
são constituídas por materiais primários”. São 
exemplos desses minerais: a olivina (rica em 
magnésio, ferro, cobre, manganês, molibdênio e zinco), a biotita (rica em 
potássio, magnésio, ferro, cobre, manganês e zinco) e a muscovita (rica em 
potássio), entre outros, que se formam durante o resfriamento do magma. A 
fração areia apresenta diâmetro maior que a fração silte, porém o intemperismo 
físico pode provocar a quebra do mineral areia e formar vários minerais do 
tamanho silte. 
Já a fração do tamanho argila “é constituída basicamente por minerais 
secundários, ou seja, minerais formados por meio do intemperismo químico 
(alteração) dos minerais primários, sob condições ambientais”. (MELO e LIMA, 
2007). A caulinita e os óxidos de ferro e alumínio representam essa fração. 
Ao utilizar o solo para agricultura devemos observar os nutrientes minerais 
que cada cultura exige para seu desenvolvimento e através de uma análise dos 
minerais, ver se eles encontram-se disponíveis para a planta, naquele tipo de 
solo. Importante também é fazer a reposição desses nutrientes ao solo para evitar 
torná-lo pobre. 
 
Material Orgânico 
De acordo com Melo e Lima (2007), a matéria orgânica é o segundo 
componente da fase sólida do solo. É constituída por partes animais e restos 
vegetais em decomposição. A produção de matéria orgânica através da 
decomposição biológica de resíduos promove a ciclagem de nutrientes na 
natureza, principalmente de nitrogênio e enxofre. As plantas retiram os nutrientes 
do solo para se desenvolverem, com sua decomposição esses nutrientes 
retornam ao solo e o ciclo se reinicia. 
Segundo Popia et al. (2007), a matéria orgânica serve como estímulo ao 
crescimento da planta, promove a estruturação do solo, retêm nutrientes e água, 
aumenta a biodiversidade e funciona como reserva de nutrientes. 
A matéria orgânica quando decomposta pela ação de microorganismos do 
solo, denomina-se húmus. Devido à maior capacidade de armazenamento de 
água a matéria orgânica age como um regulador de temperatura e evita em 
grande parte a erosão dos solos, daí a importância de se manter uma boa 
cobertura vegetal no solo. 
Como vimos no estudo do perfil dos solos, no capítulo dois, a matéria 
orgânica encontra-se incorporada ao horizonte A e o solo precisa dessa matéria 
para existir.Como preparar um composto orgânico? 
 O composto orgânico é um adubo produzido de restos de origem vegetal e 
animal transformados por ação de fungos e bactérias. Podem ser aplicados 
alguns dias antes do plantio das mudas ou das semeaduras. 
Segundo Popia et al. (2007) os adubos orgânicos melhoram a estrutura dos 
solos pobres, favorecem a absorção de macronutrientes (como K, N, P, Ca, Mg e 
S) e micronutrientes (como Cl, Co, Cu, etc.), aumentam a ação microbiana, 
evitam a compactação do solo, aumentam a resistência das plantas à doenças, 
melhoram a aeração do solo, entre outros. 
 
Materiais usados no preparo do composto 
Para se fazer um composto orgânico utiliza-se estercos animais, restos 
culturais de palhas, qualquer tipo de planta, qualquer substância que seja parte de 
plantas ou animais, fosfatos naturais e pós de basalto (Popia et al., 2007). 
 
Preparo 
 Escolher uma área protegida do vento e da insolação direta para construir 
a pilha de matéria orgânica. O local deve ser de fácil acesso, ter água disponível e 
permitir passagem para transporte de materiais. 
 Deve-se limpar a área e fazer canaletas ao redor para proteger de 
enxurradas. Triturar e/pó cortar os materiais orgânicos a serem usados para uma 
produção de adubo mais rápida e de melhor qualidade. 
 A pilha deve ter 1,5 metro de altura por 1,5 metro de largura e comprimento 
variável, depende da quantidade de matéria orgânica disponível. Inicia-se com 
uma sequência de palhas de feijão, milho, gramíneas, cascas de vegetais e sobre 
elas uma camada de esterco, mais ou menos na proporção: três partes de 
material vegetal para uma parte de esterco, chegando até 20 centímetros de 
altura, aproximadamente. Em seguida molha a pilha, mantendo a umidade entre 
40% a 60% e recomeça a montagem, mantendo a sequência de materiais. 
Termine cobrindo com folhagens para evitar excesso de evaporação. 
 Pode-se enriquecer as camadas com fosfato de rocha, cascas moídas de 
ostras, caranguejos ou ainda com calcário dolomítico. 
 A temperatura ideal da compostagem deve ser mantida entre 60º à 70º, 
para que não ocorra queima ou apodrecimento do material. Pode-se aferir essa 
temperatura usando termômetro apropriado ou com um pedaço de ferro. O 
pedaço de ferro deve ser introduzido até o fundo da pilha e deixado por cinco 
minutos. Após retirado, segurar com a mão por alguns segundos a parte que 
estava dentro do monte. Se conseguir segurá-lo é porque a temperatura esta boa. 
 Se a temperatura subir muito, acrescente água e revire o material e se não 
aquecer o suficiente, revire para proporcionar maior aeração e atividade biológica. 
 O tempo total de decomposição varia entre cada época do ano. 
Geralmente leva de 90 a 120 dias. Se for revirado completamente toda semana, 
esse tempo poderá diminuir. 
 O adubo está pronto quando tem cheiro de terra vegetal úmida e os 
materiais usados formam uma massa escura. A partir 
de então pode ser incorporado ao solo até 15 
centímetros de profundidade. Pode-se também usá-lo 
em covas, em pequenas quantidades. Recomenda-se 
incorporar esse adubo ao solo 15 dias antes do 
plantio. 
 
 
Professor/a: 
Sugere-se trabalhar 
os ciclos do carbono, 
nitrogênio e enxofre. 
ATIVIDADES 
Atividade prática: Produção de adubo orgânico. 
Objetivo: Compreender o processo de decomposição de matéria orgânica e sua 
importância na fertilidade do solo. 
Iniciar a aula questionando sobre os componentes do solo. Após as contribuições 
dos alunos, expor o conteúdo e debater sobre o mesmo. Em seguida, dirigir-se 
ao espaço destinado a horta escolar, escolher e preparar uma área para fazer a 
compostagem. De posse de materiais orgânicos, solicitados com antecedência, 
fazer uma pilha de materiais orgânicos, conforme descrito acima e acompanhar o 
processo de decomposição da matéria, com os alunos, pelo tempo necessário. 
Escalar semanalmente alguns alunos para fazerem o acompanhamento da 
temperatura e umidade da pilha. 
 
Outra atividade interessante é levar os alunos até um solo de mata, por exemplo, 
e identificar o que é matéria orgânica e o que é húmus. Anotar as conclusões. 
 
Atividade teórica: Produção de texto. 
Objetivo: Verificar se houve compreensão em relação aos componentes do solo 
e sua relação com as plantas. 
Produzir um texto relatando a importância da água, do ar, dos minerais e da 
matéria orgânica para o desenvolvimento das plantas. 
 
 
5. FORMAS DE AGRICULTURA DA REGIÃO 
 A principal renda do município vem da agricultura. Encontramos aí algumas 
formas de produção de alimentos: a agricultura convencional, a agricultura 
orgânica e, em algumas situações, o plantio de hidropônicos. Grande parte dos 
alunos que frequentam a escola tem o campo como seu espaço de vida. Porém 
esse campo encontra-se cada vez mais degradado, principalmente o solo, fato 
que se deve à falta de cuidados no manejo do mesmo e/ou ao desconhecimento 
de suas características e de adequações necessárias para o uso de forma 
equilibrada com o meio ambiente. 
 O conhecimento das características aliado 
a visita orientada de cada forma de produção 
poderá se tornar um elo motivador da 
preservação do meio em que se vive. A temática 
será trabalhada com os alunos por profissional da 
área indicado pela EMATER. 
 
Agricultura Convencional 
 Segundo Popia et al. (2007), a base dessa forma de agricultura apóia-se 
em práticas como a monocultura, irrigação, modernização agrícola, aplicação de 
fertilizantes sintéticos, controle químico de pragas e doenças, manipulação 
genética de plantas e cultivo intensivo do solo. Essas práticas ocasionam 
impactos ambientais e sociais como: intoxicações do agricultor e dos 
consumidores, desperdício e uso exagerado de água, degradação do solo, perda 
da diversidade genética, poluição e 
desequilíbrio ambiental e a desigualdade 
global na distribuição dos alimentos, o que 
gera a fome no mundo. 
 É uma das formas mais comuns de 
produção de alimentos da região. Tem 
ocasionado grande erosão do solo, baixa 
fertilidade, intoxicações e esgotamento de 
nutrientes e matéria orgânica. 
 Foto 7. Plantio convencional de milho 
 Fonte: FAOT, 2013 
 
Agricultura Orgânica 
 A agricultura orgânica é um conjunto de sistemas de produção de 
alimentos de origem vegetal sem a utilização de agroquímicos que busca obter o 
máximo de benefícios sociais considerando uma diversidade de fatores que 
afetam o homem e a natureza. Utiliza-se da adubação orgânica na manutenção 
Professor/a: Pode 
explorar outras formas 
de agricultura, conforme 
a realidade da sua 
região. 
da fertilidade do solo e da sanidade da planta e faz diversificação e rotação de 
culturas (POPIA et al., 2007). 
 É uma forma de produção de alimentos que tem crescido bastante nas 
últimas décadas. Na região várias famílias adotaram esse sistema de produção 
que tem se revelado bastante promissor, principalmente por evitar o uso de 
agrotóxicos que têm causado um número elevado de intoxicações. 
 
Hidroponia 
 Hidroponia é um sistema de cultivo em água, não utiliza solo. Nesse tipo de 
cultivo, as raízes das plantas são imersas em uma solução nutritiva temporária ou 
pemanentemente. 
 Segundo Castellane e Araújo (1995), esse sistema apresenta vantagens e 
desvantagens. Ele elimina o manejo do solo, não é necessária a rotação de 
culturas, a produção pode ser cerca de três vezes maior comparada à mesma 
área cultivada em solo, há mínimo desperdício de água e nutrientes e anecessidade de agrotóxicos é mínima, porém, se a água se contaminar, o sistema 
todo é afetado, exige rotinas regulares, grau de habilidade técnica, conhecimento 
de fisiologia das plantas além de, em certas culturas, causar problemas de 
acúmulo de nitrato. 
 
 
Imagem 8. Hidroponia 
Fonte: Portal Dia-a-dia educação 
 
ATIVIDADES 
Atividade prática: Visita orientada. 
Objetivos: Visualizar e caracterizar cada tipo de produção 
Após palestra sobre as diferentes formas de agricultura, os alunos serão 
conduzidos a lavouras da região para observarem as práticas de cada uma 
delas. Em um diário deverão relatar suas observações. 
 
Atividade teórica: Relatório da palestra e visitas. 
Objetivo: Relatar as experiências analisadas durante as visitas em campo com 
base nos princípios de cada forma de agricultura apontando sugestões para 
reduzir danos ao meio ambiente. 
Tendo em mãos as observações das visitas e as características das diferentes 
formas de agricultura apresentadas na palestra, em duplas, os alunos deverão 
fazer um relatório das experiências apontando sugestões para melhoria e/ou 
adaptações, visando reduzir danos ao meio ambiente. 
 
 
 
6. COMO OCORRE A DEGRADAÇÃO DO SOLO? 
 A degradação do solo é consequência da erosão, poluição, atividades de 
mineração, queimadas e desmatamento, construção civil, compactação, entre 
outros. Pode ocorrer tanto no campo quanto nas cidades. 
 
Erosão 
 Segundo Bragagnolo (1997), a exploração do solo e a ocupação territorial 
ao utilizar-se de técnicas inadequadas de uso, manejo e conservação do solo e 
da água, provocaram um processo de desgaste do solo denominado erosão. Este 
processo acentua-se ainda mais na agricultura convencional com o uso intensivo 
de insumos e defensivos agrícolas e com o aumento do índice de mecanização 
do processo produtivo. 
 
Assoreamento: consiste no 
acúmulo de materiais em rios, 
lagos, córregos, podendo 
impedir o curso dessas águas. 
 
 Foto 9. Erosão laminar Foto 10. Erosão em sulcos 
 Fonte: FAOT, 2013 Fonte: FAOT, 2013 
 
O processo erosivo é acelerado em algumas situações como: estradas 
mal locadas e executadas, sem considerar o comportamento hídrico; forma de 
preparo do solo para a agricultura que destrói a estrutura superficial do solo, 
mantém pouca quantidade de resíduos na superfície e baixa a atividade biológica 
do solo; a não utilização do plantio em níveis; a baixa produtividade agrícola, 
entre outros. 
 Durante o processo erosivo ocorre perda de nutrientes minerais e material 
orgânico do solo, tornando este solo pobre. A erosão pode ser hídrica, provocada 
pela ação da água da chuva, dos rios, dos mares e/ou da irrigação ou eólica, 
causada pelo vento. 
Devemos estar cientes que todo o processo 
de erosão do solo causado pelo uso e manejo 
inadequado do solo e dos insumos agrícolas, gera 
enchentes, poluição e o assoreamento de 
mananciais (BRAGAGNOLO, 1997). 
 
 
 
Foto 11. Assoreamento 
Fonte: FAOT, 2013 
Compactação 
A compactação do solo ocorre pelo tráfego e circulação de veículos, 
máquinas, tratores e animais. Nesse processo a permeabilidade e a porosidade 
do solo são reduzidas, comprometendo a infiltração e disponibilidade de água e ar 
para as plantas, ocorrem mudanças na estrutura do solo e a resistência do solo é 
aumentada, dificultando a penetração das raízes. (SECCO et al., 2004) 
 
Contaminação do solo 
 O crescimento populacional, a urbanização e a expansão agrícola têm 
causado impactos ambientais, ou seja, danos aos recursos naturais, entre eles ao 
solo e à água. 
 Podem ser fontes de contaminação ambiental atividades de mineração, 
industriais, agrícolas e domésticas. Na execução dessas atividades muitos 
poluentes são jogados no solo e na água, tais como: lixos, esgotos domésticos, 
resíduos de indústrias, agrotóxicos, etc., oriundos do meio urbano e rural. 
Em altas concentrações os poluentes causam problemas ambientais e à 
saúde humana e dos animais. Entre as doenças transmitidas aos seres 
humanos através do solo contaminado podemos citar o tétano, a oxiuríase e a 
ancilostomose. 
 
Esta imagem 
demonstra os efeitos 
sobre o solo e plantas 
que o uso de 
agrotóxicos em 
excesso pode 
provocar. 
 
 
 
 
 
 Foto 12: Área de solo contaminado por excesso de agrotóxico 
 Fonte: FAOT, 2013 
 
Queimadas 
Denominamos queimadas os incêndios na vegetação local provocados 
pelos seres humanos. A queima da vegetação de cobertura do solo influi 
negativamente nos atributos do solo, pois provoca o aumento dos índices de 
erosão, a diminuição da matéria orgânica e reduz a infiltração e retenção de água 
no solo, podendo afetar os aquíferos. 
 
Desmatamento 
 Desmatamento é a retirada da vegetação. Ocorre tanto no meio urbano 
como no meio rural com diversas finalidades: construção de casas, atividades 
agrícolas ou criação de gado, construção de estradas, entre outros. 
Professor/a: 
Aprofunde o estudo das doenças transmitidas pelo solo contaminado e a 
importância do saneamento básico e da redução e reaproveitamento de 
embalagens. 
Interfere negativamente na dinâmica da biodiversidade ao expulsar os 
animais que vivem no local e provoca o empobrecimento dos solos ao diminuir a 
quantidade de húmus e nutrientes. 
 
ATIVIDADES 
Atividade prática 1: Erosão hídrica e eólica do solo (Adaptada: UFPR, 2007). 
Objetivo: Demonstrar como ocorre a erosão eólica e a erosão hídrica do solo, 
enfatizando a importância da cobertura vegetal e mata ciliar. 
Para desenvolver a atividade abaixo você necessitará de três recipientes: um 
com solo seco, outro com solo e serrapilheira e o terceiro solo com cobertura 
vegetal; três bandejas para coletar a água e solo escoado; um canudinho e um 
regador com água. Deixe os recipientes em local inclinado entre 30º a 45º. 
Montar o esquema abaixo: 
 
 
Fotos 13. Demonstrando a erosão hídrica 
Fonte: FAOT, 2013 
 
 Com um canudinho assoprar sobre cada um dos recipientes. Observar o 
que acontece e discutir. 
 Com um regador ou litro de água, regue os recipientes na seguinte ordem: 
solo seco, solo com serrapilheira e solo com cobertura vegetal até que 
comece a escorrer água. Observe a cor da água escorrida e anote os 
resultados. 
Explique que a água escoada superficialmente carregará partículas de solo, 
poluentes, nutrientes, agrotóxicos, entre outros, e que nem todos são visíveis a 
olho nu. 
Problematizar: 
a) O que aconteceu quando se assoprou sobre o solo? Justifique. 
b) O que aconteceu quando as amostras foram regadas? Explique o que houve. 
c) Que fatores podem evitar perda do solo por erosão? Explique. 
d) Escreva sobre os impactos ambientais do processo erosivo. 
 
Atividade Prática 2: Contaminação do solo (Contribuição dos professores: 
Cleonice Aparecida Ribeiro, Dinancor Cunha Filho, Elciana Goedert e Giselle 
Marquette Nicaretta, 2013). 
Objetivos: Demonstrar que o solo pode sofrer contaminação por resíduos 
líquidos. 
Para realizar essa atividade você precisa de uma garrafa PET, amostras de solo 
dos horizontes A, B e C, copo com água, frasco com água contaminada (misture 
tinta guache a água para representar a contaminação) e um pedaço de pano. 
Procedimento: Corte a garrafa. Na parte superior (do bico) amarre um pedaço 
de pano. Monte a garrafa-funil identificando os horizontes do solo. No fundo do 
recipiente coloque uma quantidade de água, identificando-a como lençol freático, 
conformea ilustração abaixo: 
 
 
 
Fotos 14. Contaminação do solo 
Fonte: FAOT, 2013 
 
Derrame o conteúdo do frasco de água contaminada na garrafa-funil e observe a 
infiltração do líquido no solo e a forma como ele contamina a água do lençol 
freático. Explique que nem todos os poluentes são visíveis a olho nu. Anote suas 
observações. 
Problematização: 
a) Que substâncias jogadas no ambiente podem contaminar as águas dos 
lençóis freáticos? Explique de que forma. 
b) Algumas substâncias que contaminam as águas subterrâneas são visíveis a 
olho nu, outras somente no microscópio ou por análise da água. Cite exemplos 
dessas substâncias. 
 
Atividade prática 3: Lixo X Infiltração de água no solo. 
Objetivo: Visualizar que os lixos podem ser responsáveis pelas enchentes. 
Para realizar essa atividade você precisa de uma garrafa PET, amostras de solo 
dos horizontes A, B e C, lixos domésticos e pedaço de pano. 
Procedimento: Corte uma garrafa. Na parte superior (do bico) amarre um 
pedaço de pano. Monte a garrafa-funil identificando os horizontes do solo. No 
horizonte A acrescente lixo doméstico, conforme a ilustração abaixo: 
 
Foto 15. Lixo x infiltração da água 
Fonte: FAOT, 2013 
 
Derrame um copo de água e observe se o lixo interfere na infiltração da água no 
solo. Compare com o tempo de infiltração de água no solo argiloso, realizado no 
capítulo três. Anote suas observações. 
Problematização: 
a) O lixo jogado no solo interfere na infiltração da água? O que mais esse lixo 
pode estar ocasionando? Justifique. 
 
Atividade teórica: Caça-palavras. 
Objetivo: Testar a aprendizagem de conceitos. 
Responda as questões abaixo. Após encontre a resposta no caça-palavras. 
a) O processo de desgaste do solo provocado pela ocupação territorial e por 
técnicas inadequadas de uso, manejo e conservação do solo e da água é 
denominado _ _ _ _ _ _. 
b) Denominamos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ o acúmulo de materiais em rios, lagos e 
córregos. 
c) O tráfego e circulação de animais, veículos, máquinas e tratores provoca a 
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ dos solos. 
d) A água das chuvas, dos rios, dos mares e da irrigação pode provocar erosão 
_ _ _ _ _ _ _. 
e) A erosão causada pelo vento é denominada _ _ _ _ _ _. 
f) Denominamos _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ a retirada da vegetação para construir 
casas, estradas, para atividades agrícolas, etc. 
g) Os incêndios na vegetação local provocados pelos seres humanos 
denominam-se _ _ _ _ _ _ _ _ _ . 
h) _ _ _ _ _ , esgotos domésticos e _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ são exemplos de 
poluentes que jogados no solo provocam sua contaminação. 
X B O T N E M A E R O S S A H 
N K A S D R V O Y R J Ç L Í Ã 
E Ó Z T E O Q U E I M A D A S 
Ó L S S P S A D I O R R L P O 
L U I R Y Ã X Z W V I M S U A 
I H J X C O M P A C T A Ç Ã O 
C K L Q O M P T A C I U M T P 
A W N S Y S A L Ç Ã O V R B Q 
P D A G R O T Ó X I C O S X S 
O T N E M A T A M S E D T B A 
. 
 
 
7.TÉCNICAS DE PLANTIO E CONSERVAÇÃO 
 Todos os seres humanos deveriam fazer uso racional dos recursos 
naturais. Notamos, porém, que a forma como o solo tem sido explorado conduz a 
sua degradação e a um desequilíbrio do sistema ambiental. A adoção de medidas 
que visem à conservação e/ou melhoria do solo tornam-se indispensáveis para a 
restauração do equilíbrio ambiental. 
 
Plantio Direto 
 É uma técnica de cultivo que reduz o risco de erosão do solo. A plantação 
é realizada sem se revolver o solo para o plantio, mantém-se a cobertura vegetal 
permanente e prima pela rotação de culturas. Essas mudanças resultam em uso 
mais eficiente de fertilizantes e corretivos agrícolas, o que gera menor custo de 
produção e ambiente mais preservado (MACHADO, BERNARDI e SILVA, 2004). 
 
Foto 16. Plantio de soja direto na palha 
Fonte: FAOT, 2013 
 
Rotação de culturas 
 É uma técnica de cultivo que visa evitar o esgotamento de nutrientes do 
solo e melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo. Nesse 
sistema há alternância periódica de culturas vegetais em uma mesma área. 
De acordo com Calegan e Vieira (1999) deve ser planejada de forma que a 
integração das culturas favoreça a capacidade produtiva do solo, por isso, deve-
se observar o tipo de solo, as condições climáticas e o manejo aplicado. 
Aconselha-se a incluir leguminosas (feijão, soja, amendoim, etc.) para enriquecer 
o solo entre uma colheita e outra. 
 Veja no esquema abaixo uma forma de fazer rotação de culturas: 
Inverno 
aveia 
Verão 
milho 
Inverno 
trigo 
Verão 
soja 
 
 
Adubação Orgânica 
A adubação orgânica, conforme estudamos no capítulo quatro, melhora a 
estrutura dos solos pobres, aumenta a biodiversidade, favorece a absorção de 
nutrientes, evita a compactação dos solos, promove a ciclagem de nutrientes e 
aumenta a resistência das plantas à doenças. Deve ser feita sempre que possível 
para manter o solo vivo e fértil. 
 
Preservação e recomposição da mata ciliar 
 Matas ciliares são florestas ou outros tipos de cobertura vegetal que ficam 
às margens dos rios, lagos, nascentes e represas. O código florestal exige a 
preservação dessa mata. 
 A mata ciliar tem a função de proteger os rios e lagos. Faz isso ao diminuir 
o problema de erosão do solo e consequente assoreamento dos rios e, ao 
funcionar como um filtro que impede a contaminação das águas com agrotóxicos, 
esgotos domésticos, entre outros. Além disso, a mata ciliar evita enchentes ao 
impedir que grande quantidade de água de chuva caia de uma só vez em rios e 
lagos. 
 A ocupação das várzeas por plantações e pastagens, os desmatamentos e 
as queimadas são práticas da modernidade que tem destruído essa mata e 
provocado a diminuição do fluxo de água nos rios, a contaminação das águas, o 
agravamento do problema das enchentes, o acúmulo de material nos fundos dos 
rios e a redução da produtividade agrícola. 
 Segundo a Lei 12651/12, art. 4º, a largura da faixa de mata ciliar está 
relacionada com a largura do curso de água. Uma nascente deve ter um raio de 
50 metros de mata ciliar; um 
rio com menos de 10 metros 
de largura, 30 metros de 
mata; um rio com largura 
entre 10 e 50 metros, 50 
metros de mata ciliar, e 
assim por diante. Quanto 
maior a largura do rio, maior 
a faixa de mata ciliar que ele 
deve ter. 
 
 Foto 17. Mata ciliar - Rio Iguaçu 
 Fonte: FAOT, 2013 
Plantio em nível 
 O plantio das culturas seguindo o nível do terreno é planejado para áreas 
inclinadas. Ele melhora as condições de infiltração da água no solo e reduz a 
velocidade das enxurradas. As linhas de plantas funcionam como pequenas 
barreiras ao escoamento de água dificultando assim, o desencadeamento do 
processo erosivo (CALEGAN e VIEIRA, 1999). 
 
Foto 18. Plantio seguindo o nível do terreno 
Fonte: FAOT, 2013 
Manutenção da cobertura vegetal 
 De acordo com Calegan e Vieira (1999) a cobertura vegetal (verde ou 
morta) amortece o impacto das gotas de chuva sobre o solo reduzindo os efeitos 
da desagregação e o arrastamento de partículas – erosão; aumenta os índices de 
infiltração de água, ao diminuir a evaporação; possibilita melhores condições para 
o desenvolvimento da atividade biológica do solo e afeta a infestação de espécies 
invasoras. 
 Muitos agricultores deixam os resíduos vegetais após a colheita sobre o 
solo, como uma espécie de cobertura, e os incorporam ao solo por ocasião do 
preparo para o próximo plantio. Em outras situações, cultivam determinadasespécies de plantas (aveia, ervilha forrageira, nabo, entre outras) visando efetuar 
a adubação verde, que consiste na melhoria e/ou conservação da fertilidade do 
solo, e a produção de grãos como fonte de alimento ou de renda. 
 
Redução dos resíduos sólidos 
 Os resíduos sólidos são gerados após a produção, utilização ou 
transformação de bens de consumo como: eletrodomésticos, pilhas, embalagens, 
etc., originários de escolas, residências, indústrias e construção civil. Esses 
resíduos podem virar matéria prima para outras atividades se for feita a coleta 
seletiva e reciclagem desses materiais. 
 A reciclagem de resíduos preserva o meio ambiente, gera empregos e 
riquezas e elimina os lixões. 
 A Lei Federal 12305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos- propõe a 
prevenção e a redução de resíduos, institui a responsabilidade compartilhada dos 
geradores de resíduos e incentiva o consumo sustentável. 
 
ATIVIDADES 
Atividade prática 1: Plantio direto x Plantio Convencional. 
Objetivo: Demonstrar que o plantio direto provoca menos erosão do que o 
plantio convencional. 
Para realizar essa atividade você precisa cortar duas garrafas PET conforme 
imagem abaixo. Em uma delas coloca o solo revolvido e planta sementes de 
soja, ou outra qualquer. Na outra, coloca vegetação (palhada) e planta a soja nos 
sulcos, sem remexer o solo. Molhar o solo frequentemente para que ocorra a 
germinação das sementes. 
Quando as sementes germinarem, com um regador ou copo de água, regue os 
recipientes até que comece a escorrer água. Observe a cor da água escorrida e 
anote os resultados. 
 
 
Fotos 19. Erosão plantio convencional X Erosão plantio direto 
Fonte: FAOT, 2013 
 
Problematização: 
a) O que aconteceu quando os recipientes foram regados? Tente explicar sua 
resposta. 
b) Existe alguma vantagem em se manter a cobertura vegetal do solo ao plantar 
determinada cultura? 
 
Atividade Prática 2: Importância da mata ciliar. 
Objetivo: Demonstrar a importância da mata ciliar para evitar o assoreamento 
dos rios. 
Para realizar essa atividade, dividir a turma em quatro equipes. Cada equipe será 
responsável por fazer uma maquete, em superfície de madeira, com um pequeno 
declive. No meio da maquete deverá ter um rio. Duas representarão o campo, as 
outras duas, a cidade. 
 A equipe um representará uma cidade toda de concreto, sem utilização 
de técnicas de conservação do solo. 
 A equipe dois representará uma cidade com parques, vegetação e mata 
ciliar. 
 A equipe três fará uma maquete do campo representando plantio 
convencional, desmatamento e queimadas 
 A equipe 4 representará o campo, manterá a cobertura vegetal, se 
possível com curvas de nível e respeitará a mata ciliar. 
O professor deverá solicitar com antecedência os materiais para a confecção das 
maquetes. Poderá utilizar, por exemplo: caixas de leite, de suco, tinta guache, 
palitos de madeira, algodão, diversas amostras de solo, gramíneas, etc. 
Após a confecção das maquetes, derramar água sobre as mesmas e observar o 
que acontece em cada situação: maquetes com preservação e maquetes sem 
preservação. Anotar os resultados. 
Problematização: 
a) Há diferenças nas paisagens apresentadas nas maquetes que representam a 
cidade? Quais são essas diferenças? 
b) O que aconteceu quando se jogou água, representando a chuva, nas 
maquetes da cidade? 
c) Que diferenças você notou durante a chuva nas maquetes que representam o 
campo? 
d) Como ficou o rio nas quatro situações representadas? 
 
Atividade teórica: Debate. 
Objetivo: Verbalizar conhecimentos sobre técnicas de plantio e conservação. 
Após exposição dos conteúdos e da realização da atividade prática propor um 
debate sobre o conteúdo. Cada equipe deverá defender sua maquete e apontar 
argumentos que a justifiquem. 
 
 
8. PRAGAS E DOENÇAS 
 Pragas na agricultura convencional "são organismos que competem com o 
homem por alimento ou interferem em seu conforto e, portanto, devem ser 
eliminadas", já na agricultura orgânica "a praga é o resultado de um desequilíbrio 
cuja causa precisa ser identificada para que o sistema volte a funcionar 
normalmente". (POPIA et al., 2007, p. 75). 
 Para eliminar as pragas na agricultura convencional são utilizados 
agrotóxicos. Esses contaminam o solo, a água, as plantas e animais, inclusive o 
ser humano; destroem microorganismos úteis do solo; prejudicam a resistência da 
planta e provocam o surgimento de pragas e plantas invasoras resistentes aos 
agroquímicos usados frequentemente. 
 Na agricultura orgânica não se utiliza agrotóxicos, faz-se controle ecológico 
das pragas. Para se fazer esse controle, segundo Burg e Mayer (2006), precisa-
se em primeiro lugar melhorar as condições do solo utilizando medidas 
preventivas como: rotação de culturas, fazer uso da adubação orgânica, manter 
os inimigos naturais, fazer plantio direto, manter a cobertura vegetal, adubação 
mineral de baixa solubilidade, entre outros. Ao se tomar essas medidas ocorre o 
fortalecimento da planta e diminui o número de pragas e doenças. 
 Segundo a Embrapa (2006) as hortaliças são atacadas por numerosas 
espécies de pragas. As principais são: 
 Pulgões: sugam a seiva das plantas. 
 Lagartas: perfuram as folhas. 
 Moscas brancas: transmitem doenças as plantas. 
 Cochonilhas: fixam-se nas plantas e secretam substâncias açucaradas que 
atraem formigas. 
 Ácaros: sugam as plantas. 
 Formigas: cortam as folhas das hortaliças. 
 Vaquinhas: pequenos besouros cujas larvas atacam as raízes das 
hortaliças. 
 Percevejos: sugam as plantas. 
 Lesmas e caramujos: atacam as partes tenras das hortaliças. 
 Gafanhotos: devoram as plantas. 
 Uma das formas de se fazer o controle dessas pragas é com o controle 
biológico, ou seja, com inimigos naturais. Eles aparecem naturalmente nas hortas 
e matam ou parasitam as pragas. Os principais inimigos são: 
 Joaninhas: matam os pulgões. 
 Vespinhas parasitóides: parasitam ou matam lagartas, pulgões e 
cochonilhas. 
 Além dos inimigos naturais pode-se fazer uso de plantas repelentes a 
pragas nos cantos dos canteiros, como exemplo, a urtiga, cravo de defunto, 
hortelã e cebolinha. Essas espécies de plantas naturalmente repelem algumas 
pragas que podem atacar as hortaliças. 
 
PRODUÇÃO DE SOLUÇÕES NATURAIS 
 Na horta orgânica o combate às plantas invasoras deve ser feito de forma 
manual e o controle de pragas com a utilização de caldas e produtos naturais 
(inseticidas caseiros), que além de serem pouco tóxicos, seu período de ação é 
de quatro dias em média, depois disso, pode-se consumir as hortaliças 
normalmente, sem medo de intoxicação. 
 
 Inseticida de sabão e óleo mineral (BURG e MAYER, 2006) 
 Receita: 200 g de sabão neutro, 1/2 litro de óleo mineral, 1/2 litro de água. 
Derreter o sabão na água quente e misturar o óleo mineral. Usar 200 mililitros da 
mistura em 20 litros de água. Pulverizar. Repetir a pulverização a cada 15 dias. 
 Função: controle de cochonilhas e outros insetos. 
 
 Inseticida de samambaia (BURG e MAYER, 2006). 
 Receita: 500 gramas de folhas frescas de samambaia e 2 litros de água. 
Colocar as folhas na água e ferver por 30 minutos. Deixar descansar por 24 
horas. Misturar 1 litro do líquido com 10 litros de água e pulverizar as plantas. 
 Função: controlar pulgões e lagartas. 
 
 Macerado de camomila. 
 Receita: Mergulhar um punhado de flores de camomila em água por dois 
dias. Pulverizar. 
 Função: controle de doenças fúngicas. 
 
 Solução de fumo (FRANCISCO NETO, 2002, p.124). 
Modo de preparo: 
 Do extrato: colocar fumo de rolo picado ou desfiado ou ainda em folhasem 
um vidro escuro de boca larga com capacidade para pelo menos 1 litro, até 3/4 do 
volume. em seguida, completar com álcool até encher e deixar em repouso por 
cinco dias em local escuro e fresco. Filtre em pano ralo, guardando o extrato 
(também em vidro escuro) em local fresco. 
 Da emulsão: raspe 100 g de sabão comum e junte 100 mL de água. 
Adicione uma colher de chá de soda cáustica. Leve ao fogo mexendo bem com 
uma colher de pau, até a completa dissolução da mistura. Retire do fogo e deixe 
esfriar até ficar morno. Então, adicione meio litro de querosene, até a solução ficar 
uniforme. Esta emulsão funcionará como um ótimo fixador da solução inseticida, 
facilitando sua ação sobre os insetos. 
 Junte, na hora da aplicação, a emulsão descrita acima a um copo de 
extrato alcoólico de fumo, misturando-os bem. O volume formado será suficiente 
para 20 litros de solução. Junte a quantidade de água suficiente para formar 20 
litros de solução, que deverá ser filtrada em pano de algodão e usada no menor 
espaço de tempo possível. (No caso de uso em folhas, que serão consumidas, é 
necessário retirar o querosene da formulação. Deve-se ainda, aguardar pelo 
menos sete dias após a aplicação antes da colheita para o consumo). 
 Função: controle de pulgões, pequenos percevejos e lagartas das folhas. 
 
 Inseticida de flor de crisântemo (BURG e MAYER, 2006). 
 Receita: 40 gramas de pó de flores de crisântemo e 1 litro de água. 
Misturar os ingredientes e deixar descansar por 24 horas. Coar e misturar a 20 
litros de água. Pulverizar. 
 Função: Combate pulgões, percevejos, besouros e gafanhotos. 
 
 Inseticida de coentro. 
 Receita: Cozinhar folhas de coentro em 2 litros de água. Diluir na 
proporção de 1:3. 
 Função: Controla ácaros e pulgões. 
 
 Segundo Francisco Neto (2002) para controlar caramujos e lesmas na 
horta pode-se preparar armadilhas e espalhar em locais sombrios e úmidos. 
 Espalhar copos de cerveja pela horta: As lesmas serão atraídas para 
dentro do copo. Depois é só eliminá-las. 
 Colocar sacos de estopa molhados no leite entre os canteiros durante a 
noite. Na manhã seguinte recolher as armadilhas e esmagar as lemas e caracóis 
abrigados sob ela.. 
 O uso excessivo do solo aliado a erosão provoca a perda de seus 
nutrientes. Para complementar os nutrientes que a planta precisa para se 
fortalecer e defender as plantas contra insetos, fungos, bactérias, e outros, pode-
se utilizar biofertilizantes, "produtos que possuem diversos componentes minerais 
misturados a materiais orgânicos como o esterco, leite, melaço e plantas." (BURG 
e MAYER, 2006, p. 29). Estes podem ser aplicados diretamente no solo ou 
através de pulverizações foliares, favorecem a presença de microorganismos 
responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, a produção de gás e a 
liberação de antibióticos e hormônios. 
 
ATIVIDADES 
Atividades práticas: Produção de inseticidas naturais. 
Objetivo: Produzir conhecimentos sobre conservação e preservação do meio 
ambiente ao incentivar o uso de inseticidas naturais. 
Preparar junto aos estudantes os inseticidas descritos no capitulo. Guardar e 
conservar os mesmos para fortalecimento do solo e controle de pragas na horta 
escolar. 
 
Atividade teórica: Construção de painéis. 
Objetivo: Pesquisar os insetos, fungos e bactérias que mais causam doenças às 
plantas e descrever formas de combate aos mesmos. 
Solicitar que os estudantes recortem e/ou encontrem na internet e imprimam 
imagens de pragas. Após, façam a colagem das figuras encontradas e 
relacionem a doenças causadas por elas, bem como, as formas de combate às 
mesmas. Expor os trabalhos no mural da escola. 
 
 
9. HORTA ORGÂNICA 
 A horta orgânica inserida no ambiente escolar se constitui em uma 
intervenção pedagógica que oportuniza ao estudante a construção de 
conhecimentos significativos, reais, dinâmicos e práticos relativos ao uso e 
manejo do solo. É um laboratório vivo que possibilita o desenvolvimento de 
diversas atividades, contribui para a preservação e conservação do ambiente e 
une teoria e prática de forma contextualizada e cooperativa. 
 No segundo semestre deste ano através dos Programas Mais Educação e 
Jovem Agricultor Aprendiz, teve início a construção de uma horta escolar no 
Colégio Estadual do Campo Dr. Adhelmar Sicuro. 
 Para efetivação da relação teoria e prática desta proposta, far-se-á uso 
desse espaço e haverá uma ampliação do mesmo para que os educandos 
possam compreender todo o processo de uso e manejo do solo para o cultivo de 
hortaliças orgânicas. 
 A foto abaixo representa a horta em questão. 
 
 
Foto 20. Horta do Colégio Estadual do Campo Dr. Adhelmar Sicuro 
Fonte: FAOT, 2013 
 
Preparo do solo e dos canteiros 
 A princípio será feito um estudo do solo com os alunos, para determinar o 
pH, verificar o estado geral do solo e avaliar as características do terreno: 
luminosidade, disponibilidade de água para irrigação, isolamento da área e se o 
terreno é plano. 
 O terreno será limpo com auxílio de algumas ferramentas como enxada, 
ancinho, carrinho de mão, entre outros. Após revira-se o solo numa profundidade 
de 40 a 50 centímetros, retira-se os terrões, objetos e pedras e prepara-se os 
canteiros, nivelando o terreno. Para melhor aproveitamento do sol recomenda-se 
que estes sejam feitos na direção norte-sul. Os canteiros devem ter cerca de um 
metro de largura, trinta centímetros de altura e o comprimento que comportar na 
horta. Entre um canteiro e outro deve-se deixar um espaço de pelo menos trinta 
centímetros para servir de passadeira e pra escoamento da água das chuvas. 
 Nesta mesma etapa, calcula-se a quantidade de adubo orgânico e 
biofertilizantes necessários para tornar o solo fértil e faz-se a aplicação dos 
mesmos. Para solos médios recomenda-se trinta litros de adubo orgânico por 
metro quadrado, podendo ser diminuída a quantidade para solos férteis e 
aumentada para solos fracos. Cerca de 20 dias após a adubação será feito o 
plantio dos canteiros. 
 A turma será dividida em grupos, de modo que cada grupo se 
responsabilize por um canteiro. Em seguida serão orientados sobre plantio, 
formação de mudas, espaçamentos entre as covas, irrigação, controle de pragas, 
retirada de plantas invasoras, colheita e higienização das hortaliças a serem 
produzidas e iniciarão o processo de plantio. 
 
Processo de plantio 
 Várias espécies de hortaliças podem ser plantadas no lugar definitivo 
como: cenoura, rabanete, espinafre e beterraba, outros precisam ser 
transplantados de uma sementeira como alface, couve, cebolinha, entre outros. 
 Quando se tratar de plantio em lugar definitivo, após o nivelamento do 
canteiro deve-se calcular o espaçamento entre uma linha a outra, conforme tabela 
1, fazer sulcos, com um pedaço de madeira, de um a dois centímetros de 
profundidade e semear. Tomar cuidado para que as sementes não fiquem muito 
amontoadas. 
 Após a semeadura, cobrir as sementes dos sulcos com terra do próprio 
canteiro. Cobrir o canteiro com capim seco e regar. A irrigação deve ser feita 
todos os dias pela manhã e no final da tarde. Quando as sementes germinarem 
deve-se retirar o capim seco para permitir o seu crescimento. 
 No caso das hortaliças que precisam ser transplantadas há a necessidade 
de sementeiras. As sementeiras podem ser feitas de bandejas de isopor 
completas com solo rico em nutrientes. Coloca- solo no fundo da bandeja, distribui 
as sementes e cobre com solo peneirado. Mantém-se as bandejas dentro de um 
viveiro e rega todos os dias. Outra forma de sementeira é preparar um canteiro 
especialmente para semeio de espécies. 
 Quando as mudastiverem com mais ou menos dez centímetros de altura e 
com cinco a seis folhas faz-se o transplante para os canteiros definitivos. Retira-
se as mudas da sementeira e fixa-as em pequenos buracos feitos no canteiro. 
Após o transplante tomar o cuidado de irrigar as plantinhas para que peguem 
mais facilmente. 
 
Que espécies cultivar? 
 É aconselhável organizar um calendário de plantio considerando o clima 
regional, a época de plantio favorável, o ciclo das culturas, variedades adequadas 
e as exigências e tratos culturais necessários. A tabela abaixo apresenta algumas 
culturas da olericultura do centro-sul do Paraná que serão cultivadas na horta 
escolar do Colégio Estadual do Campo D. Adhelmar Sicuro. 
 
Cultura Semeadura Espaçamento 
 (m) 
Ciclo médio 
(dias) 
Abobrinha A partir de 
setembro 
1,2 x 0,6 45 - 60 
Alface Ano todo 0,25 x 0,30 45 - 60 
Cenoura Ano todo 0,15 x 0,05 80 - 120 
Brócolis Ano todo 1,0 x 0,5 80 - 90 
Beterraba Ano todo 0,2 x 0,1 80 - 120 
Rabanete Ano todo 0,15 x 0,05 23 - 30 
Repolho verde Ano todo 0,7 x 0,3 90 - 120 
Repolho roxo Ano todo 0,7 x 0,3 90 - 120 
Salsinha Ano todo 0,3 x 0,1 50 - 60 
Cebolinha Ano todo 0,4 x 0,8 80 - 90 
Tabela 1 - Culturas usadas na olericultura do centro-sul do Paraná 
Fonte: Viveiro de Mudas Agrofior/Emater Colombo/Waldemar Siqueira In: POPIA et al., 2007. 
 
Conservação da horta 
 Para que a horta esteja sempre em condições ideais de produção faz 
necessário: a rotação de culturas para ajudar na defesa das plantas contra 
pragas, irrigação na medida certa para não causar danos a planta, o controle 
manual de ervas quando houver competição com a cultura plantada, a utilização 
de produtos naturais orgânicos para o controle de doenças e pragas, o desbaste 
das mudas em excesso, a reposição de minerais e compostos orgânicos ao solo, 
observação as técnicas de conservação do solo e eliminação de plantas e/ou 
parte de plantas doentes. 
 Ainda é importante planejar datas e horários de regas dos canteiros e 
distribuir entre os grupos e se houver infestação de pássaros na horta e eles 
estiverem danificando as verduras é necessário construir espantalhos para serem 
os guardiões da horta. 
 Durante todo o processo de crescimento das hortaliças os canteiros serão 
monitorados pelos alunos de modo a reforçar a associação entre teoria e prática 
no ensino. 
 Quando fecha o ciclo de cada cultura deve ser feita a colheita. Recomenda-
se que as hortaliças sejam colhidas pela manhã e as raízes no final da tarde. 
Deve-se conservá-las em locais frescos e manter a umidade. 
 
ATIVIDADES 
Atividade prática: Construção da horta e produção de alimentos. 
Objetivo: Demonstrar conhecimentos adquiridos no estudo dos solos para 
preparar canteiros e cultivar determinadas espécies de hortaliças. 
Explicar aos estudantes todo o processo de preparo de canteiros, semeadura e 
plantio/replantio de mudas, irrigação e cuidados com hortaliças. Após isso, 
efetivar os conhecimentos através da construção/ampliação da horta orgânica 
escolar. 
 
Atividade teórica: Produção de texto narrativo. 
Objetivo: Avaliar a compreensão que cada aluno teve do processo de 
construção da horta e plantio de alimentos. 
Solicitar que os estudantes produzam um texto narrativo sobre o processo de 
produção de alimentos em horta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Imagem 02. Perfil de solo. 
Disponível em: <http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1895 
Acesso em 19 set 2013. 
 
 
Imagens 03. Solos do Paraná 
Disponível em: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=7 
Acesso 19 set 2013 
 
 
Foto 04. Latossolo 
Fonte: FAOT, Ângela G., 2013. 
 
 
Foto 05. Solo arenoso 
Fonte: FAOT, Ângela G., 2013. 
 
 
Foto 06. Garrafas-funil 
Fonte: FAOT, Ângela G., 2013. 
 
 
Foto 07. Plantio convencional de milho 
Fonte: FAOT, Ângela G., 2013. 
 
 
Foto 08. Hidroponia 
Fonte: www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1890 
Acesso em 10 nov. 2013 
 
 
Foto 09. Erosão laminar 
Fonte: FAOT, Ângela G., 2013. 
 
 
Foto 10. Erosão em sulcos 
Fonte: FAOT, Ângela G., 2013. 
 
 
Foto 11. Assoreamento 
Fonte: FAOT, Ângela

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