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Vestibular 2011 acesso 2012 002. Prova de ConheCimentos esPeCífiCos e redação cursos: Medicina, Bacharelado em Saúde Coletiva, Odontologia, Enfermagem, Licenciatura em Ciências Biológicas, Engenharia Florestal e Licenciatura em Química. Verifique se sua folha de respostas pertence ao mesmo grupo de cursos que este caderno. Confira seus dados impressos na capa e na última folha deste caderno. Esta prova contém 36 questões objetivas e uma proposta para redação, e terá duração total de 4 horas. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa. A Classificação Periódica encontra-se no final deste caderno. Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta. 11.12.2011 2UEAM1101/002-CE-T1 Vestibular 2011 acesso 2012 RASCUNHO 3 UEAM1101/002-CE-T1 BIOLOGIA 01. Em relação aos efeitos biológicos da radiação nuclear, nos seres humanos e na natureza, foram feitas as seguin- tes afirmações: I. A exposição prolongada à radiação leva ao compro- metimento do sistema reprodutor ocasionando muta- ções nas células germinativas, o que pode compro- meter a saúde das presentes e futuras gerações. II. A exposição da medula óssea à radiação pode causar a redução na taxa da produção das hemácias e a leu- cemia. A baixa taxa na produção de hemácias pode evoluir para a anemia. III. Apesar de não deixar o solo infértil e não poluir os rios, a radiação contamina a vegetação. Frutos e grãos nascidos desse solo conterão elementos radioativos, entretanto não contaminarão a teia alimentar. É correto o que se afirma em: (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 02. Com relação à doença de Chagas, é correto afirmar que tem como agente etiológico (A) o Trypanosoma cruzi, um protozoário que tem um inseto, o Triatoma infestans, popularmente conheci- do como barbeiro, como seu único hospedeiro. (B) um vírus, transmitido pelo Trypanosoma cruzi, o qual se instala nas células epiteliais humanas cau- sando feridas de difícil cicatrização. (C) o Trypanosoma cruzi, um protozoário que se instala nas células musculares lisas e estriadas dos huma- nos, podendo levar o hospedeiro à morte. (D) o protozoário Triatoma infestans, o qual é transmiti- do aos humanos a partir da saliva inoculada quando da picada do Trypanosoma cruzi, conhecido como barbeiro. (E) o protozoário Triatoma infestans, o qual se instala nas células musculares e nas células epiteliais humanas, podendo ser transmitido para outras pessoas a par- tir das fezes contaminadas do Trypanosoma cruzi, conhecido como barbeiro. 03. Em relação às características da leishmaniose, foram fei- tas as seguintes afirmações: I. A leishmaniose tegumentar tem como vetor um mos- quito do gênero Anopheles, enquanto a leishmaniose visceral tem como vetor mosquitos do gênero Phlebo- tomus. II. A leishmaniose visceral pode se manifestar nos cães, que se constituem em reservatórios do parasita, trans- mitindo-a aos humanos através de um inseto vetor. III. Existe uma relação direta entre o processo de desma- tamento e ocupação da floresta e o aumento de casos de leishmaniose tegumentar. IV. A Leishmania chagasi, em sua fase promastigota, apresenta locomoção por flagelo. É correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) I, II e III, apenas. (D) II, III e IV, apenas (E) I, II, III e V. 04. A família Urticaceae composta por centenas de dife- rentes gêneros, dentre os quais o gênero Urtica, onde algumas espécies, popularmente chamadas de urtigas, são conhecidas pela irritação que causam à pele de quem as toca. Com relação ao número cromossômico de algumas dessas espécies, as espécies Urtica aspera e Urtica inci- sa apresentam igual número de cromossomos, 2n = 24. Já a espécie Urtica circularis tem 2n = 26 e a espécie Urtica baccifera tem 2n = 52 cromossomos. Com relação ao número cromossômico dessas espécies, é correto afirmar que (A) a relação de igualdade entre o número de cromos- somos de Urtica aspera e Urtica incisa determinará que essas duas espécies tenham as mesmas caracte- rísticas fenotípicas. (B) o número cromossômico de Urtica baccifera indica que essa espécie tem o dobro de células somáticas e células germinativas que tem a espécie Urtica circu- laris. (C) embora Urtica aspera e Urtica incisa tenham o mesmo número cromossômico, por serem plantas de diferentes espécies, seus cromossomos carregam diferentes genes e alelos. (D) os gametas de Urtica baccifera são produzidos por mitose e não por meiose, razão pela qual a espécie tem o dobro de cromossomos que a espécie Urtica circularis. (E) embora Urtica aspera, Urtica baccifera e Urtica circularis tenham números cromossômico diferen- tes, por serem plantas do mesmo gênero, seus game- tas terão o mesmo número cromossômico. 4UEAM1101/002-CE-T1 05. Muitos dos fármacos são lipossolúveis e conseguem atra- vessar rapidamente a membrana plasmática das células do órgão-alvo do medicamento. Sobre o transporte desses fármacos para o interior das células é correto afirmar que (A) a baixa concentração destes compostos no interior das células faz com que as proteínas-canal da mem- brana os deixem entrar por difusão passiva. (B) a alta concentração destes compostos no exterior das células ativa as proteínas-transportadoras que gastam energia para transportá-los para o interior das células. (C) devido ao seu pequeno tamanho, o transporte para o interior da célula é promovido pelas proteínas trans- portadoras da membrana. (D) a lipossolubilidade nos fosfolipídios da membrana permite sua difusão simples a favor de um gradiente de concentração. (E) a lipossolubilidade nos fosfolipídios da membrana permite sua difusão facilitada contra um gradiente de concentração. 06. Assinale a alternativa que apresenta representantes dos três filos do reino animal e que obrigatoriamente sejam deuterostômios: (A) Arthropoda, Echinodermata e Chordata. (B) Echinodermata, Cephalochordata e Urochordata. (C) Hemichordata, Chordata e Cephalochordata. (D) Cnidária, Arthropoda e Chordata. (E) Echinodermata, Hemichordata e Chordata. 07. Assinale a alternativa que completa correta e respectiva- mente as lacunas das afirmações. I. Indivíduos de sangue tipo não possuem nenhum dos dois antígenos, portanto possuem anti- corpos anti-A e anti-B e podem receber apenas san- gue do grupo O. II. Indivíduos de sangue tipo A possuem apenas o an- tígeno A, portanto apresentam os anticorpos anti-B, podem receber sangue tipo e doar para os indivíduos de sangue tipo A e AB. III. Indivíduos de sangue tipo B possuem apenas o , portanto apresentam os anticorpos anti-A e podem receber sangue tipo O e B, e doar para os indivíduos de sangue tipo B e AB. IV. Indivíduos de sangue tipo AB possuem ambos os antígenos e nenhum anticorpo. Estes indivíduos são popularmente conhecidos como ___________, mas doam apenas para indivíduos de sangue tipo AB. (A) AB; B; antígeno A e doadores universais. (B) B; AB e O; anticorpo anti-B e receptores universais. (C) O; O e A; antígeno B e receptores universais. (D) O; O e A; anticorpos anti-B e doadores universais. (E) AB, O e A; antígeno B e receptores universais. 08. Observe a figura. (www.dentalcollectibles.com) A figura traz alguns dos personagens do desenho animado Os Flintstones, produzido pela dupla Hanna & Barbera. Na figura, além de Fred e Barney, aparecem Dino, um dinos- sauro e Baby Puss, um tigre dente-de-sabre. A explicação científica mais plausível para a história evolutiva desses grupos é: (A) Hominídeos e grandes felinos, como os tigres dentes-de-sabre, coexistiram durante a Era Ceno-zoica, em época posterior à grande extinção dos dinossauros. (B) Dinossauros e grandes felinos, como os tigres den- tes-de-sabre, foram extintos no final do período Cretáceo, assim os hominídeos dominaram a Terra por estarem mais adaptados. (C) Hominídeos, dinossauros e grandes felinos, como os tigres dentes-de-sabre, não poderiam habitar a mes- ma paisagem, pois estavam separados em diferentes continentes em consequência da deriva continental. (D) Hominídeos, dinossauros e grandes felinos, como os tigres dentes-de-sabre, dominaram a paisagem no período Jurássico. (E) Hominídeos e dinossauros foram espécies que coexis- tiram durante a Era Mesozoica, por serem todos ani- mais homeotérmicos. 5 UEAM1101/002-CE-T1 09. Analise a figura. I II III IV (www.vestibulandoweb.com.br) Em relação às características filogenéticas das plantas é correto afirmar que: (A) as plantas que compõem a ramificação do grupo III são avasculares. (B) as plantas que compõem a ramificação do grupo I apresentam reprodução cruzada. (C) as plantas que compõem a ramificação do grupo IV pertencem às angiospermas por apresentarem flores, sementes e frutos. (D) as plantas pertencentes à ramificação do grupo II são pteridófitas, por necessitarem de muita água como meio de locomoção para o anterozoide “na- dar” até a oosfera. (E) a partir de II, todas as plantas representadas depen- dem dos animais como agentes polinizadores. 10. Em uma aula de biologia, a professora trabalhou com dois aquários, um com água do mar e alguns exemplares de camarões marinhos, e outro com água de rio e alguns exemplares de camarões capturados nesse ambiente. A professora questionou os alunos sobre o que ocorreria com o equilíbrio hidrossalino nas células dos camarões se alguns deles fossem transferidos de um aquário para o outro. Sobre o experimento, é correto afirmar que: (A) tanto os camarões de água doce quanto os de água salgada, se trocados de aquário, irão equilibrar a concentração osmótica de suas células em relação ao meio no qual serão colocados, e se nele permane- cerem sobreviverão sem problemas. (B) os camarões de água doce, se colocados em água salgada, nada sofrerão, pois suas células têm con- centração osmótica superior à da água onde normal- mente vivem e, portanto, estarão em um meio iso- tônico, em relação à concentração osmótica de suas células. (C) os camarões de água doce, se colocados em água salgada, não serão capazes de equilibrar a concentra- ção osmótica de suas células em relação ao meio, e se nele permanecerem poderão morrer por perda de água para o meio no qual foram colocados. (D) os camarões de água salgada, se colocados em água doce, nada sofrerão, pois suas células têm concen- tração osmótica inferior à da água onde normalmen- te vivem e, portanto, estarão em meio isotônico em relação à concentração osmótica de suas células. (E) os camarões de água salgada, se colocados em água doce, nada sofrerão, pois suas células, têm concen- tração osmótica superior à do meio onde serão co- locados, e desse modo não perderão água de suas células para o meio. 6UEAM1101/002-CE-T1 11. A figura apresenta parte da folha de uma planta, vista em corte transversal. 1 2 3 4 5 6 7 9 8 10 1 – Cutícula 2 – Epiderme superior 3 – Parênquima paliçádico 4 – Parênquima lacunoso 5 – Epiderme inferior 6 – Células-guarda 7 – Estômatos 8 – Floema 9 – Xilema 10 – Feixe vascular Sobre a folha representada na figura, pode-se afirmar que, pertence à uma planta (A) aquática, cujas folhas flutuam sobre a água, como a vitória-régia, uma vez que apresenta estômatos na face inferior. (B) de áreas sombreadas ou de penumbra, uma vez que não apresenta parênquimas clorofilados ou vasos transportadores de produtos da fotossíntese. (C) de áreas onde não há restrição hídrica, uma vez que apresenta cutícula na face superior, estrutura respon- sável por favorecer a perda de água por evaporação. (D) de regiões pantanosas, uma vez que apresenta pa- rênquima paliçádico e parênquima lacunoso bastan- te desenvolvidos. (E) de regiões áridas, uma vez que apresenta cutícula na face superior e estômatos na face inferior. 12. Na música O Pulso, de Arnaldo Antunes, do grupo Titãs, o autor cita quase cinquenta doenças que diferem em suas características. Um aluno que se preparava para o vestibu- lar escutava a música e fazia anotações sobre a etiologia e formas de transmissão de algumas das doenças que apare- cem na letra. A anotação correta é aquela que diz (A) a raiva e a rubéola são transmitidas entre os seres humanos sem a necessidade de um vetor. (B) a sífilis e a hepatite só são adquiridas a partir de re- lações sexuais com uma pessoa contaminada. (C) a toxoplasmose e a pediculose são doenças transmi- tidas por insetos parasitas. (D) a pneumonia, a faringite e a encefalite podem ser de origem viral ou bacteriana. (E) a peste bubônica é transmitida através do contato com a urina do rato. QUÍMICA Instrução: Leia o texto e responda às questões de números 13 a 16. O elemento químico magnésio (número atômico 12) é indispensável à vida dos vegetais clorofilados, pois participa da fotossíntese. O magnésio é, portanto, um dos responsáveis pela exuberância de nossa floresta Amazônica. Ele é também fundamental à vida de outros seres vivos, incluindo o ser hu- mano, um adulto requer a ingestão diária de cerca de 300 mg desse elemento. Seu isótopo natural mais abundante é o de número de massa 24. O magnésio não existe na natureza sob a forma metálica, mas sim como íons Mg2+. 13. O número de nêutrons presente no núcleo do isótopo mais abundante do magnésio é (A) 2. (B) 4. (C) 8. (D) 12. (E) 24. 14. O número total de elétrons presente em cada íon Mg2+ é (A) 2. (B) 8. (C) 10. (D) 12. (E) 14. 15. Magnésio é um elemento que faz parte do grupo 2 da classificação periódica. O cálcio também faz parte desse grupo. Logo, esses elementos são metais (A) alcalinoterrosos e formam com oxigênio os óxidos MgO e Ca 2 O. (B) alcalinoterrosos e formam com oxigênio os óxidos MgO e CaO. (C) alcalinoterrosos e formam com oxigênio os óxidos MgO 2 e CaO. (D) alcalinos e formam com oxigênio os óxidos MgO e CaO. (E) alcalinos e formam com oxigênio os óxidos Mg 2 O e CaO. 7 UEAM1101/002-CE-T1 16. O grão-de-bico é um dos alimentos que apresenta maior teor de magnésio, cerca de 0,6 % em massa. A massa, em gramas, desse alimento suficiente para suprir os 300 mg de magnésio necessários diariamente para um ser humano adulto é aproximadamente (A) 10. (B) 20. (C) 40. (D) 50. (E) 100. Instrução: Leia o texto e responda às questões de números 17 a 20. O município de Presidente Figueiredo, AM, tem desta- que nacional e internacional, tanto por suas atrações turísti- cas como por seus recursos minerais, entre eles cassiterita e água mineral. Da cassiterita obtém-se o estanho metálico, empregado em ligas de solda utilizadas em circuitos eletrônicos. cassiterita (SnO 2 ) barras de estanho metálico (Sn) A água mineral que abastece a cidade de Presidente Figueiredo é proveniente da fonte Santa Cláudia. A análise dessa água, realizada por laboratório oficial, mostrou que o seu pH a 25 ºC é 5,8 e que a concentração de bicarbonato de cálcio, Ca(HCO 3 ) 2 , nela dissolvido é de 0,81 mg/L. (CPRM – Superintendência Regional de Manaus – PRIMAZ de Presidente Figueiredo. Recursos Minerais, 1998. Adaptado.) 17. Os números de oxidação do elemento estanho na cassite- rita e no estanho metálico são, respectivamente, (A) +2 e –2. (B) +2 e 0. (C) +4 e 0. (D) –2 e +4. (E) – 4 e 0. 18. Estanho metálico pode ser obtido a partir da cassiteritapela reação desse mineral com monóxido de carbono. O outro produto da reação é o dióxido de carbono. Na equação química que representa essa reação, se o coe- ficiente estequiométrico do estanho metálico for 1, o do monóxido de carbono será (A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5. 19. De acordo com as informações apresentadas no texto e sabendo que K w é igual a 1,0 x 10–14 a 25 ºC, a água mineral da fonte Santa Cláudia, nessa temperatura, apre- senta pOH igual a (A) –5,8, portanto, é ácida. (B) –8,2, portanto, é básica. (C) 0,0, portanto, é neutra. (D) 5,8, portanto, é básica. (E) 8,2, portanto, é ácida. 20. Expressando-se em mol/L a concentração de íons cálcio na água mineral da fonte Santa Cláudia, tem-se, aproxi- madamente, o valor (A) 5 × 10–6. (B) 5 × 10–3. (C) 5 × 106. (D) 2 × 10–6. (E) 2 × 10–5. 8UEAM1101/002-CE-T1 21. Em condições apropriadas, o carbono reage com vapor de água produzindo uma mistura gasosa combustível, de grande interesse industrial, conhecida como gás de água. Essa reação é representada por: C (s) + H 2 O (g) → CO (g) + H 2 (g) gás de água Com base nos dados, C (s) + 2 1 O 2 (g) → CO (g) ∆H = –111 kJ/mol de CO (g) H 2 (g) + 2 1 O 2 (g) → H 2 O (g) ∆H = – 242 kJ/mol de H 2 O (g), o ∆H da reação de produção do gás de água é, em kJ/mol de H 2 (g), igual a (A) – 353 e, portanto, é uma reação exotérmica. (B) – 353 e, portanto, é uma reação endotérmica. (C) – 131 e, portanto, é uma reação endotérmica. (D) + 131 e, portanto, é uma reação exotérmica. (E) + 131 e, portanto, é uma reação endotérmica. 22. Radioisótopos são empregados em diferentes atividades humanas. Pode-se citar, por exemplo, seu uso I. no diagnóstico e tratamento do câncer. II. como combustíveis de aviões comerciais. III. no tratamento da água para o abastecimento público. É correto o que se afirma somente em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 23. Os alcenos são compostos de cadeia aberta cuja fórmula geral é C n H 2n . Sendo assim, é exemplo de um alceno o (A) eteno, C 2 H 4 . (B) ciclobutano, C 4 H 8 . (C) benzeno, C 6 H 6 . (D) naftaleno, C 10 H 8 . (E) p-xileno, C 8 H 10 . 24. A quinina, tradicional substância empregada no trata- mento da malária tem a seguinte fórmula estrutural: H N H H C 2 HO H CO 3 N quinina O número de átomos de carbono presente na molécula da quinina é (A) 25. (B) 20. (C) 18. (D) 15. (E) 12. 9 UEAM1101/002-CE-T1 LÍnGUA POrtUGUesA Instrução: Para responder às questões de números 25 a 27, leia o soneto À inconstância das cousas do mundo, de Gregório de Matos (1623-1696). Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. 25. Afirma-se que o homem barroco, vivendo um estado de tensão e desequilíbrio, procura a compensação pelo culto exagerado da forma. No soneto de Gregório de Matos, essa característica pode ser percebida pelo emprego de (A) uma exclusiva ordem direta, destinada a marcar a opção por uma sintaxe límpida e objetiva. (B) versos livres, que procuram atribuir um tom de li- berdade à estruturação poética. (C) uma invocação constante da herança greco-romana, calcada na mitologia e no culto do corpo. (D) figuras de linguagem, como a antítese, de que são exemplos dia/noite, alegria/tristeza, luz/sombras. (E) expressões rebuscadas, como fia e transfigura, para expressar o desejo de retornar ao Éden. 26. Dois temas centrais da arte barroca que estão presentes no soneto são a instabilidade do mundo e a (A) fugacidade do tempo. (B) busca da beleza. (C) perenidade dos sentimentos. (D) felicidade como compensação. (E) exaltação da natureza. 27. A relação estabelecida no texto pela conjunção porém (verso 5), indica da mesma forma que . A alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas é: (A) comparação; mais que (verso 1). (B) tempo; Depois (verso 2). (C) condição; Se (verso 6). (D) contraste; Mas (verso 9). (E) adição; E (verso 11). Instrução: Leia as estrofes de Manuel Bandeira (1886- 1968), extraídas do poema Tempo-Será, da obra Belo Belo, para responder às questões de números 28 a 30. A Eternidade está longe (Menos longe que o estirão Que existe entre o meu desejo E a palma de minha mão). Um dia serei feliz? Sim, mas não há de ser já: A Eternidade está longe, Brinca de tempo-será. 28. Na reflexão de cunho nitidamente existencial que se tem no poema, percebe-se que, para o eu lírico, a eternidade (A) fica não muito distante, praticamente na palma de sua mão. (B) fica mais perto que a distância entre seu desejo e a palma de sua mão. (C) não é coisa que deva ser levada a sério, porque brinca de tempo-será. (D) está mais perto que a esperança de satisfação de seus desejos. (E) não existe, porque o importante é ser feliz e gozar o dia presente. 29. No poema, Manuel Bandeira opta pelo metro popular, que está presente nas duas estrofes, utilizando versos (A) alexandrinos, que são aqueles que têm doze sílabas. (B) decassílabos, próprios do estilo de Luís de Camões. (C) de sete sílabas, característicos da redondilha maior. (D) de cinco sílabas, típicos da redondilha menor. (E) mistos, em que se alternam pentassílabos e heptassí- labos. 10UEAM1101/002-CE-T1 30. Observando o emprego do verbo existir nos versos Me- nos longe que o estirão / Que existe entre o meu desejo / E a palma de minha mão e a possibilidade de substituí-lo pelo verbo haver, assinale a alternativa em que a concor- dância está adequada à norma-padrão. (A) Motivos não existe para essa desesperança cruel. (B) Sempre haverão possibilidades de encontrar saídas. (C) Há razões para se acreditar na sonhada felicidade. (D) Existem, na vida, ocasião para todas as coisas. (E) Houveram momentos de extrema alegria na vida. Instrução: Analise a tirinha de Luís Fernando Veríssimo para responder às questões de números 31 e 32. MESTRE, QUAL É O SEGREDO DA LONGEVIDADE? SÓ COMER VERDURA, DORMIR CEDO E RENUNCIAR AO SEXO E ASSIM, SE TERÁ UMA VIDA LONGA? NÃO, MAS VAI PARECER UMA ETERNIDADE (http://terramagazine.terra.com.br) 31. No primeiro quadrinho, a palavra mestre funciona sinta- ticamente como um vocativo, porque serve para invocar, chamar ou nomear uma pessoa ou coisa personificada. Assinale a alternativa em que a expressão destacada tam- bém exerce essa função. (A) As cobras, personagens espertas, não gostaram da resposta do mestre. (B) Aproximem-se para ouvir, cobras, o que lhes tem a dizer o seu mestre. (C) Os mestres, como verdadeiros guias da raça, vivem em estado precário. (D) Como os estudantes, as cobras desejam respostas diretas e objetivas. (E) O mestre, com sua sabedoria, consegue iluminar a vida das cobras. 32. Observando a posição do pronome oblíquo se, no tercei- ro quadrinho, examine as variações e assinale a alterna- tiva que não fere as regras de colocação pronominal da língua-padrão escrita. (A) Jamais teve-se uma vida longa na ilha. (B) Aqui vive-se uma vida longa. (C) Garantiram que não vive-se bem aqui. (D) Soube que aqui tem-se uma vida calma. (E) Desse jeito não se terá uma vida longa. Instrução: Leia o trecho deGuimarães Rosa (1908-1967), extraído do conto Sarapalha, de Sagarana, para responder às questões de números 33 e 34. Tapera de arraial. Ali, na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a rua, sozinha e compri- da, que agora nem mais é uma estrada, de tanto que o mato a entupiu. Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar já esteve nos mapas, muito antes da malária chegar. Ela veio de longe, do São Francisco. Um dia, tomou cami- nho, entrou na boca aberta do Pará, e pegou a subir. Cada ano avançava um punhado de léguas, mais perto, mais perto, per- tinho, fazendo medo no povo, porque era sezão da brava (...). Em abril, quando passaram as chuvas, o rio – que não tem pressa e não tem margens, porque cresce num dia mas leva mais de mês para minguar – desengordou devagarinho, deixando poços redondos num brejo de ciscos (...). 33. Certos diminutivos no trecho, servem para expressar a diminuição das proporções, enquanto há outros que, no contexto, assumem um valor superlativo. Assinale a al- ternativa em que são colocados corretamente dois termos desta última espécie, acompanhados da classe gramatical da palavra primitiva: (A) vendinhas – substantivo; sobradinho – substantivo. (B) pertinho – advérbio; vendinhas – adjetivo. (C) sobradinho – substantivo; devagarinho – advérbio. (D) pertinho – advérbio; devagarinho – advérbio. (E) devagarinho – adjetivo; vendinhas – substantivo. 34. Quando emprega a forma desengordou, o narrador recor- re a uma derivação peculiar, a fim de marcar estilística e expressivamente o texto, por meio da qual ele acrescenta um prefixo a uma palavra que já contém esse elemento estrutural. Processo inteiramente idêntico verifica-se na palavra destacada na seguinte frase: (A) Como anoitecesse muito cedo, decidiram adiar a volta. (B) A disputa, vencida deslealmente, avançou pela ma- drugada. (C) É preciso recompor a equipe para enfrentar os novos desafios. (D) Impacientes, os convidados não esperaram a chega- da dos noivos. (E) Observaram a ultrapassagem extremamente perigo- sa do veículo. 11 UEAM1101/002-CE-T1 Instrução: Leia o texto, extraído de Mad Maria, romance de Márcio Souza (1946), para responder às questões de números 35 e 36. Tudo o que lhe vinha na cabeça, sempre, era esta sensa- ção de estar deslocado no tempo. No período devoniano de- via ser assim. E, quem sabe, também no período cambriano. Collier sentia-se na pré-história do mundo. A bruma é forte, nada se define bem. O frio matinal se dis- sipa em orvalho morno. Um corpo suado, metálico, mas de um metal escuro, misturando-se por entre formas esverdeadas, ve- getais, avança resfolegando como um dinossauro, ou um este- gossauro, ou um brontossauro. (...) A bruma adensa conforme aproxima-se do chão. A coisa suada respira vapor e avança penosamente, rilhando. Esta- mos no rio Abunã, numa manhã qualquer, em 1911, no verão. No período cambriano devia ser assim. Collier estava enfrentando os piores momentos de um trabalho tecnicamente simples. Mas são trinta milhas de pântanos e terrenos alagadiços. Os homens estão passando por condições de trabalho jamais imaginadas. Muitos mor- rerão, porque o trabalho é duro, porque nunca estarão sufi- cientemente adaptados para enfrentar terreno tão adverso. Collier gostaria de estar longe de tudo aquilo, não preci- sava mais se expor daquela maneira. Ele sabia que poderia adoecer, e quem caísse doente no Abunã estaria condenado. As condições de trabalho não eram o forte daquele projeto maluco. 35. O narrador do texto se vale de expressões como devonia- no, cambriano, dinossauro, pré-história, estegossauro e brontossauro, com o objetivo estrutural de (A) sublinhar a condição de Collier, o qual se sentia des- locado no tempo, como se vivesse na pré-história. (B) configurar um cenário pré-histórico, período no qual efetivamente se desenvolvem as ações do romance. (C) demonstrar as condições subumanas de trabalho, no século XIX, tempo em que transcorre a trama de Mad Maria. (D) representar, como relata o romance, o clima e o re- levo da Amazônia, em tudo semelhantes ao período pré-histórico. (E) denunciar a situação de depredação da natureza e extinção dessas espécies da fauna amazônica. 36. Ao utilizar a forma estamos, na primeira pessoa do plu- ral, em Estamos no rio Abunã, numa manhã qualquer, em 1911, no verão, o narrador (A) identifica-se como personagem do romance, in- cluindo-se no corpo da narrativa. (B) apela para uma expressão comum na forma de nar- rar, quando se deseja aludir ao tempo. (C) espera convencer o leitor da verossimilhança das datas, oferecendo seu aval enunciativo. (D) descuida-se da flexão verbal, que deveria manter-se sempre em terceira pessoa. (E) procura conferir fidedignidade à narrativa, forne- cendo detalhes específicos do lugar. 12UEAM1101/002-CE-T1 reDAÇÃO Instrução: Leia os textos para subsidiar sua redação. texto 1 No meio da Amazônia, em Santarém, um barco regional aguarda em frente ao encontro dos rios Tapajós e Amazonas. A embarcação segue lentamente até este fenômeno natural, onde as águas, de um lado barrentas e de outro azuis, correm lado a lado sem se misturarem por vários quilômetros. A sensação é de estar entrando no mar, pois é difícil ver a outra margem do rio, distante vários quilômetros. Essa sensação vai passando conforme os olhos se acostumam com a imensidão dos rios e florestas. O barco segue rumo ao horizonte, em direção à cidade de Monte Alegre, distante cerca de 8 horas, pois na Ama- zônia o tempo corre mais lento. (www.amazonida.com.br) texto 2 A Amazônia, ainda que seja pontuada de tempos rápidos, os quais definem espaços de altas luminosidades, é, sem dúvida, o espaço, a região, onde há um predomínio do tempo lento. Aqui, este atributo não está sendo usado de maneira pejorativa, mas como um qualificativo de potencialidade política e de vida; afinal, a força dos fracos é o seu tempo lento. É o tempo lento que nos faz reconhecer vivências, sociabilidades e, por conseguinte, identidades e, também, resistências. (Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior. A Amazônia e a dimensão humana de sua geografia. Adaptado.) Os textos de apoio para a prova de Conhecimentos Específicos abordaram, desde o início, a questão do tem- po – sua fugacidade, suas armadilhas, os sentimentos humanos em relação a ele. Os textos desta parte procu- ram ampliar essa problemática, apontando para a realidade amazônica e a peculiaridade de seu “tempo lento”. Com base nessas leituras e em seus conhecimentos, elabore um texto dissertativo, na norma-padrão da língua, sobre o tema: o transcorrer do tempo na amazônIa: aspectos posItIvos e negatIvos 13 UEAM1101/002-CE-T1 Os rascunhos não serão considerados na correção. 14UEAM1101/002-CE-T1 CLAssIfICAÇÃO PerIóDICA 90 232 Th 96 (247) Cm 91 231 Pa 97 (247) Bk 92 238 U 98 (251) Cf 101 (258) Md 93 (237) Np 99 (252) Es 102 (259) No 94 (244) Pu 100 (257) Fm 103 (262) Lr 89 (227) Ac 95 (243) Am 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1615 17 18 Número Atômico Massa Atômica ( ) = n. de massa do isótopo mais estável Símbolo o 1 1,01 H 3 6,94 Li 53 127 I 50 119 Sn 51 122 Sb 52 128 Te 87 (223) Fr 88 (226) Ra 77 192 Ir 54 131 Xe 81 204 Tl 55 133 Cs 82 207 Pb 56 137 Ba 57-71 Série dos Lantanídios 89-103 Série dos Actinídios 72 178 Hf 84 (209) Po 73 181 Ta 85 (210) At 74 184 W 86 (222) Rn 75 186 Re 76 190 Os 83 209 Bi 80 201 Hg 79 197Au 78 195 Pt Série dos Lantanídios 58 140 Ce 64 157 Gd 59 141 Pr 65 159 Tb 60 144 Nd 66 163 Dy 69 169 Tm 61 (145) Pm 67 165 Ho 70 173 Yb 62 150 Sm 68 167 Er 71 175 Lu 57 139 La 63 152 Eu Série dos Actinídios 105 (262) Db 107 (264) Bh 108 (277) Hs 109 (268) Mt 110 (271) Ds 111 (272) Rg 106 (266) Sg 104 (261) Rf 2 4,00 He 5 10,8 B 6 12,0 C 8 16,0 O 9 19,0 F 15 31,0 P 18 39,9 Ar 31 69,7 Ga 34 79,0 Se 37 85,5 Rb 40 91,2 Zr 43 (98) Tc 46 106 Pd 49 115 In 10 20,2 Ne 14 28,1 Si 17 35,5 Cl 30 65,4 Zn 33 74,9 As 36 83,8 Kr 39 88,9 Y 42 95,9 Mo 45 103 Rh 48 112 Cd 13 27,0 Al 16 32,1 S 29 63,5 Cu 32 72,6 Ge 35 79,9 Br 38 87,6 Sr 41 92,9 Nb 44 101 Ru 47 108 Ag 7 14,0 N 23 50,9 V 24 52,0 Cr 25 54,9 Mn 26 55,8 Fe 12 24,3 Mg 20 40,1 Ca 19 39,1 K 27 58,9 Co 28 58,7 Ni 21 45,0 Sc 22 47,9 Ti 4 9,01 Be 11 23,0 Na (IUPAC, 22.06.2007.) 15 UEAM1101/002-CE-T1 Vestibular 2011 acesso 2012 003. Prova de ConheCimentos esPeCífiCos e redação cursos: Administração, Direito, Tecnologia em Gestão Pública, Turismo, Música, Teatro, Pedagogia, Dança, Licenciatura em Letras, Licenciatura em Geografia e Licenciatura em História. Verifique se sua folha de respostas pertence ao mesmo grupo de cursos que este caderno. Confira seus dados impressos na capa e na última folha deste caderno. Esta prova contém 36 questões objetivas e uma proposta para redação, e terá duração total de 4 horas. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa. A Classificação Periódica encontra-se no final deste caderno. Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta. 11.12.2011 2UEAM1101/003-CE-T2 Vestibular 2011 acesso 2012 RASCUNHO 3 UEAM1101/003-CE-T2 HISTÓRIA 01. A cidade de Roma foi fundada em meados do século VIII a.C. sobre colinas nas margens do rio Tibre. Os ma- teriais diversos depositados pelo rio nas suas margens formaram colinas ou rochedos escarpados. Consideran- do o local escolhido para a fundação de Roma, percebe- se que os primeiros romanos (A) buscaram edificar a cidade longe de rotas comer- ciais e militares. (B) preocuparam-se com a proteção militar da cidade e com a prática da agricultura. (C) escolheram espaços adequados para a instalação de monumentos públicos. (D) visavam a organização de uma república pacífica e democrática. (E) pretendiam iniciar a conquista das cidades gregas instaladas na Itália. 02. Na Baixa Idade Média europeia, com o aumento cres- cente da população, houve um desenvolvimento do comércio e um crescimento das cidades. Nos séculos XII e XIII, surgiram, na Europa Ocidental, as Universidades, as quais (A) utilizavam o latim nas salas de aula e procuravam conciliar as argumentações filosóficas com os dog- mas da fé cristã. (B) tinham por finalidade demonstrar a falsidade das crenças islâmicas e impedir a propagação de textos escritos em árabe. (C) sustentavam as verdades da filosofia de Aristóteles contra a preponderância dos ensinamentos baseados na Bíblia. (D) objetivavam consolidar as línguas faladas nos diver- sos países e, assim, fortalecer os poderes dos reis. (E) defendiam o dogma da infalibilidade do Papa e combatiam os reformadores religiosos inimigos da Igreja católica. 03. Quando os conquistadores espanhóis chegaram à Amé- rica, no século XVI, as magníficas cidades construídas pela sociedade maia (A) concentravam uma população de comerciantes de várias nacionalidades. (B) mantinham seus grandes palácios reais abarrotados de ouro. (C) eram centros militares de resistência à ocupação dos astecas. (D) exerciam a função de observatórios astronômicos. (E) haviam desaparecido sob a floresta tropical. 04. Os processos de unificação política da Itália e da Ale- manha completaram-se, de maneira geral, em 1870. As unificações favoreceram o desenvolvimento econômico da Itália e da Alemanha à medida que (A) impediram a emigração em massa de trabalhadores para a América do Sul. (B) os novos Estados nacionais negaram-se a pagar as dívidas contraídas na Europa. (C) estabeleceram uma moeda única e constituíram o mercado nacional. (D) abriram os seus mercados internos para capitais e produtos estrangeiros. (E) extinguiram os movimentos operários socialistas e comunistas. Instrução: Leia o texto para responder às questões de núme- ros 05 e 06. José do Patrocínio, um dos mais importantes abolicionistas da história do Brasil, editava, em 1875, um jornal intitulado Os Ferrões. Na edição de 1.º de setembro de 1875, ele es- creveu: O governo formulou a lei de liberdade aos nascidos após este bendito dia [o dia 28 de setembro de 1871], e pensando que nem só isto bastava, falou em criação de hospícios, em remuneração aos senhores, em mil coisas enfim. Ora lá se vão quase quatro anos e o governo está ainda com os bra- ços cruzados. O que quer? (...) Quer que esses redimidos venham desempenhar na sociedade simplesmente, natural- mente, graciosamente o papel de consumidores de aguarden- te, mascadores de fumo e irmãos do santo ócio? Quebrar os grilhões do cativeiro nada é, ficando intactos os não menos pesados grilhões da ignorância. O escravo não se redimirá somente com a liberdade, é complemento dessa redenção – o livro e a oficina. 05. De acordo com José do Patrocínio, (A) a extinção da escravidão no Brasil atiraria os liber- tos a um estado de penúria econômica e moral mais grave que o dos tempos da escravidão. (B) a lei da liberdade aos nascidos teria sido o resultado de uma decisão política das elites brancas, que não teve importância para os escravos. (C) os libertos estariam condenados, juntamente com seus descendentes, a uma vida de ignorância e misé- ria, independentemente das atitudes do governo. (D) as leis abolicionistas que não fossem complementa- das por medidas de caráter social e cultural deixa- riam os antigos escravos em uma situação de margi- nalidade social. (E) a rebelião armada dos escravos contra os seus do- minadores seria o único caminho seguro para sua efetiva e real libertação. 4UEAM1101/003-CE-T2 06. A Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel e que produ- ziu, no dia 13 de maio de 1888, um clima de alegria e festa na cidade do Rio de Janeiro, (A) indenizou os proprietários de escravos. (B) concedeu lotes de terra para os libertos. (C) instituiu um feriado em homenagem a Zumbi dos Palmares. (D) estabeleceu o ensino público e obrigatório no Brasil. (E) decretou o fim da escravidão. 07. A política externa brasileira na Primeira República foi marcada pela presença, na direção do Ministério das Re- lações Exteriores, do Barão do Rio Branco, que dirigiu os negócios exteriores entre 1902 e 1912. As grandes li- nhas de sua política externa podem ser resumidas (A) no esforço de manter o Paraguai isolado no continente sul-americano, para evitar uma retomada, pelos para- guaios, de uma guerra de revanche contra o Brasil. (B) na criação de uma solidariedade entre os povos lati- nos da América, constituindo, por assim dizer, uma espécie de escudo de proteção contra o imperialis- mo norte-americano. (C) na defesa de uma política de aproximação amigável com as nações africanas no Atlântico Sul, garantin- do o fim do tráfico de escravos. (D) na solução de questões dos limitesgeográficos do Brasil e no estreitamento das relações com os Esta- dos Unidos da América. (E) no recurso à solução militar para garantir os interes- ses das empresas brasileiras sediadas em países da América do Sul. 08. Uma feita os quatro iam seguindo por um caminho no mato e estavam penando muito de sede, longe dos igapós e das lagoas. Não tinha nem mesmo umbu no bairro e Vei, a Sol, esfiapando por entre a folhagem guascava* sem parada o lombo dos andarengos. Suavam como numa pajelança em que todos tivessem besuntado o corpo com azeite de piquiá. * chicoteava (Mário de Andrade. Macunaíma, 1928.) O trecho de Macunaíma exprime, resumidamente, parte do ideário artístico do modernismo brasileiro. A narrati- va refere-se (A) à região da floresta tropical e incorpora traços da cultura indígena. (B) à vida nas cidades e apresenta um caráter retórico e erudito. (C) ao sertão nordestino e compara os personagens à divindades gregas. (D) à região dos pampas sulistas e à vida dos vaqueiros. (E) às cidades litorâneas e à atividade econômica dos caiçaras. 09. O processo de industrialização brasileira foi impulsiona- do por fatores diversos a partir do final do século XIX. Em alguns momentos, a industrialização decorreu da necessidade de substituição das importações de produ- tos industriais, como consequência da diminuição do fornecimento externo das mercadorias ou da escassez de recursos, internamente ao Brasil, que dificultava a sua compra. Podem-se citar, como exemplos de diminuição do fornecimento externo e de escassez dos recursos in- ternos, os períodos (A) da primeira guerra mundial e dos anos 30 do século XX, atingidos pela crise de 1929. (B) da segunda revolução industrial e do auge da econo- mia do café. (C) de meados do século XX e dos governos militares brasileiros. (D) da globalização econômica e da atual valorização da moeda brasileira. (E) da crise do petróleo em 1974 e do endividamento da economia brasileira. 5 UEAM1101/003-CE-T2 10. Observe a charge publicada no jornal Folha de S.Paulo, em 31 de julho de 2011. A imagem refere-se (A) à supervalorização da moeda da União Europeia. (B) ao fim da crise econômica internacional. (C) ao enfraquecimento da moeda norte-americana. (D) ao controle da economia atual pelo capital financeiro. (E) aos elevados salários dos operários norte-americanos. 11. Encontrar uma forma de associação que defenda e pro- teja de toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual cada um unindo-se a todos obe- deça somente a si mesmo e permaneça tão livre quanto [era] antes. (J. J. Rousseau. O contrato social, 1762.) O trecho de O contrato social procura responder a ques- tão da (A) segurança, da liberdade e do direito de participação política dos indivíduos na sociedade. (B) permanência da desigualdade de riquezas e de apti- dões no interior da coletividade social. (C) manutenção do direito natural dos mais fortes no corpo social nascido do acordo entre os indivíduos. (D) corrupção moral e ética, que atinge os indivíduos reunidos em sociedade. (E) emergência da escravidão nas sociedades cultural- mente mais desenvolvidas do globo. 12. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi ado- tada pela Organização das Nações Unidas em 1948. Ela está dividida em artigos. O artigo XIX declara que: Todo ser humano tem o direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de (...) ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Sobre esse direito, pode-se afirmar que (A) a Declaração reconhece que a sua aplicação é res- trita aos países democráticos e economicamente de- senvolvidos. (B) ele é eficaz no interior de cada país ou de cada na- ção, considerando a dificuldade de circulação de ideias em escala planetária. (C) ele é, nos dias atuais, obedecido e respeitado pelo conjunto dos Estados, governos e regimes dos paí- ses do globo. (D) a Declaração o considera menos importante, do que os direitos ao trabalho, ao emprego e à justiça social. (E) ele sustenta o princípio amplo da liberdade de im- prensa, tanto internamente aos países quanto inter- nacionalmente. GEOGRAFIA 13. Analise a figura. temperatura médIa anual do ar na superfícIe terrestre do globo (em ºf) 180 160 140 120 100 80 60 40 020 20 40 60 80 100 120 140 160 180 80 60 20 0 20 40 60 80 40 180 160 140 120 80 020 20 40 60 80 100 120 140 160 180100 60 40 80 60 40 20 0 20 40 60 80 10 20 30 40 50 60 70 80 80 70 60 50 40 30 (J. O. Ayoade. Introdução à climatologia para os trópicos, 2003.) O comportamento das isotermas no globo terrestre rela- ciona-se com: (A) o aumento das latitudes e as temperaturas mais frias, como nas faixas intertropicais. (B) o predomínio de baixas temperaturas em baixas lati- tudes, característico de regiões polares. (C) o aumento das latitudes e as temperaturas mais frias, característico de regiões polares. (D) as longitudes ocidentais, que apresentam temperatu- ras altas, geralmente acima de 60 °F. (E) as longitudes orientais, que apresentam isotermas que variam entre 30 °F e 10 °F. 6UEAM1101/003-CE-T2 14. Analise o mapa. domínIos morfoclImátIcos do brasIl Cabrobó Cataguases Manaus Brasília Castro Uruguaiana (Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território, 2005. Adaptado.) Com características heterogêneas, as áreas em branco no mapa referem-se (A) ao Domínio das Araucárias. (B) ao Domínio dos Cerrados. (C) ao Domínio dos Mares de Morros. (D) ao Domínio das Pradarias. (E) às Faixas de Transição. 15. O acidente nuclear ocorrido em março de 2011 em Fukushima, no Japão, reacendeu a questão do uso de energia nuclear e seus riscos para a humanidade. (www.destak.pt) A relação entre o uso de energia nuclear e recursos natu- rais no Japão ocorre: (A) em razão da riqueza natural do arquipélago japonês e abundância de recursos energéticos. (B) pela escassez de tais recursos, típicos de arquipéla- gos, e por sua alta demanda energética. (C) em decorrência do déficit de trabalhadores especia- lizados em energia nuclear, o que resultou na falta de manutenção dos reatores. (D) pelo baixo valor necessário para construção de rea- tores nucleares, fator positivo para a economia japo- nesa que vem apresentando sinais de desaceleração. (E) pelo baixo risco de desastre, pois o Japão apresenta um quadro físico propício à instalação de usinas atô- micas por estar em área de instabilidade geológica. 16. Analise a figura esquemática do planeta Terra. Latitude Norte Latitude Sul 0º Equador (http://educacao.uol.com.br/geografia) Sobre os extremos do planeta Terra pode-se afirmar que o polo (A) sul está na Latitude 90° sul. (B) norte está na Longitude 90° norte. (C) norte está na Latitude 180° norte. (D) sul está na Longitude 180° norte. (E) norte está no Meridiano 30° oeste. 7 UEAM1101/003-CE-T2 17. A teoria demográfica de Thomas Malthus apoiava-se em dois postulados que afirmavam que sem guerras, epide- mias e desastres, a tendência era a população duplicar-se em 25 anos; e que a produção de alimentos não seria capaz de atender à demanda mundial, que cresceria em progressão aritmética. As previsões de Thomas Malthus não se concretizaram em função (A) da política de controle de natalidade e o desenvolvi- mento tecnológico aplicado à agricultura. (B) da política de controle de natalidade e dos progres- sos tecnológicos relacionados aos avanços da medi- cina. (C) dos efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e dodesenvolvimento tecnológico apli- cado à agricultura. (D) dos efeitos decorrentes de catástrofes naturais, como os tsunamis de 2004 e 2011 e das grandes guerras do século XX. (E) da fome que castiga mais da metade da população mundial e da baixa expectativa de vida nos países subdesenvolvidos. 18. A industrialização tardia dos países subdesenvolvidos acarretou um processo de urbanização geralmente mar- cado pela falta de planejamento. O déficit habitacional, resultando nas submoradias, e a falta de saneamento bá- sico, como redes coletoras de esgoto, são exemplos que ilustram a realidade das cidades na maioria desses países. Pode-se também associar a esse processo a (A) conurbação e as cidades policêntricas, pois o inchaço urbano dificulta o trânsito de pessoas, fazendo que se desenvolvam cidades dentro de cidades. (B) conurbação e a periferização, em razão do espraiamen- to urbano e do fácil deslocamento nas metrópoles. (C) criminalidade e a segregação espacial, fenômenos que ocorrem simultaneamente em espaços de guetos. (D) macrocefalia urbana e os subempregos, fatores re- lacionados ao desemprego conjuntural, gerado pela substituição da mão de obra humana pelo trabalho mecanizado. (E) macrocefalia urbana e verticalização, duas causali- dades típicas da transferência da população da cida- de para o campo. 19. Observe o mapa. ImportâncIa das águas subterrâneas para o abastecImento públIco na amérIca latIna e no carIbe MÉXICO GUATEMALA EL SALVADOR COSTA RICA PANAMÁ EQUADOR PERU BOLÍVIA ARGENTINA BRASIL COLÔMBIA PARAGUAI JAMAICA URUGUAI GUIANA SURINAME GUIANAFRANCESA ANTILHAS MENORES PORTO RICO BAHAMAS REP. DOMINICANA VENEZUELA NICARÁGUA HAITI CUBA HONDURAS BELIZE CHILE Proporção estimada de água potável derivada de fontes subterrâneas 0 – 25% 25 – 50% 50 – 100% (Wilson Teixeira et al. Decifrando a Terra, 2003.) O Brasil está classificado como país intermediário na de- pendência de água subterrânea (A) em razão da grande disponibilidade hídrica em su- perfície, pois tendo a maioria de seus terrenos em bacias sedimentares, seus rios são caudalosos. (B) pois estando em área de abalos sísmicos, a água sub- terrânea é uma reserva estratégica, uma vez que é menos vulnerável aos eventos catastróficos. (C) devido a demanda em localidades com grande con- centração populacional depender, muitas vezes, de seu subsolo, assim como em regiões semiáridas. (D) em razão de seus lençóis freáticos apresentarem alto nível de contaminação por hidrocarbonetos, impos- sibilitando sua exploração. (E) pela abundância de rios intermitentes, pois sua loca- lização geográfica intertropical é um fator determi- nante para a baixa carga hídrica desses tipos de rios. 8UEAM1101/003-CE-T2 20. Um dos atrativos mais visitados pelos turistas no estado do Amazonas é a confluência dos rios Negro e Solimões. As águas dos rios são o produto de interações físicas e químicas durante o processo de infiltração e escoamento dessas águas. Na confluência entre os rios Negro e Soli- mões, no estado do Amazonas, as águas de ambos não se misturam. O fenômeno ocorre porque: (A) o rio Negro traz uma alta carga de sedimentos em suspensão e o Solimões apresenta grande carga de sedimentos devido aos deslizamentos frequentes de suas encostas andinas. (B) o rio Negro, com velocidade baixa de descarga hí- drica, apresenta elevado teor de partículas em sus- pensão e o rio Solimões apresenta coloração escura decorrente da dissolução de betume. (C) o rio Negro apresenta sua cor lamacenta pela grande quantidade de sólidos em suspensão e o Solimões apresenta a sua cor escura em razão da inexistência de matéria orgânica. (D) o rio Negro tem alto teor de matéria orgânica e o Solimões, em razão de sua grande velocidade de correnteza, carrega grandes quantidades de sólidos suspensos. (E) os rios Negro e Solimões apresentam a mesma ca- racterística físico-química, sendo a diferença de sua cor relacionada, exclusivamente, aos diferentes graus de acidez. O Negro é básico e alcalino, e o Solimões é ácido. 21. Analise o gráfico. oferta mundIal de energIa prImárIa por fonte (2007) petróleo 34,0% carvão mineral 26,5% gás natural 20,9% nuclear 5,9% hidráulica 2,2% fontes renováveis 9,8% outras 0,7% (BEN, 2010; IEA, 2009. Adaptado.) De acordo com o gráfico e seus conhecimentos, com re- lação à principal matriz energética mundial e a sua extra- ção no Brasil, pode-se afirmar que é um: (A) combustível fóssil, não renovável, sendo os princi- pais estados produtores Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. (B) combustível fóssil, renovável, sendo os principais estados produtores São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. (C) combustível fóssil, não renovável, sendo os princi- pais estados produtores Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte. (D) combustível fóssil, não renovável, sendo os princi- pais estados produtores São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. (E) biocombustível, renovável, sendo os principais es- tados produtores São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 22. É o processo de ‘lavagem’ dos solos pelas águas pluviais. Típico de áreas equatoriais e tropicais onde a densa ve- getação forma uma rica camada de húmus pelos restos vegetais que caem das árvores. Com as chuvas intensas, os nutrientes das camadas superficiais são levados pelas enxurradas ou penetram no subsolo, deixando as cama- das superficiais muito pobres. Na região amazônica, o solo é pobre e é fertilizado pelos restos vegetais. O des- matamento impede a formação desta camada de húmus e intensifica o seu processo. (Paulo Roberto Moraes. Geografia geral e do Brasil, 2005.) O texto refere-se a um processo relativo ao solo, deno- minado (A) erosão. (B) lixiviação. (C) laterização. (D) salinização. (E) sedimentação. 9 UEAM1101/003-CE-T2 23. Iniciamos este relato sobre uma viagem feita a Rondônia em julho de 2008, mais especificamente para o municí- pio de São Miguel do Guaporé. A região está às margens da rodovia BR 429, uma das rodovias que formam a cha- mada “espinha de peixe” da rodovia que corta o estado de Rondônia, a famosa BR 364. (Gustavo Cepolini Ferreira. Revista Geografia, 2011.) Típico também em trechos da rodovia Transamazônica, o conhecido efeito “espinha de peixe” é o resultado (A) do impacto da mineração, em razão da abertura lon- gitudinal de cavas ao céu aberto perto das rodovias. (B) de um padrão de desmatamento, pois estradas se- cundárias são abertas permitindo cada vez mais acesso à mata. (C) do traçado do projeto, sendo estas as rodovias vici- nais que interligam as principais vias de acesso da região Norte, como no caso da BR 364. (D) da urbanização planejada, pois os loteamentos pró- ximos às rodovias estão diretamente ligados ao fácil deslocamento. (E) da logística local, onde empresas se instalaram ao longo das rodovias visando o melhor escoamento de sua produção. 24. Na era do biopoder e da discussão sobre o biodiesel, pensar ainda no avanço da soja na Amazônia parece uma discussão fora da ordem do dia. Todavia, os pro- cessos, ainda que com menor velocidade, de expansão da soja sobre áreas de florestas da Amazônia, estão em curso. (Carlos Alberto Franco da Silva. Revista da Sociedade Brasileira de Geografia, 2006.) Tendo em vista o avanço das novas fronteiras do capital no estado do Amazonas, a produção de soja se concentra (A) no polo Japurá-Solimões, em razão da ocorrência de manchas de solos hidromórficos, bons para o plan- tio da cultura. (B) no polo Içá-Solimões, em razão do investimento em um parque voltado ao setor terciário da economia. (C) nas cidades de Fonte Boa e Tefé, pela proximidadede grandes mercados consumidores. (D) nos polos de Humaitá, Lábrea e Itacoatiara, em ra- zão da influência do rio Madeira, que reduz o custo de escoamento da produção. (E) nas regiões circunvizinhas à capital, Manaus, em razão do baixo custo logístico do excedente pro- dutivo. LínGuA PORTuGuESA Instrução: Para responder às questões de números 25 a 27, leia o soneto À inconstância das cousas do mundo, de Gregório de Matos (1623-1696). Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. 25. Afirma-se que o homem barroco, vivendo um estado de tensão e desequilíbrio, procura a compensação pelo culto exagerado da forma. No soneto de Gregório de Matos, essa característica pode ser percebida pelo emprego de (A) uma exclusiva ordem direta, destinada a marcar a opção por uma sintaxe límpida e objetiva. (B) versos livres, que procuram atribuir um tom de li- berdade à estruturação poética. (C) uma invocação constante da herança greco-romana, calcada na mitologia e no culto do corpo. (D) figuras de linguagem, como a antítese, de que são exemplos dia/noite, alegria/tristeza, luz/sombras. (E) expressões rebuscadas, como fia e transfigura, para expressar o desejo de retornar ao Éden. 26. Dois temas centrais da arte barroca que estão presentes no soneto são a instabilidade do mundo e a (A) fugacidade do tempo. (B) busca da beleza. (C) perenidade dos sentimentos. (D) felicidade como compensação. (E) exaltação da natureza. 10UEAM1101/003-CE-T2 27. A relação estabelecida no texto pela conjunção porém (verso 5), indica da mesma forma que . A alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas é: (A) comparação; mais que (verso 1). (B) tempo; Depois (verso 2). (C) condição; Se (verso 6). (D) contraste; Mas (verso 9). (E) adição; E (verso 11). Instrução: Leia as estrofes de Manuel Bandeira (1886- 1968), extraídas do poema Tempo-Será, da obra Belo Belo, para responder às questões de números 28 a 30. A Eternidade está longe (Menos longe que o estirão Que existe entre o meu desejo E a palma de minha mão). Um dia serei feliz? Sim, mas não há de ser já: A Eternidade está longe, Brinca de tempo-será. 28. Na reflexão de cunho nitidamente existencial que se tem no poema, percebe-se que, para o eu lírico, a eternidade (A) fica não muito distante, praticamente na palma de sua mão. (B) fica mais perto que a distância entre seu desejo e a palma de sua mão. (C) não é coisa que deva ser levada a sério, porque brinca de tempo-será. (D) está mais perto que a esperança de satisfação de seus desejos. (E) não existe, porque o importante é ser feliz e gozar o dia presente. 29. No poema, Manuel Bandeira opta pelo metro popular, que está presente nas duas estrofes, utilizando versos (A) alexandrinos, que são aqueles que têm doze sílabas. (B) decassílabos, próprios do estilo de Luís de Camões. (C) de sete sílabas, característicos da redondilha maior. (D) de cinco sílabas, típicos da redondilha menor. (E) mistos, em que se alternam pentassílabos e heptassí- labos. 30. Observando o emprego do verbo existir nos versos Me- nos longe que o estirão / Que existe entre o meu desejo / E a palma de minha mão e a possibilidade de substituí-lo pelo verbo haver, assinale a alternativa em que a concor- dância está adequada à norma-padrão. (A) Motivos não existe para essa desesperança cruel. (B) Sempre haverão possibilidades de encontrar saídas. (C) Há razões para se acreditar na sonhada felicidade. (D) Existem, na vida, ocasião para todas as coisas. (E) Houveram momentos de extrema alegria na vida. Instrução: Analise a tirinha de Luís Fernando Veríssimo para responder às questões de números 31 e 32. MESTRE, QUAL É O SEGREDO DA LONGEVIDADE? SÓ COMER VERDURA, DORMIR CEDO E RENUNCIAR AO SEXO E ASSIM, SE TERÁ UMA VIDA LONGA? NÃO, MAS VAI PARECER UMA ETERNIDADE (http://terramagazine.terra.com.br) 31. No primeiro quadrinho, a palavra mestre funciona sinta- ticamente como um vocativo, porque serve para invocar, chamar ou nomear uma pessoa ou coisa personificada. Assinale a alternativa em que a expressão destacada tam- bém exerce essa função. (A) As cobras, personagens espertas, não gostaram da resposta do mestre. (B) Aproximem-se para ouvir, cobras, o que lhes tem a dizer o seu mestre. (C) Os mestres, como verdadeiros guias da raça, vivem em estado precário. (D) Como os estudantes, as cobras desejam respostas diretas e objetivas. (E) O mestre, com sua sabedoria, consegue iluminar a vida das cobras. 32. Observando a posição do pronome oblíquo se, no tercei- ro quadrinho, examine as variações e assinale a alterna- tiva que não fere as regras de colocação pronominal da língua-padrão escrita. (A) Jamais teve-se uma vida longa na ilha. (B) Aqui vive-se uma vida longa. (C) Garantiram que não vive-se bem aqui. (D) Soube que aqui tem-se uma vida calma. (E) Desse jeito não se terá uma vida longa. 11 UEAM1101/003-CE-T2 Instrução: Leia o trecho de Guimarães Rosa (1908-1967), extraído do conto Sarapalha, de Sagarana, para responder às questões de números 33 e 34. Tapera de arraial. Ali, na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a rua, sozinha e compri- da, que agora nem mais é uma estrada, de tanto que o mato a entupiu. Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar já esteve nos mapas, muito antes da malária chegar. Ela veio de longe, do São Francisco. Um dia, tomou cami- nho, entrou na boca aberta do Pará, e pegou a subir. Cada ano avançava um punhado de léguas, mais perto, mais perto, per- tinho, fazendo medo no povo, porque era sezão da brava (...). Em abril, quando passaram as chuvas, o rio – que não tem pressa e não tem margens, porque cresce num dia mas leva mais de mês para minguar – desengordou devagarinho, deixando poços redondos num brejo de ciscos (...). 33. Certos diminutivos no trecho, servem para expressar a diminuição das proporções, enquanto há outros que, no contexto, assumem um valor superlativo. Assinale a al- ternativa em que são colocados corretamente dois termos desta última espécie, acompanhados da classe gramatical da palavra primitiva: (A) vendinhas – substantivo; sobradinho – substantivo. (B) pertinho – advérbio; vendinhas – adjetivo. (C) sobradinho – substantivo; devagarinho – advérbio. (D) pertinho – advérbio; devagarinho – advérbio. (E) devagarinho – adjetivo; vendinhas – substantivo. 34. Quando emprega a forma desengordou, o narrador recor- re a uma derivação peculiar, a fim de marcar estilística e expressivamente o texto, por meio da qual ele acrescenta um prefixo a uma palavra que já contém esse elemento estrutural. Processo inteiramente idêntico verifica-se na palavra destacada na seguinte frase: (A) Como anoitecesse muito cedo, decidiram adiar a volta. (B) A disputa, vencida deslealmente, avançou pela ma- drugada. (C) É preciso recompor a equipe para enfrentar os novos desafios. (D) Impacientes, os convidados não esperaram a chega- da dos noivos. (E) Observaram a ultrapassagem extremamente perigo- sa do veículo. Instrução: Leia o texto, extraído de Mad Maria, romance de Márcio Souza (1946), para responder às questões de números 35 e 36.Tudo o que lhe vinha na cabeça, sempre, era esta sensa- ção de estar deslocado no tempo. No período devoniano de- via ser assim. E, quem sabe, também no período cambriano. Collier sentia-se na pré-história do mundo. A bruma é forte, nada se define bem. O frio matinal se dis- sipa em orvalho morno. Um corpo suado, metálico, mas de um metal escuro, misturando-se por entre formas esverdeadas, ve- getais, avança resfolegando como um dinossauro, ou um este- gossauro, ou um brontossauro. (...) A bruma adensa conforme aproxima-se do chão. A coisa suada respira vapor e avança penosamente, rilhando. Esta- mos no rio Abunã, numa manhã qualquer, em 1911, no verão. No período cambriano devia ser assim. Collier estava enfrentando os piores momentos de um trabalho tecnicamente simples. Mas são trinta milhas de pân- tanos e terrenos alagadiços. Os homens estão passando por condições de trabalho jamais imaginadas. Muitos morrerão, porque o trabalho é duro, porque nunca estarão suficiente- mente adaptados para enfrentar terreno tão adverso. Collier gostaria de estar longe de tudo aquilo, não precisava mais se expor daquela maneira. Ele sabia que poderia adoecer, e quem caísse doente no Abunã estaria condenado. As condi- ções de trabalho não eram o forte daquele projeto maluco. 35. O narrador do texto se vale de expressões como devonia- no, cambriano, dinossauro, pré-história, estegossauro e brontossauro, com o objetivo estrutural de (A) sublinhar a condição de Collier, o qual se sentia des- locado no tempo, como se vivesse na pré-história. (B) configurar um cenário pré-histórico, período no qual efetivamente se desenvolvem as ações do romance. (C) demonstrar as condições subumanas de trabalho, no século XIX, tempo em que transcorre a trama de Mad Maria. (D) representar, como relata o romance, o clima e o re- levo da Amazônia, em tudo semelhantes ao período pré-histórico. (E) denunciar a situação de depredação da natureza e extinção dessas espécies da fauna amazônica. 36. Ao utilizar a forma estamos, na primeira pessoa do plu- ral, em Estamos no rio Abunã, numa manhã qualquer, em 1911, no verão, o narrador (A) identifica-se como personagem do romance, in- cluindo-se no corpo da narrativa. (B) apela para uma expressão comum na forma de nar- rar, quando se deseja aludir ao tempo. (C) espera convencer o leitor da verossimilhança das datas, oferecendo seu aval enunciativo. (D) descuida-se da flexão verbal, que deveria manter-se sempre em terceira pessoa. (E) procura conferir fidedignidade à narrativa, forne- cendo detalhes específicos do lugar. 12UEAM1101/003-CE-T2 REDAÇÃO Instrução: Leia os textos para subsidiar sua redação. texto 1 No meio da Amazônia, em Santarém, um barco regional aguarda em frente ao encontro dos rios Tapajós e Amazonas. A embarcação segue lentamente até este fenômeno natural, onde as águas, de um lado barrentas e de outro azuis, correm lado a lado sem se misturarem por vários quilômetros. A sensação é de estar entrando no mar, pois é difícil ver a outra margem do rio, distante vários quilômetros. Essa sensação vai passando conforme os olhos se acostumam com a imensidão dos rios e florestas. O barco segue rumo ao horizonte, em direção à cidade de Monte Alegre, distante cerca de 8 horas, pois na Ama- zônia o tempo corre mais lento. (www.amazonida.com.br) texto 2 A Amazônia, ainda que seja pontuada de tempos rápidos, os quais definem espaços de altas luminosidades, é, sem dúvida, o espaço, a região, onde há um predomínio do tempo lento. Aqui, este atributo não está sendo usado de maneira pejorativa, mas como um qualificativo de potencialidade política e de vida; afinal, a força dos fracos é o seu tempo lento. É o tempo lento que nos faz reconhecer vivências, sociabilidades e, por conseguinte, identidades e, também, resistências. (Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior. A Amazônia e a dimensão humana de sua geografia. Adaptado.) Os textos de apoio para a prova de Conhecimentos Específicos abordaram, desde o início, a questão do tem- po – sua fugacidade, suas armadilhas, os sentimentos humanos em relação a ele. Os textos desta parte procu- ram ampliar essa problemática, apontando para a realidade amazônica e a peculiaridade de seu “tempo lento”. Com base nessas leituras e em seus conhecimentos, elabore um texto dissertativo, na norma-padrão da língua, sobre o tema: o transcorrer do tempo na amazônIa: aspectos posItIvos e negatIvos 13 UEAM1101/003-CE-T2 Os rascunhos não serão considerados na correção. 14UEAM1101/003-CE-T2 15 UEAM1101/003-CE-T2 Vestibular 2011 acesso 2012 004. Prova de ConheCimentos esPeCífiCos e redação cursos: Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Física, Licenciatura em Informática, Engenharia, Meteorologia, Tecnologia em Agrimensura, Tecnologia em Manutenção Mecânica, Tecnologia em Automação Industrial e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Verifique se sua folha de respostas pertence ao mesmo grupo de cursos que este caderno. Confira seus dados impressos na capa e na última folha deste caderno. Esta prova contém 36 questões objetivas e uma proposta para redação, e terá duração total de 4 horas. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa. A Classificação Periódica encontra-se no final deste caderno. Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta. 11.12.2011 2UEAM1101/004-CE-T3 Vestibular 2011 acesso 2012 RASCUNHO 3 UEAM1101/004-CE-T3 MATEMÁTICA 01. Em uma determinada gleba, 6 000 mudas de seringueira foram plantadas alinhadas em linhas e colunas, confor- me indicado na figura, sendo que o número de linhas é 40 unidades maior que o número de colunas. coluna linha Desse modo, é correto afirmar que o número de mudas plantadas em cada linha é igual a (A) 60. (B) 70. (C) 80. (D) 90. (E) 100. 02. Um suco natural concentrado é vendido em um recipien- te em forma de um cilindro reto, mostrado na figura, cuja área lateral é igual a 64 π cm², e a medida da altura (h) é igual ao dobro da medida do raio (r) das bases. Sabendo que o suco ocupa 8 7 da capacidade total do recipiente e considerando π @ 3, a quantidade de suco contida nesse recipiente é, em mL, igual a (A) 400. (B) 386. (C) 350. (D) 336. 2 r� h r 2r (E) 250. 03. Os três números inteiros que representam o comprimen- to de 3 toras de mogno estão em PG. A soma desses três números é 35, e a diferença entre o primeiro e o terceiro é 15. Para efeito de transporte, essas três toras deverão ser cortadas pela madeireira em pedaços de mesmo com- primento, de maior tamanho possível. Desse modo, o número de pedaços obtidos será igual a (A) 5. (B) 7. (C) 8. (D) 10. (E) 12. 04. Exemplares do peixe-boi da Amazônia, espécie ameaça- da de extinção, são mantidos em tanques pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), para efeito de pesquisas, preservação e educação ambiental. Admita que a média dos comprimentos de todos os exemplares seja 2,92 m, e que as fêmeas, que representam 40% do total, tenham comprimento médio igual a 2,8 m. Nesse caso, é correto afirmar que o comprimento médio dos exemplares machos, em metros, é igual a (A) 3,12. (B) 3,08. (C) 3,00. (D) 2,90. (E) 2,86. 05. Em um período de cheias, a profundidade normal P de certo trecho de um igarapé teve um aumento de x%, e passou a ser igual a P 1 . Com a estiagem, a profundidade P 1 desse trecho foi reduzida em 60% e retornou, assim, ao nível normal P. Dessa forma, é correto afirmar que x% corresponde a (A) 60%. (B) 75%. (C) 100%. (D) 125%. (E) 150%. 06. Em uma estação de pesquisa existem dois canteiros ondesão feitas experiências com mudas destinadas ao replantio de áreas degradadas. Sabe-se que o canteiro A, retangular, cujo comprimento mede o dobro da largura, e o canteiro B, quadrado, têm perímetros iguais. Sendo S A e S B as áreas dos canteiros A e B, respectivamente, pode-se concluir que B A S S vale (A) 8 9 . (B) 9 8 . (C) 8 7 . (D) 9 7 . (E) 7 5 . 4UEAM1101/004-CE-T3 Instrução: Leia o texto para responder às questões de núme- ros 07 e 08. O Google Street View chegou à Amazônia. A ideia é mostrar as comunidades ribeirinhas, os rios e igarapés para o mundo. O projeto começou a ser produzido em Tumbira, município de Iranduba, a 100 quilômetros de Manaus, e vai abarcar outras quatro locações. As imagens, captadas por câmeras montadas em triciclos (vide foto) devem estar dis- poníveis na internet até o final desse ano. (O Estado de S.Paulo, 19.08.2010.) trIcIclo. câmeras captam Imagens em rIos e matas 07. Admita que o gráfico relacione a velocidade média do triciclo com o tempo gasto para percorrer uma mesma distância. 12 6 4 tempo 8 4,8 velocidade4 6 8 10 12 De acordo com os dados do gráfico, é correto afirmar que, nesse caso, (A) a velocidade média e o tempo são diretamente pro- porcionais. (B) o número 48 representa a distância percorrida. (C) se a velocidade média for 16, o tempo gasto será 3,5. (D) se a velocidade média for 2, o tempo gasto será 2. (E) se o tempo for 18, a velocidade média será 2,2. 08. Suponha que o condutor do triciclo tenha que percorrer uma certa distância em um determinado dia. A uma velo- cidade média de 10 km/h, ele demorará uma hora a mais do que o previsto para percorrer o trajeto. Entretanto, se a velocidade média for de 15 km/h, o trajeto será per- corrido em uma hora a menos do que o previsto. Para que essa distância seja percorrida no tempo previsto, a velocidade média, em km/h, será de (A) 14. (B) 13,5. (C) 12,5. (D) 12. (E) 11,5. 09. Em uma pesquisa de mercado com usuários do transpor- te fluvial Belém-Manaus, constatou-se que 150 pessoas utilizam as empresas Alfa ou Beta, sendo que muitas de- las utilizam Alfa e Beta. A empresa Alfa é utilizada por 120 dessas pessoas e a empresa Beta, por 100 delas. Se um usuário participante dessa pesquisa for escolhido ao acaso, a probabilidade de que ele utilize ambas as empre- sas é de (A) 5 1 . (B) 7 3 . (C) 15 7 . (D) 15 11 . (E) 15 13 . 5 UEAM1101/004-CE-T3 10. Um exemplar de Angelim-vermelho, imponente árvore originária da Amazônia, tem 30 m de altura (h), e seu topo é visto dos pontos A e B, que estão alinhados com a base da árvore, sob ângulos de 45° e 30°, conforme indicado na figura. h 45 o 30 o A B Considerando 1,42e1,73 �� , a distância em me- tros entre os pontos A e B é (A) 144. (B) 108. (C) 102. (D) 81. (E) 76. 11. Em um mapa parcial da região Norte, representado na figura, foi inserido um sistema de eixos cartesianos, com origem na cidade de Manicoré (AM) e, no qual, as coor- denadas da cidade de Barcelos (AM) são (–3,6). x y Nesse caso, é correto afirmar que a distância em linha reta entre essas duas cidades vale (A) 3. (B) 3 3 . (C) 2 5. (D) 5. (E) 3 5 . 12. Em uma dança folclórica havia n pessoas dispostas em um círculo, e cada pessoa desse círculo saudou todas as outras com um aperto de mão, havendo, assim, um total de 45 apertos de mão. Conclui-se, então, que o número de pessoas nessa roda é (A) 10. (B) 12. (C) 14. (D) 16. (E) 18. FÍSICA 13. A distância entre duas cidades turísticas, A e B, é de 700 km, mas não há boas estradas que permitam ir diretamente de A para B e a cidade B ainda não tem aeroporto. Se um turista desejar sair da cidade A e ir até a cidade B, terá que voar primeiro até a cidade C, distante 1 400 km de A e, só então, dirigir 700 km por uma rodovia até chegar a B. Dos circuitos a seguir, o que representa o trajeto realizado pelo turista é: (A) 60 o 60 o C B A (B) 150o A C B (C) 45 o 45 o AB C (D) C B A (E) B C A 6UEAM1101/004-CE-T3 14. Considere que uma lancha, após sofrer problemas mecâ- nicos, exploda em apenas dois pedaços A e B, de mesma massa. Se inicialmente a lancha estava em repouso, po- demos afirmar, corretamente, que imediatamente após a explosão (A) o módulo da quantidade de movimento do pedaço A é igual ao módulo da quantidade de movimento do pedaço B. (B) a quantidade de movimento do pedaço A tem o mesmo sentido da quantidade de movimento do pedaço B. (C) o vetor quantidade de movimento do pedaço A é igual ao vetor quantidade de movimento do pedaço B. (D) a energia mecânica do sistema se conserva. (E) a energia cinética do sistema se conserva. 15. Um bloco de 300 kg é empurrado por vários homens ao longo de uma superfície horizontal que possui um coe- ficiente de atrito igual a 0,8 em relação ao bloco. Cada homem é capaz de empurrar o bloco com uma força horizontal, no sentido do movimento, de até 500 N. Para mover o bloco, com velocidade constante, são necessá- rios X homens. Considerando g = 10 m/s2, o menor valor possível para X é: (A) 1. (B) 3. (C) 5. (D) 7. (E) 9. 16. O gráfico representa a variação de pressão no interior de um líquido X, homogêneo, em equilíbrio, em função da profundidade. P(10 Pa) 5 7 5 3 0 1 200 400 600 h(m) Se colocarmos esse líquido num tubo em U sobre ou- tro líquido Y cuja densidade vale 1,0 × 103 kg/m3, sen- do g = 10 m/s2, a altura, em centímetros, da coluna do líquido X para sustentar uma coluna de 10 cm do líquido Y deverá ser (A) 10. (B) 100. (C) 1 000. (D) 1 100. (E) 1 200. 17. Suponha que um carro descreve um arco de curva circu- lar AB de uma pista horizontal, com velocidade de mó- dulo constante, como indicado na figura. A B Nessas condições, é correto afirmar que, no trecho AB, (A) a força centrípeta é constante. (B) a força peso é a reação da força normal. (C) a força de atrito é constante. (D) o módulo da força de atrito é igual ao módulo da força centrípeta. (E) o módulo da força peso é igual ao módulo da força centrípeta. 18. O gráfico de pressão versus volume representa várias compressões isotérmicas sofridas por um gás ideal. p v T 4 T 2 T 1 T 3 A relação de ordem correta entre as temperaturas men- cionadas é (A) T 1 = T 2 = T 3 = T 4 (B) T 1 > T 2 > T 3 >T 4 (C) T 4 > T 3 > T 2 > T 1 (D) T 4 > T 3 < T 2 < T 1 (E) T 4 < T 3 > T 2 > T 1 7 UEAM1101/004-CE-T3 19. Em uma história de aventuras de um grupo bastante cria- tivo de crianças, um dos personagens, utilizando uma nave espacial, foi parar entre a Terra e a Lua, numa re- gião em que as forças de atração entre esses dois corpos celestes se igualavam. Considerando as leis da gravita- ção universal, a posição da nave do personagem: (A) está mais próxima da Lua do que da Terra. (B) está mais próxima da Terra do que da Lua. (C) não pode ser determinada sem que seja conhecida sua massa. (D) está na metade da distância entre o centro da Terra e o centro da Lua. (E) não pode ser determinada, sem que seja conhecida a massa do Sol. 20. Um aluno utilizou um termômetro para medir a tempe- ratura de um determinado líquido e obteve o valor de 50 oC. Resolvendo verificar a precisão do termômetro utilizado, observou que, para água congelando, a tempe- ratura indicada era de –5 oC e, para água fervendo, a tem- peratura indicada era de 105 oC. Sendo assim, o aluno concluiu, que o valor correto da temperatura do líquido, em oC, era