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portfolio 6° serviço social POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

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SUMÁRIO
1 Introdução..................................................................................................................3
42 Política Nacional de Assistência Social	�
3 Breve histórico: antes e pós Constituição Federal de 1988......................................5 
4 A regulação da Política de Assistência Social: documentos norteadores e proteções afiançadas................................................................................................... 6
5 Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Serviços e unidades de atendimento da Política de Assistência Social, para crianças, adolescentes e jovens, a luz da Tipificação dos Serviços Socioassistenciais.................................................13
6 As principais legislações afetas aos serviços da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, voltados à infância, adolescência e juventude....................................................................................................................14
7 A prática profissional do Assistente Social nos Serviços de Acolhimento Institucional para crianças e adolescentes...............................................................17
8 Atuação do assistente social no Serviço de Acolhimento em Repúblicas para jovens e no Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora....................................17
9 Instrumentos utilizados, metodologia, articulação com a rede de serviços e demais órgãos usados pelo Assistente Social em seu trabalho.............................................20
�
10 Conclusão..............................................................................................................24
11 Referencias................................................................................................ 25�
INTRODUÇÃO
O presente trabalho, tem o objetivo de apresentar as informações e ações necessárias, onde destacamos a atuação dos profissionais que atuam em diferentes programas e serviços situados na rede de programas, serviços e instituições que compõem o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.
 
 Deste modo, iremos enfatizar também os surgimento do LOAS, SUAS, as Politícas Sociais, a questão Social, os documentos norteadores que visam no âmbito do Assistente Social enquanto no ato da sua ação profissional.
Contudo, sabemos que o a Politica Nacional de Assistência Social e a atuação do Assistente Social, onde podemos verificar alguns impulsos que tendem a presidir com o efeito de Globalização. Vale ressaltar, que ainda assim, dependemos da mão do Sistema Capitalista. 
E aborda tambem sobre as proteões socias de cada atendimento em assistentecia social como atenção basica, media complexidade, alta e sobre as instituiçoes de apoio as politicas publicas. E alguns instrumentos usados pelo assistente social na sua pratica profissional.
2. POLITICA NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL
A constituição Federal de 1988 afirma a assistência como politica publica que a partir de então deve assistir e proteger todos os cidadãos que dela necessitar, enquanto um direito social do cidadão e responsabilidade do Estado. Tanto o direito quanto o dever do Estado são reafirmados na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, em 1993, e pelo Sistema Único de Assistência Social – SUAS, em 2005.
A partir da constituição Federal, a assistência social ganha status de política pública e é elevada do campo da benesse e assistencialismo para o âmbito da democracia e cidadania, na mesma condição de outras políticas, como da saúde, educação, habitação, entre outras. Não contributiva e sim deve do Estado em garantir os mínimos sociais a sociedade do pais.
Nos artigos 203 e 204 da constituição Federal esta firmada que:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. ( Constituição Federal 1988)
Depois disso, houve uma mobilização da sociedade, especialmente das entidades do terceiro setor. Estudantes de Serviço Social, professores, pesquisadores, professores e atores envolvidos na militância da Assistência Social, que pressionou e negociou com o Congresso Nacional para que a assistência fosse reafirmada como direito do cidadão que dela necessitasse, e como uma responsabilidade do Estado em prover as condições de acesso desse cidadão através da regulamentação da Lei n° 8.742/93- Lei Orgânica da Assistência Social. (LOAS) (CRUS 2013).
Alguns programas mais comuns na Assistência Social são o (BPC) Beneficio de prestação continuada para idosos de baixa renda e a pessoas com deficiência que não tem condições financeiras e o (PBF) Programa bolsa família concedidas para famílias de baixa renda. Os locais de atendimento são os (CRAS), Centro de Referencia da Assistência Social e (CREAS). Centro de Referencia Especializado da Assistência Social. 
3. BREVE HISTÓRICO: ANTES E PÓS CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A assistência como prática sempre existiu na humanidade, tanto que sua história no Brasil foi marcada pela caridade, pelo clientelismo e pela filantropia. A história do direito social a assistência aos desamparados é muito recente na nossa história, isso é um dos motivos que justifica os desafios para a consolidação de uma prática de não direito requer a instalação de uma cultura de direito que ainda demanda dos gestores, trabalhadores e usuários desta mais nova política do tripé da Seguridade Social.
A história da proteção social brasileira é centrada na construção de uma legislação de proteção aos trabalhadores. Entretanto, não foram todos os trabalhadores que foram contemplados ao longo do tempo, apenas aqueles inseridos no mundo formal de trabalho, ou seja, os contribuintes da previdência social. Apenas esses tinham o direito, devia pagar para ter os benefícios.
As mudanças na Assistência social pós-constituição Federal de 1988, houve mudanças bastante favoráveis, pois a partir da CF de 88 a Assistência Social foi inserida no rol das politicas sócias publicas, entretanto, ainda era necessária a regulamentação dos artigos 203 e 204, a qual tratava a parte deste assunto, isto é, de dar materialidade à nova politica social de forma descentralizada e participativa como preconizava a carta magna.
O resultado da regulamentação foi a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, aprovada em 1993, após 5 anos da constituição. Para essa aprovação de Lei foi preciso mobilização da sociedade, organizações e cobranças ao Congresso Nacional pela aprovação da proteção social brasileira
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. ( BRASIL, 2000, p. 41)
Desse tripé dois é dever do estado que são a saúde, assistência social e a previdência social é pela contribuição do cidadão para ter o direito garantido. A LOAS configura-se por meio de seus 42 artigos, definindo os princípios, as diretrizes e os objetivos norteadores da politica d Assistência social, destacando, ainda, as competências das esferas de governo; conceitos de benefícios, serviços, programas e projetos; instituiçãoe responsabilidade dos conselhos de Assistência Social; competência dos órgãos gestores; financiamento; forma de organização e gestão da PNAS; e caráter e composição das instancias deliberativas.
4. A REGULAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: DOCUMENTOS NORTEADORES E PROTEÇÕES AFIANÇADAS
Em um contexto de grande mobilização democrática e exigência de práticas inovadoras na área social, tem início uma intensa discussão para a formulação de uma política pública de Assistência Social, constitucionalmente assegura, Para tanto, faz-se necessária a elaboração de diagnósticos, estudos e propostas, promovidas pelo Estado, categorias profissionais e organizações da sociedade civil, compreendendo o significado político e o vínculo de tal área com os setores populares.
Instala-se um complexo processo de debates e articulações com vistas ao nascimento da Política de Assistência Social, inscrita no campo democrático dos direitos sociais, garantindo densidade e visibilidade à questão.
Portanto, o contexto do processo constituinte que gestou a Nova Constituição Federal é marcado por grande pressão social, crescente participação corporativa de vários setores e decrescente capacidade de decisão do sistema político. A Constituição Federal de 1988 – CF/88, aprovada em 5 de outubro, trouxe uma nova concepção para a Assistência Social, incluindo-a na esfera da Seguridade Social:
 Art.194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 2003, p. 193.)
A Política de Assistência Social é inscrita na CF/88 pelos artigos 203 e 204:
Art.203 A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I- a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II- o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III- a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV- a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V- a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art.204 As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social,previstos no art.195,além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
I–descentralização político-administrativa,cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II–participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 2003, p. 130)
Afirma Sposati (2004, p.42), que a Assistência Social, garantida na CF/88 contesta o conceito de “(...) população beneficiária como marginal ou carente, o que seria vitimá-la, pois suas necessidades advêm da estrutura social e não do caráter pessoal” tendo, portanto, como público alvo os segmentos em situação de risco social e vulnerabilidade, não sendo destinada somente à população pobre.
A CF/ 88 ofereceu a oportunidade de reflexão e mudança, inaugurando um padrão de proteção social afirmativo de direitos que superasse as práticas assistenciais e clientelistas, além do surgimento de novos movimentos sociais objetivando sua efetivação.
Para regulamentar e institucionalizar os avanços alcançados na CF/88 tornou-se imprescindível a aprovação de leis orgânicas. A luta para a aprovação dessas leis exigiu um complexo procedimento de organização dos princípios preconizados na CF/88. Sua deliberação esbarrou em forças conservadoras, convertendo-se em um processo de difícil operacionalização. A área que alcançou maior avanço foi a Saúde, fundamentada na VIII Conferência Nacional de Saúde, alcançando a aprovação de sua lei orgânica em 19/09/1990.
A Assistência Social foi prejudicada pelo atraso no processo de discussão e elaboração de propostas, articuladas por universidades e órgãos da categoria profissional (CNAS e CEFAS), ampliando gradativamente os debates sobre a área, objetivando a coleta de subsídios para formulação da lei orgânica, caracterizando-se como um período fértil de produção intelectual O Ministério do Bem-Estar Social promoveu encontros regionais em todo o país para a discussão da Lei Orgânica da Assistência Social, culminando na Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em junho de 1993, em Brasília.
O Executivo apresentou um novo projeto de lei, contrário ao que vinha sendo negociado. Assim, com a pressão de entidades e especialistas na área, a plenária posicionou-se construindo artigo por artigo, tornando-se tal documento conhecido como Conferência Zero da Assistência Social. Posteriormente. Foi encaminhado ao Congresso Nacional pela deputada Fátima Pelaes, com o n° 4100/93, sendo, em 7 de dezembro de 1993, sancionada a Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, pelo presidente Itamar Franco.
A LOAS introduz um novo significado a Assistência Social enquanto
Política pública de seguridade, direito do cidadão e dever do Estado, prevendo-lhe um sistema de gestão descentralizado e participativo, cujo eixo é posto na criação do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS” (MESTRINER,2001, P.206.)
De imediato, essa Lei extingue o Conselho Nacional de Serviço Social, criado em 1938, - considerado um órgão clientelista e cartorial – e, cria o Conselho Nacional de Assistência Social, órgão de composição paritária, deliberativo e controlador da política de assistência social. Esse processo permite compreender que a Assistência Social não “nasce” com a Constituição Federal de 1988 e com a LOAS. Ela existe anteriormente como uma prática social, alcançando nesses marcos legais, o status de política social, convergindo ao campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal.
É certo que a história da Política de Assistência Social, não termina com a promulgação da LOAS, visto que esta Lei introduziu uma nova realidade institucional, propondo mudanças estruturais e conceituais, um cenário com novos atores revestidos com novas estratégias e práticas, além de novas relações interinstitucionais e intergovernamentais, confirmando-se enquanto “possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e serviços de ampliação de seu protagonismo” (YASBEK, 2004, p.13), assegurando-se como direito não contributivo e garantia de cidadania.
PROTEÇÕES AFIANÇADAS, após a regulação da Assistência Social houve documentos que deram norte para a politica e também estabeleceu as proteções afiançadas são elas: Assistência Social e as Proteções Afiançadas, Proteção Social Básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). 
O BPC constitui uma garantia de renda básica, no valor de um salário mínimo, tendo sido um direito estabelecido diretamente na Constituição Federal e posteriormente regulamentado a partir da LOAS, dirigido às pessoas com deficiência e aos idosos a partir de 65 anos de idade, observado, para acesso, o critério de renda previsto na Lei.Tal direito à renda se constituiu como efetiva provisão que traduziu o princípio da certeza na assistência social, como política não contributiva de responsabilidade do Estado.
 Deve ser assumido de fato pela assistência social, sendo conhecido e tratado pela sua significativa cobertura, 2,5 milhões de pessoas, pela magnitude do investimento social, cerca de R$ 8 bilhões, pelo seu impacto econômico e social e por retirar as pessoas do patamar da indigência. O BPC é processador de inclusão dentro de um patamar civilizatório que dá ao Brasil um lugar significativo em relação aos demais países que possuem programas de renda básica, principalmente na América Latina. Trata-se de uma garantia de renda que dá materialidade ao princípio da certeza e do direito à assistência social. Os benefícios eventuais foram tratados no artigo 22 da LOAS. 
 Hoje os benefícios eventuais são ofertados em todos os Municípios, em geral com recursos próprios ou da esfera estadual e do Distrito Federal, sendo necessária sua regulamentação mediante definição de critérios e prazos em âmbito nacional. Os serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica deverão se articular com as demais políticas públicas locais, de forma a garantir a sustentabilidade das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, de forma a superar as condições de vulnerabilidade e a prevenir as situações que indicam risco potencial. Deverão, ainda, se articular aos serviços de proteção especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos necessários. 
 Os serviços de proteção social básica serão executados de forma direta nos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS e em outras unidades básicas e públicas de assistência social, bem como de forma indireta nas entidades e organizações de assistência social da área de abrangência dos CRAS. 
 Centro de Referência da Assistência Social e os Serviços de Proteção Básica O Centro de Referência da Assistência Social – CRAS é uma unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade social, que abrange um total de até 1.000 famílias/ano. Executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social. O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário. Neste sentido é responsável pela oferta do Programa de Atenção Integral às Famílias. 
 Na proteção básica, o trabalho com famílias deve considerar novas referências para a compreensão dos diferentes arranjos familiares, superando o reconhecimento de um modelo único baseado na família nuclear, e partindo do suposto de que são funções básicas das famílias: prover a proteção e a socialização dos seus membros; constituir-se como referências morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, além de ser mediadora das relações dos seus membros com outras instituições sociais e com o Estado. O grupo familiar pode ou não se mostrar capaz de desempenhar suas funções básicas. 
 Realiza, ainda, sob orientação do gestor municipal de Assistência Social, o mapeamento e a organização da rede socioassistencial de proteção básica e promove a inserção das famílias nos serviços de assistência social local. Promove também o encaminhamento da população local para as demais políticas públicas e sociais, possibilitando o desenvolvimento de ações intersetoriais que visem a sustentabilidade, de forma a romper com o ciclo de reprodução intergeracional do processo de exclusão social, e evitar que estas famílias e indivíduos tenham seus direitos violados, recaindo em situações de vulnerabilidades e riscos.
 São considerados serviços de proteção básica de assistência social aqueles que potencializam a família como unidade de referência, fortalecendo seus vínculos internos e externos de solidariedade, através do protagonismo de seus membros e da oferta de um conjunto de serviços locais que visam a convivência, a socialização e o acolhimento, em famílias cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos, bem como a promoção da integração ao mercado de trabalho, tais como:
 • Programa de Atenção Integral às Famílias. • Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento da pobreza. • Centros de Convivência para Idosos. • Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças. • Serviços socioeducativos para crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 6 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. • Programas de incentivo ao protagonismo juvenil, e de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. • Centros de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos.
 Proteção Social Especial Além de privações e diferenciais de acesso a bens e serviços, a pobreza associada à desigualdade social e a perversa concentração de renda, revela-se numa dimensão mais complexa: a exclusão social. O termo exclusão social confunde-se, comumente, com desigualdade, miséria, indigência, pobreza (relativa ou absoluta), apartação social, dentre outras. 
 Naturalmente existem diferenças e semelhanças entre alguns desses conceitos, embora não exista consenso entre os diversos autores que se dedicam ao tema. Entretanto, diferentemente de pobreza, miséria, desigualdade e indigência, que são situações, a exclusão social é um processo que pode levar ao acirramento da desigualdade e da pobreza e, enquanto tal, apresenta-se heterogênea no tempo e no espaço.
 São os chamados, popularmente, como orfanatos, internatos, educandários, asilos, entre outros. São destinados, por exemplo, às crianças, aos adolescentes, aos jovens, aos idosos, às pessoas com deficiência e às pessoas em situação de rua que tiverem seus direitos violados e, ou, ameaçados e cuja convivência com a família de origem seja considerada prejudicial a sua proteção e ao seu desenvolvimento. No caso da proteção social especial, à população em situação de rua serão priorizados os serviços que possibilitem a organização de um novo projeto de vida, visando criar condições para adquirirem referências na sociedade brasileira, enquanto sujeitos de direito. 
 A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras. São serviços que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções protetivas. Da mesma forma, comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada.
 Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direito exigindo, muitas vezes, uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo. Vale destacar programas que, pactuados e assumidos pelos três entes federados, surtiram efeitos concretos na sociedade brasileira, como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI e o Programa de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Proteção Social Especial de Média Complexidade São considerados serviços de média complexidade aqueles que oferecem atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos.Neste sentido, requerem maior estruturação técnico-operacional e atenção especializada e mais individualizada, e, ou, de acompanhamento sistemático e monitorado, tais como: • Serviço de orientação e apoio sociofamiliar. • Plantão Social. • Abordagem de Rua. • Cuidado no Domicílio. • Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência. • Medidas socioeducativas em meio-aberto (Prestação de Serviços à Comunidade – PSC e Liberdade Assistida – LA). 
A proteção especial de média complexidade envolve também o Centro de Referência Especializado da Assistência Social, visando a orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário. Difere-se da proteção básica por se tratar de um atendimento dirigido às situações de violação de direitos.
 Proteção Social Especial de Alta Complexidade Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são aqueles que garantem proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário. 
 DOCUMENTOS NORTEADORES DA ASSISTENCIA SOCIAL
 O papel do CREAS e as competências decorrentes estão consubstanciados em um conjunto de leis e normativas que fundamentam e definem a política de Assistência Social e regulam o SUAS (CF, PNAS, NOB/SUAS, Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, além de outras como: ECA, Estatuto do Idoso etc.).
O CREAS é o centro regional especializado da assistência social, trata das causas mais complexas e vem a ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuado para famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos, conforme dispõe a Tipificação Nacional de Serviços Sócio Assistenciais.
5. PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL E ALTA COMPLEXIDADE: SERVIÇOS E UNIDADES DE ATENDIMENTO DA POLITICA DE ASSISTENCIA SOCIAL, PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS, A LUZ DA TIPIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAS. 
A Politica Social Especial (PSE) organiza a oferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado, que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, o fortalecimento de potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de risco pessoal e social, por violação de direitos. Na organização das ações de PSE é preciso entender que o contexto socioeconômico, político, histórico e cultural pode incidir sobre as relações familiares, comunitárias e sociais, gerando conflitos, tensões e rupturas, demandando, assim, trabalho social especializado. 
Em ênfase, a Proteção Social Especial de Alta Complexidade, tem como o objetivo ofertar serviços especializados, em diferentes modalidades e equipamentos, com vistas a afiançar segurança de acolhida a indivíduos e/ou famílias afastados temporariamente do núcleo familiar e/ou comunitários de origem. Para a sua oferta, deve-se assegurar proteção integral aos sujeitos atendidos, garantindo atendimento personalizado e em pequenos grupos, com respeito às diversidades (ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual). Tais serviços devem primar pela preservação, fortalecimento ou resgate da convivência familiar e comunitária - ou construção de novas referências, quando for o caso - adotando, para tanto, metodologias de atendimento e acompanhamento condizente com esta finalidade. De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais a PSE de Alta Complexidade podemos destacar com exclusividade os seguintes serviços nominados abaixo: 
• Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes modalidades:
–Abrigo institucional; 
– Casa-Lar; 
– Casa de Passagem;
– Residência Inclusiva. 
Podemos sintetizar na “Proteção Social Especial ” os nominados:
• Serviço de Acolhimento em República; 
• Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; 
• Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.
6. AS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES AFETAS AOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE, VOLTADOS Á INFANCIA, ADOLESCENCIA E JUVENTUDE.
 ‘’A vida é feita da mesma substância de que são feitos os sonhos, e dentre um sonho e outro ocorre nossa curta existência. W. Shakespeare’’
Uma importante legislação de proteção social especial de alta complexidade, voltados á infância e adolescência e juventude são os Conselhos Tutelares que, tem como função contribuir para o desenvolvimento social, cultural e familiar.
Previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o Conselho Tutelar é um órgão inovador na sociedade brasileira, cuja finalidade é zelar pela promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.
“Em cada Município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de três anos, permitida uma recondução.” (ECA, artigo 132).
De acordo com o Estatuto da criança e adolescente em seu art.3º, 
[...] a criança e o adolescente gozam de todos direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que
trata esta lei, assegurando-se, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade. 
 O conselho tutelar atua com o ECA, estatuto da criança e adolescente visando melhorar as condições de vida das crianças, adolescentes e suas famílias.
O Conselho Tutelar é um órgão público municipal, permanente e autônomo, eleito pela sociedade para zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes. É composto por cinco membros eleitos pela comunidade para mandato de quatro anos. São requisitos exigidos para candidatura a membro do Conselho: reconhecida idoneidade moral, ser maior de 21 anos e residir no município. A quantidade de Conselhos Tutelares varia de acordo com a necessidade de cada município, mas é obrigatória a existência de pelo menos um por cidade.
De acordo com o  Estatuto da Criança e do Adolescente, todos os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra crianças ou adolescentes, devem ser obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar local, podendo a denúncia ser anônima, e qualquer cidadão pode acionar o Conselho Tutelar. Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes
O Serviço de Acolhimento institucional para Crianças e Adolescentes ( SAICA ) é um serviço de proteção social especial de alta complexidade, previsto no Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Tem a finalidade de oferecer acolhida a crianças e adolescentes com idade entre 0 a 17 anos, cujas famílias ou responsáveis encontram-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, respeitando-se os princípios legais da brevidade e excepcionalidade. Funciona como moradia transitória até que seja viabilizado o retorno à família de origem/extensa ou o encaminhamento para família substituta (procedimento realizado através da Vara da Infância e da Juventude). 
As crianças e adolescentes que necessitam deste serviço, são encaminhadas pela CAPE – Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência, Agentes de Proteção Social, CREAS, Varas da Infância e da Juventude, Conselho Tutelar, Delegacias de Polícia, Fundação Casa e Poder Judíciario.
A rede de serviços de acolhimento mantém articulação com as Supervisões de Assistência Social (SAS), por meio dos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), no qual o atendimento prestado deve ser personalizado, em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. Grupos de crianças e adolescentes com vínculos de parentescodevem ser atendidos na mesma unidade.
 
 Casa LAR 
A Casa Lar é um serviço de proteção social especial de alta complexidade, previsto no Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Tem a finalidade de oferecer acolhida a crianças e adolescentes com idade entre 0 e 17 anos, cujas famílias ou responsáveis encontram-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, respeitando-se os princípios legais da brevidade e excepcionalidade. Funciona como moradia transitória até que seja viabilizado o retorno à família de origem/extensa ou o encaminhamento para família substituta (procedimento realizado através da Vara da Infância e da Juventude). 
O serviço e oferecido em unidade residenciais, para ate dez (10) crianças e adolescentes, nas quais pelo menos uma pessoa trabalha com educador/ cuidador residente em uma casa disponibilizada pela organização- prestado cuidados ao um grupo de crianças e adolescentes. O encaminhamento é realizado por determinação do poder Judiciário
República Jovem
Serviço de acolhimento que oferece apoio e moradia subsidiada a grupos de jovens com idade de 18 a 21 anos, em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social; com vínculos familiares rompidos ou fragilizados; em processo de desligamento de instituições de acolhimento, que não tenham possibilidade de retorno à família de origem ou de colocação em família substituta e que não possuam meios para auto-sustentação. Seu funcionamento é ininterrupto em regime de co-gestão, com o tempo máximo de permanência dos jovens de até três anos ou ao completar 21 anos. O município conta com quatro Repúblicas Jovens. 
Com estrutura de habitação privada, deve receber supervisão técnica e localizar-se em áreas residenciais da cidade, seguindo padrão socioeconômico da comunidade onde estiverem inseridas. Mas, sem distanciar-se excessivamente do ponto de vista desse padrão.
A república oferece atendimento durante o processo de construção da autonomia pessoal e possibilita o desenvolvimento de autogestão, autosustentação e independência, preparando os usuários para o alcance gradual desses estágios. Possui tempo de permanência limitado, podendo ser reavaliado e prorrogado em função do projeto individual formulado em conjunto com o profissional de referência.
NOVA LEI DE ADOÇÃO E O ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE.
A nova lei de adoção altera a ECA, estabelecendo uma série de critérios e requisitos reduzindo alguns prazos com relação ao processo de adoção. O primeiro ponto importante é a definição e a regulamentação da entrega voluntária de crianças e adolescentes, quando, por exemplo, uma mãe que esta grávida deseja entregar o filho para adoção isso agora esta previsto qual o processo legal que deve ser adotado, nessa situação a um prazo de até 90 dias para a busca da família extensa, se, não encontrada a criança é automaticamente encaminhada para a adoção.
A ideia do legislador é tentar agilizar e simplificar o máximo os processos de adoção para que tenha o máximo e cada vez mais crianças adotadas e menos crianças nos abrigos.
7. A PRATICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
O Serviço Social inserido nas instituições, cujo que efetivam o acolhimento institucional, dirige para uma prática de operacionalização e garantia de direitos, pela apreensão e enfrentamento dos problemas sociais sofridos por esses sujeitos no seu cotidiano no âmbito de um serviço específico ou articulado a outros, inclusive de outras políticas, ou seja, com o trabalho em redes de serviços. Dentro dos espaços das instituições de acolhimento para crianças e adolescentes, o Serviço Social não trabalha com fragmentos da vida social, mas articula-os com a totalidade. 
As situações que são vivenciadas pelos sujeitos, quando da sua situação de risco social, e com a institucionalização, são consideradas e analisadas na sua dimensão universal e em sua especificidade, o que desafia a cada instante o profissional a apreender, revelar e solucionar as diversas expressões da questão social.
O trabalho do profissional, além de ações de acompanhamento individual das crianças e adolescentes residentes nas instituições de acolhimento institucional; inclusão da família de origem na rede de serviços que garanta as seguranças afiançáveis da assistência social, inclui o trabalho socioeducativos com essas famílias a fim de dar suporte às famílias no reestabelecimento dos vínculos entre seus membros e romper a cultura da violação de direitos como estabelece o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária.
Nas instituições de acolhimento faz parte das atribuições do Assistente Social elaborar o Plano Individual de Acompanhamento – PIA que parte de um estudo diagnóstico que subsidiará a intervenção junto à família de origem e culminará com uma indicação para a situação da crianças e adolescente: retorno à família de origem ou extensa ou para uma família substituta
Contudo, o Serviço Social como uma profissão interventiva e com posicionamento ético–político busca colaborar para a implementação do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, cujo de uma maneira que propicie tanto condições para a proteção integral da criança e do adolescente, pensando e executando ações lúdicas, recreativas, educativas para esses sujeitos, quanto criando condições (mediante inclusão na rede de serviços) que proteja e potencialize a família para exercer o papel de socialização e proteção; desenvolvimento de ações que acarretem na construção de novos vínculos.
Deste modo, o Serviço Social, enquanto processo de trabalho, pode contribuir para uma intervenção mais definitiva e transformadora da realidade social de crianças e adolescentes institucionalizados, em que o profissional deve acompanhar o movimento contemporâneo social e visualizar os novos espaços profissionais como possibilidades e estratégias de intervenção em uma dada realidade concreta.
8. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO EM REPÚBLICAS PARA JOVENS E NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO EM FAMILIA AOLHEDORA
Este serviço surge para que se enfrente o problema comum de quando as crianças e adolescentes em acolhimento atingem a maioridade e ainda não têm a necessária autonomia para se manterem. Nesse caso, a criança ou o adolescente retirados do convívio familiar não foram reintegrados à família de origem, extensa ou substituta, atingiram a maioridade e não podem ficar nos programas de acolhimento institucional explicitados anteriormente. Para que não fossem deixados sem apoio algum, nasceu esse serviço.
 Essa modalidade de atendimento oferece apoio e moradia subsidiada a grupos de jovens entre 18 e 21 anos em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social; com vínculos familiares rompidos ou fortemente fragilizados; em processo de desligamento de instituições de acolhimento que não tenham possibilidade de retorno à família de origem ou de colocação em família substituta e que não têm meios para autossustentação. 
Nota-se que esse serviço visa ao fortalecimento dos vínculos comunitários e ao desenvolvimento da qualificação dos jovens e, por isso, ele se torna mais interessante e eficaz quando o jovem, ao ser ali colocado, já tenha certa autonomia para que seja apoiado e, então, fortalecido. Como as outras modalidades de acolhimento, ela também é provisória: os jovens têm um tempo de permanência limitado, que pode ser reavaliado e prorrogado. O momento de escolha dos integrantes de cada república deve ser alvo de especial atenção e, por isso, tal escolha deve ser feita por equipe técnica capacitada que considerará especificidades como o perfil de cada jovem, suas demandas específicas, seu grau de autonomia e até mesmo o grau de afinidade entre os moradores. Os jovens residentes na república devem contar com apoio técnico- -profissional para a gestão coletiva da moradia, orientaçãoe encaminhamento para outros serviços/programas/benefícios da rede socioassistencial – como, por exemplo, a inclusão no Programa Bolsa Família –, inserção no mercado de trabalho, além de terem alguns custos da moradia subsidiados que devem ser gradativamente assumidos por todos os jovens ali residentes. 
O acolhimento familiar, configura-se como uma medida de proteção, pertencente aos serviços da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, conforme consta na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Trata-se de um acolhimento em família acolhedora direcionado à crianças e adolescentes, afastados de suas famílias de origem por medida de proteção, e acolhidos em famílias acolhedoras previamente cadastradas. Em muitas cidades o serviço, é chamado de Programa de Acolhimento em Família Acolhedora.
Esta modalidade de acolhimento é particularmente adequada à crianças e adolescentes cuja avaliação da equipe técnica indique a possibilidade de retorno à família de origem, nuclear ou extensa, visando assim a reintegração familiar e evitando a institucionalização, ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção.
Deste modo, vale ressaltar, que o afastamento familiar deve ser uma medida excepcional, aplicada apenas em situações onde há grave risco à integridade física e/ou psíquica da criança ou adolescente, representando assim um menor prejuízo ao seu desenvolvimento, conforme consta no Estatuto da Criança e do Adolescente, no Art. 19 §1º e §3º; Art. 101 §1º.
As famílias acolhedoras cabem à responsabilidade em cuidar da criança ou do adolescente até que eles retornem à suas famílias de origem, ou sejam, encaminhados para adoção. Também conhecida como “guarda subsidiada”, a modalidade de família acolhedora, permite que as famílias recebam, em suas casas, crianças e adolescentes afastados do convívio de  família biológica. A família selecionada acolherá a criança ou adolescente por um período, até que a família de origem esteja apta a cumprir novamente sua função de cuidado e proteção. Um acompanhamento é realizado a cada seis meses para reavaliação da situação da criança ou do adolescente acolhido. Cada família acolhedora poderá acolher em sua casa apenas uma criança ou adolescente por vez, exceto quando for grupos de irmãos (mediante avaliação técnica).
Abaixo, seguem os serviços seguintes para um Acolhimento em Família Acolhedora: 
I-Promover o acolhimento familiar de crianças e adolescentes afastadas temporariamente de sua família de or
 II- Acolher e dispensar cuidados individualizados em ambiente familiar;
 III- Preservar vínculos com a família de origem, salvo determinação judicial em c
 IV- Possibilitar a convivência comunitária e o acesso à rede de políticas públicas;
V- Apoiar o retorno da criança e do adolescente à família de origem; 
 VI- Reduzir as violações dos direitos socioassistenciais, seus agravamentos ou reincidência; VII- Colaborar para a desinstitucionalização de crianças e adolescentes.
 Confira as Ações ofertadas pelo Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora:
I-Seleção, preparação, cadastramento e acompanhamento das famílias 
acolhedoras;
II-Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais;
III-Construção do plano individual e familiar de atendimento;
IV-Orientação sociofamiliar;
V-Informação, comunicação e defesa de direitos;
VI-Apoio à família na sua função protetiva;
VII-Providência de documentação pessoal da criança/adolescente e família 
de origem; articulação da rede de serviços socioassistenciais;
VIII-Articulação com os serviços de políticas públicas setoriais e de defesa 
de direitos;
IX-Mobilização, identificação da família extensa ou ampliada;
X-Mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio;
XI-Articulação interinstitucional com demais órgãos do Sistema de Garantia 
de Direitos.
9. INSTRUMENTOS UTILIZADOS, METODOLOGIA, ARTIGULAÇÃO COM A REDE DE SERVIÇOS E DEMAIS ÓRGÃOS USADOS PELO ASSISTENDE SOCIAL EM SEU TRABALHO
A utilização dos instrumentais no cotidiano da prática profissional é um fator preponderante para o assistente social. Sendo o assistente social um trabalhador inserido na divisão social e técnica do trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas, técnicas e ético-políticas necessárias para o seu exercício profissional. Os instrumentais técnico-operativos são como um “conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional” (MARTINELLI, 1994 p. 137). 
Deste modo, Como prática profissional, o Assistente Social deve coordenar e executar programas de enfrentamento à pobreza, que assegurem a elevação da auto-estima, o acesso a bens, serviços e renda para segmentos mais vulnerabilizados pela situação de pobreza e exclusão social, desenvolver programas voltados para o atendimento aos grupos de maior risco, realizar e disponibilizar estudos e pesquisas no âmbito das Políticas Sociais.
Quanto às atribuições do assistente social enquanto prática profissional deve coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas e projetos na área de Serviço Social; prestar informações e elaborar pareceres na área de atuação do Serviço Social; planejar, coordenar, executar atividades sócio-educativas; estabelecer parcerias e contatos institucionais; atuar como facilitadora de processos de formação de lideranças e organização comunitária; planejar, coordenar e realizar reuniões e palestras na área de atuação do Serviço Social; elaborar relatórios técnicos e analíticos; treinar, avaliar, supervisionar e orientar estagiários de Serviço Social.
Os instrumentos técnico-operativos utilizados pelo assistente social do Programa Acesso à Cidadania são: folha de produção diária, conversas informais, documentação, Reunião, observação, entrevistas, fichas de cadastro, encaminhamentos, registros, acompanhamento social, relatórios e visitas domiciliares.
ALGUMAS TÉCNICAS DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL:
A Folha de Produção Diária- É um instrumento no qual o assistente social anota as demandas diárias, é uma folha que especifica a data e a ocorrência dos atendimentos para controle do assistente social.
Finalidade: Na folha de produção diária consta; a data do atendimento ou atividade, ao lado as atividades e as providências que foram tomadas e a assinatura do estagiário ou assistente social responsável no momento do atendimento.
A Observação
Conceito: A observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho e, como tal, encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental e, ao mesmo tempo, técnico.
Finalidade: A observação é um instrumento importante em momentos de decisão em que o assistente social precisa ter segurança, fixando-se nos objetivos no qual se pretende alcançar.
As Visitas domiciliares
Conceito: É uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais, junto aos indivíduos em seu próprio meio social ou familiar”, a autora também nos revela que a entrevista possui pelo menos três técnicas embutidas como: a observação, a entrevista e a história ou relato oral.
Finalidade: A finalidade da visita domiciliar é específica, guiada por um planejamento ou roteiro preliminar. As visitas domiciliares têm a finalidade de fazer acompanhamento relacionados às condições de moradia, saúde, a fim de elaborar o relatório de visita domiciliar e emissão de parecer social.
O Acompanhamento Social
Conceito: É um procedimento técnico de caráter continuado, e por período de tempo determinado, no qual é necessário que haja vínculo entre o usuário e o profissional.
Finalidade: O acompanhamento sócio-familiar é feito quando detectado na entrevista a necessidade de se fazer encaminhamentos diversificados.
As Entrevistas
Conceito: Técnica utilizadapelos profissionais do Serviço Social junto aos usuários para levantamento e registro de informações. Esta técnica visa compor a história de vida, definir procedimentos metodológicos, e colaborar no diagnóstico social. A entrevista é um instrumento de trabalho do assistente social, e através dela é possível produzir confrontos de conhecimentos e objetivos a serem alcançados. É na entrevista que uma ou mais pessoas podem estabelecer uma relação profissional, quanto quem entrevista e o que é entrevistado saem transformados através do intercâmbio de informações (LEWGOY, 2007).
Finalidade: A entrevista tem objetivo em colher informações sobre o 
usuário.
Os Relatórios
Conceito: É um documento de registro de informações, observações, pesquisas, investigações, fatos, e que varia de acordo com o assunto e as finalidades.
Finalidade: Os relatórios são bastante utilizados na prática profissional do assistente social por que serve como registro importante capaz de subsidiar decisões.
Os Encaminhamentos
Conceito: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a oferta de serviços oferecidos, sendo que os encaminhamentos devem ser sempre formais, seja para a rede sócio-assistencial, seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser procedido de contato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e sucedido de contato para o retorno da informação.
Finalidade: Os encaminhamentos são peça fundamental para que o trabalho do assistente social seja efetivado, por exemplo, se o programa está relacionado à inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, é necessário articular vagas nas empresas privadas ou instituições governamentais e não-governamentais. Além de incluir no mercado de trabalho, o assistente social deverá também proporcionar aos usuários do programa, cursos de capacitação profissional, neste caso a articulação através das redes se faz imprescindível.
Fichas de Cadastro
Conceito: É um instrumento de registro de informação destinado a receber informes, a fim de armazenar e transmitir informações sobre o usuário. As fichas de cadastro servem para transformar dados em informações.
Finalidade: A ficha de Cadastro serve como fonte para agrupamento de dados e informações sobre o usuário do programa, por exemplo. A ficha de cadastro é composta de informações diversas desde dados pessoais, endereço, documentação, parecer técnico.
 
 
 CONCLUSÃO 
Chegando ao fim do presente trabalho foi possível compreender que a Assistência Social é um dever do Estado e direito de todos os cidadãos independente de qualquer aspecto. Apesar que no seu inicio era apenas pra quem contribua o acesso aos seus benefícios, mas hoje é um direito na constituição Federal garantido para todos.
A assistência social garante aos idosos, crianças, mulheres, adolescentes e deficientes prioridade a direitos. Garante ao idoso de baixa renda e ao deficiente um salário mínimo. O BPC que é pela LOAS. A lei orgânica da assistência social tem ainda o bolsa família que é uma contribuição do governo para as famílias em vulnerabilidade social. 
 Após ser estabelecida a assistência social houve regulação das proteções afiançadas como a proteção social básica, proteção social especial de baixa complexidade, alta e media complexidade. Cada uma com suas atribuições e programas, como a casa lar para adolescentes. A proteção de alta complexidade que cuida das situações mais complexas como, moradia, situação de abandono e extrema vulnerabilidade. 
 E também analisar alguns dos instrumentos usados pelo assistente social no seu trabalho. Os instrumentais técnico-operativos não são apenas as fichas de triagem, visitas domiciliares, encaminhamentos, entre outros. O Serviço Social atualmente está inserido dentro de uma perspectiva dialética, em que se acredita na dinâmica social, onde a sociedade está diversificada e entregue à transformação. É nesta perspectiva que o Serviço Social está procurando se adequar, sendo também dinâmico e criativo para atender as demandas que crescem na medida em que cresce as desigualdades sociais.
 REFERÊNCIAS 
SANTINI, Maria Angela. Serviço social na área de saúde, previdência social e assistência social / Maria Angela Santini, Maria Lucimar Pereira. – Londrina : Editora e Distribuidora S.A,. 2017.
Art. 203 da Constituição Federal de 1988. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10651100/artigo-203-da-constituicao-federal-de-1988. Acesso em 02/10/2018.
O processo de afirmação da assistência social como política social. Disponivel em http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v8n2_sonia.htm. Acesso em 11/10/ 2018.
Politica nacional de assistência social. Disponivel em: http://www.ceas.pr.gov.br/arquivos/File/CEAS/pnas20071.pdf. Acesso em 19 out. 2018.
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS. Disponivel: http://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/arquivos/File/Capacitacao/material_apoio/JulianaFernandesPereira.pdf. Acesso em 20 de out. 2018
Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. Disponível em: http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/documentos/04-caderno-creas-final-dez..pdf. Acesso em 21 de out. 2018
Proteção Social Especial e Conselho Tutelar: parceria estratégica. Disponível em: https://www.blog.gesuas.com.br/protecao-social-especial-e-conselho-tutelar/. Acesso em 21 de out. 2018
Alta Complexidade prefeitura de São Paulo. Disponivel em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/rede_socioassistencial/criancas_e_adolescentes/index.php?p=3189. Acesso em 21 de out. 2018
http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/suas/creas/pse_institucional.pdf ACESSO em 23 de Outubro de 2018.
http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2017/pdfs/eixo14/servicodeacolhimentoinstitucionalinfantojuveniletrabalhodoassistentesocial.pdf ACESSO em 23 de Outubro de 2018.
https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/52/207/ril_v52_n207_p305.pdf ACESSO em 26 de Outubro de 2018.
https://www.blog.gesuas.com.br/servico-de-acolhimento-em-familia-acolhedora/ ACESSO em 26 de Outubro de 2018.
https://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentais-tecnico-operativos-na-pratica-profissional-do-servico-social/36921/ ACESSO em 27 de Outubro de 2018.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
AMANDA RIBEIRO GERVaSIO
 FABIANE COSTA DA SILVA
POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL 
Lauro de Freitas
2018
AMANDA RIBEIRO GERVaSIO
FABIANE COSTA DA SILVA
POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral das disciplinas: Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social
e Assistência Social; Serviço Social e Processos de
Trabalho; Direito e Legislação Social; Estágio em
Serviço Social II; Seminários da Prática VI
Orientadores: Maria Angela Santini, Amanda Boza, Vanessa Vilela Berbel, Nelma Galli
Tutor de sala: Clécia Maria Ramos Cruz Santos
Orientador: Prof. Valquíria Aparecida Dias Caprioli
Lauro de Freitas
2018

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