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Planejamento estrategico
Planejamento estratégico governamental
O Estado necessário.
Hoje devemos entender como da matriz que nos remete a conformidade do  que chamamos "Estado Herdado”, aquele que advém do período ditatorial militar, onde a sociedade era teleguiada pelos ditames dos ritos militares e a eles respondia de acordo com interesses próprios
. Podemos então afirmar que o Planejamento Estratégico Governamental para estar a serviço das transformações necessárias para a transição do "Estado Herdado" para o "Estado Necessário" deve-se contemplar sem demora aos interesses da maioria da sociedade não só no atendimento às suas demandas outrora relegadas pelo estado burocrático e autoritário e patrimonialista, bem como  incentivar e colaborar  na solução emergencial de novas demandas surgidas num mundo agora globalizado.
Durante o regime militar tem-se o aprofundamento da experiência brasileira de planejamento que, segundo Dagnino (2009), se dá com uma sucessão de planos formulados e implementados a partir de 1964 em consonância com o estilo autoritário, centralizador e economicamente concentrador. Tem-se como exemplos o Plano de Integração Nacional (PIN), o Programa de Metas e Bases para a Ação do Governo e os Planos Nacionais de Desenvolvimento I, II e III, que infelizmente por falta de experiência gerencial dos generais e da cúpula que  os cercavam, mais deram prejuízos  do que geraram políticas pró ativas e de expansão da cidadania no seio da sociedade brasileira.
Sabemos Portanto, que o PEG constitui
[...] um dos instrumentos através dos quais novas inter-relações, sobre determinações, pontos críticos para a implementação de políticas etc. terão de ser identificados, definidos e processados. Só assim os novos problemas poderão ser equacionados mediante políticas específicas; por exemplo, através de redes de poder locais, com a alocação de recursos sendo decidida localmente.
(DAGNINO, 2009, p. 44)
O governo federal através de diversos programas, vem implementando programas em diversos níveis, desde os estruturais até os de cunho mais socializante.
A aplicação e a implementação de um Planejamento Estratégico Governamental alicerçado em praticas coesa e qualitativa, certamente ajudará os novos gestores públicos a traçar estratégias para acabar com rotinas administrativas cercadas de armadilhas que dão margem à injustiça, ao clientelismo, à corrupção e transformam as ações do governo em verdadeiras caixas pretas.
(...)O planejamento estratégico como tal surge no início dos anos 50, quando as empresas e outras organizações passam a se preocupar com o ambiente.Percebeu-se que a causa desse problema (que ficou conhecido como problema estratégico) era a falta de sintonia entre a oferta de produtos e o mercado que se destinava a absorvê-los. Tratava-se, portanto, de um problema técnico-econômico. Achou-se que a solução do problema estava no planejamento estratégico – análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio, dos pontos fortes e fracos das empresas e da escolha de um modo de compatibilização (estratégia) entre os dois extremos, compatibilização esta que deveria satisfazer do melhor modo possível aos objetivos da empresa. “Uma vez escolhida a estratégia, chegava-se à solução essencial, e a empresa deveria procurar implantá-la”.
(ANSOFF, DECLERCK, HAYES, 1981, p.15)
Porém vemos que na realidade demandam também de outros fatores, como o comprometimento dos atores envolvidos nos atos demandados, bem como fatores internos e externos favoráveis no momento pontual da ação a ser implementada.
Dentro da história contextual de construção do Estado brasileiro sempre sob a ótica da matriz sócia econômica e política capitalista, desde os tempos mais remotos  mostra o país apoiado em bases capitalistas, tendo o, porém de como em outros países da America latina, um capitalismo e uma forma burocrática de governar ditatorial, corporativista isto,   segundo o pesquisador Guillermo O'Donnell, levava o estado apoiado no corporativismo bifronte que representava a combinação de uma face estatiza e de outra privatista, sendo que a primeira  possivelmente levou o Estado a conquistar e a subjugar a sociedade, e a segunda a que  teria colocado-a a serviço de setores dominantes suas áreas institucionais próprias.
Temos que ter a certeza de que o planejamento estratégico governamental moderno seja capaz de lidar satisfatoriamente com os adventos desfavoráveis, e produzir políticas consistentes que maximizem a falta de cultura que temos de sobra com muito trabalho, deixar de ser o pais do jeitinho para sermos o país do planejamento do bem fazer, dos 10% talento e 90% transpiração ordeira e direcionada.
Sendo conceitualmente o planejamento estratégico  uma conjunção de técnicas administrativo-burocraticas que através do monitoramento e das análises do ambiente laboral e institucional de uma determinada organização, cria nos atores nela envolvidos a consciência das  oportunidades de maximização dos resultados desejados e esperados e dos pontos nevrálgicos que possam ameaçar, o principio direcional, portanto sendo ele por si só um minimizador de erros e riscos desnecessários.
Sabemos que nas hostes brasileiras as primeiras ou as mais expressivas de planejamento governamental, se deram nos anos de 1950, com o já estudado plano de metas de JK, o famoso 50 anos em 5 ,  plano este que previa o desenvolvimento de diversas áreas tais como: alimentação, indústria de base, transporte, educação e energia.
Posteriormente já durante a ditadura militar tem-se o aprofundamento das experiências brasileiras do fator planejamento, o que segundo Dagnino(2009), (...)se dá com uma sucessão de planos formulados e implementados a partir de 1964 em consonância com o estilo autoritário, centralizador e economicamente concentrador. “Tem-se como exemplos o Plano de Integração Nacional (PIN), o Programa de Metas e Bases para a Ação do Governo e os Planos Nacionais de Desenvolvimento I, II e III”.
Em todos os textos que li vê de forma recorrente qual seria o Estado necessário, que herança traz ele consigo do longo caminhar da construção de sua história. A os fatos e episódios herdados somente serão diluídos ao longo dos anos, mesmo assim se houver a vontade das classes dominadoras das políticas assim acharem por bem, do contrario estamos fadados a conviver Ed eternum com as mesmas praticas políticas com que conviveram nossos ancestrais.Não importa de que lado estejam sejam liberais puros (não intervencionistas) ou neoliberais sejam políticos de raízes socialistas,todos os estudiosos da questão aqui em debate têm em suas mentes o esboço de concepção do que seria o Estado necessário para dignificar a vida de seus cidadãos. Alguns pregam o Estado mínimo, onde as demandas do mercado pautariam o equilíbrio societal.
Já antagonicamente existem os  intervencionistas, que acreditam piamente que o Estado tem por dever balizar ao seu limite a vida da sociedade e de seus cidadãos. Sendo Assim, para estes intervencionistas, teríamos como exemplo um país como um céu azul congestionado de empresas estatais, lucrativas ou não, necessárias ou não, todas seguindo a perversidade de um país onde os governos são de coalizões espúrias, onde não se vota nada sem que haja uma contra partida aos partidos amigos, onde o termo faxina ética soa como um palavrão ecoando pelos corredores e jardins do planalto como uma assombração a perseguir a matilha sedenta por poder e riqueza o preço não importa. 
Paralelamente a tudo isso, meia dúzia de patriotas queimam seus neurônios em busca de perspectivas de dias melhores para um povo em que cedo madruga em troca de migalhas doadas pelas elites empresariais deste país.
A pergunta fica no ar, quais os últimos projetos estratégicos foram votados nos últimos anos, e se os foi a quem beneficiou?De que lado esta a verdade do que herdamos, ou do que mal e parcamente cuidamos?Talvez nenhumas das alternativas nos contemplem com um pouco de ar puro.
O país clama por saneamento básico, saúde de qualidade, um ensinoque não mostre ao mundo a vergonha de formarmos analfabetos, tudo isso é planejamento estratégico, mas estarão os atuais condutores dos rumos do país, imbuídos deste espírito cidadão?
Os reclamos sociais só os alcançam em tempos das vãs promessas de campanha, que todos sabem jamais serão cumpridas, sempre aguardando vaga na pauta da câmera e do senado para entrarem em votação, enquanto isso a patuléia, vive como pode, ou como deus quer,por hora o melhor é rezar.
Dentre as características do Estado Herdado temos obrigatoriamente que frisar que muito além das preferências ideológicas (esquerda, direita, centro, conservadores),a maior herança política do país vinda do período militar (1964-1985), Foi de uma forma promiscua de governar formando um mix perverso que juntava em um mesmo cesto, patrimonialismo, autoritarismo com o clientelismo canhestro e despudorado de nossos políticos,mais a hipertrofia gessada que não nos deixava evoluir mantendo-nos enterrados como blocos de pedra do chão dito fértil por natureza, com a opacidade visual que não nos deixava enxergar além do próprio umbigo,o insulamento de sermos o maior país da America latina,tudo isso se não bastasse com um intervencionismo sem regras,que provocavam déficits,que engrandeciam o espírito  megalomaníaco, que não atendiam a projeto  algum ,apenas do ditador de plantão,caso notório da até hoje inacabada trans amazônica.
Se fossemos conceitualmente em busca do Estado necessário, como sendo o patrono a suprir todas as demandas de que a sociedade tem urgência em ter,partiríamos para o coletivismo que deu em água na URSS, e que cuba sabiamente esta deixando de lado,deveríamos buscar no fundo do pensamento dos maiores pensadores da história,que estado seria este com equilíbrio, justiça, equidade social etc.
O que herdamos veio de séculos de um patrimonialismo arcaico que ate hoje perdura, teremos futuro?
A égide da Administração Pública é planejar, executar e fiscalizar as políticas por ela implementadas. Toda a saga tem seu inicio no planejar. Planejar demanda pensar, bem antes de agir, pensar sistematicamente, utilizando-se de método ou metodologia cientifica, explicar e detalhar cada uma das possibilidades inerentes a demanda levantada e dentro do contexto no qual a mesma será inserida, analisar suas respectivas vantagens e desvantagens, na busca por um equilíbrio necessário entre a demanda e o usuário final. criar cenários,fazer a proposição de objetivos. É a busca de projetos que visem melhores condições, estruturais para um futuro melhor, porque as ações hoje planejadas serão julgadas meritoriamente como tendo sido eficazes, ou ineficazes, dependendo do que proporcionarem de bem estar no futuro.
No meu entender para que possamos fazer a transição do "Estado Herdado" para o "Estado Necessário",devemos ter em mente que não se transforma um estado de coisas sem a ação dos agentes por elas responsáveis,isso demanda  qualificação adequada e constante dos servidores, urge a capacitação e formação de gestores com novas competências e novos olhares sobre velhos problemas, e que tudo isso se junte em pelo menos duas habilidades/capacidades primordiais: as de dominarem os aspectos teóricos  práticos e conceituais do processo de elaboração das políticas públicas,chegando a maximização de saberes que os tornem aptos a utilização de tais ferramentas apreendidas,nas mudanças social, econômicas e políticas além de atuarem de forma tão eficiente no  dia-a-dia de suas rotinas, e  com o pensamento de gestor estratégico tão direcionado,o que inevitavelmente fará  com que a estrutura estatal seja cada vez mais eficiente pelos saberes, eficaz pelo comprometimento e efetiva pelos trabalho, que se dará com a utilização correta de um plano Temos que urgentemente buscar políticas de planejamento estratégico, para sairmos do estado de letargia que atinge de forma letal os meios político governamental de nosso país, a herança política herdada, tem que ser definitivamente extirpada de nossos corações e mentes,uma vez que a mesma nada acrescentou de positivo,devemos implementar com a urgência dos náufragos em busca da tabua de salvação, novas praticas de gestão do patrimônio publico, para que alcancemos o quanto antes o Estado necessário,almejado e aguardado pela sociedade.
Lançando um olhar para o futuro e deixando no baú do esquecimento a herança que nos foi legada pela ditadura militar, de péssima memória, devemos focar nossos olhares e meios de apreensão de saberes, nos novos meios de se planejar estrategicamente políticas governamentais, mirando sempre o futuro, a construção do Estado necessário que cumpra decisivamente com as prerrogativas que são de seu estrito dever, mesmo que para isso tenha que implementar as PPPs(parcerias publico privadas),parcerias estas que podem suprir as deficiências orçamentárias do Estado,com trabalho,analises criticas na detecção das demandas da sociedade, e planejamento na justa medida das demandas sem desperdícios ou devaneios que não possam serem cumpridos, o futuro poderá ser muito melhor do que este presente, em que tudo esta por fazer.
(...) Nota-se a partir dos fatos históricos ocorridos no Brasil e comentados anteriormente que a herança do Estado Herdado afeta até nos dias atuais fazendo com que haja por parte do governo e de pesquisadores sobre Gestão Estratégica Governamental um esforço dimensional até mesmo em estudos mais específicos, pois se sabe que contexto brasileiro atual é adverso à adoção do Planejamento Estratégico Governamental como um instrumento de gestão pública. Já o "Estado Necessário" é segundo Dagnino (2009, p. 27) "entendido como um Estado capaz não apenas de atender àquelas demandas, mas de fazer emergir e satisfazer as demandas da maioria da população hoje marginalizada." O Estado Necessário é a maneira que pesquisadores adotaram para referir a uma configuração do Estado capitalista alternativa da atualmente existente, justamente por um caminho de aderência e de uma condição de viabilizar um cenário normativo em construção no âmbito de um processo de radicalização da democracia, e diferente da proposta de Guillermo O'Donnell"
O sistema presidencialista brasileiro feito de colisões juntando em um mesmo saco gatos, ratos, e outros bichos mais, não deixa com que agendas de planejamento estratégico caminhem na direção que deveriam, nem com a celeridade necessária, estamos parados com a boca escancarada sem dentes aguardando a crise chegar.
temos que precisar que apenas uma visão monetario-economica não é suficiente para trazer o crescimento demandado pela sociedade para a construção do Estado necessário.Vemos cotidianamente que a falta de formação dos gestores incumbidos de gerir os destinos do país os levam a cometerem erros primários de gestão dolosos ou não,pois muitos apenas entronizaram no mundo da política como aventureiros nada tendo a acrescentar  ao já caótico  panorama político nacional.
Tendo como base apenas conceitos teóricos,é praticamente impossível vislumbrar em futuro próximo um Estado necessário já implantado,tendo em vista o gigantismo de nosso funcionalismo publico, bem como populacional,que demandarão treinamento para que se tomem decisões de cunho puramente técnicos de planejamento e gestão, assim minimizando os fatores, erros e decisões impensadas.
Podemos também entender que a partir dos anos de 1950, surgiram varias experiências de planejamento estratégico governamental, sendo o mais conhecido, o plano de metas de JK.
Com o golpe militar de 1964, houve um aprofundamento com o surgimento de diversos planos governamentais, evoluindo-se para o Estado neoliberal Herdado.
Temos que ter em conta que decisões de planejamento têm custos tanto políticos quanto econômicos, se tomadas de forma açodada, causaram certamente prejuízos ao futuro da nação momento principal que caracteriza a transição do modelo herdado, a partindo em busca do estado necessário foi a constituição de 1988, que ampliou os direitos de cidadania, dando inicio a uma nova era gestacional no país.
Mudançasdemandam decisões e vontade política para a regulamentação de dezenas de artigos da constituição o que certamente será um passo gigantesco na construção de um Estado necessário neste país, porém o que vemos com pesar, é grupos políticos se digladiando em busca de migalhas na forma de emendas, e cargos de terceiro e quarto escalão, enquanto a população aguarda de mãos atadas.
Felizmente minas gerais esta na vanguarda dentro do contexto conceitual da construção de um estado necessário, exemplificando com o choque de gestão implementado por Aécio cunha neves, que saneou as contas do estado, bem como a construção da cidade administrativa,pagamento em dia, aumento salarial e plano de cargos carreiras e salários a nível estadual.
(...)O Estado Necessário, por sua vez, caracteriza-se por sua capacidade de fazer emergir e atender às demandas da maioria da população e colocar o país numa rota que leve a estágios superiores de civilização.
 Segundo Dagnino (2009), a passagem do "Estado Herdado" para o "Estado Necessário" não começa pela reforma do Estado ou reforma das estruturas socioeconômicas, mas pela mobilização de um ciclo que vai da capacitação dos gestores públicos para a transformação das relações Estado-Sociedade.
 Assim, para o referido autor, a transformação do "Estado Herdado" em "Estado Necessário" demandaria a capacitação de seus quadros e a formação de gestores públicos com domínio dos aspectos teóricos e práticos do processo de elaboração de políticas públicas e com atuação eficiente no dia a dia de modo que o Estado seja cada vez mais eficaz no uso dos recursos que a sociedade lhe faculta, capaz de produzir impactos crescentemente efetivos. Nesse processo, a democracia constitui fator imprescindível para a promoção do bem-estar das maiorias.
 Concordamos que a transformação do "Estado Herdado" em "Estado Necessário" passa pelos elementos colocados acima por Dagnino, porém, acreditamos que o atendimento completo das necessidades da maioria da população só será possível em uma estrutura econômico-social que transcenda à sociedade capitalista.
 Nesse processo de mudanças, o Planejamento Estratégico Governamental assume papel importante a partir da definição "do que são problemas e o que são soluções, o que são causas e o que são efeitos, o que são riscos e o que são oportunidades". (DAGNINO, 2009, p.43)"
Diante do texto acima citado ficamos com a certeza de que o Brasil esta no caminho correto, universalizando o acesso a educação, e criando condições para que mais e mais cidadãos alcancem, o grau de saberes necessários a serem gestores de qualidade, ai sim o Estado necessário surgirá em nossos horizontes.
Privatização, desregulação e liberalização dos mercados têm impedido que o Estado brasileiro se concentre em saldar a dívida social e, enquanto Estado-nação – capitalista, por certo, assumir suas responsabilidades em relação à proteção aos mais fracos, à desnacionalização da economia e à subordinação aos interesses do capital globalizado.
(DAGNINO, 2009, p. 38).
O mercado interno nacional tem que necessariamente ser resguardado da predação dos países ditos primeiro mundistas, que sabemos hoje estão a beira de um colapso econômico social sem precedentes na historia mundial.
Dentre as características do Estado Herdado, Dagnino (2009), destaca:
 (...) Além das preferências ideológicas, a combinação que o país herdou do período militar (1964-1985), de um Estado que associava patrimonialismo e autoritarismo com clientelismo, hipertrofia com opacidade, insulamento com intervencionismo, deficitarismo com megalomania, não atendia ao projeto das coalizões de direita e muito menos daquelas de esquerda que, a partir da redemocratização, iniciada em meados dos anos de 1989, poderiam suceder os governos de então.
 Por outro lado, a reforma gerencial do Estado pautada na perspectiva neoliberal iniciada no Brasil em meados da década de 1990, a partir da proposta de Luis Carlos Bresser-Pereira não foi capaz de elevar o Estado à condição de "Estado Necessário".
Por este fragmento vemos que a luta para se alcançar o Estado necessário, é árdua é incansável, o Brasil esta no caminho certo, principalmente financiando a formação de novos gestores que poderão fazer a diferença em um futuro não muito distante.
A nação brasileira passou por  uma série de transformações que antevieram à crise da dívida externa e a conseqüente moratória,  o levou o país a uma fase longa  de  crescimento negativo  bem como a  uma inflação galopante,  o que só foi equacionado com a introdução em 1994 do Plano Real,no governo Itamar franco, pelo ministro Fernando Henrique Cardoso, que estabilizou  a economia.Somente para citar dentre fatos marcantes na construção de um planejamento governamental estratégico  exemplificaremos com a Reforma Gerencial implementada pelo então ministro  Luis Carlos Bresser-Pereira, do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado em 1995. Para se ter uma idéia dos problemas enfrentados por esta pasta, conforme disse o próprio Bresser: "não tinha poder suficiente para implementar a  segunda etapa da reforma,tanto é que o próprio ministro defendeu dentro das hostes  do governo a integração e ou união  desse Ministério ao do Planejamento com a argumentação de que somente  com um ministério que controlasse  o orçamento público haveria poder suficiente para implementar as reformas necessárias,tendo sido aprovadas as idéia de Bresser pereira, no ano de 1999,já  no governo de Fernando Henrique Cardoso, criou-se um  novo ministério que passou  a ser denominado Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que passou a realizar a missão de implementar a Reforma usando como ferramentas básicas o orçamento anual da República e particularmente o PPA – Plano Plurianual.
Entendemos que apesar de caminhar a passos lentos, a sempre a busca pelo Estado necessário pelos governos pós ditadura militar tentando sempre deixar como passado a herança herdada de políticas calçadas basicamente em um patrimonialismo paternalista comandado por coronéis e políticos retrógados e desonestos.
(...) Para explicar a importância do Planejamento Estratégico para a transição do Estado Herdado para o Estado Necessário devemos entendê-los por suas definições. O chamado Estado Herdado é uma conseqüência da concentração de poder econômico e político que se tem no Brasil desde o período autoritário, consoante nos fala O'Donnell (1981) que pesquisou sobre as individualidades de um tipo específico de Estado capitalista, o Estado burocrático autoritário latino-americano"
Isso nos situa na atuação presente do estado brasileiro patinando entre o que foi herdado, e fazendo tentativas tímidas, porém consistentes e validas em busca do Estado necessário, que pode ser para alguns utópicos, mais é sem duvida o sonho de todos.
 E certo que a experiência do planejamento estratégico nas empresas privadas veio de encontro a visão empresarial da maximização de lucros, trazê-la para a realidade estatal e publica visando um melhor tratamento das demandas societais certamente colaborará também na   promoção na transição do "Estado Herdado" para o "Estado Necessário" iniciando assim  uma reforma geral no modo de se gerenciar as coisas do Estado,  utilizando-se a capacitação dos gestores públicos como o motor para a transformação das relações Estado-Sociedade,  tudo aliado a entronização de um pensamento estratégico, que  utiliza-se com equilíbrio os modelos de PES e PEG.
(...) A aplicação de um Planejamento Estratégico Governamental ajudará os gestores públicos a traçar estratégias para acabar com rotinas administrativas que dão margem à injustiça, ao clientelismo, à corrupção que empatam os resultados obtidos com a ação de governo, que frustram a população e solapam a base de apoio político dificultando a governabilidade"
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-importancia-do-planejamento-estrategico-governamental-para-a-transicao-do-estado-herdado-para-o-estado-necessario/48090/
A concentração dos poderes políticos,econômicos e sociais, não são exclusivas do período ditatorial, desde os tempos do Brasil colônia, passando pelo reino unido de Portugal e Algarves, pelo império, os poderes sempre estiveram concentrados nas mãos de uma minoria tida como elite.
O Estado necessário é visto por grande parte dos cientistas políticos como algo utópico, um sonho difícil de ser alcançado tendo em vista os mais diversos interesses na pauta de planejamentos cada vez mais setorizados, sempre buscando soluções de curto prazo e que dêem mais visibilidade a quem os imprime
. Talvez esteja eu enganado, porém no que entendi em todos os textos lidos, e que colocam como estado herdado apenas o período ditatorial, mais e os outros trezentos anos de história não nos legaram nada de positivo ou negativo, a vida histórica do país se restringe ao período da ditadura militar?
O PEG por sua natureza inovadora tendo como base a meritocracia de novos gestores com formação para formularem com propriedade as novas políticas, pode e deve ao  menos melhorar a cultura organizacional pública, perversa, de mal versão da coisa publica e do patrimonialismo enrustido e renitente, imposto pelo Estado Herdado e quem sabe em um futuro não muito distante vir  a atender de forma efetiva às necessidades sociais represadas durante longo tempo.Tem porém o país tem uma barreira quase que intransponível, o fato de que a correlação de forças políticas, são centralizadoras que sancionam apenas aquilo que é do interesse das elites de forma muitas vezes coercitivas exacerbando a concentração de poder econômico , deixando pouco ou nenhum espaço para que uma ação interna do Estado possa e venha a  alterar essa situação de pobreza e descaso em que vive a maioria da população, o futuro é agora, mudanças já.
Devemos concordar com os mais diversos autores pesquisados e mesmo com os textos da apostila no que tange ao rompimento urgente com a estrutura de planejamento governamental a partimos para a do planejamento estratégico governamental, enquanto o primeiro cuida de casos pontuais e é contaminado pela promiscuidade das relações entre os poderes, principalmente o legislativo e o executivo. A necessidade de tais mudanças se faz urgente pois o mundo hoje globalizado, plugado na revolução da informática e das tecnologias da Internet,fazem com que os fatos ganhem um publicismo ou publicidade mui rapidamente assim como mais  e mais pessoas estão tendo acesso ao mundo virtual, isso faz com que as decisões tenham que ocorrer com mais celeridade e transparência o que força  iniciativa pública a adotar cada vez mais instrumentos utilizados pela iniciativa privada,sendo o Planejamento Estratégico  um de seus principais instrumentos ,pois é a matriz orgazicional ,como metas e objetivos mais estratégicos dentro de parâmetros coerentes com as análises políticas e das demandas suscitadas pela sociedade e o estado.  O caso do Brasil é emblemático,pois há a necessidade da duplicação dos  investimentos em políticas públicas para incorporar mais da metade da população hoje excluídas dos mais elementares direito de cidadania convencionados da CF de 1988. Essa ação por si só já evidencia a importância de uma Gestão Estratégica Pública.
"é bem possível que o desnível entre o modo de operação interno e as exigências funcionais impostas do exterior à administração do Estado não se deva à estrutura de uma burocracia retrógrada, e sim à estrutura de um meio sócio-econômico que (...) fixa a administração estatal em certo modo de operação... É óbvio que um desnível desse gênero entre o esquema normativo da administração e as exigências funcionais externas não poderia ser superado através de uma reforma administrativa, mas somente através de uma 'reforma' daquelas estruturas do meio que provocam a contradição entre estrutura administrativa e capacidade de desempenho" (OFFE, 1994, p.219).
Vejo neste fragmento a assertiva de que não se mudam modelos irraigados desde a construção do Estado, sem que se mudem as pessoas, sem que se mude o pensar político ainda contaminado com as velhas pratica nepotistas e de uma desfaçatez sem parâmetro no mundo.
Na Unidade I, as noções de Estado Herdado e Estado Necessário são centrais no argumento do autor. O Estado Herdado é apresentado como resultado da sequência de governos desde o Nacional-Desenvolvimentismo, mas principalmente do Período Autoritário pós 64 e da fase Neoliberal.
Durante a fase de “crescimento” do Estado, a estrutura estatal foi mantendo algumas características ( e ganhando algumas novas ) que constituem obstáculos à implantação do que o autor chama de Estado Necessário.
Segundo o autor há dois desafios para se chegar ao “Estado Necessário” que não podem ser enfrentados isoladamente : A reformulação do Estado e a mudança na Relação entre Sociedade e Estado.
Parece óbvio que o Estado só pode ser reformulado se os vários grupos de interesse da Sociedade puderem pressionar no sentido de mudanças estruturais que consideram desejáveis. O que o autor acrescenta é que não podemos esperar que haja uma mobilização social e só então, com a mudança na relação Sociedade/Estado, seja possível um movimento de reforma do Estado. Ele defende que um governo comprometido com a implantação do “Estado Necessário” pode, e deve, criar meios para que as demandas sociais cheguem ao Estado, e que, mesmo as parcelas da população menos organizadas, e portanto menos representadas, sejam empoderadas e consigam colocar suas demandas na ordem do dia das discussões de políticas públicas. O Estado Necessário seria aquele capaz de identificar as demandas sociais e considerá-las em suas políticas, e, ao mesmo tempo, capaz de estimular mais e mais pessoas a participarem dos debates, sugerirem, pressionarem, de modo a fazerem parte do processo de identificação dos problemas, implementação de políticas e avaliação de resultados.
O caminho para a implantação do Estado Necessário passaria então por estas duas frentes. (1) Governo progressista cria soluções para favorecer que as demandas “emerjam”, para que a sociedade possa se expressar e pressionar. E (2) a pressão social cria condições (correlação de forças favorável )para reestruturações no funcionamento do Estado, no sentido de fazê-lo instrumento de realização das demandas desta mesma Sociedade. Neste contexto, é essencial a formação de gestores familiarizados com estas discussões.
Abraço a todos,
Lillian Cherrine.

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